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ANÁLISE DA

CAPACIDADE
DE CARGAS –
FUNDAÇÕES
DIRETAS
AULA 05
Fundações e
Contenções II
Engenharia Civil
O problema da determinação da capacidade de
carga dos solos é dos mais importantes para o
engenheiro.
INTRODUÇÃO
Nesta aula iremos tratar da capacidade de carga de
fundações superficiais, ou seja, da carga que
provoca ruptura do solo sob essas fundações.

Quando uma carga proveniente de uma fundação é


aplicada ao solo, este se deforma e a fundação
recalca. Quanto maior a carga, maiores os
recalques.
INTRODUÇÃO

• O problema da determinação da capacidade


de carga dos solos é dos mais importantes para
o engenheiro.
• No que se segue, vamos nos referir às
fundações superficiais em que a profundidade
da fundação é menor ou igual à sua largura.
• Quando uma carga proveniente de uma
fundação é aplicada ao solo, este se deforma e
a fundação recalca, como sabemos. Quanto
maior a carga, maiores os recalques. Para
pequenas cargas os recalques são
aproximadamente proporcionais.
INTRODUÇÃO

• Atingida a ruptura, o terreno


desloca-se, arrastando consigo a
fundação, como mostrado na Figura.
O solo passa, então, do estado
“elástico” ao estado “plástico”. O
deslizamento ao longo da superfície
ABC é devido à ocorrência de tensões
de cisalhamento maiores que a
resistência ao cisalhamento do solo.
INTRODUÇÃO
Deve ser considerada também a ruptura por puncionamento (Vesic), que é caracterizada por
um mecanismo de difícil observação.
À medida que a carga cresce, o movimento vertical da fundação é acompanhado pela
compressão do solo imediatamente abaixo. A penetração da fundação é possibilitada pelo
cisalhamento vertical em torno do perímetro da fundação. O solo fora da área carregada
praticamente não participa do processo.
INTRODUÇÃO

Não são muito comuns os


acidentes de fundação devidos à
ruptura do terreno.
Um exemplo clássico da literatura
técnica é o caso ao lado.
Trata-se de um conjunto de silos
construídos sobre um “radier”
geral, com 23 × 57 m.
INTRODUÇÃO

Em consequência de uma
dissimetria de carregamento,
houve a ruptura do solo e o
colapso da obra, que em 24
horas tombou para a posição
mostrada.
Provavelmente a elevação
lateral do nível do solo ajudou a
mantê-lo, impedindo que
tombasse completamente.
INTRODUÇÃO
Outro exemplo de acidente devido à ruptura de fundação foi o caso do edifício São Luiz Rei, no Rio de Janeiro,
ocorrido em 30 de janeiro de 1958. O controle de recalques, iniciado no dia 27 do mesmo mês, registrou uma
velocidade de recalques de 2 mm/h, chegando a 4 mm/h no dia do acidente.
(http://www.rioquepassou.com.br/2008/01/31/50- anos-do-desabamento-do-ed-sao-luiz-rei/)
INTRODUÇÃO

A pressão de ruptura ou capacidade de carga de


um solo é a pressão pr, que, aplicada ao solo,
causa a sua ruptura. Afetando-a de um adequado
coeficiente de segurança, da ordem de 2 a 3,
obtém- se a pressão admissível, a qual deverá
ser “admissível” não só à ruptura como às
deformações excessivas do solo.

O cálculo da capacidade de carga do solo


pode ser feito por diferentes métodos e
processos, embora nenhum deles seja
matematicamente exato
INTRODUÇÃO

Nos problemas de fundações há sempre incertezas, seja no que se refere aos métodos de
cálculo, seja quanto aos valores dos parâmetros do solo introduzidos nesses cálculos, ou
ainda nas cargas a suportar. Consequentemente, é fundamental a introdução de coeficientes
de segurança, ou fatores de segurança, que levem em conta essas incertezas. No entanto, a
escolha do adequado coeficiente de segurança nos cálculos de Mecânica dos Solos ou
Fundações não é um procedimento assim tão simples.
Se todas as incertezas relacionadas ao cálculo pudessem ser reunidas num único coeficiente
de segurança, caberia chamá-lo de coeficiente de segurança global. Considerando que as
cargas são aplicadas à estrutura e a resistência do solo, as variáveis independentes, parece
mais razoável adotar coeficientes de segurança parciais, conforme sugerido por Brinch-
Hansen (1965).
INRODUÇÃO
INTRODUÇÃO

• Fase I (fase elástica): para pequenos valores de carga, os recalques


são, aproximadamente, proporcionais – recalques reversíveis.
• Fase II (fase plástica): os recalques continuam com o crescimento do
carregamento – recalques irreversíveis.
• Fase III: a velocidade de recalque cresce continuamente até que
ocorre a ruptura do solo. Para o carregamento correspondente, atingiu-
se o limite de resistência da fundação (capacidade de carga).
TIPOS DE RUPTURA
• Generalizada: ruptura do solo ocorre
bruscamente. Ocorre nos solos mais rígidos, como
INTRODUÇÃO areias compactas e muito compactas e argilas rijas
e duras.
• Localizada: ocorre em solos mais deformáveis,
como areias fofas e argilas médias e moles.
• Por puncionamento: ocorre um movimento
vertical da fundação, acompanhado pela
compressão do solo imediatamente abaixo e o
cisalhamento vertical em torno do perímetro da
fundação. O solo fora da área carregada
praticamente não participa do processo.
TIPOS DE
RUPTURA
CAPACIDADE • A capacidade de carga de uma
DE CARGA fundação (σr) é definida como a
tensão transmitida pelo elemento de
fundação capaz de provocar a
ruptura do solo ou a sua deformação
excessiva.
TENSÃO ADMISSÍVEL

É a tensão total da estrutura, incluindo a carga sobreposta nela, transmitida


ao solo pela sapata.
TENSÃO ADMISSÍVEL

Tensão transmitida pelo elemento de fundação capaz de provocar a


ruptura, dividida por um coeficiente de segurança (FS).
𝜎𝑟
𝜎𝑎𝑑𝑚 =
𝐹𝑆

FS – para fundações rasas:


= 3 em casos de cálculos e estimativas
= 2 em casos de disponibilidade de provas de carga.
TENSÃO ADMISSÍVEL

É a tensão máxima na fundação que pode ser transmitida ao solo pela sapata, levando em conta a(o):
1. Capacidade de carga de segurança do solo e a adequação do fator de segurança escolhido
(Fs).
2. Magnitude e velocidade de recalque estimado de várias partes da estrutura.
3. Capacidade da estrutura para acomodar recalques diferenciais.
4. Efeito da tensão da fundação nas estruturas e obras adjacentes.
TENSÃO ADMISSÍVEL

Na ausência de resultados de testes de laboratório, os seguintes valores de


suporte podem ser considerados (BS 8004:1986) em kN/m2.
Segundo a NBR 6122/2014, a capacidade de carga
pode ser calculada das seguintes maneiras:
MÉTODOS DE a) Métodos teóricos;
b) Métodos semiempíricos;
PREVISÃO DA c) Métodos empíricos;
CAPACIDADE d) Provas de carga sobre placas
DE CARGA MÉTODOS TEÓRICOS
• Prandtl (1920)
• Reissner (1924)
• Terzaghi (1925, 1943)
• Meyerhof (1951)
• Balla (1962)
• Hansen (1961, 1970)
• Vesic (1963, 1969,1973, 1975)
MÉTODOS TEÓRICOS

São métodos baseados na


formação de uma superfície de
ruptura conhecida e cuja
resistência ao longo de
superfície seja obtida através
de um critério de ruptura.
• Terzaghi, em 1943, propôs três fórmulas para a
estimativa da capacidade de carga de um solo,
abordando os casos de sapatas corridas, quadradas e
TEORIA DE circulares, apoiadas à pequena profundidade abaixo
da superfície do terreno (h ≤ B), tendo como
TERZAGHI principais hipóteses:
a) comprimento L do elemento de fundação bem
maior que a largura B (L/B > 5);
b) profundidade de assentamento inferior à largura
da sapata (h ≤ B), significando a desconsideração da
resistência ao cisalhamento da camada de solo
sobrejacente à cota de assentamento da sapata;
c) o maciço caracteriza se por apresentar ruptura
generalizada.
• O processo de ruptura do maciço de solo onde se apóia
uma fundação direta pode ser considerado conforme
esquematicamente mostrado na Figura. Nesta figura
pode-se observar que a superfície potencial de ruptura do
TEORIA DE solo é composta por três diferentes regiões:
TERZAGHI • Região I: cunha imediatamente abaixo do elemento de
fundação, onde a superfície de ruptura apresenta um
trecho reto;
• Região II: caracterizada pela superfície potencial de
ruptura apresentar a forma de uma espiral logarítmica, e
estar submetida a um estado de tensões passivas de
Rankine;
• Região III: caracterizada pela superfície potencial de
ruptura apresentar um trecho reto, e pela cunha formada
também estar submetida a um estado de tensões passivas
de Rankine.
Superfície potencial de ruptura para o maciço de solo submetido à ação de uma
fundação superficial

TEORIA DE
TERZAGHI
TEORIA DE TERZAGHI
TEORIA DE TERZAGHI
Mediante a introdução de um fator de correção para levar em conta a forma
da sapata, as equações de Terzaghi podem ser resumidas em uma só, mais
geral:
1
𝜎𝑟 = 𝑐. 𝑁𝑐 . 𝑆𝑐 + 𝑞. 𝑁𝑞 . 𝑆𝑞 + . 𝛾. 𝐵. 𝑁𝛾 . 𝑆𝛾
2
Onde:
𝜎𝑟 = tensão de ruptura (kN/m²)
c = coesão, frequentemente chamada por “coesão aparente” do solo.
Nc, Nq, Nγ = coeficientes de capacidade de carga f (ϕ). • O termo cNc é uma contribuição
Sc, Sq, S γ = fatores de forma. da coesão.
• O termo σ′oNq é uma contribuição
q = γ.h pressão efetiva de terra à cota de apoio da sapata. da sobrecarga.
γ = peso específico efetivo do solo na cota de apoio da sapata. • O termo 0,5γBNγ é uma
contribuição do efeito da largura
B = menor dimensão da sapata. B.
TEORIA DE TERZAGHI

Para solos em que a ruptura pode se aproximar da ruptura local, a equação é


modificada para:
1
𝜎𝑟 = 𝑐′. 𝑁′𝑐 . 𝑆𝑐 + 𝑞. 𝑁′𝑞 . 𝑆𝑞 + . 𝛾. 𝐵. 𝑁′𝛾 . 𝑆𝛾
Onde 2
𝜎𝑟 = tensão de ruptura (kN/m²)
c’ = coesão reduzida (c’ = 2/3 c).
φ’ = ângulo de atrito reduzido, dado por tg φ’ = 2/3 tg φ
N’c , N’q , N’γ = fatores de capacidade de carga reduzida, obtidos a partir de φ’
TEORIA DE TERZAGHI
Para solos de Ruptura Geral (Areias compactas e argilas duras)

1
𝜎𝑟 = 𝑐. 𝑁𝑐 . 𝑆𝑐 + 𝑞. 𝑁𝑞 . 𝑆𝑞 + . 𝛾. 𝐵. 𝑁𝛾 . 𝑆𝛾
2

Para solos de Ruptura Local (Areias fofas e argilas moles)

1
𝜎𝑟 = 𝑐′. 𝑁′𝑐 . 𝑆𝑐 + 𝑞. 𝑁′𝑞 . 𝑆𝑞 + . 𝛾. 𝐵. 𝑁′𝛾 . 𝑆𝛾
2
TEORIA DE TERZAGHI
EXEMPLO
1) Calcular a tensão de ruptura e a tensão admissível de uma
sapata contínua de largura B = 0,8 m, assente a 1,0 m de
profundidade, utilizando a teoria de Terzaghi, que considera a
ruptura generalizada, sabendo que o solo abaixo da fundação
é uma areia argilosa compacta cujos parâmetros são:
φ = 34º; γ = 18 kN/m³ e c = 5 kN/m²
Considerar NA bem abaixo da cota de assentamento.
SOLUÇÃO
Dados:
Sapata contínua de largura B = 0,8 m, assente a 1,0 m de profundidade;
Ruptura generalizada;
Areia argilosa compacta;
φ = 34º; γ = 18 kN/m³ e c = 5 kN/m²
1
𝜎𝑟 = 𝑐. 𝑁𝑐 . 𝑆𝑐 + 𝑞. 𝑁𝑞 . 𝑆𝑞 + . 𝛾. 𝐵. 𝑁𝛾 . 𝑆𝛾
2
1
𝜎𝑟 = 5.52,6.1 + (18.1). 36,5.1 + . 18.0,8.35.1
2
SOLUÇÃO
Dados:
Sapata contínua de largura B = 0,8 m, assente a 1,0 m de profundidade;
Ruptura generalizada;
Areia argilosa compacta;
φ = 34º; γ = 18 kN/m³ e c = 5 kN/m²

1
𝜎𝑟 = 5.52,6.1 + (18.1). 36,5.1 + . 18.0,8.35.1
2
𝝈𝒓 = 𝟏𝟏𝟕𝟐 𝐤𝐍/𝐦²
𝑻𝒆𝒏𝒔ã𝒐 𝒅𝒆 𝒓𝒖𝒑𝒕𝒖𝒓𝒂 𝒐𝒖
𝒄𝒂𝒑𝒂𝒄𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆 𝒅𝒆 𝒄𝒂𝒓𝒈𝒂
SOLUÇÃO
Dados:
Sapata contínua de largura B = 0,8 m, assente a 1,0 m de profundidade;
Ruptura generalizada;
Areia argilosa compacta;
φ = 34º; γ = 18 kN/m³ e c = 5 kN/m²

𝜎𝑟 1172
𝜎𝑎𝑑𝑚 = 𝜎𝑎𝑑𝑚 =
𝐹𝑆 3 = 3 em casos de cálculos e estimativas
= 2 em casos de disponibilidade de provas de carga.

𝝈𝒂𝒅𝒎 = 𝟑𝟗𝟏 𝐤𝐍/𝐦²

𝑻𝒆𝒏𝒔ã𝒐 𝒂𝒅𝒎𝒊𝒔𝒔í𝒗𝒆𝒍
TEORIA DE
MEYERHOF
• Retomando o estudo
de Terzaghi, Meyerhof
considerou, na análise
do mecanismo de
ruptura a resistência ao
cisalhamento do solo
acima da base de
fundação,o que Terzaghi
tratava simplesmente
como uma sobrecarga.
TEORIA DE MEYERHOF
Aperfeiçoamento da teoria de Terzaghi, por considerar que a superfície de ruptura se
prolonga ao longo da camada superficial. Considera-se então o embutimento (d) da
fundação. Meyerhof introduziu também a influência da inclinação da resultante das
forças através dos fatores de inclinação (i).
1
𝜎𝑟 = 𝑐. 𝑁𝑐 . 𝑆𝑐 . 𝑑𝑐 . 𝑖𝑐 +𝑞. 𝑁𝑞 . 𝑆𝑞 . 𝑑𝑞 . 𝑖𝑞 + . 𝛾. 𝐵. 𝑁𝛾 . 𝑆𝛾 . 𝑑𝛾 . 𝑖𝛾
2
Os fatores de capacidade de carga são calculados conforme as equações:
TEORIA DE MEYERHOF
𝜎𝑟 = 𝑐. 𝑁𝑐 . 𝑆𝑐 . 𝑑𝑐 . 𝑖𝑐 +𝑞. 𝑁𝑞 . 𝑆𝑞 . 𝑑𝑞 . 𝑖𝑞 +0,5. 𝛾. 𝐵. 𝑁𝛾 . 𝑆𝛾 . 𝑑𝛾 . 𝑖𝛾
Os fatores de forma (Sc, Sq e Sγ), de profundidade (dq, dc e dγ ) e de inclinação (iq, ic e iγ) são
calculados pelas fórmulas apresentadas:

FORMA

PROFUNDIDADE
TEORIA DE MEYERHOF
𝜎𝑟 = 𝑐. 𝑁𝑐 . 𝑆𝑐 . 𝑑𝑐 . 𝑖𝑐 +𝑞. 𝑁𝑞 . 𝑆𝑞 . 𝑑𝑞 . 𝑖𝑞 +0,5. 𝛾. 𝐵. 𝑁𝛾 . 𝑆𝛾 . 𝑑𝛾 . 𝑖𝛾

Os fatores de forma (Sc, Sq e Sγ), de profundidade (dq, dc e dγ ) e de inclinação (iq, ic e iγ) são
calculados pelas fórmulas apresentadas:

INCLINAÇÃO
α
TEORIA DE VESIC (Melhora de Terzaghi)
Fatores de capacidade de carga, Vesic 1975
 Nc Nq N Nq/Nc  Nc Nq N Nq/Nc
0 5,14 1,00 0,00 0,19
1
2
5,38
5,63
1,09
1,20
0,07
0,15
0,20
0,21
30
31
30,14
32,67
18,40
20,63
22,40
25,99
0,61
0,63 1
3 5,90 1,31 0,24 0,22 32 35,49 23,18 30,22 0,65 𝜎𝑟 = 𝑐. 𝑁𝑐 . 𝑆𝑐 + 𝑞. 𝑁𝑞 . 𝑆𝑞 + . 𝛾. 𝐵. 𝑁𝛾 . 𝑆𝛾
4
5
6,19
6,49
1,43
1,57
0,34
0,45
0,23
0,24 33 38,64 26,09 35,19 0,68 2
6 6,81 1,72 0,57 0,25 34 42,16 29,44 41,06 0,70
7 7,16 1,88 0,71 0,26
35 46,12 33,30 48,03 0,72
8 7,53 2,06 0,86 0,27
9 7,92 2,25 1,03 0,28 36 50,59 37,75 56,31 0,75
10 8,35 2,47 1,22 0,30 37 55,63 42,92 66,19 0,77
11 8,80 2,71 1,44 0,31
12 9,28 2,97 1,69 0,32 38 61,35 48,93 78,03 0,80
13 9,81 3,26 1,97 0,33 39 67,87 55,96 92,25 0,82
14 10,37 3,59 2,29 0,35 40 75,31 64,20 109,41 0,85
15 10,98 3,94 2,65 0,36
16 11,63 4,34 3,06 0,37 41 83,86 73,90 130,22 0,88
17 12,34 4,77 3,53 0,39 42 93,71 85,38 155,55 0,91
18 13,10 5,26 4,07 0,40
19 13,93 5,80 4,68 0,42 43 105,11 99,02 186,54 0,94
20 14,83 6,40 5,39 0,43 44 118,37 115,31 224,64 0,97
21 15,82 7,07 6,20 0,45 45 133,88 134,88 271,76 1,01
22 16,88 7,82 7,13 0,46
23 18,05 8,66 8,20 0,48 46 152,10 158,51 330,35 1,04
24 19,32 9,60 9,44 0,50 47 173,64 187,21 403,67 1,08
25 20,72 10,66 10,88 0,51
48 199,26 222,31 496,01 1,12
26 22,25 11,85 12,54 0,53
27 23,94 13,20 14,47 0,55 49 229,93 265,51 613,16 1,15
28 25,80 14,72 16,72 0,57 50 266,89 319,07 762,89 1,20
29 27,86 16,44 19,34 0,59
MÉTODOS DE PREVISÃO DA
CAPACIDADE DE CARGA

Métodos semiempíricos

São métodos que relacionam resultados de ensaios (tais


como o SPT, CPT etc.) com tensões admissíveis ou
tensões resistentes de cálculo.
No Brasil predominam os métodos relacionados ao ensaio
SPT.
MÉTODOS DE PREVISÃO DA
CAPACIDADE DE CARGA
Método de Wilson Costa

𝑁𝑆𝑃𝑇
PEDREGULHOS 𝜎𝑎𝑑𝑚 = (𝑀𝑃𝑎)
30

𝑁𝑆𝑃𝑇
AREIAS E SILTES 𝜎𝑎𝑑𝑚 = (𝑀𝑃𝑎)
40

𝑁𝑆𝑃𝑇
ARGILAS 𝜎𝑎𝑑𝑚 = (𝑀𝑃𝑎)
50
MÉTODOS DE PREVISÃO DA
CAPACIDADE DE CARGA
Métodos semiempíricos

Método de Urbano Alonso

𝑁𝑆𝑃𝑇 𝑁𝑆𝑃𝑇
SAPATAS 𝜎𝑎𝑑𝑚 = (𝑀𝑃𝑎) TUBULÕES 𝜎𝑎𝑑𝑚 = (𝑀𝑃𝑎)
50 30

PARA:
𝟐 ≤ 𝑵𝑺𝑷𝑻 ≤ 𝟐𝟎
EXERCÍCIOS
2) Uma fundação quadrada tem 2,0x2,0 m em planta. O solo suporta a
fundação com ângulo de atrito de 25º e coesão de 20kN/m². O peso
específico do material é 16,5kN/m³. Determine a caga total admissível
na estrutura com um fator de segurança de 3,0. Suponha uma
profundidade da fundação de 1,5 m e que a ruptura ocorre por
cisalhamento geral no solo.
2) Uma fundação quadrada tem 2,0x2,0 m em planta. O solo suporta a fundação com ângulo de
atrito de 25º e coesão de 20kN/m². O peso específico do material é 16,5kN/m³. Determine a caga
total admissível na estrutura com um fator de segurança de 3,0. Suponha uma profundidade da
fundação de 1,5 m e que a ruptura ocorre por cisalhamento geral no solo.

Dados:
Sapata quadrada de largura B = 2,0 m,
assente a 1,5 m de profundidade;
Ruptura generalizada;
Areia argilosa compacta;
φ = 25º; γ = 16,5 kN/m³ e c = 20 kN/m²
1
𝜎𝑟 = 𝑐. 𝑁𝑐 . 𝑆𝑐 + 𝑞. 𝑁𝑞 . 𝑆𝑞 + . 𝛾. 𝐵. 𝑁𝛾 . 𝑆𝛾
2
1
𝜎𝑟 = 20.25,1.1,3 + (16,5.1,5). 12,7.1 + . 16,5.2.9,7.0,8
2
𝜎𝑟 = 652,6 + 314,325 + 128,04
1094,97 𝜎𝑎𝑑𝑚 = 365 𝑘𝑁/𝑚²
𝜎𝑟 = 1094,97 𝑘𝑁/𝑚² 𝜎𝑎𝑑𝑚 = 𝑘𝑁/𝑚²
EXERCÍCIO
3) Determinar pelos métodos de Alonso e Costa a
capacidade de carga de uma fundação superficial
(sapata) assente a uma profundidade de 2m em
um solo arenoso com Nspt = 25.
EXERCÍCIO
3) Determinar pelos métodos de Alonso e Costa a
capacidade de carga de uma fundação superficial
(sapata) assente a uma profundidade de 2m em
um solo arenoso com Nspt = 25.
Método de Wilson Costa Método de Urbano Alonso
AREIAS E SILTES SAPATAS

𝑁𝑆𝑃𝑇 𝑁𝑆𝑃𝑇
𝜎𝑎𝑑𝑚 = (𝑀𝑃𝑎) 𝜎𝑎𝑑𝑚 = (𝑀𝑃𝑎)
40 50

25 25
𝜎𝑎𝑑𝑚 = (𝑀𝑃𝑎) 𝜎𝑎𝑑𝑚 = (𝑀𝑃𝑎)
40 50

𝝈𝒂𝒅𝒎 = 𝟎, 𝟔𝟐 (𝑴𝑷𝒂) 𝝈𝒂𝒅𝒎 = 𝟎, 𝟓𝟎(𝑴𝑷𝒂)

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