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MECÂNICA DOS SOLOS AVANÇADA

E INTRODUÇÃO A OBRAS DE TERRA

UNIDADE 1 - TENSÕES NO SOLO

Seção 1.3: Tensões verticais


devido às cargas aplicadas na
superfície

Professor: Engº Eric Rodrigues, MSc.


eric.rodrigues@kroton.com.br
(84) 99627-5378 / (96) 99191-9825
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
UNIDADE 1 – Tensões no solo UNIDADE 3 – Estado de tensões e
• Seção 1.1: Tensões geostáticas. critérios de ruptura
• Seção 1.2: Capilaridade nos solos. • Seção 3.1: Resistência ao cisalhamento.
• Seção 1.3: Tensões verticais devido às • Seção 3.2: Critério de resistência.
cargas aplicadas na superfície. • Seção 3.3: Ensaios para determinação
da resistência.
UNIDADE 2 – Deformações verticais
• Seção 2.1: Deformações devidas a UNIDADE 4 – Obras de terra
carregamentos verticais - por ensaios e • Seção 4.1: Estabilidade de Taludes.
pela Teoria da Elasticidade. • Seção 4.2: Empuxos de terra.
• Seção 2.2: Deformações devidas a • Seção 4.3: Medição de potência e
carregamentos verticais - adensamento. energia Estruturas de arrimo, escavações
• Seção 2.3: Teoria do adensamento. e túneis.

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INTRODUÇÃO
Tensões geostáticas: permitem calcular as tensões neutras, as tensões devidas
ao peso próprio e, por fim, as tensões efetivas que acometem os maciços de
terra.
Implicações que o fenômeno da capilaridade causa nos solos.
Comportamento da água capilar no solo.
Como a tensão efetiva se manifesta em solos parcialmente saturados.

A forma como se dá distribuição da pressão aplicada por uma fundação no


solo depende do tipo de solo e do material utilizado para a construção da
fundação.

Em solos arenosos, por exemplo, temos a predominância de deformações por


causa do cisalhamento, enquanto em solos argilosos ocorrem deformações
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volumétricas.
INTRODUÇÃO
Estas deformações irão definir os recalques (que é a movimentação de uma
estrutura por causa do adensamento do solo) e, consequentemente, a
capacidade de cargas das fundações.

Toda construção descarrega sua carga no solo, assim, conhecer o


comportamento das tensões aplicadas pelas edificações no solo é de suma
importância para garantir a estabilidade de nossas estruturas.

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PRESSÕES DE CONTATO

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PRESSÕES DE CONTATO
Os estudos do comportamento do solo após a aplicação de uma solicitação
(carga ou tensão) imposta por uma edificação é baseada nas relações de
tensões versus deformações versus tempo.

Para o dimensionamento de nossas fundações utilizamos métodos diferentes


para cálculo e verificação de deformação e ruptura.

Sabemos que o solo após a aplicação de uma carga se deforma até seu
rompimento, ou seja, primeiro ocorre a deformação e depois a ruptura.

Se fizermos uma análise apenas sob a ótica da ruptura não nos


preocuparemos com as deformações sofridas pelo solo, temos em mente
apenas que o solo deve resistir às solicitações impostas pela edificação sem
6 sofrer colapso (rompimento).
PRESSÕES DE CONTATO
Por outro lado, se fizermos a análise sob a ótica da deformação, analisaremos
a máxima movimentação admitida para edificação, que deve se manter
funcional e ser segura.

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TEORIA DA ELASTICIDADE

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TEORIA DA ELASTICIDADE
Podemos considerar que o solo é um material elástico regido pela lei de Hooke,
assim temos a relação tensão versus deformação independente, podendo ser
ou não linear.

As cargas impostas por uma fundação geram uma distribuição de tensão, que
varia de acordo com a posição e a profundidade.

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TEORIA DA ELASTICIDADE
Distribuição das tensões de acordo com a profundidade:

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TEORIA DA ELASTICIDADE
Hipóteses para a aplicação da teoria da elasticidade:
• O solo é contínuo, homogêneo e isotrópico.
• A relação entre as tensões e as deformações é linear.
As tensões no solo são distribuídas em linhas isóbaras, que formam o que chamamos de
“bulbo de pressão”.

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TEORIA DA ELASTICIDADE
Hipóteses para a aplicação da teoria da elasticidade:
• O solo é contínuo, homogêneo e isotrópico.
• A relação entre as tensões e as deformações é linear.
As tensões no solo são distribuídas em linhas isóbaras, que formam o que chamamos de
“bulbo de pressão”.

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CAROTHERS E TERZAGHI

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CAROTHERS E TERZAGHI
Quando temos uma área carregada sobre uma placa de forma retangular com
largura finita e comprimento infinito, onde uma das dimensões é
consideravelmente maior que a outra, temos que os esforços induzidos na
massa de solo podem ser determinados através:

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PROPOSIÇÃO DE BOUSSINESQ

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PROPOSIÇÃO DE BOUSSINESQ
Boussinesq definiu equações que fornecem as componentes de tensões em
um ponto arbitrário qualquer dentro de um maciço semi-infinito, linear,
elástico, isotrópico e submetido a uma carga concentrada.
Considere uma carga pontual aplicada na superfície do terreno.

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EXEMPLIFICANDO
Determinemos o acréscimo de tensão nos pontos A e B, representados na
figura a seguir, utilizando a equação de Boussinesq:

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EXEMPLIFICANDO

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EXEMPLIFICANDO

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PROPOSIÇÃO DE NEWMAK

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PROPOSIÇÃO DE NEWMAK
Newmark partiu da equação de Boussinesq e seus estudos permitiram a
aplicação do conceito em diferentes tipos de geometrias, considerando as
tensões provocadas por carregamentos uniformemente distribuídos e que as
áreas possam ser decompostas em retângulos.

Esta proposição resolveu o problema para calcular as tensões verticais


aplicadas por uma fundação quadrada ou retangular.

A equação desenvolvida por Newmak foi reduzida em um “fator de influência” I


que pode ser obtido pelo ábaco:

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PROPOSIÇÃO DE NEWMAK

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PROPOSIÇÃO DE NEWMAK
O gráfico nos dá subsídios para obtenção do fator de influência I unitário, que é
o fator pelo qual multiplicaremos a carga aplicada na superfície, porém
observe que pelo princípio da superposição dos esforços temos 4 casos
distintos:

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PROPOSIÇÃO DE NEWMAK
No caso 01, quando consideramos a influência da carga externa no ponto A,
teremos uma área de influência de arestas X e Y.

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PROPOSIÇÃO DE NEWMAK
No caso 02, quando consideramos a influência da carga externa no ponto B,
teremos quatro áreas de influência de arestas X e Y.

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PROPOSIÇÃO DE NEWMAK
No caso 03, quando consideramos a influência da carga externa no ponto C,
teremos duas áreas de influência de arestas X e Y.

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PROPOSIÇÃO DE NEWMAK
No caso 04, quando consideramos a influência da carga externa no ponto D,
teremos duas áreas de influência de arestas X e Y.

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EXEMPLIFICANDO
Foi projetada para uma edificação uma fundação em radier, conforme indicado
na planta apresentada na figura a seguir:

Calcule o acréscimo de tensão que uma carga de 100 kPa provocará a 10


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metros de profundidade nos pontos X, Y e Z.
EXEMPLIFICANDO

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EXEMPLIFICANDO

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EXEMPLIFICANDO

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EXEMPLIFICANDO

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SOLUÇÃO DE LOVE

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SOLUÇÃO DE LOVE
Quando temos carregamentos que são uniformemente distribuídos sobre uma
fundação circular, temos a solução de Love, que nos permite calcular as
tensões em qualquer ponto de um semiespaço infinito:

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DÚVIDAS

E-MAIL: eric.rodrigues@kroton.com.br

WHATSAPP/TELEFONE: (84) 99627-5378 / (96) 99627-5378

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REFERÊNCIAS
Este material foi desenvolvido com o objetivo de servir de apoio aos alunos da Faculdade de Macapá (FAMA), na
construção das competências demandadas por essa disciplina. Este material deve funcionar de maneira dinâmica,
passando sempre por atualizações. Dessa forma, sua contribuição é primordial para o desenvolvimento desse material.
Envie seus comentários e sugestões para ericgabriel.rodrigues@gmail.com.

Diversas figuras e exemplos utilizados nos slides foram retirados da bibliografia a seguir:

LEÃO, M. F.; PAIVA, G. V. C. Mecânica dos Solos Avançada e Introdução a Obras de


Terra. Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S.A., 2018. 224 p.

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MECÂNICA DOS SOLOS AVANÇADA
E INTRODUÇÃO A OBRAS DE TERRA

UNIDADE 1 - TENSÕES NO SOLO

Seção 1.3: Tensões verticais


devido às cargas aplicadas na
superfície

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eric.rodrigues@kroton.com.br
(84) 99627-5378 / (96) 99191-9825

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