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1) Falar de Broms, diferença da estaca curta e longa, e como na prática se diferencia estaca curta da
longa, e quanto a sua ruptura.
O método de Broms é o único que não considera que o solo tem comportamento elástico, isso o deixa mais
próximo da realidade.
Para calcular uma estaca que você não tem certeza se é curta ou longa, se calcula os dois jeitos e vê qual
resistência é menor. Se o solo romper antes que a estaca, é uma estaca curta, se a estaca romper antes que
o solo é estaca longa.
No caso de estacas curtas a ruptura ocorre quando a resistência lateral do solo é excedida, enquanto a
ruptura de estacas longas ocorre quando se forma rótula plástica em um ou mais pontos do fuste.
O comportamento curta/longa depende do solo e da estaca (geometria e material).
Classificação das estacas carregadas horizontalmente: Estacas Rígidas: A relação Ld/D é geralmente <10 a
12. Giram como um corpo rígido quando submetida a um carregamento horizontal; Os deslocamentos por
flexão são pequenos; Os deslocamentos aumentam linearmente com a distância do ponto ao centro de
rotação.
Estacas Flexíveis ou Estacas Longas: A relação Ld/D é em geral elevada. Os deslocamentos por flexão são
elevados quando comparados com aqueles causados por rotação.
Deve-se levar em conta, para efeito de projeto: Segurança à ruptura e Deslocamentos (não excessivos para
carga de trabalho).

2) Quais são os métodos para se calcular o estaqueamento?


Existem diversos métodos de cálculo elástico de estaqueamento. Entre os métodos gráficos, um dos mais
famosos é o método de Culman, que permite a determinação das cargas em blocos com estacas inclinadas
em até 3 direções de inclinação.
O método sistematizado por Frederic Schiel é um método absolutamente geral, capaz de resolver qualquer
estaqueamento.
Premissas básicas do método:
1) O bloco de coroamento é suficientemente rígido para que se possa desprezar sua deformação diante das
deformações das estacas.
2) As estacas são supostas articuladas no bloco e na ponta.
3) Despreza-se a capaciddae de carga do solo subjacente ao bloco, isto é, a contribuição do bloco
trabalhando como fundação direta é desprezível.
4) Não há preocupação quanto à flambagem das estacas, se elas estiverem totalmente enterradas.
5) O esforço axial na estaca é proporcional à projeção do deslocamento do topo da estaca sobre o eixo da
mesma.

3) Afirmação que quando ocorre atrito negativo ocorre efeito de Tschebotarioff e vice-versa. É
verdade?
Atrito negativo é quando o recalque do solo é maior que o recalque da estaca e o atrito natural dele com a
estaca vai puxar ele pra baixo.
O efeito de Tschebotarioff é quando você tem uma sobrecarga do lado do conjunto de estacas, então o
atrito que vai ter do lado desse conjunto vai gerar fluxo de tensões horizontais em cima da estaca causando
flexão.Com esse esforço lateral você tem também o recalque do solo maior do que o recalque da estaca, ou
o recalque da estaca é zero, porque ela não está sendo solicitada, só tem o recalque no solo, então o solo
também vai fazer atrito lateral, ou seja, quando tem efeito de Tschebotarioff pode também ocorrer atrito
negativo.
Já o contrário não ocorre, porque o atrito negativo nada mais é que o recalque do solo maior que o da
estaca, então se o solo está sendo solicitado na região das estacas e ele recalca e a estaca permanece, não
necessariamente se tem movimentação lateral. A tensão lateral que vai ocorrer pode estar ocorrendo só
longe dali, não necessariamente vai estar ocorrendo na região do grupo de estacas.
Ou seja, quando se tem efeito de Tschebotarioff existe atrito negativo, mas quando existe atrito negativo
não necessariamente existe efeito de Tschebotarioff.

4) Quais os esforços, além daqueles que ocorrem devido as cargas transmitidas pela estrutura, que
o projetista de fundações deve considerar? Explique que esforços são estes e como eles se
originam. Como você poderia eliminar, ou pelo menos reduzir, a atuação de tais esforços na
pratica? De exemplos, através de desenhos.
Cargas horizontais, efeito de sobrecarga assimétrica em estacas de fundação e atrito negativo.
Cargas horizontais: por carregamentos decorrentes de vento, ondas, pressão de terras, de água, etc.
No caso de haver estacas inclinadas no bloco de fundação, estas absorverão os carregamentos horizontais
por esforços axiais. No caso das estacas do bloco serem verticais, estas absorverão os esforços horizontais
por flexão. As estacas irão se deformar, despertar reações do solo que, por sua vez, irão equilibrar as forças
e os momentos aplicados.
Efeito de sobrecarga assimétrica em estacas de fundação: toda sobrecarga unilateral aplicada diretamente
sobre o solo de fundação induz pressões e deslocamentos no interior da massa de solo, na direção vertical e
horizontal. No caso de haver estacas perto da área carregada, estas serão um impedimento a deformação do
solo e, portanto, absorverão as cargas provenientes desta restrição. Para se afastar a causa ou diminuir seus
efeitos temos as opções de: remoção do trecho em argila mole; pré-carregamento do aterro com ou sem
emprego de drenos de areia para acelerar os recalques; diminuição do valor da sobrecarga com a utilização
do material de aterro com pequeno peso específico; utilização de estacas que produzam pequeno
deslocamento quando de sua cravação, como perfis metálicos e estacas tubulares; utilização de estacas com
adequada resistência a flexão e orientadas com seu eixo de maior inercia normal à direção do movimento;
encamisamento das estacas no trecho sujeito aos maiores movimentos. Os fatores que mais influenciam a
distribuição de pressões laterais que atuam sobre as estacas: a altura e peso específico do material do aterro
ou do material armazenado; características da camada compressível; rigidez das estacas; geometria do
estaqueamento; distância das estacas á sobrecarga; interação das sucessivas linhas de estacas e o terreno ;
tempo.
Atrito negativo: Surge em determinados trechos da estaca nos quais o recalque do solo que a envolve é
maior que o recalque da estaca. Quando a estaca recalca sobre a ação de um carregamento, o movimento
relativo da massa de solo é para cima e o atrito lateral é positivo. As causas principais do atrito negativo são:
alívio ou rebaixamento de lençol freático; amolgamento do terreno devido à cravação; colocação de
sobrecargas na superfície do terreno; flutuação natural do nível d’água. Pode ser reduzido das seguintes
formas: pré-carregamento das camadas compressíveis, fazendo com que a maior parte dos recalques ocorra
antes da instalação das estacas; eliminação do contato direto entre a estaca e o solo (encamisamenro da
estaca com tubos de maior diâmetro, preenchendo-se o espaço entre a estaca e o tubo com areia fofa);
aplicação de uma camada de betume na superfície da estaca.
Exemplos: cargas horizontais, atrito negativo e sobrecarga unilateral
P2-praticas

1) a) Calcule o estaqueamento da figura abaixo, para um esforço vertical igual a 2600 kN e um momento,
como indicado no desenho, de 230 kNm.
b) Se durante a locação do pilar ocorrer um desvio de locação, fazendo com que o centro deste se
desloque 10 cm para a direita, quais os acréscimos (e decréscimo) ocorrerão nas cargas determinadas
anteriormente para as estacas?
2) A figura a seguir apresenta o perfil geotécnico simplificado na região de um armazém graneleiro
construído sobre uma espessa camada de argila mole. Determine, para as estacas da periferia, o diagrama
de pressões horizontais que você consideraria como atuante nas estacas em decorrência da
complementação do aterro externo após recalque de 1,3 m. Determine também o atrito negativo. Se
necessitar, arbitre parâmetros geotécnicos para o solo. Para tal, consulte suas notas de aula, mas faça
pequenas alterações nos parâmetros indicados, para individualizar a sua escolha.

3) Exercício: atrito negativo; demonstrar o método de calculo do bloco de fundações em pontes, aquele
método literal
aula 27/11, caso comum em fundações de pontes?

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