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ESTACAS E TUBULÕES SOB ESFORÇOS

TRANSVERSAIS

(Laterally loaded piles or


Piles under lateral loading)

Gustavo Vaz de Mello Guimarães – UFRJ/COPPE


gvmg@coc.ufrj.br
INTRODUÇÃO

a) Casos de ocorrência
• torres de linhas de transmissão, pórticos de
subestação, postes, torres de celular, etc.
• pontes, viadutos;
• estruturas off-shore (ex. plataformas fixas);
• estruturas metálicas em geral (pequeno peso em
relação às solicitações de vento – Fh>>Fv.);
• estruturas portuárias;
• máquinas;
• edifícios altos.
INTRODUÇÃO

• Existem 2 modos de projetar-se estacas para resistirem a


esforços horizontais:

– Estacas inclinadas
• São preferíveis pois as estacas trabalham apenas
axialmente e os deslocamentos geralmente são
pequenos;
• Execução difícil em alguns casos.
– Estacas verticais
• Absorvem a carga horizontal por flexão das estacas;
• As estacas trabalharão por flexo-compressão ou
flexo-tração.
INTRODUÇÃO
INTRODUÇÃO

•Distribuição de tensões horizontais em uma estaca antes e


depois do deslocamento lateral.

ZONA DE
DECRÉSCIMO
DE TENSÕES

•Depois do
carregamento
•Antes do
carregamento
ZONA DE
ACRÉSCIMO
DE TENSÕES
INTRODUÇÃO

Detalhe das trincas e intumescimento do solo


na parte frontal da estaca (Guimarães, 2007).
INTRODUÇÃO

Um aspecto fundamental no estudo das estacas


carregadas transversalmente é a questão da
reação do solo, ou seja, como o terreno resiste à
ação da estaca. É um problema complexo. Sabe-se
que essa reação depende não somente da
natureza do solo como, também, do
nível do carregamento (uma vez que
o solo é um material não linear),
tipo de solicitação (estática, cíclica,
etc.) e da forma e dimensão da estaca.
INTRODUÇÃO

Ao imaginar uma estaca vertical submetida a uma


força horizontal H aplicada acima da superfície do
terreno, é fácil entender que à medida que H cresce,
os deslocamentos horizontais da estaca e a
correspondente reação do solo crescem até que se
atinge a ruptura do solo, supondo que a estaca
resista às solicitações fletoras que nela aparecem.
INTRODUÇÃO

b) Tipos de carregamento

• curta duração ou estático


• cíclico
• carga mantida
• dinâmico
INTRODUÇÃO

Carregamento Estático

• Caracteriza-se pelo aumento monotônico do


carregamento;
• Tem curta duração;
• Raramente encontrado na prática;
• As curvas p-y de estacas submetidas a
carregamento estático podem servir de base
para estudar-se os efeitos de outros tipos de
carregamentos.
INTRODUÇÃO

Carregamento cíclico
• Ocorre com torres de transmissão, estruturas
offshore, pontes, estruturas portuárias, etc.
• A posição do N.A. afeta a resposta do solo ao
carregamento lateral de uma estaca, assim:
– Para argilas saturadas com N.A. acima do NT
(incluindo argilas moles) a perda de resistência em
relação à resistência estática é muito importante. Em
argilas rijas podem ocorrer vazios (com a carga
cíclica) e erosão com perda adicional de resistência.
– Para argilas rijas acima do N.A. e areias o
efeito do carregamento cíclico é importante,
mas não tanto quanto no caso anterior.
INTRODUÇÃO

Carregamento
cíclico
INTRODUÇÃO

estático
x
cíclico
INTRODUÇÃO

Carregamento mantido
• Quando se mantém uma estaca carregada
por um grande tempo é verificado aumento
nos seus deslocamentos sem acréscimo de
carga.
• Esse efeito é pouco significativo para
argilas pré-adensadas e areias, mas
importante para argilas normalmente
adensadas.
INTRODUÇÃO

•Carregamento estático, cíclico e mantido


•Carregamento •Efeito dos ciclos de •Efeito do carregamento
estático carregamento mantido

•Carregamento
estático

•Carregamento cíclico •Carregamento mantido


INTRODUÇÃO

Carregamento dinâmico

• Principal preocupação  liquefação (em


solos granulares finos, fofos, saturados)
• Cargas decorrentes da ação de máquinas,
tráfego, ondas e terremotos.
• A freqüência de ondas de tráfego e ondas
é geralmente baixa o suficiente para que
curvas p-y possam ser usadas.
DIMENSIONAMENTO

Aspectos que devem ser verificados no


dimensionamento de estacas/tubulões
submetidos a carga horizontal

• Deslocamentos;
• Segurança à ruptura do solo;
• Segurança à ruptura estrutural da estaca.
DIMENSIONAMENTO

2 abordagens existem quanto ao dimensionamento


de estacas/tubulões carregados transversalmente:

(i) para as cargas de trabalho;


(ii) em relação à ruptura.
DIMENSIONAMENTO

Embora conceitualmente o projeto deva


sempre envolver as duas abordagens, a
prática de projeto em alguns casos
geralmente envolve a escolha de apenas
uma das abordagens, o dimensionamento
em relação à ruptura.
DIMENSIONAMENTO

Alguns métodos analisam a condição de trabalho,


fornecendo, para as forças horizontais de serviço, os
deslocamentos horizontais e esforços internos na estaca.

Nesses métodos o solo é representado de duas formas (ou


modelos): a 1ª é uma extensão da hipótese de Winkler do
estudo das vigas de fundação, em que o solo é substituído
por molas (horizontais), independentes entre si; a 2ª
considera o solo como um meio contínuo, normalmente
elástico.
DIMENSIONAMENTO

Em ambos os modelos, as tensões despertadas no solo


precisam ser verificadas quanto à possibilidade de se
esgotar a resistência passiva do mesmo.

Isto pode ser feito num processo à parte, se as molas forem


consideradas lineares ou o meio elástico linear.

Numa forma mais elaborada, em que a reação é do tipo


mola - porém não linear - , o comportamento do solo é
modelado até a ruptura pelas conhecidas “curvas p-y”.
Assim, a possibilidade de se esgotar a resistência passiva
do solo numa dada profundidade é considerada pelo
modelo.
DIMENSIONAMENTO

Como o solo ao redor de uma estaca carregada


horizontalmente é solicitado em compressão de um lado e
em tração do outro, do lado tracionado o solo tende a não
acompanhar a estaca (os solos não resistem normalmente
à tração).

Assim, o modelo de meio elástico contínuo não representa


adequadamente o solo na vizinhança de uma estaca sob
carga horizontal. Além disso, o modelo de Winkler é mais
utilizado na prática e, portanto, há uma maior experiência
no seu uso (Prakash e Sharma, 1990). Esse modelo será
explorado no presente curso.
DIMENSIONAMENTO

Outros métodos analisam a estaca na condição de ruptura


(ou equilíbrio plástico), fornecendo a força horizontal que
levaria à ruptura do solo e/ou da estaca, força esta que
precisará ser reduzida por um fator de segurança (global)
para obtenção da máxima força horizontal de serviço.

Os chamados métodos de ruptura normalmente não


fornecem deslocamentos para as cargas de serviço.
DIMENSIONAMENTO

Modelos dos principais


métodos de análise
1. Estaca elástica ou rígida e solo representado por
molas (hipótese de Winkler - kh)
2. Estaca elástica e solo elástico;
3. Estaca elástica e solo discretizado em elementos
finitos;
4. Estaca rígida e solo plástico;
5. Estaca não linear e curvas p-y (hipótese de
Winkler) para o solo.
Filosofia curvas p–y
(Reese e Van Impe, 2001)

•O coeficiente de reação horizontal do solo decresce à


medida que os deslocamentos na estaca crescem.
DIMENSIONAMENTO

Modelos dos principais


kh métodos de análise
(a) (e)
a) Estaca elástica/rígida e
solo representado por kh
kh
b) Estaca elástica e solo
elástico
c) Estaca elástica e solo
(b) (c)
discretizado
d) Estaca rígida e solo plástico
c,f
e) Estaca não linear e curvas
p-y (hipótese de Winkler)
para o solo.
(d)
DIMENSIONAMENTO (i) Cargas de trabalho:

Principais abordagens para considerar o solo:

• 1ª é uma extensão da hipótese de Winkler, onde


surge o conceito de coeficiente de reação horizontal
kh (dimensão FL-3).

• 2ª o solo é considerado como um meio elástico


contínuo caracterizado por E e n.
DIMENSIONAMENTO (i) Cargas de trabalho:

Comparação solo elástico e hipótese de Winkler


(Santa Maria, P.E.L., notas de aula)
DIMENSIONAMENTO (i) Cargas de trabalho:

Comparação solo elástico e hipótese de Winkler


(Poulos e Davis, 1980)

• Solo meio elástico contínuo


– Representação do solo mais satisfatória devido à
natureza contínua do solo;
– Possibilita análise de efeito de grupo;
– Principal dificuldade: obtenção do módulo de
elasticidade apropriado.
DIMENSIONAMENTO (i) Cargas de trabalho:

Comparação solo elástico e hipótese de Winkler


(Poulos e Davis, 1980)

• Hipótese de Winkler
– Principal desvantagem: deslocamentos de um ponto não são
influenciados pelas tensões e forças de outros pontos no interior do
solo. Além disso, o módulo de reação (o coeficiente de mola) depende
das dimensões da fundação;
– A despeito disso, o enfoque tem sido muito empregado porque o
método de análise é relativamente simples;
– Pode incorporar fatores como:
• não linearidade;
• variação da rigidez com a profundidade e estratificação do perfil.
– Existe muita experiência com o método e várias correlações empíricas
existem para a estimativa do módulo.
DIMENSIONAMENTO (i) Cargas de trabalho:

Hipótese de Winkler
No caso de uma viga de fundação, a substituição do solo
por “molas independentes” pode ser compreendida
facilmente.
O mesmo não acontece com uma estaca imersa no solo.
Qualquer que seja a forma da seção transversal, o solo
resiste ao deslocamento horizontal da estaca por tensões
normais contra a frente da estaca e por tensões cisalhantes
atuando nas laterais não há praticamente resistência na
parte de trás da estaca.
DIMENSIONAMENTO (i) Cargas de trabalho:

Hipótese de Winkler
Para efeitos práticos, considera-se que a resultante dessas
tensões atua numa área correspondente à frente da estaca,
ou seja, numa faixa com largura igual ao diâmetro ou largura
da estaca, B. Assim, a reação do solo é suposta uma tensão
normal (geralmente chamada de p), atuando numa faixa de
largura B, perpendicular à qual ocorre o deslocamento
horizontal.
DIMENSIONAMENTO (i) Cargas de trabalho:

Hipótese de Winkler
Pela Hipótese de Winkler, pode-se escrever, então,

p  kh v ou p  kh y
p = tensão normal horizontal (dimensão FL-2) atuando na frente da estaca
(numa faixa de largura B = diâmetro ou largura da estaca);

kh = coeficiente de reação horizontal (dimensão FL-3);

n = deslocamento horizontal; esse deslocamento n


no sentido do eixo y - recebe, no estudo de estacas
sob forças transversais, freqüentemente a notação y.
DIMENSIONAMENTO (i) Cargas de trabalho:
Hipótese de Winkler
É preciso atentar para a forma como o coeficiente de reação
horizontal é expresso nos diferentes trabalhos sobre o assunto.
Além do coeficiente descrito anteriormente (dimensão FL-3), há o
coeficiente de reação incorporando a dimensão transversal da
estaca B, ou seja, Kh = kh B (dimensão FL-2). Este, por sua vez, não
deve ser confundido com o coeficiente de rigidez de mola
correspondente a um dado segmento de estaca K (dimensão FL-1),
obtido multiplicando Kh pelo comprimento do segmento.
Este cuidado deve se estender também à pressão horizontal p, que,
dependendo do método, incorpora a dimensão transversal da estaca,
ficando com a dimensão FL-1 .
É recomendável, portanto, que, ao se aplicar um determinado
método, se faça uma análise dimensional de suas principais
equações para se determinar as unidades de seus parâmetros.
DIMENSIONAMENTO (i) Cargas de trabalho:

Hipótese de Winkler

• Coeficiente de reação horizontal (kh) depende:

– do tipo de solicitação (estática, cíclica, etc);


– das propriedades do solo e da estaca;
– da profundidade;
– do deslocamento da estaca.
DIMENSIONAMENTO (i) Cargas de trabalho:

Hipótese de Winkler

Variação do coeficiente de reação horizontal em


relação a profundidade.
DIMENSIONAMENTO (i) Cargas de trabalho:

Hipótese de Winkler

Caso do kh crescente com a profundidade:


z
k h  mh z ou k h  nh
B

mh = taxa de crescimento do coeficiente de reação horizontal com a


profundidade (dimensão FL-4)

nh = taxa de crescimento do coeficiente de reação horizontal com a


profundidade, incluindo a dimensão transversal B, ou seja, nh = mh B
(dimensão FL-3)
DIMENSIONAMENTO (i) Cargas de trabalho:

Hipótese de Winkler

Contribuições à avaliação do coeficiente de reação horizontal:

•Terzaghi, 1955:
(1) argilas muito sobre-adensadas, para as quais kh pode ser
considerado praticamente constante com a profundidade;
(2) argilas normalmente adensadas e areias, para as quais kh cresce
linearmente com profundidade
DIMENSIONAMENTO (i) Cargas de trabalho:

Hipótese de Winkler
Sendo E é o módulo de elasticidade do solo e considerando que os deslocamentos
a uma distância da estaca maior que 3B não têm influência sobre o
comportamento da estaca, Terzaghi (1955) propôs:

E
k h  0,74
B
Outros autores (p.ex., Broms, 1964a, Pyke e Beiake, 1985) sugerem relações
diferentes entre o módulo de elasticidade do solo e dimensão transversal da
estaca; para efeitos práticos, pode-se adotar

E
kh 
B
DIMENSIONAMENTO (i) Cargas de trabalho:

Hipótese de Winkler
Há que se lembrar que o módulo de elasticidade depende das condições de drenagem e do tipo
e nível de carregamento.

Carregamento drenado e não drenado

De modo geral, nos solos argilosos saturados, admite-se uma condição não-
drenada num carregamento rápido. Se a carga for mantida, deverá ocorrer
drenagem e os deslocamentos crescerão com o tempo, ou seja, os deslocamentos
de longo prazo devem ser calculados com parâmetros drenados.
Se Eu e nu (  0,5 ) são o módulo de elasticidade e o coeficiente de Poisson não-
drenados, e E’ e n’ estes parâmetros na condição drenada, tem-se:

3 E'
Eu 
2( 1  n ' )
DIMENSIONAMENTO (i) Cargas de trabalho:

Hipótese de Winkler

•Sendo 0,2 um valor típico de n’, tem-se Eu  1,3 E’. Daí se conclui que
os deslocamentos ao longo do tempo deverão ser, pelo menos, 30% dos
deslocamentos iniciais. Na realidade o processo de adensamento não é
corretamente descrito pela Teoria da Elasticidade, e se adota, na prática,
um coeficiente de reação drenado cerca de 50% a 60% do não drenado.

Importante: os solos superficiais são os mais solicitados pelo carregamento


horizontal das estacas, e, portanto, a escolha de parâmetros deve se
dirigida a eles. Ainda, na aplicação dos métodos tradicionais de análise de
estacas sob forças horizontais, observa-se que os acréscimos de tensões
horizontais pelo carregamento praticamente desaparecem abaixo de 4 ou
5 vezes o chamado comprimento característico. Assim, no início dos
cálculos, deve-se estimar o comprimento característico e, daí, verificar que
solos serão solicitados.
DIMENSIONAMENTO (i) Cargas de trabalho:

Hipótese de Winkler

Argilas moles (normalmente adensadas)

Terzaghi (1955) não fornece valores típicos. Pode-se tentar estimá-los a


partir da razão Eu/Su (tipicamente 300 para carregamentos distantes da
ruptura e 100 para mais próximos da ruptura) e da razão Su/s’vo
(tipicamente 0,25 para argilas sedimentares de elevada plasticidade,
normalmente adensadas). A tensão vertical efetiva original (s’vo) é função
do peso especifico submerso, que depende da idade do sedimento
(“envelhecimento” ou “aging” do sedimento) e do teor de areia.
Supondo que o depósito tem uma idade considerável e que a argila,
submersa, apresenta gsub = 5 kN/m3, ter-se-ia

S u  1,2 z (para z em m e Su em kN/m2)


DIMENSIONAMENTO (i) Cargas de trabalho:

Hipótese de Winkler

Combinando a equação anterior com a razão Eu/Su e com kh = E/B


obtém-se, para uma baixa mobilização de resistência:

300 S u 360 z
kh   (para z e B em m e kh em kN/m3)
B B

kh 360
mh   (para B em m e mh em kN/m4)
z B

nh  mh B  360 kN / m 3
DIMENSIONAMENTO (i) Cargas de trabalho:

Hipótese de Winkler
Para uma elevada mobilização de resistência, deve-se
adotar a metade ou um terço deste valor. Para incorporar
a drenagem, devem-se reduzir, ainda, a 50%.

Sedimentos orgânicos recentes, permanentemente


submersos em baías e estuários (“lodo” ou “vasa”),
encontrados em obras de portos, podem apresentar gsub
da ordem de 2 kN/m3.

Nesses casos, valores ainda menores da taxa do


coeficiente de reação devem ser usados:
nh ~ 60 kN/m3.
DIMENSIONAMENTO (i) Cargas de trabalho:

Hipótese de Winkler
Na literatura há algumas poucas sugestões de valores de nh e mh para
solos argilosos moles, das quais se extraiu a Tabela abaixo:

Tipo de solo Faixa de valores de Valores sugeridos


nh (kN/m3)* para mh (kN/m4)**
Solos orgânicos recentes (vasa, 10 15
lodo, turfa, etc.)
Argila orgânica, sedimentos 60 80
recentes
Argila siltosa mole, sedimentos 80 150
consolidados (norm.
adensados)

* adaptado de Davisson (1970), suposto válido para estacas de 0,3m de lado


** adaptado de Miche (1930)
DIMENSIONAMENTO (i) Cargas de trabalho:
Hipótese de Winkler
Argilas rijas (muito sobre-adensadas):
Para o coeficiente de reação horizontal de argilas muito sobre-
adensadas, kh, suposto constante com a profundidade, Terzaghi
(1955) sugere os mesmos valores obtidos com placas horizontais de
1’x1’.
Estes valores foram obtidos com uma placa de 30cm e, portanto, para
estacas de dimensões maiores, cabe uma correção de dimensão
(multiplicar esses valores por b/B, onde b=30cm e B é o diâmetro da
estaca). Não há menção do nível de carregamento, etc.

Resistência à compressão Faixa de valores de Valores sugeridos


simples (kgf/cm2) kh (kN/m3) para kh (kN/m3)
1-2 (rija) 160-320 240

2-4 (muito rija) 320-640 480

>4 (dura) >640 960


DIMENSIONAMENTO (i) Cargas de trabalho:

Hipótese de Winkler
Areias
Para areias, os valores da taxa de crescimento do coeficiente de reação
horizontal com a profundidade incorporando a dimensão transversal
(nh) sugeridos por Terzaghi (1955) estão na Tabela abaixo.
Não há menção do nível de carregamento, etc.

Valores típicos do coeficiente de reação horizontal para areias, válidos para estacas de 30cm de lado*
(Terzaghi, 1955). n (MN/m3)
h
Compacidade Acima do NA Abaixo do NA

Fofa 2,3 1,5


Medianamente compacta 7,1 4,4
Compacta 17,8 11,1

*Para uma estaca com dimensão transversal, B, multiplicar os valores acima por b/B, onde b=30cm
DIMENSIONAMENTO (i) Cargas de trabalho:

Hipótese de Winkler

A premissa de que o coeficiente de reação num subsolo de areia


cresce linearmente com a profundidade deve ser verificada pelo
exame do perfil de ensaios SPT ou CPT. O perfil pode indicar uma
situação diferente, com camadas de compacidades distintas e, nesse
caso, pode-se adotar um coeficiente de reação para cada camada.
Para esta adoção pode-se lançar mão de correlações entre o módulo
de elasticidade do solo e resultados de ensaios de penetração. Uma
correlação típica é (Lopes et al., 1994).

E’ ~ 2 NSPT (para E’ em MN/m2)


DIMENSIONAMENTO (i) Cargas de trabalho:

Hipótese de Winkler
Válida para carregamentos de baixa mobilização da
resistência (ou cíclicos).
E
Assim, combinando com a equação kh 
B

E' 2 N SPT
kh  ~
B B

Para primeiro carregamento e elevada mobilização da resistência,


deve-se reduzir o valor acima a pelo menos a metade, ou seja:

N SPT
kh ~ (para B em m e kh em MN/m3)
B
DIMENSIONAMENTO (i) Cargas de trabalho:

Hipótese de Winkler
Uma avaliação da previsão pelas equações mostradas e
comparação com os valores de Terzaghi (tabelas) pode ser feita
supondo uma estaca com 30cm de lado num subsolo de areia
submersa em que o perfil de SPT indica um crescimento linear
com a profundidade. Suponha-se, ainda, que a areia é fofa e que
a 10m de profundidade apresenta NSPT = 10.

E' 2 N SPT
kh  ~
B B B
nh  k h
N SPT z
kh ~
B
DIMENSIONAMENTO (i) Cargas de trabalho:

- Método Russo
Utilizado para cálculo de peças rígidas
enterradas utiliza o conceito das molas laterais
tipo “Winkler” com coeficiente de reação
horizontal crescente com a profundidade (Darkov
e Kusnezow, 1953, citados por Velloso e Lopes, 2002).
DIMENSIONAMENTO (i) Cargas de trabalho:

 s

s
DIMENSIONAMENTO (i) Cargas de trabalho:

Através das condições de equilíbrio da fundação


são calculados os deslocamentos vertical(w) e
horizontal (n) no topo da fundação, a rotação(),
e os diagramas de tensões laterais e verticais,
através das seguintes expressões (Velloso e
Lopes, 2002).
DIMENSIONAMENTO (i) Cargas de trabalho:

V
w
kV Ab n
z0 
2H 2 
n  L
k L Lb 3
kL kL 2
(onde  em radianos)
s h  - zn  z 
L L
2 HL  3M

1 3
k L L3b  kV Ab Bb 2
12 16
DIMENSIONAMENTO (i) Cargas de trabalho:

 n = deslocamento horizontal no topo da fundação


• H = força horizontal aplicada no topo da fundação
• V = força vertical aplicada no topo fundação
• L = profundidade da fundação
• b = lado da fundação
• kL = coeficiente de reação horizontal na profundidade L (base fund.)
  = rotação da fundação
• w = deslocamento vertical no topo da fundação
• M = momento aplicado no topo da fundação
• kV = coeficiente de reação vertical
• zo = profundidade em que a tensão horizontal é nula
 sh = tensão horizontal na profundidade z
• Ab = área da base da fundação
• Bb = diâmetro da base da fundação
DIMENSIONAMENTO (i) Cargas de trabalho:

V kV Bb
sV   
Ab 2
Sendo:
V = força vertical aplicada no topo fundação
sv = tensão vertical

As tensões verticais devem ser compatíveis com as


características do solo no nível da base .
DIMENSIONAMENTO (i) Cargas de trabalho:

Aplicação prática (Velloso e Kaminski, 1979):

- Fundação de uma ponte (travessia de um canal)


- Tubulão de base alargada = grandes dimensões.
DIMENSIONAMENTO (i) Cargas de trabalho:
DIMENSIONAMENTO (i) Cargas de trabalho:

ffuste = 2,0m

fbase = 4,5m
DIMENSIONAMENTO (i) Cargas de trabalho:
DIMENSIONAMENTO (i) Cargas de trabalho:
DIMENSIONAMENTO (i) Cargas de trabalho:

SOLUÇÕES PARA ESTACAS OU TUBULÕES LONGOS


BASEADAS NO COEFICIENTE DE REAÇÃO HORIZONTAL

Os métodos expostos neste item se propõem a analisar, na condição de


serviço, estacas e, eventualmente, tubulões cujo comprimento é tal que
podem ser tratados como vigas flexíveis semi-infinitas com apoio elástico
(ou seja, vigas ou estacas cujos efeitos do carregamento numa
extremidade desaparecem antes da extremidade oposta). Estas estacas
ou tubulões são ditos longos. O comprimento necessário para que se
possa considerar uma estaca ou tubulão longo é, tipicamente, 5 vezes o
comprimento característico, explicado a seguir (no trabalho de Hetenyi,
1946, para vigas de fundação, e de Miche, 1930, o limite é p ou 4,
enquanto no método de Matlock e Reese, 1960, o limite é 5).
DIMENSIONAMENTO (i) Cargas de trabalho:

• Coeficiente de reação horizontal constante


com a profundidade
– Recai no caso de viga horizontal.

•Fig. 15.7 de Velloso e Lopes (2002) – Hipótese de Winkler: coeficiente de reação horizontal constante
DIMENSIONAMENTO (i) Cargas de trabalho:

• Se a estaca tem cabeça livre e o comprimento da estaca é


tal que ela se comporte como viga de comprimento semi-
infinito (λL>4) temos:
Sendo:
•y0 = Deslocamento horizontal do topo da estaca na superfície
do terreno;
•Mmax = Momento máximo da estaca numa profundidade
0,7/λ;
•Momento atuante na estaca ao nível do terreno;
•λ = Rigidez relativa estaca-solo;
•Kh = Coeficiente de reação horizontal que incorpora o
diâmetro da estaca;
•I = Momento de inércia da seção transversal da estaca;
•EP = Módulo de Young da estaca;
•H = Carga horizontal aplicada na estaca.
DIMENSIONAMENTO (i) Cargas de trabalho:

• Método de Miche (1930)


– Coeficiente de reação horizontal variando linearmente
com a profundidade:
cortantes

Fig. 15.8 de Velloso e Lopes (2002) – Método de Miche: estaca vertical submetida a uma força
horizontal aplicada no topo, coincidente com a superfície do terreno
DIMENSIONAMENTO (i) Cargas de trabalho:

• Método de Miche (1930)


– Sendo:
•EP = Módulo de Young da estaca;
•I = Momento de inércia da estaca;
•mh = Taxa de crescimento do coeficiente de reação horizontal do
solo;
•B = Diâmetro da estaca;
•y0 = Deslocamento horizontal no topo da estaca ao nível da
superfície do terreno;
•H = Carga horizontal aplicada na estaca;
•tgβ = Tangente do diagrama de reação do solo;
•Mmax = Momento fletor máximo na estaca a uma profundidade
de 1,32T;

A uma profundidade da ordem de 4T, os momentos fletores e os esforços


cortantes são muito pequenos e podem ser desprezados.
DIMENSIONAMENTO (i) Cargas de trabalho:

• Método de Miche (1930)


– Para L<1,5T a estaca será calculada como rígida e o
momento fletor máximo será dado por:

– Para comprimento da estaca entre 1,5T e 4T o momento fletor


máximo pode ser obtido aproximadamente por interpolação
através do gráfico abaixo:
DIMENSIONAMENTO (ii) Em relação à ruptura:

• Alguns métodos, consagrados pela literatura,


podem ser destacados para o dimensionamento
de fundações em estacas verticais solicitadas
por cargas últimas horizontais. Esta situação
retrata o colapso, ou ruptura, do sistema solo –
estaca.
DIMENSIONAMENTO (ii) Em relação à ruptura:

Dentre as metodologias existentes, a de Brinch-


Hansen (1961) e a de Broms (1964a, 1964b e
1965) são as mais utilizadas na atual prática de
projetos de fundações em estacas solicitadas a
cargas horizontais.
DIMENSIONAMENTO (ii) Em relação à ruptura:

O MÉTODO DE BRINCH - HANSEN (1961)


• A metodologia é baseada na teoria do empuxo de
terras. A principal vantagem do método seria sua
aplicabilidade a solos com c (coesão) e f (ângulo
de atrito), e a possibilidade de utilização em solos
estratificados. As desvantagens são a aplicação
restrita a estacas curtas e a solução por tentativas.
DIMENSIONAMENTO (ii) Em relação à ruptura:

H - força horizontal aplicada


no topo da fundação
e - excentricidade vertical
L - profundidade enterrada
da fundação
DIMENSIONAMENTO (ii) Em relação à ruptura:

B - lado da fundação
z - profundidade
Hu - esforço horizontal último no topo do terreno
Mu - momento último aplicado no topo do terreno
pzu - distribuição de tensões horizontais
DIMENSIONAMENTO (ii) Em relação à ruptura:

F y 0
zr L
H u -  pzu Bdz   pzu Bdz  0
0 zr

M  0
zr L
H u e   pzu Bzdz -  pzu Bzdz  0
0 zr
DIMENSIONAMENTO (ii) Em relação à ruptura:

• Conhecida a distribuição de tensões pzu, é


possível, por tentativas, através das equações
determinar os valores zr e Hu. Hansen (1961)
fornece:

pzu  s 'vz Kq  cKc


s 'vz - tensão vertical efetiva na profundidade z;
K q e K c - fatores que dependem de f e de z/B.
DIMENSIONAMENTO (ii) Em relação à ruptura:

No caso de argilas saturadas, para carregamentos rápidos deve-se usar a


resistência não-drenada Su; para carregamentos lentos (ou para uma avaliação
do comportamento a longo prazo) devem-se usar parâmetros drenados c’ e ’.
DIMENSIONAMENTO (ii) Em relação à ruptura:

•Exemplo numérico: Pede-se calcular o Hu para uma estaca com 6m de


comprimento, seção circular de 0,5m de diâmetro, 4,5m cravados em
um solo arenoso com ’ = 30º e c = 0, peso específico 1,8 tf/m3; o lençol
d’água está na superfície do terreno .
DIMENSIONAMENTO (ii) Em relação à ruptura:
•MÉTODO DE BROMS (1964, 1964a, 1965)
O projeto de grupos de estacas carregadas é, em geral,
governado pelas exigências de que a ruptura completa do
grupo de estacas ou da estrutura de suporte não deve
ocorrer e que os deslocamentos para as cargas de trabalho
sejam tais que não prejudiquem o funcionamento da
fundação ou da superestrutura.
Uma estrutura em que apenas pequenos deslocamentos
podem ser tolerados, o projeto será definido pelos
deslocamentos sob as cargas de trabalho.
No caso de estruturas que podem suportar deslocamentos
relativamente grandes, o projeto será definido pela resistência
à ruptura das estacas.
DIMENSIONAMENTO (ii) Em relação à ruptura:

Coeficientes de majoração das cargas e de redução da


resistência

A ruptura de um grupo de estacas ou de estacas isoladas


carregadas lateralmente pode ocorrer:

(a) se as cargas efetivamente atuantes ultrapassam


largamente as previstas no projeto;

(b) se os parâmetros de resistência do solo ou do material da


estaca foram superestimados;
DIMENSIONAMENTO (ii) Em relação à ruptura:

(c) se o método de cálculo superestima a resistência lateral da


estaca.
Broms observa que as tensões na estaca não variam
proporcionalmente com as cargas atuantes e, por isso, o uso do
conceito de tensões admissíveis pode conduzir a um coeficiente de
segurança variável em relação à carga aplicada, à resistência ao
cisalhamento do solo, e à resistência estrutural da estaca.

Recomenda, então, que o projeto de estacas carregadas


lateralmente seja baseado no comportamento da fundação na
ruptura, utilizando coeficientes de majoração das cargas e de
redução da resistência para levar em conta as imprecisões na
determinação das cargas, na determinação das propriedades do
solo e no método de cálculo.
DIMENSIONAMENTO (ii) Em relação à ruptura:

• Os valores indicados para esses coeficientes são:

(a) Majoração dos esforços

• cargas permanentes: 1,5


• cargas acidentais: 2,0

(b) Redução das resistências

• coesão de projeto = 0,75 c


• tg  de projeto = 0,75 tg 
DIMENSIONAMENTO (ii) Em relação à ruptura:

Características do método:
• Permite a estimativa de carga de ruptura de estacas
submetidas a cargas horizontais;
• Não permite a estimativa de deslocamentos da estaca;
• Admite a estaca rígida e o solo plástico;
• Admite de modo geral que:
– Estacas de grande comprimento rompem quando a
resistência do material da estaca é esgotada, com a
formação de rótula plástica em um ou mais pontos do fuste
da estaca;
– Estacas curtas rompem quando a resistência do solo é
esgotada.
DIMENSIONAMENTO (ii) Em relação à ruptura:

Características do método:

• Analisa de modo diferente:


– Estacas com cabeça restringida e não restringida. O
primeiro tipo de estaca tem seu topo impedido de
girar, o segundo não.
– Estacas em solos argilosos e arenosos.

• Os valores de carga de ruptura podem ser


obtidos através de ábacos.
DIMENSIONAMENTO (ii) Em relação à ruptura:

Resistência à ruptura (ou plastificação) da estaca

No tipo de análise feita por Broms, é necessário que, no estado de


ruptura, a capacidade de rotação das rótulas plásticas formadas ao
longo do comprimento da estaca seja suficiente para:

(a) desenvolver o empuxo passivo do solo acima da rótula plástica


inferior;
(b) provocar a redistribuição completa dos momentos fletores ao
longo da estaca;
(c) utilizar a total resistência à ruptura (ou plastificação) da estaca
nas seções críticas.
DIMENSIONAMENTO (ii) Em relação à ruptura:

Algumas conclusões de Broms:

(a) a capacidade de rotação das estacas de aço é


suficiente para produzir completa redistribuição de
momentos e despertar o empuxo passivo acima da rótula
plástica ou acima do centro de rotação.

(b) no caso de estacas de madeira, as informações


disponíveis não permitem recomendar o método.
DIMENSIONAMENTO (ii) Em relação à ruptura:

(c) a capacidade de rotação das estacas de concreto armado


é, provavelmente, suficiente para desenvolver o empuxo
passivo antes que ocorra a ruptura no caso de solos não
coesivos e provocar uma completa redistribuição de
momentos se (1o) as estacas forem sub-armadas e (2o) se a
ruptura ocorre antes pelo escoamento da armadura do que
pelo esmagamento do concreto.

Resultados de ensaios em número suficiente não são, ainda,


disponíveis. Consequentemente, deve-se ter cuidado na
utilização do método proposto no caso de solos coesivos e
quando a ruptura é provocada pela formação de uma ou mais
rótulas plásticas.
DIMENSIONAMENTO (ii) Em relação à ruptura:

MODOS DE RUPTURA

•Estacas não-restringidas
DIMENSIONAMENTO (ii) Em relação à ruptura:

• Estaca curta: a resistência lateral última do solo é


superada pela distribuição das tensões de reação ao
longo de todo o comprimento da peça, ocasionando
uma rotação em torno de um ponto a certa
profundidade, caracterizando um movimento
rotacional de corpo rígido.
DIMENSIONAMENTO (ii) Em relação à ruptura:

•Estaca longa: o esgotamento da resistência da


seção transversal da peça ao momento máximo
atuante faz com que surja uma rótula plástica.
Catarina Tuna de Sousa
FEUP, 2006
Guimarães, 2007 COPPE/UFRJ

Deslocam ento (m m )
-40 -20 0 20 40 60 80 100
0

0,2
y = 4E-05x 2 - 0,0317x + 2,539
0,4

0,6

0,8

1,2
N.T
= 1,4
Distância em relação ao topo tubo inclinômetro (m)

1,6

1,8

2,2
Ponto de Rotação
2,4

2,6

2,8

3,2

3,4
DIMENSIONAMENTO (ii) Em relação à ruptura:

•Estacas restringidas
DIMENSIONAMENTO (ii) Em relação à ruptura:

• Estaca curta: a resistência lateral última do solo é superada pela


distribuição das tensões de reação ao longo de todo o comprimento
da peça, antes que ocorra a formação da primeira rótula plástica,
sendo assim o conjunto sofre um movimento translacional de corpo
rígido.
DIMENSIONAMENTO (ii) Em relação à ruptura:
• Estaca de comprimento intermediário: a ruptura pode ser
caracterizada quando, após a formação da primeira rótula plástica no
topo da estaca (junto ao bloco de coroamento), as tensões atuantes
no solo passam a exceder a capacidade resistente oferecida pelo
mesmo ao longo de todo comprimento da estaca e esta sofre rotação
em torno de um ponto localizado a certa profundidade.
DIMENSIONAMENTO (ii) Em relação à ruptura:
• Estaca longa: o esgotamento da resistência da seção transversal da
peça ao momento máximo atuante faz com que surjam duas rótulas
plásticas no local de momentos máximos, positivo e negativo, de
modo que as tensões no solo são redistribuídas. Assim é verificado
um movimento rotacional de parte do elemento estrutural.
DIMENSIONAMENTO (ii) Em relação à ruptura:
DIMENSIONAMENTO (ii) Em relação à ruptura:
Estacas em solos argilosos
(condição não drenada)

•Sendo:
•D = diâmetro da estaca
•cu = resistência não drenada do solo
DIMENSIONAMENTO (ii) Em relação à ruptura:
Estacas em solos argilosos
Estacas curtas, não restringidas
Máximo momento
fletor

A carga última (Pult)


pode ser obtida a
partir de Ábaco.
DIMENSIONAMENTO (ii) Em relação à ruptura:
Estacas em solos argilosos
Estacas curtas, não restringidas
P
f 
9 cu D

f
M pos
max  P ( e  1,5 D  f ) - P pos
M max  P ( e  1,5 D  0,5 f )
2

pos
M max  2,25 D g 2 cu

L  1,5 D  f  g
DIMENSIONAMENTO (ii) Em relação à ruptura:

Estacas em solos argilosos


Estacas curtas, restringidas

•Pult = 9.cu.D(L-1,5D)
DIMENSIONAMENTO (ii) Em relação à ruptura:

Estacas curtas em
solos argilosos
DIMENSIONAMENTO (ii) Em relação à ruptura:
Estacas em solos argilosos
Estacas longas, não restringidas

A carga última (Pult) pode ser


obtida a partir de Ábaco.

Myield
DIMENSIONAMENTO (ii) Em relação à ruptura:

Estacas em solos argilosos


Est. de comp. intermediário, restringidas

A carga última (Pult) pode


ser obtida a partir de Ábaco.
DIMENSIONAMENTO (ii) Em relação à ruptura:

Estacas em solos argilosos


Estacas longas, restringidas

A carga última (Pult) pode


ser obtida a partir de Ábaco.
DIMENSIONAMENTO (ii) Em relação à ruptura:
Estacas longas em solos argilosos
DIMENSIONAMENTO (ii) Em relação à ruptura:
Estacas em solos arenosos
(condição drenada)
DIMENSIONAMENTO (ii) Em relação à ruptura:
Estacas em solos arenosos
Estacas curtas, não restringidas
DIMENSIONAMENTO (ii) Em relação à ruptura:
Estacas em solos arenosos
Estacas curtas, não restringidas
DIMENSIONAMENTO (ii) Em relação à ruptura:
Estacas em solos arenosos
Estacas curtas, não restringidas
Q  3 D g L Kp

Md  P ( e  L )  R a

M r  0,5 g D L3 K p

0,5 g D L K p
3

Pult  KP  tan (45  f / 2)


2
(e  L )
DIMENSIONAMENTO (ii) Em relação à ruptura:
Estacas em solos arenosos
Estacas curtas, restringidas

Pult = 1,5.L2.D.g’.KP
DIMENSIONAMENTO (ii) Em relação à ruptura:

Estacas curtas em
solos arenosos
DIMENSIONAMENTO (ii) Em relação à ruptura:
Estacas em solos arenosos
Estacas longas, não restringidas
DIMENSIONAMENTO (ii) Em relação à ruptura:

Estacas em solos arenosos


Estacas longas, não restringidas

f P
3g f Kp DP f  0,82
2 g D Kp

1
pos
M max  P (e  f ) - P f  R a
pos
M max  P (e  0,67 f )  R a
3

M yield
P
P
( e  0,54 )
g D Kp
DIMENSIONAMENTO (ii) Em relação à ruptura:

Estacas longas em solos arenosos


DIMENSIONAMENTO (ii) Em relação à ruptura:

Observação acerca do método de Broms (1964a)


• Uma pesquisa recente (Maciel, 2006, Maciel et al.,
2006) mostrou que a aplicação do método de Broms
(1964a) para solos argilosos saturados em condição
não drenada, no caso específico de estacas de
pequeno comprimento L e grande diâmetro D, pode
conduzir a algumas anomalias. Tais anomalias são
decorrentes da simplificação adotada por Broms (1964a)
para o diagrama das forças de reação do solo.
DIMENSIONAMENTO (ii) Em relação à ruptura:

• Maciel (2006) e Maciel et al. (2006) desenvolveram uma


nova metodologia, baseada em um diagrama mais
apropriado para o caso de estacas de pequena relação
L/D, a qual pode ser utilizada através do emprego de
formulações ou da simples utilização de ábacos,
semelhantes aos desenvolvidos por Broms (1964a). As
respostas fornecidas pelo método proposto geram
soluções mais econômicas que as correspondentes ao
método de Broms (1964a).
PROVAS DE CARGA HORIZONTAIS
PROVAS DE CARGA HORIZONTAIS
PROVAS DE CARGA HORIZONTAIS
PROVAS DE CARGA HORIZONTAIS
PROVAS DE CARGA HORIZONTAIS

•Tuna de Sousa (2006)


PROVAS DE CARGA HORIZONTAIS

Guimarães, 2007
PROVAS DE CARGA HORIZONTAIS
PROVAS DE CARGA HORIZONTAIS
PROVAS DE CARGA HORIZONTAIS
PROVAS DE CARGA HORIZONTAIS
PROVAS DE CARGA HORIZONTAIS
PROVAS DE CARGA HORIZONTAIS
PROVAS DE CARGA HORIZONTAIS
PROVAS DE CARGA HORIZONTAIS
PROVA DE CARGA
Comportamento carga x deslocamento horizontal

•1as trincas (50kN) dh finais (80mm)


Deslocamento (mm)
0 20 40 60 80 100
80
extensômetro 1
70 extensômetro 2

60 •A curva carga x
deslocamento não
apresentou ruptura
Carga (kN)

50
bem definida.
40

30

20

10

0
PROVAS DE CARGA HORIZONTAIS
PROVAS DE CARGA HORIZONTAIS
REFERÊNCIAS

• Broms (1964a, 1964b, 1965)


• Darkov e Kusnezow (1953)
• Guimarães (2007)
• Hansen (1961)
• Maciel (2006)
• Poulos e Davis (1980)
• Reese e Van Impe (2001)
• Terzaghi (1955)
• Tuna de Sousa (2006)
• Velloso e Kaminski (1979)
• Velloso e Lopes (2002)
Gustavo Vaz de Mello Guimarães
gvmg@coc.ufrj.br

Rio de Janeiro, Junho de 2011

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