Você está na página 1de 42

Estruturas Isostáticas

Material Teórico
Características Geométricas das Seções

Responsável pelo Conteúdo:


Prof. Me. Glauco F. Bianchini

Revisão Textual:
Prof.ª Dr.ª Selma Aparecida Cesarin
Características Geométricas
das Seções

• Introdução;
• Momento Estático;
• Momento de Segunda Ordem – Momento de Inércia (I ou J);
• Raio de Giração (i);
• Módulo de Resistência (W).

OBJETIVO DE APRENDIZADO
• Apresentar as principais características geométricas das diferentes seções transversais
planas, revisando alguns dos conceitos já vistos em outras Disciplinas e compreendendo
sua determinação, importância e processo de cálculo.
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua
formação acadêmica e atuação profissional, siga
algumas recomendações básicas:
Conserve seu
material e local de
estudos sempre
organizados.
Aproveite as
Procure manter indicações
contato com seus de Material
colegas e tutores Complementar.
para trocar ideias!
Determine um Isso amplia a
horário fixo aprendizagem.
para estudar.

Mantenha o foco!
Evite se distrair com
as redes sociais.

Seja original!
Nunca plagie
trabalhos.

Não se esqueça
de se alimentar
Assim: e de se manter
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte hidratado.
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e
horário fixos como seu “momento do estudo”;

Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma


alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo;

No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos
e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você tam-
bém encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua
interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;

Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e de
aprendizagem.
UNIDADE Características Geométricas das Seções

Introdução
O estudo das características geométricas das seções faz parte do cotidiano dos
Engenheiros, trata-se de um conteúdo profissionalizante e de vital importância no
dimensionamento de elementos estruturais submetidos a diversos carregamentos.

Alguns dos tópicos abordados nesta Unidade já foram discutidos em Cursos an-
teriores, como Cálculo, Mecânica Geral e Resistência dos Materiais e, por isso, a
maioria dos leitores já teve contato com a matéria.

Uma vez que esses conceitos já foram discutidos, devem ser compreendidos de for-
ma clara e suas definições e fórmulas essenciais devem estar prontamente acessíveis.

Até o momento, todos os cálculos e os procedimentos apresentados na Dis-


ciplina tinham por objetivo obter as reações externas e os esforços internos nas
diferentes estruturas.

A partir de agora, de posse desses resultados, passa-se para o início do di-


mensionamento dos elementos resistentes, para a seleção de peças com seções
transversais que possuem a capacidade de resistir aos esforços solicitantes.

Para a determinação das seções transversais com capacidades resistentes aos


esforços solicitantes, primeiro faz-se um estudo do Momento Estático da seção e
depois se analisa o Momento de Inércia do elemento.

O estudo do Momento Estático determina os momentos de primeira ordem e


determina o centro de gravidade, a posição do eixo baricêntrico do elemento, e o
estudo do Momento de Inércia (I) da seção analisa os momentos de segunda ordem.

O Momento de Inércia (I) pode ser definido como uma grandeza que mede a
resistência que uma determinada área oferece quando solicitada ao giro em torno
de um determinado eixo, ou seja, quanto maior for o Momento de Inércia, maior a
resistência da peça (MELCONIAN, 2008).

Trabalhando com essas propriedades e criando relações com outras já conheci-


das, surgem outras importantes características das seções, como o raio de giração,
o módulo de resistência e o Momento de Inércia Polar.

Todas essas relações serão utilizadas nas Disciplinas específicas do Curso, duran-
te o processo de dimensionamento das estruturas.

8
Momento Estático
O momento estático de um elemento de superfície é definido como sendo o
produto entre a área do elemento e a distância que o separa do eixo de referência
(MELCONIAN, 2008).

A área do elemento já está definida pela sua seção transversal e o eixo de refe-
rência precisa ser adotado para a realização dos cálculos (Figura 1).

Figura 1 – Representação do elemento de superfície


Fonte: MELCONIAN, 2008

As distâncias (x, y) que separam o elemento de superfície do eixo de referência


estão representadas em vermelho na Figura 1.

O produto da área do elemento pelas distâncias está definido nas equações 1 e 2.

mx = y ∙ dA Eq. 1
my = x ∙ dA Eq. 2

Esse procedimento de cálculo do momento estático está definido para um ele-


mento da superfície (dA), porém uma superfície plana, uma seção transversal total,
é composta de vários elementos de superfície (Figura 2), sendo necessário para o
seu cálculo o somatório de todos esses momentos estáticos, ou seja, a determina-
ção do momento estático de uma superfície plana é definida como sendo a integral
de área dos momentos estáticos dos elementos de superfície que formam a seção
transversal total (eq. 3 e 4).

9
9
UNIDADE Características Geométricas das Seções

Mx = ò ydA Eq. 3
A

My = ò xdA Eq. 4
A

Figura 2 – Representação da superfície plana


Fonte: MELCONIAN, 2008

Os momentos calculados por meio das equações 3 e 4 também são denomina-


dos momentos de primeira ordem e serão utilizados para a determinação do centro
de gravidade das seções transversais.

Na Engenharia, esses momentos acabam sendo pouco utilizados, vez que a


maioria das seções possui valores tabelados. Entretanto, frequentemente, necessita-
-se localizar o centro de gravidade de figuras planas compostas de várias partes,
com cada parte tendo um formato geométrico usual, como um retângulo ou um
círculo (GERE; BARRY, 2012).

Centro de gravidade
O centro de gravidade do elemento é onde se concentra a força peso. De acordo
com Hallack et al. (2013), a força peso dos corpos frequentemente é considerada
uma carga concentrada atuando em um único ponto quando, na realidade, o que
acontece é que o peso é uma força distribuída, isto é, cada pequena porção de ma-
téria tem o seu próprio peso.

Essa simplificação pode ser feita quando se aplica a força concentrada num pon-
to especial denominado centro de gravidade.

O centro de gravidade de uma seção transversal é o ponto no qual o Sistema


equivalente de forças distribuídas de um corpo, devido à ação da gravidade, resume-
se a uma força, denominada força peso do corpo (BEER; JOHNSTON, 1995).

10
Seu cálculo é realizado utilizando-se os momentos de primeira ordem (momento
estático de superfície) pela área total da seção transversal (equações 5 e 6).

Como nomenclatura para a determinação do centro de gravidade, utilizam-se as


coordenadas Xcg e Ycg (Figura 3).

Xcg =
ò xdA = My
A
Eq. 5
ò dA A
A

Ycg =
ò ydA = Mx
A
Eq. 6
ò dA A
A

Figura 3 – Coordenadas do CG
Fonte: MELCONIAN, 2008

Exercício 1
Determinar os momentos estáticos Mx e My para a superfície ilustrada na Figura 4A.

Figura 4 – Elementos de área de uma seção retangular


Fonte: MELCONIAN, 2008

11
11
UNIDADE Características Geométricas das Seções

Resolução
Cálculo do momento estático – Mx

Parâmetros:
• Elemento de área – dA = bdy
• Limites de integração – Inf. = 0 / sup. = h

h h
y2 h
Mx = ò ydA = ò ybdy = b ò ydy = b |
A 0 0
2 0
b × h²
Mx =
2

Cálculo do momento estático – My


Parâmetro:
• Elemento de área – dA = hdx

b b
x² b
My = ò xdA = ò xhdx = h ò xdx = h |
A 0 0
2 0
h × b²
My =
2

Exercício 2
Determinar os momentos estáticos Mx e My do retângulo (Figura 4B) em relação
aos eixos x e y que passam ao longo do centro de gravidade da seção.

Resolução
O procedimento de cálculo é o mesmo adotado do exercício número 1, porém
como ocorre a mudança do eixo de referência, mudam-se os limites de integração.

Cálculo do momento estático – Mx


Parâmetros:
• Elemento de área – dA = bdy
• Limites de integração – Inf. = –h/2 / sup. = h/2

Mx = ò ydAAy
A

y ² h / 2 b éêæç h ö÷ çæ h ÷ö ùú
h /2 h /2 2 2

= ò ybdy = b ò ydy = b | = ç ÷ - ç- ÷ = 0
-h /2 -h /2
2 -h / 2 2 êëêçè 2 ø÷ çè 2 ÷ø úûú

12
Cálculo do momento estático – My
Parâmetros:
• Elemento de área – dA = hdx
• Limites de integração – Inf. = –b/2 / sup. = b/2

x ² b / 2 h éêæç b ö÷ æç b ö÷ ùú
b /2 b /2 2 2

My = ò xdA = ò xhdx = h ò xdx = h | = êç ÷÷ - ç- ÷÷ ú = 0 Ay


A -b /2 -b /2
2 -b / 2 2 ëêçè 2 ø èç 2 ø ûú

Com base nos cálculos apresentados, sempre que o eixo de referência se encon-
trar com a origem no CG da peça, os momentos estáticos são nulos. Portanto, no
cálculo do CG, quando o momento estático for nulo, significa que o eixo de refe-
rência adotado se encontra exatamente sobre o CG.

Para exemplificação do processo de cálculo do CG, o exercício 3 faz o cálculo


do CG da figura 4A.

Exercício 3
Considerando a Figura 4A, determine o CG da seção retangular.

Resolução
æ b × h2 h × b ² ö÷
ç
Aproveitando as contas já realizadas no Exercício 1 ç Mx = ; My = ÷ e
çè 2 2 ÷÷ø
tendo a área da seção retangular A = b∙h, tem-se:

h × b²
b
My Xcg =
Xcg = = 2 2
A b× h
b × h2 h
Mx Ycg =
Ycg = = 2 2
A b× h

Conforme pode-se verificar nos cálculos dos Exercícios apresentados, para a de-
terminação do centro de gravidade de um elemento, basta seguir três procedimentos:
• Escolha de um sistema de referência conveniente para o cálculo do CG;
• Cálculo dos momentos estáticos Mx e My;
• Determinação das coordenadas do centro de gravidade – Xcg e Ycg.

Esse procedimento de cálculo pode ser aplicado para qualquer seção transversal,
porém, para as peças mais usuais, os valores das coordenadas do centro de gravi-
dade já são conhecidos e apresentados no Quadro 1.

13
13
UNIDADE Características Geométricas das Seções

Quadro 1 – Representação de seções usuais e coordenadas do centro de gravidade


Geometria da seção Coordenadas do CG
Quadrada

a
Xcg = Ycg =
2

Retangular

b
Xcg =
2
h
Ycg =
2

Triangular

b
Xcg =
3
h
Ycg =
3

Circular

Xcg = 0
Ycg = 0

Semicircular
Xcg = 0
4r
Ycg =
3p

14
Geometria da seção Coordenadas do CG
¼ de Volta
4r
Xcg =
3p
4r
Ycg =
3p

Fonte: MELCONIAN, 2008

Importante! Importante!

Sempre que a seção de análise tiver simetria, o centro de gravidade estará localizado
sobre o eixo de simetria.

Exemplo:

Para seções transversais com um eixo de simetria:

Repare que nesse perfil I, a mesa superior é diferente da


mesa inferior, deixando a seção transversal com apenas um eixo
de simetria.

Nesse caso, a cota do Xcg acontece exatamente no meio


da seção transversal, porém a cota do Ycg fica deslocada do
meio da seção, ela fica mais próxima da mesa inferior do
que da superior.

Para seções transversais com dois eixos de simetria: Figura 5 – Perfil I


Fonte: MELCONIAN, 2008
Nesse perfil I, a mesa superior é igual a mesa inferior, dei-
xando a seção transversal com dois eixos de simetria.

Nesse caso a cota do Xcg acontece exatamente no meio


da seção, assim como a cota do Ycg.

Com base nas tabelas e nas informações apresentadas, os


exercícios 4 e 5 apresentam os procedimentos de cálculo para
a determinação do centro de gravidade de algumas seções Figura 6 – Perfil II
transversais. Fonte: MELCONIAN, 2008

15
15
UNIDADE Características Geométricas das Seções

Exercício 4
Determinar o centro de gravidade de um perfil T (Figura 7).

Procedimento de cálculo:
• Escolha do eixo de referência;
• Separação da seção transversal em elementos
usuais;
• Determinação dos CGs das seções separadas;
• Determinação das cotas do CG em relação aos
eixos – Cálculo do CG.

Resolução
Figura 7 – Perfil T
• A escolha do eixo de referência pode facilitar o Fonte: Acervo do Conteudista
processo de cálculo. Nesse caso, adota-se o ali-
nhamento dos eixos na face inferior e na face esquerda do perfil. Dessa forma,
durante os cálculos, todos os valores serão positivos, minimizando erros de
cálculo por trocas de sinais;
• Como se trata de uma T, pode-se dividir o perfil em duas seções retangu-
lares (Figura 8).

Figura 8 – Perfil T – Divisão em seções usuais


Fonte: Acervo do Conteudista

• Feita a divisão da seção T em duas seções retangulares, determinam-se os va-


lores dos CGs das seções separadas (Figura 8).
• Procedimento de cálculo:

Xcg1× A1 + Xcg 2 × A2 20 × 8 × 30 + 20 × 40 ×10


Xcg = = = 20 mm
A1 + A2 8 × 30 + 40 ×10
Ycg1× A1 + Ycg 2 × A2 15 × 8 × 30 + 35 × 40 ×10
Ycg = = = 27,50 mm
A1 + A2 8 × 30 + 40 ×10

16
Como esperado, a coordenada do Xcg caiu exatamente sobre o eixo de sime-
tria da seção e o Ycg está deslocado do meio da seção transversal, em direção à
mesa superior.

Como se trata de uma seção T cheia, sem cortes ou elementos vazados, o pro-
cedimento de cálculo se baseia no somatório das duas seções separadas.

A Figura 9 apresenta o resultado final.

Figura 9 – Seção T – Coordenadas do CG


Fonte: Acervo do Conteudista

Exercício 5
Determinar as coordenadas do centro de gravidade do perfil U representado na
Figura 10.

Figura 10 – Perfil U
Fonte: Acervo do Conteudista

• A escolha do eixo de referência pode facilitar o processo de cálculo. Nesse


caso, adota-se o alinhamento dos eixos na face inferior e na face esquerda do

17
17
UNIDADE Características Geométricas das Seções

perfil. Dessa forma, durante os cálculos, todos os valores serão positivos, mi-
nimizando erros de cálculo por trocas de sinais;
• Como se trata de um perfil U, pode-se dividir o perfil em duas seções retangu-
lares (Figura 11). Nesse caso, no processo de cálculo adota-se uma seção plena
retangular e se realiza a subtração da região vazada.

Figura 11 – Perfil U – Divisões em seções usuais


Fonte: Acervo do Conteudista

Importante! Importante!

Repare que o perfil possui um eixo de simetria vertical, logo a coordenada do Xcg neces-
sariamente fica sobre esse eixo.

• Feita a divisão do perfil U em duas seções retangulares, determinam-se os va-


lores dos CGs das seções separadas (Figura 9);
• Procedimento de cálculo:

Nas expressões de cálculo, repare que o sinal negativo está destacado em verme-
lho, esse destaque serve para indicar que houve uma subtração de seção.

Xcg1× A1- Xcg 2 × A2 25 × 50 × 50 - 25 × 20 × 25


Xcg = = = 25 mm
A1- A2 50 × 50 - 20 × 25
Ycg1× A1- Ycg 2 × A2 25 × 50 × 50 - 37,5 × 20 × 25
Ycg = = = 21,87 mm
A1- A2 50 × 50 - 20 × 25

Assim como feito no perfil de T, a seção poderia ter sido dividida em três retângulos e o
Explor

somatório realizado como no exercício 4.

Confirmando o exposto, sempre que há um eixo de simetria, uma das coorde-


nadas do CG estará sobre ele.

18
A Figura 12 apresenta o perfil U, com as posições dos CGs indicadas.

Figura 12 – Perfil U – Coordenadas do CG


Fonte: Acervo do Conteudista

Momento de Segunda Ordem


– Momento de Inércia (I ou J)
O momento de segunda ordem é mais conhecido como o momento de inércia
da seção transversal do elemento estrutural. No processo de cálculo, o momento
de inércia é representado pelas letras I ou J, cada autor possui a sua predileção por
uma das letras.

Neste Curso, utiliza-se a letra I para sua determinação. Assim como o momento
estático, que possui componentes no eixo x e y, o momento de inércia também os
possui; logo, em sua representação, deverá receber os índices x ou y (Ix ou Iy).

De acordo com MELCONIAN (2008), o momento de inércia é uma das caracterís-


ticas mais importantes no dimensionamento de elementos construtivos. Ele fornece
valores numéricos, quanto maior for o seu valor, maior será a resistência da peça.

O momento de inércia é uma propriedade de um corpo continuar em seu es-


tado de repouso ou movimento até ser modificado por uma força: “Trata-se de
uma grandeza física definida pelo produto da área pelo quadrado da distância até
o referencial. O momento de inércia avalia a distribuição da massa de um corpo.
Sua dimensão é a unidade de comprimento elevada à quarta” (mm4, cm4, m4...)
(PINHEIRO, 2019).

O momento de inércia mede o efeito do formato da seção transversal na resistência da


viga à tensão de flexão e ao deslocamento transversal (deflexão). A instabilidade ou flam-
bagem de colunas esbeltas também é influenciada pelo momento de inércia da seção
transversal (ONOUYE, 2018).

19
19
UNIDADE Características Geométricas das Seções

Para representar a definição formal do momento de inércia, considere a área A,


apresentada na Figura 13, que se encontra no plano x-y. Por definição, os momen-
tos de Inércia do elemento diferencial dA em torno dos eixos x-y são: dlx = y²dA e
dly = x²dA.

Para a área inteira, o momento de inércia é determinado por integração – Equa-


ções 7 e 8 (HIBBELER, 2010).

Figura 13 – Seção transversal para cálculo I


Fonte: HIBBELER, 2010.

Ix = ò y ²dA Eq. 7
A

Iy = ò x ²dA Eq. 8
A

A representação do momento de Inércia também pode ser expressa em torno do


polo O ou eixo Z. Essa representação é denominada de momento polar de inércia,
dJo = r²dA, sendo r a distância perpendicular entre o polo O (eixo z) e o elemento
dA (Eq. 9).

Io = ò r 2 dA = Ix + Iy Eq. 9
A

O cálculo do momento de inércia polar é de extrema importância para a resolu-


ção de problemas relativos à torção de eixos cilíndricos e para problemas referentes
à rotação de placas (BEER; JOHNSTON, 1980).

Translação de eixos (Teorema de Steiner)


Fazendo-se a locação dos eixos x-y no baricentro da superfície A e adotando
eixos (u-v) paralelos a x-y, pode-se determinar o momento de inércia da superfície
em relação aos eixos (u-v) pela aplicação do Teorema de Steiner, ou seja, se o

20
momento de inércia de uma área em torno de um eixo centroide for conhecido,
pode-se determinar o momento de inércia da área em torno de um eixo paralelo
correspondente (MELCONIAN, 2008; HIBBELER, 2010).

A Figura 14 apresenta a translação dos eixos e as Equações 10 e 11 apresentam


o procedimento de cálculo.

Figura 14 – Translação de eixos


Fonte: MELCONIAN, 2008

Iu = ò ( y + a ) ² dA Eq. 10
A

Iv = ò ( x + b) ² dA Eq. 11
A

Desenvolvendo as integrais, tem-se:

Cálculo do momento de Inércia Iu:


2
Iu = ò ( y + a ) dA = ò y 2 dA + 2a ò ydA + a ² ò dA
A A A A

Como 2a ò ydA = 0 pois x é o eixo baricêntrico, conclui-se que:


A

Iu = ò y 2 dA + a ² ò dA
A A

Iu = Ix + a²A Eq. 12

Cálculo do momento de Inércia Iv:

Iv = ò ( x + b 2 ) dA = ò x 2 dA + 2b ò xdA + b ² ò dA
A A A A

21
21
UNIDADE Características Geométricas das Seções

Como 2b ò xdA = 0 pois x é o eixo baricêntrico, conclui-se que:


A

Iv = ò x 2 dA + b ² ò dA
A A

Iu = Iy + b²A Eq. 13

Nas equações 12 e 13, o segundo termo é denominado de transporte dos eixos.


Esse transporte é útil quando são utilizadas estruturas com seções transversais
complexas que podem ser divididas em seções usuais.

Os exercícios 6 e 7 apresentam aplicações práticas, sendo o sexto a aplicação


dos cálculos dos momentos de inércia para seções usuais e o sétimo para seções
não usuais aplicando o transporte.

Exercício 6
Determinar o momento de inércia relativo ao eixo baricêntrico x e eixo transla-
dado u no retângulo de base b e altura h conforme Figura 15.

Figura 15 – Seção retangular – Cálculo do momento de inércia


Fonte: MELCONIAN, 2008

Repare que o exercício pede o momento de inércia nos eixos x e u, portanto


serão calculados Ix e Iu na resolução.

Resolução
Cálculo do momento de inércia em relação ao eixo baricêntrico x:

No eixo baricêntrico, a altura da seção é dividida pela metade e sua derivada de


área dA = bdy.

22
A análise da seção pode ser feita para a metade superior do retângulo, e multi-
h /2

plica-se por dois o resultado do momento de inércia superior ( ò y ² dA ), levando a


seguinte solução. 0

h /2 h /2

Ix = 2 ò y dA = 2 ò y 2bdy
2

0 0
h /2
y³ h / 2
Ix = 2b ò y 2 dy = 2b
0
3 0
æhö
2b çç ÷÷÷ ³ 3
çè 2 ø 2b (0) 2bh3 bh ³
Ix = - = =
3 3 24 12

Quando o eixo de referência está no centro de gravidade da seção transversal, o


momento de inércia da seção retangular é expresso por:

bh³
Ix =
12

Importante! Importante!

Aplicando o mesmo raciocínio para o eixo y, têm-se:

hb ³
Iy =
12

Cálculo do momento de inércia em relação ao eixo u:


Considerando o eixo de referência o eixo u, a altura da seção passa a ser h, a deri-
vada de área continua sendo dA = bdy e a análise passa a ser feita para a seção total:

Ix = ò y dA = ò y 2bdy =
2

A 0

by ³ h bh ³ b03 bh ³
Ix = = - =
3 0 3 3 3

Quando o eixo de referência passa a ser o eixo u, o momento de inércia da seção


passa a ser:

bh ³
Ix =
3

23
23
UNIDADE Características Geométricas das Seções

Importante! Importante!

Aplicando o mesmo raciocínio para o eixo y, têm-se:

hb ³
Iy =
3

Nos procedimentos de cálculo e determinação das características das seções,


serão utilizados os momentos de inércia referentes aos eixos baricêntricos, ou seja,
os momentos de inércia das seções com o eixo localizado no centro de gravidade.

Exercício 7
Determinar os momentos de inércia (Ix e Iy) das seções apresentadas na Figura 16,
aplicando os eixos de referências no centro de gravidade das seções transversais.

Figura 16 – Seções para o cálculo dos momentos de inércia


Fonte: Acervo do Conteudista

Resolução

Seção A
Para iniciar o cálculo dos momentos de inércia, primeiro faz-se necessário o
cálculo do centro de gravidade da seção. Divide-se a seção A em duas seções
usuais e determinam-se as coordenadas dos centros de gravidades das seções
separadas (Figura 17).

24
Figura 17 – Perfil em L – Separado em seções usuais
Fonte: Acervo do Conteudista

2,5 × 5 × 35 + 12,5 × 5 × 25
ucg = = 6, 67 mm
5 × 35 + 5 × 25
22,5 × 5 × 35 + 2,5 × 5 × 25
vcg = = 14,17 mm
5 × 35 + 5 × 25

De posse das coordenadas do centro de gravidade da seção, passa-se para o


cálculo dos momentos de inércia.

A Figura 18 apresenta a seção com os eixos x-y posicionados no centro de gravidade:

Figura 18 – Perfil em L – Com eixo x-y no cg


Fonte: Acervo do Conteudista

Repare que nem sempre o CG da seção estará dentro dos limites de contorno. Nesse
caso, o CG da peça está localizado fora dela.

5 × 35³ 25 × 5³
Ix = + 8,332 × 5 × 35 + + 11, 67 2 × 5 × 25 = 47 291, 67 mm 4
12 12
35 × 5³ 5 × 25³
Iy = + 4,17 2 × 35 × 5 + + 5,832 × 25 × 5 = 14166, 67 mm 4
12 12

25
25
UNIDADE Características Geométricas das Seções

Seção B
Na seção B, o cálculo do centro de gravidade já foi realizado no Exercício 4 não
sendo necessária a realização dessa etapa.

A Figura 19 apresenta a seção B com os eixos x-y posicionados no centro


de gravidade.

Determinados os eixos e seu posicionamento, passa-se para o procedimento


de cálculo:

Figura 19 – Seção T – Com eixo x-y no cg


Fonte: Acervo do Conteudista

8 × 30³ 40 ×10³
Ix = + 12,52 × 8 × 30 + + 7,502 × 40 ×10 = 81333,34 mm 4
12 12
30 × 8³ 10 × 40³
Iy = + = 54 613,34 mm 4
12 12

Repare que, no cálculo do Iy como os centros de gravidade na coordenada x,


estão alinhados; não há transportes.

Sempre que houver uma seção transversal diferente das usuais, pode-se fazer a
divisão da seção em seções usuais e, usando o Teorema de Steiner, realizar o cál-
culo do momento de inércia no eixo baricêntrico da seção.

O Quadro 2 apresenta uma complementação do Quadro 1, acrescentando uma


coluna indicando os valores dos momentos de inércia das seções usuais.

26
Quadro 2 – Representação de seções usuais, coordenadas do centro de gravidade e momento de inércia
Geometria da seção Coordenadas do CG Momento de Inércia
Quadrada

a a4
ucg = vcg = Ix = Iy =
2 12

.
Retangular
b b × h³
ucg = Ix =
2 12
h h × b³
vcg = Iy =
2 12

Triangular

b
ucg =
3 b × h³
Ix =
h 36
vcg =
3

Circular

p×r4
Ix = Iy =
4
Xcg = 0
ou
Ycg = 0
pd 4
Ix = Iy =
64

Semicircular
ucg = 0
p×r4
4r Ix = Iy =
vcg = 8
3p

¼ de Volta

4r
ucg =
3p p×r4
Ix = Iy =
4r 16
vcg =
3p

Fonte: Adpatado de MELCONIAN, 2008

27
27
UNIDADE Características Geométricas das Seções

Produto de Inércia
O produto de inércia (Ixy) é obtido pela multiplicação de cada elemento de área (dA)
de uma área (A) por suas coordenadas x e y e integrando sobre a Área (Equação 14).

Quando um ou ambos os eixos x e y são eixos de simetria da área A, o produto


de inércia é nulo. Diferente do que ocorre com o momento de inércia, o produto de
inércia pode ser negativo (BEER; JOHNSTON, 1980).

Ixy = ò xydA Eq. 14


A

Para seções planas compostas, faz-se a necessidade da aplicação do Teorema de


Steiner ficando definida a integral da Equação 15.

Iuv = ò ( y + a )( x + b) dA
A

Iuv = ò xydA + a ò xdA + b ò ydA + ab ò dA


A A A A

Como os eixos x e y estão no centro de gravidade:

a ò xdA = 0
A

b ò ydA = 0
A

Portanto:

Iuv = Ixy + A.a.b Eq. 15

28
Exercício 8
Considerando a Seção A do exercício 7, determine o produto de inércia da seção.

A Figura 20 apresenta a situação resumo.

Figura 20 – Perfil em L – Situação resumo


Fonte: Acervo do Conteudista

Ixy = Ixy1 + A1 x1' y1' + Ixy 2 + A2 x2' y2'

Como Ixy1 e Ixy2 são parte do eixo de simetria, ambos são nulos:

Ixy = A1 x1' y1' + A2 x2' y2'


Ixy = 35.5.(-4,17).8,33 + 25.5.5,83.(-11, 67) = -14 583, 33 mm 4

29
29
UNIDADE Características Geométricas das Seções

Eixos principais de Inércia (Imax; Imin)


No centro de gravidade de uma seção transversal plana, passam vários eixos,
dentre os quais alguns possuem maior importância, o eixo x-y alinhado com a
vertical e a horizontal devido aos principais carregamentos atuantes na estrutura
e ao eixo de momento de inércia máximo e mínimo que, dependendo da seção
transversal, não coincide com o eixo x-y.

A Figura 21 traz uma representação dessa situação. Repare no eixo de máximo


momento de inércia: os elementos de superfície se encontram mais distantes, en-
quanto que no eixo de mínimo momento de inércia os elementos de superfície se
encontram mais próximos (MELCONIAN, 2008).

Figura 21 – Eixos principais de Inércia


Fonte: MELCONIAN, 2008

Os momentos de Inércia são determinados pelas Equações 16 e 17.

2
Imax = 0,5( Ix + Iy ) + 0,5 ( Ix - Iy ) + 4 Ixy ² Eq. 16

2
Imin = 0,5( Ix + Iy ) - 0,5 ( Ix - Iy ) + 4 Ixy ² Eq. 17

Sendo:

Ix – Momento de inércia referente ao eixo x

Iy – Momento de inércia referente ao eixo y

Ixy – Produto de inércia

30
Para determinação dos ângulos αmin e αmax, utilizam-se as tangentes (Equa-
ções 18 e 19):

Ix - Imax
tga max = Eq. 18
Ixy

Ix - Imin
tga min = Eq. 19
Ixy

Qualquer par de eixos defasados 90° entre si, que passam pelo centro de gra-
vidade da seção transversal, sempre terá a soma de seus momentos de inércia
constantes (Eq. 20).

Imax + Imin = Ix + Iy Eq. 20

Exercício 8
Ainda com base no exercício 7, seção A, determine os momentos principais de
inércia Imax e Imin e seu ângulo com o eixo X.

Resolução
2 2
Imax = 0,5(47291, 67 + 14166, 67) + 0,5 (47291, 67 -14166, 67) + 4 × (-14583,33)
Imax = 52 797, 02 mm 4
2 2
Imin = 0,5(47291, 67 + 14166, 67) - 0,5 (47291, 67 -14166, 67) + 4 × (-14583,33)
Imin = 8 661,31 mm 4

Determinação dos ângulos que os momentos principais de inércia formam com


o eixo x:

Ix - Imax 47291, 67 - 52797, 02


tg a max = =
Ixy -14583,33

αmax = 20,68°

Ix - Imin 47291, 67 - 8661,31


tg a min = =
Ixy -14583,33

αmin = –69,31°

31
31
UNIDADE Características Geométricas das Seções

A Figura 22 apresenta a posição dos eixos principais de inércia.

Figura 22 – Posição dos eixos principais de Inércia


Fonte: MELCONIAN, 2008

Raio de Giração (i)


O momento de inércia da seção transversal também pode ser calculado pela
multiplicação da área total da superfície A pela distância particular entre a superfí-
cie e o eixo elevada ao quadrado.

As Equações 21 e 22 apresentam o procedimento de cálculo para a determi-


nação do raio de giração e a Figura 23 apresenta a representação das distâncias.

Figura 23 – Representação do raio de giração


Fonte: MELCONIAN, 2008

Ix = A × ix2
Iy = A × i y2

32
Isolando-se o raio de giração (ix e iy) nas expressões acima, obtém-se:

Ix
ix = Eq. 21
A

Iy
iy = Eq. 22
A

Realizando-se a análise dimensional do raio de giração, conclui-se que a sua


unidade é expressa em unidade de comprimento – mm, cm, m ...

Exercício 9
Determine o raio de giração (ix e iy) para uma seção retangular quando o eixo
de referência estiver no centro de gravidade da seção (Figura 24).

Figura 24 – Representação do retângulo para cálculo do raio de giração e do módulo de resistência


Fonte: MELCONIAN, 2008

Resolução

b × h³
h² h 3
ix = 12 = =
b× h 12 6
b³ × h
b² b 3
iy = 12 = =
b× h 12 6

Para as demais seções usuais, o Quadro 3, apresentado no final da Unidade, traz


os valores de referência.

33
33
UNIDADE Características Geométricas das Seções

Módulo de Resistência (W)


De acordo com Melconian (2008), define-se módulo de resistência de uma su-
perfície plana em relação aos eixos baricêntricos x e y, como sendo a relação entre
o momento de inércia relativo ao eixo baricêntrico e a distância máxima entre o
eixo e a extremidade da seção transversal estudada (Figura 25).

Figura 25 – Representação das distâncias máximas ao eixo baricêntrico


Fonte: MELCONIAN, 2008

As equações 23 e 24 determinam seu processo de cálculo. Essa propriedade


é de vital importância no processo de cálculo das tensões que atuam nos ele-
mentos estruturais.

Dessa forma, é possível se determinar as tensões máximas atuantes nos corpos


rígidos e realizar o seu dimensionamento de acordo com as características dos ma-
teriais e suas tensões admissíveis.

Ix ïü
Wx = Eq. 23ïï
ymax ïï 3 3 3
ý Unidades de W m , cm , mm .
Iy ï
Wy = Eq. 24ïïï
xmax ïþ

34
Exercício 10
Considerando a Figura 22, determine o módulo de resistência do retângulo.

Resolução

b × h³
Ix bh ²
Wx = = 12 =
Ymax h 6
2
h × b³
Iy hb ²
Wy = = 12 =
Xmax b 6
2

Esse procedimento de cálculo se repete para todas as seções. Para as seções


usuais, os valores estão apresentados no Quadro 3, no final da Unidade.

No dimensionamento de elementos submetidos à torção, faz-se a necessidade da


determinação do módulo de resistência polar (Eq. 25).

Ip
Wp = Eq. 25
rmax

Exercício 11
Determinar o módulo de resistência polar de uma seção circular plena de raio
15 mm.

Resolução

pd 4
Ix = Iy =
64
pd 4
Ip = Ix + Iy =
32
pd 4
Ip pd 3
Wp = = 32 =
rmax d 16
2

No caso da seção circular plena, rmax é igual ao raio do círculo.

35
35
UNIDADE Características Geométricas das Seções

O procedimento de cálculo da tensão em qualquer ponto da seção é dado pela equação:

N Mx × y My.x
s =± ± ±
A Ix Iy

Sendo
σ – Tensão de tração (+) ou de compressão (-) no ponto;
N – Força de tração (+) ou de compressão (-) que atua na seção;
A – Área da seção transversal de análise;
Mx – Momento fletor com giro em torno do eixo x;
My – Momento fletor com giro em torno do eixo y;
y e x – Distância do ponto de análise em relação ao eixo baricêntrico;
Ix – Momento de inércia em relação ao eixo x;
Iy – Momento de inércia em relação ao eixo y.
Analisando a equação, pode-se fazer a seguinte relação:

N Mx My
s =± ± ±
A Wx Wy

Em Síntese Importante!

Todas as características geométricas das seções transversais planas apresentadas nesta


Unidade serão úteis no processo de dimensionamento das estruturas.
Algumas vezes, as estruturas possuirão seções usuais como retângulos ou círculos; outras
vezes, serão seções compostas por seções usuais.
Dentre as propriedades mais utilizadas no dimensionamento das estruturas, estão o cál-
culo do centro de gravidade, o cálculo dos momentos de inércia e a determinação dos
raios de giração e módulos de resistência.
Resumindo tudo aquilo que foi visto na Unidade, o Quadro 3 traz uma compilação das
propriedades geométricas das seções.

36
Quadro 3 – Propriedades geométricas de seções usuais
Momento de Inércia (m4, cm4, Módulo de Resistência (m³, cm³,
Geometria da seção Coordenadas do CG (m, cm, mm...) Raio de Giração (m, cm, mm...)
mm4...) mm³...)
Quadrada
a4
Ix = Iy = a³
12 Wx = Wy =
a a 3 6
ucg = vcg = polar ix = iy =
2 6 Polar
a4
Ip = Wp = 0, 23a ³
6

bh ²
b × h³ Wx =
Retangular Ix = 6
12
b h × b³ h 3 hb 2
ucg = Iy = ix = Wy =
2 12 6 6
h Polar b 3 Polar
vcg = iy =
2 6 bh ²
bh (b 2 + h 2 ) Wp =
Ip = h
12 3 + 1,8
b

37
37
38
UNIDADE

Momento de Inércia (m4, cm4, Módulo de Resistência (m³, cm³,


Geometria da seção Coordenadas do CG (m, cm, mm...) Raio de Giração (m, cm, mm...)
mm4...) mm³...)
Triangular

b b × h³ h 2 bh ²
ucg = Ix = ix = Wx =
3 36 6 24
h h × b³ b 2 hb 2
vcg = Iy = iy = Wy =
3 36 6 24
Características Geométricas das Seções

Circular p×r4
Ix = Iy =
4
pd ³
ou Wx = Wy =
32
Xcg = 0 pd 4 d
Ix = Iy = ix = iy = Polar
Ycg = 0 64 4
pd ³
Polar Wp =
16 .
pd 4
Ip =
32
Semicircular
ucg = 0
p×r4 x = 0, 264r Wx = 0,19r ³
4r Ix = Iy =
vcg = 8 iy = 0,5r Wy = 0,3927 r ³
3p
Momento de Inércia (m4, cm4, Módulo de Resistência (m³, cm³,
Geometria da seção Coordenadas do CG (m, cm, mm...) Raio de Giração (m, cm, mm...)
mm4...) mm³...)
¼ de Volta

4r
ucg =
3p p×r4
Ix = Iy = ix = iy = 0, 264r Wx = Wy = 0, 0953r ³
4r 16
vcg =
3p

Fonte: Adaptado de MELCONIAN, 2008

39
39
UNIDADE Características Geométricas das Seções

Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:

 Livros
Introdução à isostática
MACHADO JR., E. F. Introdução à isostática. São Carlos: EESC/USP-Projeto
Reenge, 1999.
Estruturas Isostáticas
Almeida, M. C. F de. Estruturas Isostáticas. São Paulo: Oficina de textos, 2009. (e-Book)
Estática: mecânica para Engenharia
HIBBELER, R. C. Estática: mecânica para Engenharia. 12.ed. São Paulo: Pearson
Prentice Hall, 2011.

 Vídeos
Momento de Inércia – Viga
https://youtu.be/E4JPaWOHvTQ

 Leitura
Estática
SCREMIN, A. Estática. Anotações de aula. DEMEC/UFPR, 2018.
http://bit.ly/2wq6COJ

40
Referências
BEER, F. P.; JOHNSTON, E. R. J. Estática. 3.ed. São Paulo: McGraw-Hill, 1980. v.1.

BEER, F. P.; JOHNSTON, E. R. J. Resistência dos Materiais. 3.ed. São Paulo:


Pearson Makron Books, 1995.

GERE, J. M.; BARRY, J. G. Mecânica dos materiais. São Paulo: Cengage


Learning, 2012.

HALLACK, J. C. et al. Apostila de Resistência dos Materiais I. Faculdade de


Engenharia, Departamento de Mecânica Aplicada e Computacional. Juiz de Fora:
Universidade Federal de Juiz de Fora, 2013.

HIBBELER, R. C. Resistência dos Materiais. Tradução de Arlete Simille Marques.


7.ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2010.

MELCONIAN, S. Mecânica Técnica e Resistência dos Materiais. 18.ed. São


Paulo: Érica, 2008.

ONOUYE, B. Estática e resistência dos materiais para arquitetura e construção


de edificações. Tradução de Amir Elias Abdalla Kurban. 4.ed. Rio de Janeiro:
LTC, 2018.

PINHEIRO, A. C. F. B. Fundamentos de resistência dos materiais. Rio de


Janeiro: LTC, 2019.

41
41

Você também pode gostar