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Estruturas Isostáticas

Material Teórico
Linhas de Influência (LI)

Responsável pelo Conteúdo:


Prof. Me. Glauco Fabrício Bianchini

Revisão Textual:
Prof. Me. Claudio Brites
Linhas de Influência (LI)

• Introdução;
• Carga Móvel – Trem-Tipo;
• Linhas de Influência (LL) em Vigas;
• Considerações Finais.

OBJETIVO DE APRENDIZADO
• Apresentar ao aluno a representação gráfica dos efeitos das ações (M e Q) ou desloca-
mentos lineares (D) ou angulares (θ) em uma dada seção S, submetida a uma carga
unitária movendo-se ao longo de uma estrutura.
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua
formação acadêmica e atuação profissional, siga
algumas recomendações básicas:
Conserve seu
material e local de
estudos sempre
organizados.
Aproveite as
Procure manter indicações
contato com seus de Material
colegas e tutores Complementar.
para trocar ideias!
Determine um Isso amplia a
horário fixo aprendizagem.
para estudar.

Mantenha o foco!
Evite se distrair com
as redes sociais.

Seja original!
Nunca plagie
trabalhos.

Não se esqueça
de se alimentar
Assim: e de se manter
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte hidratado.
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e
horário fixos como seu “momento do estudo”;

Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma


alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo;

No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos
e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você tam-
bém encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua
interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;

Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e de
aprendizagem.
UNIDADE Linhas de Influência (LI)

Introdução
As ações atuantes nas estruturas podem ser classificadas de duas maneiras: per-
manentes e acidentais.

As cargas permanentes não apresentam grandes problemas, são cargas conhe-


cidas que atuam constantemente na estrutura, tendo suas posições e valores co-
nhecidos e invariáveis. Como exemplos de cargas permanentes podem ser citados:
peso próprio da estrutura e revestimento e materiais de fechamento/enchimento
que ela suporta (SUSSEKIND, 1981).

As cargas acidentais demandam cuidado especial em seu tratamento, são car-


gas que podem ou não ocorrer nas estruturas e podem ser consideradas estáticas
ou móveis. As cargas estáticas recebem o mesmo tratamento dado às cargas per-
manentes, possuem valores conhecidos e posições determinadas. Como exemplo
de cargas estáticas, podem ser citados: vento, empuxo de terra ou água, impactos
laterais, forças centrífugas, frenagem ou acelerações de veículos, peso de neve etc.

As cargas móveis demandam maior atenção, são caracterizadas por veículos que
percorrem a estrutura (caso de pontes, viadutos, ferrovias e pórticos industriais)
que, apesar de possuírem valores conhecidos, não possuem uma posição deter-
minada na estrutura (SUSSEKIND, 1981).

Em estruturas submetidas a carregamentos móveis, os esforços internos não


variam somente com a magnitude das cargas aplicadas, mas também com a sua
posição. O projeto de um elemento estrutural, como a viga de uma ponte, envolve
a determinação das posições das cargas móveis que produzem valores extremos ou
limites – envoltória de esforços (MARTHA, 2010).

Devido à variação de posição da carga móvel na estrutura, seu estudo por meio
dos processos aprendidos até o momento se torna inviável, sendo necessária a
compreensão de um novo processo de cálculo e de uma nova forma de represen-
tação dessas cargas.

As cargas móveis passarão a ser representadas por um trem-tipo e o estudo se


dará pelo processo das Linhas de Influência (LI). Com o traçado das LI passa-se
para a próxima etapa e a principal, a determinação das envoltórias de máximos e
mínimos de momentos fletores, esforços cortantes etc.

Carga Móvel – Trem-Tipo


Como o próprio nome diz, a carga móvel é caracterizada por ser uma carga
que caminha sobre a estrutura, sendo necessária uma análise dos esforços gerados
ao longo de toda a estrutura. Conforme a carga avança sobre a viga, os esforços
internos vão se alterando, o diagrama de esforços cisalhantes muda, o diagrama de

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momento fletor se altera e, por isso, torna-se importante conhecer sua influência
sobre a estrutura.

A carga móvel é representada por um trem-tipo, um veículo padrão que irá ser
utilizado para o dimensionamento da estrutura.

O trem-tipo é composto por cargas concentradas e distribuídas, de valores conhe-


cidos e posições definidas. Para o dimensionamento de pontes e viadutos, a NBR
7188, no item 5.1, define que o trem-tipo a ser utilizado é o Padrão TB-450, defini-
do por um veículo tipo de 450kN, com seis rodas, P = 75 kN, três eixos de cargas
afastadas entre si de 1,50m, com área de ocupação de 18,00m², circundada por uma
carga uniformemente distribuída constante p = 5 kN/m², conforme Figura 1:

Figura 1 – Disposições das cargas estáticas para pontes rodoviárias


Fonte: ABNT, 2013

Para efeito de cálculo das estruturas, as cargas estáticas deverão ser majoradas
e ponderadas pelos coeficientes de segurança. Os coeficientes levam em considera-
ção fatores como número de faixas, fator de impacto dos veículos e comprimento
dos vãos entre pilares.

Como o trem-tipo caminha sobre a estrutura, o problema a ser resolvido é a


determinação dos esforços máximos e mínimos provocados pelas cargas móveis.
A ações permanentes e acidentais estáticas possuem valores determinados que,
somados aos valores das cargas móveis, indicam a faixa de trabalho da estrutura.

De acordo com Sussekind (1981), a forma de resolução desse tipo de problema


ocorre por meio da análise das Linhas de Influência (LI), sendo esse processo com-
posto de duas etapas:
• Inicialmente, o trem-tipo é composto de uma única carga concentrada e unitária;
• Posteriormente, após a determinação dos efeitos da carga unitária considera-se
o efeito do trem-tipo real por meio dos cálculos.

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UNIDADE Linhas de Influência (LI)

Linhas de Influência (LL) em Vigas


Trata-se de uma representação gráfica ou analítica de um efeito elástico em uma dada
Seção S, produzido por uma carga unitária, de cima para baixo, percorrendo a estrutura.

A LI representa a variação da reação, cortante, momento ou deflexão em um de-


terminado ponto da estrutura à medida que a força concentrada unitária se desloca.
Uma vez determinada essa linha, é possível determinar onde o trem-tipo deve ser
colocado sobre a estrutura, para que ele crie a maior influência no ponto especifi-
cado (HIBBELER, 2013).

Importante! Importante!

O processo de construção das LI é bem claro e de fácil entendimento, porém não se deve
confundir o traçado das LI com os diagramas de esforços solicitantes. As LI representam o
efeito da carga em movimento apenas em um ponto específico, enquanto os diagramas
representam o efeito de cargas fixas em todos os pontos da estrutura. Nessa parte da
Disciplina, utilizam-se as LI para a construção dos diagramas.

Nesta Unidade, serão estudas as LI de influência das vigas simples, vigas Gerber
e treliças e, posteriormente, serão produzidos os diagramas de esforços solicitantes
máximos e mínimos, denominados envoltória dos esforços. Nas Estruturas Isostáti-
cas, as Linhas de Influência são sempre retas e nas Estruturas Hiperestáticas as LI
são curvas (ALMEIDA, 2009).
Como convenção de sinais, serão considerados, para a Disciplina, valores positi-
vos, que serão sempre marcados abaixo do eixo e valores negativos, acima do eixo
da estrutura (eixo x). Essa consideração será feita para nossa Disciplina, mas alguns
autores adotam a relação inversa.
O processo de obtenção das LI pode ocorrer por dois métodos: um analítico e
outro gráfico, sendo que, nesta Unidade, serão apresentados ambos os métodos
para cada estrutura estudada.

LI em Vigas Biapoiadas – Método Analítico (Seções)


Para cada ponto da estrutura, há a necessidade de se traçar a LI, dando-se início
pela LI da cortante no apoio A da estrutura apresentada na Figura 2:

Figura 2 – Viga Biapoiada

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A carga unitária será colocada em cada ponto selecionado da estrutura (x = 0,
x= 2,5, x=5, x=7,5 e x=10) e será calculado o valor da vertical Ay somando mo-
mentos em torno de B.

Os resultados serão tabelados e traçada a linha de influência:


X= 0 ΣMb=0
Ay.10 – 1.10 = 0 Ay = 1
X=2,5 m ΣMb=0
Ay.10 – 1.7,5 = 0 Ay = 0,75
X=5 m ΣMb=0
Ay.10 – 1.5 = 0 Ay = 0,5
X = 7,5 m ΣMb=0
Ay.10 – 1.2,5 = 0 Ay = 0,25
X = 10 m ΣMb=0
Ay.10 = 0 Ay = 0,00

Tabelados os valores de Ay, quando a carga unitária percorre a estrutura, pode-


-se traçar a LI da cortante para o apoio A (Figura 3).

Repare na Figura 3 que, juntamente com a representação gráfica, está a repre-


sentação da equação que descreve a LI.

Figura 3 – LI VapoioA

Determinada a primeira LI, parte-se para a determinação da segunda, a LI da


cortante no apoio B.

A carga unitária será colocada em cada ponto selecionado da estrutura (x = 0,


x= 2,5, x=5, x=7,5 e x=10) e será calculado o valor da vertical By somando mo-
mentos em torno de A.

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UNIDADE Linhas de Influência (LI)

Os resultados serão tabelados e traçada a linha de influência:


X= 0 ΣMa=0
By.10 = 0 By = 0,00
X=2,5 m ΣMa=0
1.2,5 – By.10 = 0 By = 0,25
X=5 m ΣMa=0
1.5 – By.10 = 0 By = 0,50
X=7,5 m ΣMa=0
1.7,5 – By.10 = 0 By = 0,75
X=10 m ΣMa=0
1.10 – By.10 = 0 By = 1,0

Tabelados os valores de By, quando a carga unitária percorre a estrutura, pode-


-se traçar a LI da cortante para o apoio B (Figura 4).

Repare na Figura 4 que, juntamente com a representação gráfica, está a repre-


sentação da equação que descreve a LI:

Figura 4 - LI VapoioB

Para os pontos extremos da viga, foram determinadas as LI da cortante, porém,


como ocorre a representação para um ponto intermediário C a 2,50m do apoio A?

Em cada posição selecionada x da carga unitária, o processo de cálculo analítico


adota como base o método das seções para determinação do Vc.

Observe que a carga unitária tem de ser colocada logo a esquerda (x-) e logo a
direita (x+) do ponto C, haja vista que a cortante é descontínua no ponto C:

Análise do ponto C   x = 2,50-

A Figura 5 apresenta a carga unitária atuando à esquerda do ponto C:

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Figura 5 – Posição carga unitária (x=2,50-)

Aplicando o somatório de forças na vertical, obtém-se:


ΣFy = 0

0,75 + Vc – 1 = 0 Vc = 0,25

Análise do ponto C x = 2,50 +

A Figura 6 apresenta a carga unitária atuando à direita do ponto C:

Figura 6 – Posição carga unitária (x=2,50+)

Aplicando o somatório de forças na vertical, obtém-se:


ΣFy = 0

0,25 + Vc – 1 = 0 Vc = 0,75

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13
UNIDADE Linhas de Influência (LI)

Com a análise realizada no ponto C, considerando a carga unitária à esquerda


e à direita do ponto C, pode-se determinar a LI da cortante no ponto C (Figura 7):

Figura 7 - LI Vc

Repare que a produção da LI da cortante no meio da estrutura é uma composi-


ção das situações extremas, ou seja, uma composição da LI da cortante no apoio
A e no apoio B.

NOTA 1
Nesse ponto, vale fazer um lembrete sobre a convenção de sinais para produção dos
diagramas de esforços cortantes.

Figura 8
Repare que Vc, na situação x = 2,50-, está à direita da barra e para cima, indicando
um esforço cortante negativo e uma LI negativa. Na situação x = 2,50+, Vc está à es-
querda da barra e para cima, indicando um esforço cortante positivo e uma LI positiva.
NOTA 2
No traçado da linha de influência, a LI do trecho AC é paralela à LI do trecho CB. Essa
condição sempre irá ocorrer, visto que a LI no apoio é unitária.

A LI do momento em um determinado ponto segue o mesmo raciocínio para o


esforço cortante, calculando pela estática o valor do Momento na Seção.

A Figura 9 a seguir apresenta a seção de análise:

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Figura 9 – Seção de análise C - LI

Aplicando o somatório de momento, obtém-se:


ΣM = 0

0,75.2,5 - Mc = 0 Mc = 1,88
Ou
-0,25.7,5 + Mc = 0 Mc = 1,88
A opção por determinar o Momento no ponto C decorre do fato de os momen-
tos nas extremidades serem nulos.

Agora, serão determinados os momentos no ponto C quando a carga unitária


estiver percorrendo a estrutura (x=5 m; x= 7,5 m).
X=5 m ΣMa=0

Mc + 1.2,5 – 7,5.0,50 = 0 Mc = 1,25


X=7,5 m ΣMa=0

Mc + 1.5 – 7,5.0,75 = 0 Mc = 0,63


De posse dos valores do Mc quando a carga percorre a estrutura, produz-se a
sua LI (Figura 10):

Figura 10 – LI Mc

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UNIDADE Linhas de Influência (LI)

LI em Vigas Biapoiadas – Método Gráfico Princípio de Müller-Breslau


O princípio de Müller-Breslau foi desenvolvido em 1886, com o intuito de traçar
rapidamente a forma de uma linha de influência.
O princípio afirma que a “Linha de Influência para uma função (reação, cortante
ou momento) está para a mesma escala que a forma defletida da viga quando a
função atua sobre esta”.
Para realizar o traçado da forma defletida da viga, a capacidade resistente da
função aplicada deve ser removida de maneira que a viga possa defletir quando
solicitada (HIBBELER, 2013).
Considere a LI da cortante no ponto C (Figura 7). Para determinação da sua
forma defletida, no ponto C deve haver a eliminação da capacidade resistente.
Essa eliminação ocorre por meio da implantação de um aparelho de ligação e
introdução de uma força cisalhante positiva nas bordas (Figura 11).
Conforme apresentado, nesta situação, uma borda sobe e a outra desce, tendo
deformada a forma da LI da cortante no ponto C:

Figura 11 – Li Vc – Princípio de Müller-Breslau

A validação do Princípio de Müller-Breslau pode ser feita por meio dos Princípios
dos Trabalhos Virtuais (PTV), sendo o trabalho o produto de um deslocamento
linear pela força na direção do deslocamento.

Analisando a Figura 10, com a viga seccionada em C, ela passa por um deslo-
camento virtual δy neste ponto; então, apenas a cortante interna em C e a carga
unitária trabalham.

Dessa forma, a equação do trabalho virtual é:


Vc.δy - 1.δy’=0

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Sendo δy = 1, têm-se:
Vc = δy’

ou seja, a forma da LI para a cortante em C foi estabelecida. O mesmo procedi-


mento deve ser seguido para a determinação da LI do momento no ponto C, porém
será inserida uma articulação no ponto C.

Se uma rotação virtual δΦ for introduzida na articulação, o trabalho virtual será


realizado somente pelo momento interno e a carga unitária:
Mc.δΦ - 1δy’=0

Sendo δΦ = 1 têm-se:
Mc = δy’

O que determina que a deflexão da viga tem a mesma forma da LI do momento


no ponto C (Figura 12):

Figura 12 – Li Mc – Princípio de Müller-Breslau

O Princípio de Müller-Breslau apresenta uma forma rápida de determinação das


LI nas estruturas.

A forma de obtenção dos valores em determinados pontos das estruturas pode


ser obtida geometricamente, sem a necessidade da aplicação do PTV. Uma forma
de determinação desses valores pode ser de maneira geométrica, apresentada nas
Figuras 13 e 14, sendo a primeira forma para LI do esforço cortante e a segunda
para o momento:

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UNIDADE Linhas de Influência (LI)

Figura 13 – Li Vc – Determinação Geométrica

Por meio dos cálculos e das representações feitas nas Figuras 13 e 14, foi possí-
vel determinar os valores limites das LI nos apoios. Qualquer ponto entre os apoios
será representado por valores intermediários.

Dessa forma, a aplicação da semelhança de triângulos nos fornece os valores em


qualquer ponto da estrutura.

Na Figura 13, as linhas


tracejadas representam li-
nhas de apoio para cons-
trução das LI, são determi-
nados dois triângulos, um
superior hachurado de ver-
de e um inferior hachurado
de cinza.

Na determinação geomé-
trica da LI do momento no
ponto C, faz-se uso das ex-
tensões A’ e B’, criando dois
retângulos para a aplicação
da semelhança de triângulos.

Repare que a extensão


AA’ mede exatamente a dis-
tância do ponto A ao ponto
C e a extensão BB’ mede
exatamente a distância do
ponto C ao ponto B. Figura 14 – Li Mc – Determinação Geométrica

18
Explor
Considerando, ainda, o caso estudado, qual o valor da LI do momento no ponto D (x = 5m)?

Figura 15
L 10
Como regra geral, o valor da LI do momento no meio vão é igual a = = 2,5
4 4

LI em Vigas Engastadas
Da mesma forma que foi feito para vigas, cada ponto da estrutura deverá ter sua
Linha Determinada.

A Figura 16 apresenta uma Viga Engastada submetida a uma carga móvel uni-
tária. Será determinada a LI da cortante no apoio A:

Figura 16 – Viga Engastada

A carga unitária será colocada em cada ponto selecionado da estrutura (x = 0,


x= 1,0, x=2,0 e x=3,0) e será calculado o valor da vertical Ay por meio do somató-
rio de forças verticais.

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UNIDADE Linhas de Influência (LI)

Os resultados serão tabelados e traçada a linha de influência:


X = 0 ΣFy = 0

Ay – 1 = 0 Ay = 1
X= 1,0 ΣFy = 0

Ay – 1 = 0 Ay = 1
X = 2,0 ΣFy = 0

Ay – 1 = 0 Ay = 1
X = 3,0 ΣFy = 0

Ay – 1 = 0 Ay = 1

Repare que, independente do ponto onde a carga está atuando, o valor de Ay


sempre será constante.

A Figura 17 apresenta o traçado da LI da cortante no apoio A e nos pontos B


(x = 2,0m) e C (x = 1,0m), conforme especificado.

Essa representação também poderia ser feita utilizando o Princípio de Müller-


-Breslau, utilizando a forma defletida da viga:

Figura 17 – LI da Va, Vb e Vc

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Para a representação do traçado da LI do momento, será utilizado o Princípio
de Müller-Breslau. Os pontos considerados para o traçado serão os mesmos pontos
utilizados na exemplificação da Figura 17.

O giro aplicado é unitário, o que determina um valor da Li conforme a coorde-


nada de análise (Figuras 18, 19 e 20):

Figura 18 – LI Ma Figura 19 – LI Mb

Figura 20 – LI Mc

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UNIDADE Linhas de Influência (LI)

Você Sabia? Importante!

Para Vigas Biapoiadas com balanços, o processo de produção das LI decorre da junção
dos itens 3.2 e 3.3, quando a seção de análise se encontra no meio do vão da estrutura,
ela é tratada como uma viga tendo a continuidade das LI nos balanços e quando a seção
de análise se encontra no balanço, a estrutura é tratada como engastada.
Representação das LI da Cortante em Viga Biapoiada com balanços.

Figura 21

22
Representação da LI do Momento em Viga Biapoiada com balanços.

Figura 22

Exemplo 1 – (MARTHA, 2010 – Capítulo 14)


Considerando a Viga Biapoiada com balanços apresentada na Figura 24, de-
termine as envoltórias de esforços solicitantes para cortante e o momento fletor
quando submetidos aos seguintes carregamentos:

Carga permanente 20 kN/m

Carga móvel – trem-�po

Figura 23

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UNIDADE Linhas de Influência (LI)

Figura 24 – Viga Biapoiada com balanços

Resolução
O efeito da carga permanente na estrutura está apresentado na Figura 25. Nela,
estão apresentados os diagramas de esforços solicitantes cisalhantes e do momento
fletor provocados pela força permanente uniformemente distribuída.

Figura 25 – Diagramas de esforços solicitantes para carga permanente

O efeito da carga móvel dos esforços na estrutura devido à carga móvel será
determinado através das LI. Serão feitas duas seções nos apoios, uma à esquerda
(S1-; S5-) e outra à direita (S1+; S5+) e três seções no meio do vão (S2, S3 e S4).
Para cada seção, será traçada a LI e determinadas as posições críticas da carga
móvel que provocam o mínimo e o máximo esforço na seção de análise.

Para a determinação dos valores mínimos dos esforços, deve-se posicionar a


carga móvel sobre as ordenadas negativas da LI.

De maneira análoga, para obter o valor máximo, a carga móvel deve ser posi-
cionada sobre as ordenadas positivas da LI.

24
Os valores extremos são obtidos quando a força concentrada do veículo de
projeto com maior intensidade está posicionada sobre a maior ordenada em
módulo da LI.

Esforços máximos e mínimos da cortante


LI Va

Figura 26 – LI Va

No ponto A, a LI é determinada por uma única ordenada, de valor -1. Como o


trem-tipo é composto por cargas concentradas e distribuídas e, nesse ponto, tem-se
somente a ordenada, aplica-se a carga da roda.

A cortante máxima é nula, devido à falta de ordenadas positivas na represen-


tação da LI:
mín
V =20. ( −1) =
−20 kN
a
máx
V = 0 kN
a
LI Vs1

Figura 27 – LI Vs1

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25
UNIDADE Linhas de Influência (LI)

Importante! Importante!

Repare que no balanço AB, a estrutura é tratada como se fosse uma Viga Engastada.
Analisando a estrutura EM QUALQUER PONTO antes da chegada ao ponto B, ela é consi-
derada engastada. A presença posterior do apoio B e do apoio C impedem três graus de
liberdade da viga, duas translações e uma rotação, tornando-a engastada. O mesmo vai
acontecer para o trecho CD.

Como não há ordenadas positivas na LI, a cortante máxima continua sendo


nula, porém a mínima sofre alterações.

Nesse caso, passa-se a utilizar a carga uniformemente distribuída, sendo ela


multiplicada pela área da LI.

Sua área de atuação corresponde ao retângulo de 3.(-1) indicada nas contas:


mín
V =20. ( −1) + 10. ( −1) + 10.3. ( −1) =−60 kN
s1 −
máx
V = 0 kN
s1 −
LI Vs1+
Para determinação dos esforços mínimos e máximos, serão produzidas duas
situações, a primeira representada pela Figura 28, com a indicação da carga móvel
nas ordenadas negativas para o cálculo do esforço mínimo, e a segunda represen-
tada pela Figura 29, com a indicação da carga móvel nas ordenadas positivas para
o cálculo do esforço máximo.

Figura 28 – LI Vs1+ mín

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Figura 29 – LI Vs1+ máx
mín 3. ( −0, 25 )
V =20. ( −0, 25 ) + 10. ( −0 ) + 10. −8,75 kN
=
s1 + 2
máx 12.1 3.0, 25
V 20.1 + 10.0,75 + 10.
= + 10. 91, 25 kN
=
s1 + 2 2
LI Vs2

Figura 30 – LI Vs2 mín

Figura 31 – LI Vs2 máx

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UNIDADE Linhas de Influência (LI)

mín 3. ( −0, 25 ) 3. ( −0, 25 )


V =20. ( −0, 25 ) + 10. ( −0 ) + 10. + 10. −8,75 kN
=
s2 2 2
máx 9.0,75 3.0, 25
V = 20.0,75 + 10.0,50 + 10. + 10. = 57,50 kN
s2 2 2
LI Vs3

Figura 32 – LI Vs3 mín

Figura 33 – LI Vs3 máx


mín 6. ( −0,50 ) 3. ( −0, 25 )
V 20. ( −0,5 ) + 10. ( −0, 25 ) + 10.
= + 10. −31, 25 kN
=
s3 2 2
máx 6.0,50 3.0, 25
V = 20.0,50 + 10.0, 25 + 10. + 10. = 31, 25 kN
s3 2 2
LI Vs4

Figura 34 – LI Vs4 mín

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Figura 35 – LI Vs4 máx
mín 9. ( −0,75 ) 3. ( −0, 25 )
V 20. ( −0,75 ) +10. ( −0,50 ) + 10.
= + 10. −57,50 kN
=
s4 2 2

máx 3.0, 25 3.0, 25


V = 20.0, 25 + 10.0,0 + 10. + 10. = 12,50 kN
s4 2 2

LI Vs5-

Figura 36 – LI Vs5- mín

Figura 37 – LI Vs5+ máx


mín 12. ( −1) 3. ( −0, 25 )
V =20. ( −1) +10. ( −0,75 ) + 10. + 10. =−91, 25 kN
s5 − 2 2
máx 3.0, 25
V = 20.0, 25 + 10.0,0 + 10. = 8,75 kN
s5 − 2

29
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UNIDADE Linhas de Influência (LI)

LI Vs5+

Figura 38 – LI Vs5+ mín

Figura 39 – LI Vs5+ máx

mín
V = 0,0 kN
s5 +
máx
V = 20.1 + 10.1 + 10.3.1 = 60 kN
s5 +

LI Vd

Figura 40 – LI Vd

mín
V = 0,0 kN
s5 +

30
máx
V = 20.1
= 20 kN
s5 +
Finalizado os traçados das LI da cortante na estrutura, constrói-se um Quadro
resumo com todos os valores e a determinação dos esforços mínimos e máximos
(Quadro 1).

Na determinação, somam-se os valores obtidos com a carga permanente aos


valores obtidos com a carga móvel, produzindo-se a coluna Envoltórias.

A Figura 41 apresenta o diagrama de esforços mínimos e máximos.

Quadro 1 – Envoltória de esforços cortantes


Carga Carga Móvel Envoltórias
Seção
Permanente Mínimo Máximo Mínimo Máximo
A 0 -20 0 -20 0
S1- -60 -60 0 -120 -60
S1+ 120 -8,75 91,25 111,25 211,25
S2 60 -12,50 57,50 47,50 117,50
S3 0 -31,25 31,25 -31,25 31,25
S4 -60 -57,50 12,50 -117,50 -47,50
S5- -120 -91,25 8,75 -211,25 -111,25
S5+ 60 0 60 60 120
D 0 0 20 0 20

Figura 41 – Envoltória de esforços cortantes

Esforços máximos e mínimos do momento


O processo de obtenção da envoltória de esforços de momentos fletores são
semelhantes aos utilizados para as envoltórias de esforços cortantes, sendo a
principal diferença a não descontinuidade nos apoios da viga, ou seja, não é neces-
sário separar em S1-, S1+, S5-, S5+, agora serão apenas S1 e S5.

O processo do traçado da LI é o mesmo apresentado até o momento, sendo que, nos


balanços, segue-se o traçado da viga engastada. Nas extremidades das barras, os mo-
mentos continuam sendo nulos, iniciando-se, assim, o processo de cálculo pela seção S1.

31
31
UNIDADE Linhas de Influência (LI)

LI Ms1 = LI Mb
No traçado da LI do momento na seção 1, não aparecem ordenadas positivas no
momento, somente ordenadas negativas. Dessa forma, o procedimento de cálculo
gera somente o valor do momento mínimo, ficando o momento máximo nulo para
efeito da carga móvel.

Figura 42 – LI Ms1 = LI MB

mín 3. ( −3)
M =20. ( −3) + 10.0 + 10. =−105,00 kN .m
b 2
máx
M = 0 kN .m
b

LI Ms2

Figura 43 – LI Ms2 mín

32
Figura 44 – LI Ms2 máx

mín 3. ( −2, 25 ) 3. ( −0,75 )


M 20. ( 2, 25 ) + 10.0 + 10.
=− + 10. −90 kN .m
=
s2 2 2
máx 12.2, 25
M = 20.2, 25 + 10.1,50 + 10. = 195 kN .m
s2 2

LI Ms3

Figura 45 – LI Ms3 mín

33
33
UNIDADE Linhas de Influência (LI)

Figura 46 – LI Ms3 máx


mín 3. ( −1,50 ) 3. ( −1,50 )
M 20. ( 1,50 ) + 10.0 + 10.
=− + 10. −75 kN .m
=
s3 2 2
máx 12.3
M 20.3 + 10.1,50 + 10.
= 255 kN .m
=
s3 2

LI Ms4

Figura 47 – LI Ms4 mín

34
Figura 48 – LI Ms5 máx
mín 3. ( −2, 25 ) 3. ( −0,75 )
M 20. ( 2, 25 ) + 10.0 + 10.
=− + 10. −90 kN .m
=
s4 2 2
máx 12.2, 25
M = 20.2, 25 + 10.1,50 + 10. = 195 kN .m
s4 2

LI Ms5 = LI MC

Figura 49 – LI Ms5 = LI Mc

35
35
UNIDADE Linhas de Influência (LI)

mín 3. ( −3)
M =20. ( −3) + 10.0 + 10. =−105,00 kN .m
c 2
máx
M = 0 kN .m
c

Finalizado os traçados das LI dos momentos fletores na estrutura, constrói-se


um Quadro resumo com todos os valores e a determinação dos esforços mínimos
e máximos (Quadro 2).

Na determinação, somam-se os valores obtidos com a carga permanente aos


valores obtidos com a carga móvel, produzindo-se a coluna Envoltórias.

A Figura 50 apresenta o diagrama de esforços mínimos e máximos.

Quadro 2
Carga Carga Móvel Envoltórias
Seção
Permanente Mínimo Máximo Mínimo Máximo
A 0 0 0 0 0
B -90 -105 0 -195 -90
S2 180 -90 195 90 375
S3 270 -75 255 195 525
S4 180 -90 195 90 375
C -90 -105 0 -195 -90
D 0 0 0 0 0

Figura 50 – Envoltória de esforços de momentos

LI em Vigas Gerber
As Vigas Gerber são associações de vigas com estabilidade própria com outras
apoiadas sobre a primeira, que fornecem estabilidade ao conjunto.

36
A Figura 51 apresenta o esquema estático de uma viga Gerber e sua separação
em vigas. Como se trata de uma associação de vigas, o processo de traçado da LI
segue o mesmo procedimento visto até o momento, com algumas considerações.

As Figuras de 52 a 65 apresentam o traçado das LIs ao longo da estrutura:

Figura 51 – Viga Gerber dissociada

Devido à presença das articulações, as LIs apresentam pontos inflexão,


“bicos” que correspondem à mudança de inclinação. A forma defletida da viga
representa muito bem o comportamento da estrutura e o traçado da LI para
vigas Gerber isostáticas.
Considerando o esquema estático apresentado na Figura 51, serão produzidas
as LIs para os esforços cortantes e para o momento fletor.

LIs Esforços cortantes


Considere o esquema estrutural apresentado na Figura 52. Serão produzidas LIs
para as seções apresentadas, buscando representatividade geral da estrutura.

Na parte superior da imagem, estão apresentadas as vigas dissociadas para faci-


litar a compreensão dos traçados:

Figura 52 – Viga Gerber para traçado das LI

37
37
UNIDADE Linhas de Influência (LI)

LI S1-
Na seção S1-, o trecho AB é tratado como se fosse uma Viga Engastada devido
aos apoios posteriores em B e C.

Somente a estrutura em balanço apresenta o traçado da LI (Figura 53):

Figura 53 – LI Vs1-

LI Vb
Nesse traçado da LI, percebe-se que a presença da articulação gera a inflexão
no traçado. Ela reflete a forma defletida da estrutura (Figura 54):

Figura 54 – LI Vb

LI Vs1+
O traçado da LI da seção VS1+ muito se assemelha ao traçado da LI Vb, porém
o efeito no balanço é alterado (Figura 55):

38
Figura 55 – LI Vs1+

LI Vs2

Figura 56 – LI Vs2

LI Vs3-

Figura 57 – LI Vs3-

39
39
UNIDADE Linhas de Influência (LI)

LI Vs3+
No traçado da LI Vs3+, como o trecho CD encontra-se no balanço, seu tra-
tamento ocorre como Viga Engastada. Dessa forma, não há traçado da linha na
seção anterior ao trecho (Figura 58).

Figura 58 – LI Vs3+

LI Vd
A determinação da LI na articulação D segue o mesmo princípio apresentado
para o apoio B: aplica-se o deslocamento unitário no ponto (Figura 59):

Figura 59 – LI Vd

40
LI Vs4

Figura 60 – LI Vs4

LI Vs5-

Figura 61 – LI Vs5-

41
41
UNIDADE Linhas de Influência (LI)

LI V5+

Figura 62 – LI Vs5+

LI Vf

Figura 63 – LI Vf

LI Vs6

Figura 64 – LI Vs6

42
LI Vs7-

Figura 65 – LI Vs7-

Com as divisões apresentadas na estrutura, torna-se possível a determinação das


envoltórias de esforços.

O processo para determinação das envoltórias em Vigas Gerber segue o mesmo


procedimento realizado para a Viga Biapoiada com balanços.

Determinadas as cargas permanentes e acidentais fixas, traçam-se os diagramas


dos esforços internos e, com o trem-tipo da estrutura e o traçado das Lis, determi-
nam-se os valores mínimos e máximos dos esforços, sempre se lembrando de que:
• Esforços mínimos: Aplicação do trem-tipo nas ordenadas negativas da LI;
• Esforços máximos: Aplicação do trem-tipo nas ordenadas positivas da LI.

Como as LIs apresentadas nas Figuras 53 a 65, traça-se a envoltória dos esfor-
ços cisalhantes.

A envoltória do momento fletor depende da determinação das LIs para o mo-


mento na viga Gerber, que será abordado na sequência.

LIs do momento fletor


Para o traçado da envoltória de esforços do momento fletor, não são necessárias
considerações das seções à esquerda e à direita dos apoios.

As LIs dos apoios e meio dos vão são suficientes para o traçado. As Figuras 66
a 71 apresentam as LIs do momento fletor para a estrutura de análise.

43
43
UNIDADE Linhas de Influência (LI)

LI Mb

Figura 66 – LI Mb

LI Ms2

Figura 67 – LI Ms2

44
LI Mc

Figura 68 – LI Mc

LI Ms4

Figura 69 – LI Ms4

45
45
UNIDADE Linhas de Influência (LI)

LI Me

Figura 70 – LI Me

LI Ms6

Figura 71 – LI Ms6

Apresentadas as LIs do momento fletor na estrutura, pode-se traçar a envoltória


de esforços. Note que a presença da articulação (rótula) na estrutura gera uma in-
flexão no traçado das LIs.

46
Considerações Finais
Em estruturas que possuem carregamentos estáticos bem definidos, o conceito
sobre LI pode ser desconsiderado.

Nesse tipo de estrutura, a determinação dos esforços mínimos e máximos são


facilmente realizados por meio das locações das cargas em pontos estratégicos,
como o exemplo da Figura 72.

A carga permanente (g) acontece ao longo de toda a estrutura (em todos os


casos), porém a carga acidental (q) pode ser realocada para produzir esforços mí-
nimos e máximos na estrutura.

Figura 72 – Momentos máximos e mínimos de cargas estáticas

Para a produção do momento máximo negativo nos apoios, aloca-se a carga


acidental no balanço, potencializando os efeitos do momento negativo nos apoios.

Para a determinação do momento máximo positivo, a carga acidental é locada


entre os apoios, aumento do momento positivo no meio do vão.

Essas combinações podem ser facilmente determinadas com cargas estáticas,


porém, com cargas móveis, esse processo seria demasiadamente trabalhoso. Com
isso, o traçado das LIs facilita muito o processo de construção das envoltórias de
esforços, sendo as envoltórias a determinação da faixa de trabalho da estrutura, a
determinação dos esforços mínimos e máximos.

A construção da envoltória de esforços em estrutura submetidas a carrega-


mentos móveis é trabalhosa, necessitando do traçado de várias LIs, porém de
fácil compreensão.

47
47
UNIDADE Linhas de Influência (LI)

Sem o traçado das Lis, esse processo se complicaria muito. Nesta Unidade, fo-
ram apresentados os traçados das LIs para vigas, podendo esse traçado se estender
para outras composições estruturais, sempre seguindo a mesma lógica apresentada
neste Material.

Exemplo de cargas estáticas gerando momentos mínimos e máximos


Nos diagramas, em vermelho, o diagrama de momentos fletores gerado pela
carga permanente e, em preto, o diagrama de momento fletor gerado pela combi-
nação da permanente mais acidental.

Figura 73

Verifique que, com a locação da carga acidental nos balanços, houve uma redu-
ção do momento máximo positivo no meio do vão.

48
Figura 74

Com a aplicação da carga acidental no meio do vão, os momentos negativos


permanecem, sendo os calculados para a carga permanente, porém o momento
positivo tem seu valor aumentado.

Figura 75

Envoltória dos esforços.

49
49
UNIDADE Linhas de Influência (LI)

Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:

 Livros
Sobre um método de traçado de Linhas de Influência de viga sem o uso de linguagem matricial
RIGITANO, A. C.; GAIOTTO JR, A. T.; HIROSE, F. H. Sobre um método de
traçado de Linhas de Influência de viga sem o uso de linguagem matricial. XXXV
CONGRESSO BRASILEIRO DE EDUCAÇÃO EM ENGENHARIA, 2007

 Vídeos
Canal da Profa. Lídici Pomin – LI
https://bit.ly/32vbqRU
Canal BIM Cursos – FTOOL e LI
https://bit.ly/2O15mxp

 Leitura
Manual do FTOOL
https://bit.ly/2XTY8L6

50
Referências
ALMEIDA, M. C. F de. Estruturas Isostáticas. São Paulo: Oficina de textos,
2009. (E-book)

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 7188:


Carga móvel rodoviária e de pedestre em pontes, viadutos, passarelas e outras
estruturas. Rio de Janeiro: ABNT, 2013.

HIBBELER, R. C. Análise das estruturas. São Paulo: Pearson Education do


Brasil, 2013.

MARTHA, L. F. Análise de estruturas: conceitos e métodos básicos. Rio de


Janeiro: Elsevier, 2010.

SUSSEKIND, J. C. Curso de análise estrutural. 6.ed. Porto Alegre/Rio de Janeiro:


Globo, 1981. v.1.

51
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