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Uma estrutura pode ser definida como uma composição de uma ou mais peças, ligadas
entre si por meio exterior de modo a formar um sistema em equilíbrio. Tal equilíbrio pode
ser estático (estudado na graduação) ou dinâmico (estudado, em geral, na pós-graduação).
Uma estrutura é, portando, um conjunto capaz de receber solicitações externas,
denominadas ativas, absorvê-las internamente e transmiti-las até seus apoios ou vínculos,
onde elas encontram um sistema de forças externas equilibrantes, denominadas forças
reativas.
Na engenharia civil, especificamente, denomina-se estrutura a parte resistente de uma
construção, à qual se aplica o conceito geral apresentado anteriormente.
Em um prédio em construção pode-se claramente distinguir alguns dos elementos
estruturais que compõem a parte resistente, ou estrutura, do prédio: viga, lajes, paredes,
pilares, sapatas e blocos, estes dois últimos sendo parte integrante das fundações. Estes
elementos podem ser feitos de diversos materiais, sendo, entretanto, ao mais utilizados:
concreto armado (em particular no Brasil), concreto protendido, aço e madeira.
O projeto estrutural tem como objetivo a concepção de uma estrutura e termina com a
documentação que possibilita a sua construção. São inúmeras e muito complexas as etapas
de um projeto estrutural. Entre elas está a previsão do comportamento da estrutural de tal
forma que ela possa atender satisfatoriamente às condições de segurança e de utilização para
as quais foi concebida.
A análise estrutural é a fase do projeto estrutural em que é feita a idealização do
comportamento da estrutura. De maneira geral, a análise estrutural tem como objetivo a
determinação de esforços internos e externos (cargas e reações de apoio), e das tensões
correspondentes, bem como a determinação dos deslocamentos e as correspondentes
deformações da estrutura que está sendo projetada.
O desenvolvimento das teorias que descrevem o comportamento de estrutura se deu
inicialmente para estruturas reticuladas, isto é, estruturas formadas por barras (elementos
estruturais que têm um eixo claramente definido). Trata-se dos tipos mais comuns de
estrutura, tais como a estrutura de uma cobertura ou o esqueleto de um edifício metálico.
Mesmo em casos de estruturas nas quais nem todos os comportamentos podem ser
considerados como barras (como é o caso de edifícios de concreto armado), é comum
analisar de forma simplificada, o comportamento global ou parcial da estrutura utilizando o
modelo de barras.
Os pórticos planos são estruturas formadas por elementos (ou barras) cujos eixos, com
orientações arbitrárias, pertencem todos a um único plano (plano da estrutura). O
carregamento atuante pertence também ao plano da estrutura. Os nós que interconectam os
elementos dos pórticos podem ser rígidos ou articulados.
Nos nós rígidos há transmissão de momento entre as barras. Nos nós articulados não há
transmissão de momentos entre as barras, ou seja, o momento fletor na rótula é sempre nulo.
Os pórticos ou quadros simples podem ser:
Figura 1.1: Tipos de pórticos planos
Resolução:
Primeiro determina-se as reações de apoio:
∑ 𝐹𝑥 = 0 ∴ 𝐻4 = 12 𝑡𝑓
∑ 𝐹𝑦 = 0 ∴ 𝑉1 + 𝑉4 = 30 𝑡𝑓
∑ 𝑀1 = 0 ∴ −12 × 2 − 5 × 6 × 3 + 6 × 𝑉4 = 0 ∴ 𝑉4 = 19 𝑡𝑓 ∴ 𝑉1 = 11 𝑡𝑓
Resposta
Resposta
2.1 INTRODUÇÃO
Até aqui, analisamos estruturas para uma variedade de cargas, sem considerar como a
posição de uma carga concentrada ou a distribuição de uma carga uniforme era estabelecida.
Além disso, não fizemos distinção entre carga permanente, que tem posição fixa, e
sobrecarga, que pode mudar de posição.
As linhas de influência têm uma importante aplicação no projeto de estruturas
submetidas a carregamentos móveis, tais como: pontes, viadutos, passarelas e vigas de
rolamento.
Neste capítulo, nosso objetivo é estabelecer a posição da carga móvel (por exemplo, um
veículo, um caminhão ou um trem) para maximizar o valor de certo tipo de força (cortante
ou momento em uma viga ou axial em uma treliça) em uma seção designada de uma
estrutura.
À medida que uma carga em movimento passa por uma estrutura, as forças internas em
cada ponto da estrutura variam. Intuitivamente, reconhecemos que uma carga concentrada
aplicada em uma viga no meio de vão produz tensões de flexão e deflexão muito maiores do
que a mesma carga aplicada perto de um apoio. Por exemplo, suponha-se que você tivesse
que atravessar um pequeno curso d’água repleto de crocodilos, passando por cima de uma
velha tábua flexível e parcialmente rachada. Você ficaria mais preocupado com a capacidade
da tábua de suportar seu peso à medida que se aproximasse do meio vão do que quando
estivesse parado no apoio da extremidade da tábua.
Figura 2.1: Variação do momento com a posição da carga: (a) nenhum momento em meio
vão, carga no apoio; (b) momento e deflexão máximos, carga em meio vão.
Se uma estrutura deve ser projetada com segurança, devemos dimensionar suas
barras e nós de modo que a força máxima em cada seção, produzida pela sobrecarga e pela
carga permanente, seja menor ou igual à capacidade admissível da seção. Para estabelecer
as forças de projeto máximas nas seções críticas, produzidas por cargas que se movem,
frequentemente construímos linhas de influência.
Linha de influência é um diagrama cujas ordenadas, que são plotadas como uma
função da distância ao longo do vão, fornecem o valor de uma força interna,
uma reação ou um deslocamento em um ponto específico de uma estrutura
quando uma carga unitária de 1 kip ou 1 kN se move pela estrutura.
Uma vez construída a linha de influência, podemos utilizá-la (1) para determinar
onde devemos colocar carga móvel em uma estrutura para maximizar a força (cortante,
momento etc.) para a qual a linha de influência é desenhada e (2) para avaliar a magnitude
da força (representada pela linha de influência) produzida pela carga móvel. Embora
represente a ação de uma única carga em movimento, a linha de influência também pode ser
usada para estabelecer a força em um ponto produzida por várias cargas concentradas ou por
uma carga uniformemente distribuída.
Exemplo 1.1: Construa as linhas de influência das reações em A e C para a viga da figura
abaixo:
Solução:
Para estabelecer uma expressão geral para os valores de RA para qualquer posição da carga
unitária entre os apoios A e C, colocamos a carga unitária a uma distância x1 à direita do
apoio A e somamos os momentos sobre o apoio C.
Avalie RA para x1 = 0 m, 5 m e 10 m.
O sinal de menos na equação acima indica que RA atua para baixo quando a carga unitária
está entre os pontos C e D. Para x2 = 0, RA = 0; para x2 = 5, RA = -1/2 . Usando os valores
anteriores de RA, das equações 1 e 2, desenhamos a linha de influência mostrada na figura
Solução:
Calcule (a) os valores máximos positivos e negativos do momento da carga móvel na seção
C e (b) o momento em C produzido pelo peso da viga.
Carga permanente:
Carga móvel:
Resposta final:
Vc, máx=76,25 kN; Vc, mín= -34,75 kN; Mc, máx=659,5 kN.m; Mc, mín=136,0 kN.m
Carga permanente:
Carga móvel:
Resposta final:
Vc, máx=44,44 kN; Vc, mín= -69,42 kN; Mc, máx=165 kN.m; Mc, mín= -146 kN.m
Carga permanente:
Carga móvel:
Resposta final:
Vc, máx=32,28 kN; Vc, mín= -49,58 kN; Mc, máx=204 kN.m; Mc, mín=40,50 kN.m
Carga permanente:
Carga móvel:
Resposta final:
Vc, máx=114,9 kN; Vc, mín= -114,9 kN; Mc, máx=950 kN.m; Mc, mín= 380 kN.m