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UNIVERSIDADE PARANAENSE – UNIPAR

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL


UNIDADE DE TOLEDO

TEORIA DAS ESTRUTURAS I


ESTRUTURAS ISOSTÁTICAS

KAMILLE DA COSTA TOMIM


ENGENHEIRA CIVIL
SUMÁRIO

1 CONCEITOS FUNDAMENTAIS ....................................................................... - 2 -


1.1 PÓRTICOS PLANOS ............................................................................................................. - 3 -
1.2 Pórticos simples ...................................................................................................................... - 4 -
1.3 EXERCÍCIOS PROPOSTOS .................................................................................................. - 5 -
2 CARGAS MÓVEIS: LINHAS DE INFLUÊNCIA E TREM-TIPO ................... - 8 -
2.1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................... - 8 -
2.2 linhas de influência ................................................................................................................. - 8 -
2.3 Construção de uma linha de influência .................................................................................... - 9 -
2.4 O PRINCÍPIO DE MÜLLER–BRESLAU ............................................................................. - 11 -
2.5 USO DAS LINHAS DE INFLUÊNCIA ................................................................................ - 13 -
2.6 EXEMPLOS RESOLVIDOS ................................................................................................ - 14 -
2.7 EXERCÍCIOS. ..................................................................................................................... - 17 -
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA ......................................................................... - 19 -

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1 CONCEITOS FUNDAMENTAIS

Uma estrutura pode ser definida como uma composição de uma ou mais peças, ligadas
entre si por meio exterior de modo a formar um sistema em equilíbrio. Tal equilíbrio pode
ser estático (estudado na graduação) ou dinâmico (estudado, em geral, na pós-graduação).
Uma estrutura é, portando, um conjunto capaz de receber solicitações externas,
denominadas ativas, absorvê-las internamente e transmiti-las até seus apoios ou vínculos,
onde elas encontram um sistema de forças externas equilibrantes, denominadas forças
reativas.
Na engenharia civil, especificamente, denomina-se estrutura a parte resistente de uma
construção, à qual se aplica o conceito geral apresentado anteriormente.
Em um prédio em construção pode-se claramente distinguir alguns dos elementos
estruturais que compõem a parte resistente, ou estrutura, do prédio: viga, lajes, paredes,
pilares, sapatas e blocos, estes dois últimos sendo parte integrante das fundações. Estes
elementos podem ser feitos de diversos materiais, sendo, entretanto, ao mais utilizados:
concreto armado (em particular no Brasil), concreto protendido, aço e madeira.
O projeto estrutural tem como objetivo a concepção de uma estrutura e termina com a
documentação que possibilita a sua construção. São inúmeras e muito complexas as etapas
de um projeto estrutural. Entre elas está a previsão do comportamento da estrutural de tal
forma que ela possa atender satisfatoriamente às condições de segurança e de utilização para
as quais foi concebida.
A análise estrutural é a fase do projeto estrutural em que é feita a idealização do
comportamento da estrutura. De maneira geral, a análise estrutural tem como objetivo a
determinação de esforços internos e externos (cargas e reações de apoio), e das tensões
correspondentes, bem como a determinação dos deslocamentos e as correspondentes
deformações da estrutura que está sendo projetada.
O desenvolvimento das teorias que descrevem o comportamento de estrutura se deu
inicialmente para estruturas reticuladas, isto é, estruturas formadas por barras (elementos
estruturais que têm um eixo claramente definido). Trata-se dos tipos mais comuns de
estrutura, tais como a estrutura de uma cobertura ou o esqueleto de um edifício metálico.
Mesmo em casos de estruturas nas quais nem todos os comportamentos podem ser
considerados como barras (como é o caso de edifícios de concreto armado), é comum
analisar de forma simplificada, o comportamento global ou parcial da estrutura utilizando o
modelo de barras.

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As estruturas reticulares são constituídas por elementos unidimensionais, simplesmente
denominados elementos ou barras, cujos comprimentos prevalecem em relação às dimensões
da seção transversal (largura e altura). As barras são interconectadas por nós, ou seja, são
definidas por um nó inicial e um nó final. As barras podem ser de eixo reto ou de eixo curvo
e de seção transversal constante ou variável.

1.1 PÓRTICOS PLANOS

Os pórticos planos são estruturas formadas por elementos (ou barras) cujos eixos, com
orientações arbitrárias, pertencem todos a um único plano (plano da estrutura). O
carregamento atuante pertence também ao plano da estrutura. Os nós que interconectam os
elementos dos pórticos podem ser rígidos ou articulados.
Nos nós rígidos há transmissão de momento entre as barras. Nos nós articulados não há
transmissão de momentos entre as barras, ou seja, o momento fletor na rótula é sempre nulo.
Os pórticos ou quadros simples podem ser:
Figura 1.1: Tipos de pórticos planos

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1.2 PÓRTICOS SIMPLES

O estudo dos pórticos planos será feito através da resolução de um exercício.

Exemplo 1: Resolver (determinar as reações de apoio e traçar as linhas de estado) o


pórtico biapoiado abaixo:

Resolução:
Primeiro determina-se as reações de apoio:

∑ 𝐹𝑥 = 0 ∴ 𝐻4 = 12 𝑡𝑓

∑ 𝐹𝑦 = 0 ∴ 𝑉1 + 𝑉4 = 30 𝑡𝑓

∑ 𝑀1 = 0 ∴ −12 × 2 − 5 × 6 × 3 + 6 × 𝑉4 = 0 ∴ 𝑉4 = 19 𝑡𝑓 ∴ 𝑉1 = 11 𝑡𝑓

Com as reações, traça-se as seções e se obtém os esforços nos pontos significativos.

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1.3 EXERCÍCIOS PROPOSTOS

Exercício 1.1: Determine as reações de apoio do pórtico abaixo e trace os diagramas de


esforços.

Resposta

Diagrama de Força Normal Diagrama de Força Cortante Diagrama de Momento Fletor

Exercício 1.2: Determine as reações de apoio do pórtico abaixo e trace os diagramas de


esforços.

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Resposta

Diagrama de Força Normal Diagrama de Força Cortante Diagrama de Momento Fletor

Exercício 1.3: Determine as reações de apoio do pórtico abaixo e trace os diagramas de


esforços.

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Resposta

Diagrama de Força Normal Diagrama de Força Cortante Diagrama de Momento Fletor

Exercício 1.4: Determine as reações de apoio do pórtico abaixo e trace os diagramas de


esforços.

Resposta

Diagrama de Força Normal Diagrama de Força Cortante Diagrama de Momento Fletor

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2 CARGAS MÓVEIS: LINHAS DE INFLUÊNCIA E TREM-TIPO

2.1 INTRODUÇÃO

Até aqui, analisamos estruturas para uma variedade de cargas, sem considerar como a
posição de uma carga concentrada ou a distribuição de uma carga uniforme era estabelecida.
Além disso, não fizemos distinção entre carga permanente, que tem posição fixa, e
sobrecarga, que pode mudar de posição.
As linhas de influência têm uma importante aplicação no projeto de estruturas
submetidas a carregamentos móveis, tais como: pontes, viadutos, passarelas e vigas de
rolamento.
Neste capítulo, nosso objetivo é estabelecer a posição da carga móvel (por exemplo, um
veículo, um caminhão ou um trem) para maximizar o valor de certo tipo de força (cortante
ou momento em uma viga ou axial em uma treliça) em uma seção designada de uma
estrutura.

2.2 LINHAS DE INFLUÊNCIA

À medida que uma carga em movimento passa por uma estrutura, as forças internas em
cada ponto da estrutura variam. Intuitivamente, reconhecemos que uma carga concentrada
aplicada em uma viga no meio de vão produz tensões de flexão e deflexão muito maiores do
que a mesma carga aplicada perto de um apoio. Por exemplo, suponha-se que você tivesse
que atravessar um pequeno curso d’água repleto de crocodilos, passando por cima de uma
velha tábua flexível e parcialmente rachada. Você ficaria mais preocupado com a capacidade
da tábua de suportar seu peso à medida que se aproximasse do meio vão do que quando
estivesse parado no apoio da extremidade da tábua.
Figura 2.1: Variação do momento com a posição da carga: (a) nenhum momento em meio
vão, carga no apoio; (b) momento e deflexão máximos, carga em meio vão.

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Uma linha de influência mostra como um determinado esforço numa seção varia
quando uma carga concentrada move sobre a estrutura. A linha de influência é construída
sobre o eixo da estrutura sendo que as abscissas representam as posições da carga móvel e
as ordenadas representam os respectivos valores do esforço considerado.
Exemplo: linha de influência de momento fletor para uma seção S.

Se uma estrutura deve ser projetada com segurança, devemos dimensionar suas
barras e nós de modo que a força máxima em cada seção, produzida pela sobrecarga e pela
carga permanente, seja menor ou igual à capacidade admissível da seção. Para estabelecer
as forças de projeto máximas nas seções críticas, produzidas por cargas que se movem,
frequentemente construímos linhas de influência.

Linha de influência é um diagrama cujas ordenadas, que são plotadas como uma
função da distância ao longo do vão, fornecem o valor de uma força interna,
uma reação ou um deslocamento em um ponto específico de uma estrutura
quando uma carga unitária de 1 kip ou 1 kN se move pela estrutura.

Uma vez construída a linha de influência, podemos utilizá-la (1) para determinar
onde devemos colocar carga móvel em uma estrutura para maximizar a força (cortante,
momento etc.) para a qual a linha de influência é desenhada e (2) para avaliar a magnitude
da força (representada pela linha de influência) produzida pela carga móvel. Embora
represente a ação de uma única carga em movimento, a linha de influência também pode ser
usada para estabelecer a força em um ponto produzida por várias cargas concentradas ou por
uma carga uniformemente distribuída.

2.3 CONSTRUÇÃO DE UMA LINHA DE INFLUÊNCIA

Para apresentar o procedimento de construção de linhas de influência, discutiremos


em detalhes os passos necessários para desenhar a linha de influência da reação RA no apoio
A da viga com apoios simples da Figura 1.2a.
Conforme observado anteriormente, podemos estabelecer as ordenadas das linhas de
influência para a reação em A calculando o valor de RA para sucessivas posições de uma

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carga unitária à medida que ela se move pelo vão. Começamos colocando a carga unitária
no apoio A. Somando os momentos sobre o apoio B (Figura 1.2b), calculamos RA = 1 kip
(4,448 kN). Então, movemos a carga unitária arbitrariamente para uma segunda posição,
localizada a uma distância L/4 à direita do apoio A. Novamente, somando os momentos
sobre B, calculamos RA 3/4 kip (Figura 1.2c). Em seguida, movemos a carga para o meio
vão e calculamos RA 1/2 kip (Figura 1.2d). Para o cálculo final, posicionamos a carga de 1
kip diretamente sobre o apoio B e calculamos RA = 0 (Figura 1.2e). Para construir a linha
de influência, plotamos agora os valores numéricos de RA diretamente abaixo de cada
posição da carga unitária associada ao valor de RA correspondente. O diagrama de linha de
influência resultante está mostrado na Figura 1.2f. A linha de influência mostra que a reação
em A varia linearmente de 1 kip, quando a carga está em A, até o valor 0, quando a carga
está em B. Como a reação em A é avaliada em kips, as ordenadas da linha de influência têm
unidades de kips por 1 kip de carga.
Quando você se familiarizar com a construção de linhas de influência, precisará
colocar a carga unitária em apenas duas ou três posições ao longo do eixo da viga para
estabelecer o formato correto da linha de influência. Alguns fatos a lembrar sobre a Figura
2f estão resumidos aqui:
1. Todas as ordenadas da linha de influência representam valores de RA.
2. 2. Cada valor de RA está plotado diretamente abaixo da posição da carga unitária
que o produziu.
3. O valor máximo de RA ocorre quando a carga unitária atua em A.
4. Como todas as ordenadas da linha de influência são positivas, uma carga atuando
verticalmente para baixo em qualquer lugar do vão produz uma reação em A dirigida
para cima. (Uma ordenada negativa indicaria que a reação em A seria dirigida para
baixo.)
5. A linha de influência é uma linha reta. Conforme você verá, as linhas de influência
de estruturas determinadas são retas ou compostas de segmentos lineares.
Figura 2.2: Linhas de influência das reações em A e B: (a) viga; (b), (c), (d) e (e) mostram
posições sucessivas da carga unitária; (f) linha de influência de RA; (g) linha de influência
de RB.

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Plotando os valores da reação de B para várias posições da carga unitária, geramos a
linha de influência de RB mostrada na Figura 1.2g. Como a soma das reações em A e B
sempre deve ser igual a 1 (o valor da carga aplicada) para todas as posições da carga unitária,
a soma das ordenadas das duas linhas de influência em qualquer seção também deve ser
igual a 1 kip.
No exemplo 1, construiremos linhas de influência para as reações de uma viga com
um balanço. O Exemplo 2 ilustrará a construção de linhas de influência para cortante e
momento em uma viga. Se as linhas de influência das reações forem desenhadas primeiro,
facilitarão a construção das linhas de influência das outras forças na mesma estrutura.

2.4 O PRINCÍPIO DE MÜLLER–BRESLAU

O princípio de Müller–Breslau fornece um procedimento simples para estabelecer o


formato das linhas de influência para as reações ou para as forças internas (cortante e
momento) em vigas. As linhas de influência qualitativas, que possibilitam ser esboçadas
rapidamente, podem ser usadas das três maneiras a seguir:
1. Para verificar se o aspecto de uma linha de influência, produzida pelo movimento
de uma carga unitária em uma estrutura, está correto.

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2. Para estabelecer onde se deve posicionar a carga móvel em uma estrutura para
maximizar uma função específica, sem avaliar as ordenadas da linha de influência. Uma vez
estabelecida a posição crítica da carga, fica mais simples analisar diretamente certos tipos
de estruturas para a carga móvel especificada do que desenhar a linha de influência.
3. Para determinar a localização das ordenadas máximas e mínimas de uma linha de
influência, para que apenas algumas posições da carga unitária precisem ser consideradas
quando as ordenadas da linha de influência forem calculadas.
Embora o método de Müller–Breslau se aplique a vigas determinadas e
indeterminadas, limitaremos a discussão deste capítulo aos membros determinados.
O princípio de Müller–Breslau declara:

A linha de influência de qualquer reação ou força interna (cortante, momento)


corresponde à forma defletida da estrutura produzida pela retirada da capacidade
da estrutura de suportar essa força, seguida da introdução na estrutura
modificada (ou liberada) de uma deformação unitária correspondente à restrição
retirada.

A deformação unitária refere-se a um deslocamento unitário para reação, um


deslocamento unitário relativo para cortante e uma rotação unitária relativa para momento.
Para apresentar o método, desenharemos a linha de influência da reação em A da viga com
apoios simples da Figura 1.3a. Começamos removendo a restrição vertical fornecida pela
reação em A, produzindo a estrutura liberada mostrada na Figura 1.3b. Em seguida,
deslocamos a extremidade esquerda da viga verticalmente para cima, na direção de RA, por
um deslocamento unitário (ver Figura 1.3c). Como a viga deve girar sobre o pino em B, sua
forma defletida, que é a linha de influência, é um triângulo que varia de 0 em B até 1,0 em
A'. Esse resultado confirma o aspecto da linha de influência para a reação em A que
construímos na Seção 1.3 (ver Figura 1.2f).
Figura 2.3: Construção da linha de influência para Ra pelo princípio de Müller-Breslau.
(a) Viga com apoio simples. (b) A estrutura liberada. (c) Deslocamento introduzido
correspondente à reação em A; a forma defletida e a linha de influência em alguma escala
desconhecida. (d) A linha de influência de RA.

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2.5 USO DAS LINHAS DE INFLUÊNCIA

Conforme observado anteriormente, construímos linhas de influência para


estabelecer o valor máximo das reações ou das forças internas produzidas por carga móvel.
Nesta seção, descreveremos como se utiliza uma linha de influência para calcular o valor
máximo de uma função, quando a carga móvel, que pode atuar em qualquer parte da
estrutura, é uma única carga concentrada ou uma carga uniformemente distribuída de
comprimento variável.
Como a ordenada de uma linha de influência representa o valor de determinada
função produzido por uma carga unitária, o valor produzido por uma carga concentrada pode
ser estabelecido multiplicando a ordenada da linha de influência pela magnitude da carga
concentrada. Esse cálculo simplesmente reconhece que as forças criadas em uma estrutura
elástica são diretamente proporcionais à magnitude da carga aplicada.
Se a linha de influência é positiva em algumas regiões e negativa em outras, a função
representada por ela inverte de direção para certas posições da carga móvel. Para projetar
membros nos quais a direção da força tem influência significativa no comportamento,
devemos estabelecer o valor da força máxima em cada direção, multiplicando as ordenadas
máximas positivas e máximas negativas da linha de influência pela magnitude da carga
concentrada. Por exemplo, se uma reação de apoio inverte de direção, o apoio deve ser

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detalhado para transmitir os valores máximos de tração (elevação), assim como o valor
máximo de compressão na fundação.
No projeto de prédios e pontes, a carga móvel é frequentemente representada por
uma carga uniformemente distribuída. Por exemplo, um código de construção pode exigir
que os pisos dos estacionamentos sejam projetados para uma carga móvel uniformemente
distribuída de certa magnitude, em vez de um conjunto especificado de cargas de roda.
Para estabelecer o valor máximo de uma função produzida por uma carga uniforme
w de comprimento variável, devemos distribuir a carga ao longo da barra na região na qual
(ou regiões nas quais) as ordenadas da linha de influência são positivas ou negativas.

2.6 EXEMPLOS RESOLVIDOS

Exemplo 1.1: Construa as linhas de influência das reações em A e C para a viga da figura
abaixo:

Solução:
Para estabelecer uma expressão geral para os valores de RA para qualquer posição da carga
unitária entre os apoios A e C, colocamos a carga unitária a uma distância x1 à direita do
apoio A e somamos os momentos sobre o apoio C.

Avalie RA para x1 = 0 m, 5 m e 10 m.

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Uma expressão geral para RA, quando a carga unitária está localizada entre C e D, pode ser
escrita pela soma dos momentos sobre C para o diagrama de corpo livre mostrado na figura

O sinal de menos na equação acima indica que RA atua para baixo quando a carga unitária
está entre os pontos C e D. Para x2 = 0, RA = 0; para x2 = 5, RA = -1/2 . Usando os valores
anteriores de RA, das equações 1 e 2, desenhamos a linha de influência mostrada na figura

Para desenhar a linha de influência de RC, podemos calcular os valores da reação em C à


medida que a carga unitária se move pelo vão ou subtrair as ordenadas da linha de influência
na figura anterior de 1, pois a soma das reações para cada posição da carga unitária deve ser
igual a 1 — o valor da carga aplicada.

Exemplo 1.2: Desenhe as linhas de influência do cortante e do momento na seção B da viga


abaixo.

Solução:

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Exemplo 1.3: A viga da figura a deve ser projetada para suportar sua carga permanente de
0,45 kip/ft e uma sobrecarga móvel que consiste em uma carga concentrada de 30 kips e uma
carga uniformemente distribuída de comprimento variável de 0,8 kip/ft. As cargas móveis
podem atuar em qualquer lugar no vão. A linha de influência do momento no ponto C é dada
na Figura

Calcule (a) os valores máximos positivos e negativos do momento da carga móvel na seção
C e (b) o momento em C produzido pelo peso da viga.

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2.7 EXERCÍCIOS.

1. Calcular o esforço cortante e o momento fletor, máximo e mínimo, no ponto onde o


momento é máximo, considerando a viga biapoiada, submetida a ação permanente e
móvel.

Carga permanente:

Carga móvel:

Resposta final:
Vc, máx=76,25 kN; Vc, mín= -34,75 kN; Mc, máx=659,5 kN.m; Mc, mín=136,0 kN.m

2. Calcular o esforço cortante e o momento fletor, máximo e mínimo, no ponto onde o


momento é máximo, considerando a viga biapoiada, submetida a ação permanente e
móvel, sendo que as cargas móveis podem assumir qualquer posição sobre a viga.

Carga permanente:

Carga móvel:

Resposta final:
Vc, máx=44,44 kN; Vc, mín= -69,42 kN; Mc, máx=165 kN.m; Mc, mín= -146 kN.m

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3. Calcular o esforço cortante e o momento fletor, máximo e mínimo, no ponto onde o
momento é máximo, considerando a viga biapoiada, submetida a ação permanente e
móvel.

Carga permanente:

Carga móvel:

Resposta final:
Vc, máx=32,28 kN; Vc, mín= -49,58 kN; Mc, máx=204 kN.m; Mc, mín=40,50 kN.m

4. Calcular o esforço cortante e o momento fletor, máximo e mínimo, no ponto onde o


momento é máximo, considerando a viga biapoiada, submetida a ação permanente e
móvel, sendo que as cargas móveis podem assumir qualquer posição sobre a viga.

Carga permanente:

Carga móvel:

Resposta final:
Vc, máx=114,9 kN; Vc, mín= -114,9 kN; Mc, máx=950 kN.m; Mc, mín= 380 kN.m

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REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

ALMEIDA, M. C. F. Estruturas Isostáticas. São Paulo: Oficina de textos, 2009. ISBN:


978-85-86238-83-3.

MARTHA, L. F. Análise de Estruturas: Conceitos e métodos básicos. 2ª ed. Rio de


Janeiro: Elsevier, 2017. ISBN: 978-85-352-8625-0.

MAU, S. T. Introdução à análise estrutural – método dos deslocamentos e das forças.


Rio de Janeiro: editora ciência moderna ltda., 2015. ISBN: 978-85-399-0687-1.

MCCOMARC, J. C. Análise estrutural: usando métodos clássicos e métodos


matriciais. 4ª ed. Tradução e revisão técnica Amir Kurban – [reimpr.] – Rio de Janeiro:
LTC, 2015. ISBN: 978-85-216-1686-3.

LEET, M. K.; UANG, C. M.; GILBERT, A. M. Fundamentos da análise estrutural. 3. ed.


São Paulo: McGraw-Hill, 2009. 793p.

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