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UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAÚ – UVA

SEMESTRE 2020.1 – CÁLCULO FUNDAMENTAL I


CURSO DE ENGENHARIA CIVIL

APLICAÇÃO DE DERIVADAS NA ENGENHARIA CIVIL


Por: Guilherme Carneiro Lopes

A aplicação de derivadas na profissão do Engenheiro Civil, visa,


segundo Silva (2015), durante o EVINCI:
“estudo de taxas variáveis de grandezas físicas. De
modo geral, ela nos permite aplicar os conhecimentos
em grandezas desde que sejam representadas através
de funções.”

Ainda segundo Silva:


“A definição da derivada de uma função é um conceito
central do cálculo diferencial, justamente por ela
trabalhar com taxas de variação de algo devido às
alterações que se apresentam no decorrer de um
processo, um trabalho, entre outros, o que
normalmente é dado através de outra função. Existem
inúmeras aplicações das derivadas de funções, dado o
fato de ela se ajustar em qualquer taxa de variação,
sendo assim, entendemos a derivada como um
coeficiente angular da reta tangente, porém ela pode
ser utilizada para apresentar nos gráficos qual a
posição das curvas e no âmbito da engenharia o
cálculo por meio de derivadas é utilizado numa extensa
gama de atividades: para calcular área, volume,
cargas, resultantes de carregamentos, centros de
gravidade, momentos de inércia e deformações bem
como a solução de estruturas hiperestáticas (equações
elásticas).”
O problema: deformações em colunas, lajes e vigas.
Aqui o uso de derivadas se deve ao projeto de estruturas, que se
utiliza da teoria da elasticidade¹ para calcular a dimensão das
colunas, das lajes e das vigas, assim calculando o peso que elas
suportam, excedendo seu próprio peso e o peso dos materiais (ou
seja, peso de prováveis móveis e pessoas dentro do edifício), para
que elas não se desloquem de maneira irregular e não possam ser
rearranjadas (situação conhecida como deformação irreparável), ou
até mesmo acabem desmoronando, cujas tensões excedem o limite
de escoamento.
Referência Nº1: Em física e engenharia, a teoria da elasticidade é
usada para designar a capacidade de certos objetos de retornar ao
estado original em que estavam, após sofrerem uma força externa
que lhes cause deformação, porém, depois de certo ponto, a
elasticidade do objeto é quebrada e ele fica permanentemente
deformado.
A solução: uso da Teoria da Elasticidade.
Assim sendo, a Teoria da Elasticidade busca processos de
soluções (através de análises) para as equações propostas de
acordo com o que cada material necessita, buscando uma melhoria
na construção de estruturas em análise, para que os cálculos de
resistência a peso sejam, ao máximo possível, precisos.
Resumindo, o estudo pela teoria da elasticidade visa analisar os
critérios em que a teoria pode ser utilizada e desenvolvida na
construção civil, utilizando cálculos.
No ano de 1968, Robert Hooke, publicou uma descoberta que viria
a ser conhecida como Lei de Hooke, que teve como objeto de
elaboração a compreensão da proporcionalidade da força com a
mola. Esse primeiro desenvolvimento desbloqueou outros estudos
específicos como a Teoria da Elasticidade. Thomas Young então
relacionou a tensão e a deformação. Joaquim Barros denota que
um corpo tende a voltar ao normal logo após ser submetido a uma
carga (que não cause problemas irreversíveis), porém em 1989, ele
mesmo relata que:
“os materiais possuem capacidades elásticas
diferentes, pois podem apresentar
comportamentos anisotrópicos (apresenta que
determinadas propriedades físicas como: dureza,
resistência mecânica, refração da luz, dependem
da direção em que são medidas) ou ortotrópicos
(cujas propriedades mecânicas são únicas
gerando dependência em que são medidas, um
exemplo de material é a madeira).”
O exemplo: elasticidade do aço comum.
O módulo de elasticidade do aço comum, usado em perfis
estruturais é de 21.000 kgf/mm², e o limite de escoamento é cerca
de 21 kgf/mm². Um fio de aço de 2mm de diâmetro e 1m de
comprimento, com uma pessoa (pesando 60kg) pendurada a ele,
fica aproximadamente 1mm maior devido a esse peso, e não se
rompe devido ao peso. Voltará a ficar com 1m de comprimento
quando perder a pressão que o corpo da pessoa exerce.

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