A aplicação de derivadas na profissão do Engenheiro Civil, visa,
segundo Silva (2015), durante o EVINCI: “estudo de taxas variáveis de grandezas físicas. De modo geral, ela nos permite aplicar os conhecimentos em grandezas desde que sejam representadas através de funções.”
Ainda segundo Silva:
“A definição da derivada de uma função é um conceito central do cálculo diferencial, justamente por ela trabalhar com taxas de variação de algo devido às alterações que se apresentam no decorrer de um processo, um trabalho, entre outros, o que normalmente é dado através de outra função. Existem inúmeras aplicações das derivadas de funções, dado o fato de ela se ajustar em qualquer taxa de variação, sendo assim, entendemos a derivada como um coeficiente angular da reta tangente, porém ela pode ser utilizada para apresentar nos gráficos qual a posição das curvas e no âmbito da engenharia o cálculo por meio de derivadas é utilizado numa extensa gama de atividades: para calcular área, volume, cargas, resultantes de carregamentos, centros de gravidade, momentos de inércia e deformações bem como a solução de estruturas hiperestáticas (equações elásticas).” O problema: deformações em colunas, lajes e vigas. Aqui o uso de derivadas se deve ao projeto de estruturas, que se utiliza da teoria da elasticidade¹ para calcular a dimensão das colunas, das lajes e das vigas, assim calculando o peso que elas suportam, excedendo seu próprio peso e o peso dos materiais (ou seja, peso de prováveis móveis e pessoas dentro do edifício), para que elas não se desloquem de maneira irregular e não possam ser rearranjadas (situação conhecida como deformação irreparável), ou até mesmo acabem desmoronando, cujas tensões excedem o limite de escoamento. Referência Nº1: Em física e engenharia, a teoria da elasticidade é usada para designar a capacidade de certos objetos de retornar ao estado original em que estavam, após sofrerem uma força externa que lhes cause deformação, porém, depois de certo ponto, a elasticidade do objeto é quebrada e ele fica permanentemente deformado. A solução: uso da Teoria da Elasticidade. Assim sendo, a Teoria da Elasticidade busca processos de soluções (através de análises) para as equações propostas de acordo com o que cada material necessita, buscando uma melhoria na construção de estruturas em análise, para que os cálculos de resistência a peso sejam, ao máximo possível, precisos. Resumindo, o estudo pela teoria da elasticidade visa analisar os critérios em que a teoria pode ser utilizada e desenvolvida na construção civil, utilizando cálculos. No ano de 1968, Robert Hooke, publicou uma descoberta que viria a ser conhecida como Lei de Hooke, que teve como objeto de elaboração a compreensão da proporcionalidade da força com a mola. Esse primeiro desenvolvimento desbloqueou outros estudos específicos como a Teoria da Elasticidade. Thomas Young então relacionou a tensão e a deformação. Joaquim Barros denota que um corpo tende a voltar ao normal logo após ser submetido a uma carga (que não cause problemas irreversíveis), porém em 1989, ele mesmo relata que: “os materiais possuem capacidades elásticas diferentes, pois podem apresentar comportamentos anisotrópicos (apresenta que determinadas propriedades físicas como: dureza, resistência mecânica, refração da luz, dependem da direção em que são medidas) ou ortotrópicos (cujas propriedades mecânicas são únicas gerando dependência em que são medidas, um exemplo de material é a madeira).” O exemplo: elasticidade do aço comum. O módulo de elasticidade do aço comum, usado em perfis estruturais é de 21.000 kgf/mm², e o limite de escoamento é cerca de 21 kgf/mm². Um fio de aço de 2mm de diâmetro e 1m de comprimento, com uma pessoa (pesando 60kg) pendurada a ele, fica aproximadamente 1mm maior devido a esse peso, e não se rompe devido ao peso. Voltará a ficar com 1m de comprimento quando perder a pressão que o corpo da pessoa exerce.