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Linguagem Visual
Material Teórico
Design Bidimensional
Revisão Textual:
Prof.ª Me. Sandra Regina Fonseca Moreira
Design Bidimensional
• Introdução;
• Lugares Geométricos;
• Estudo de Casos;
• Processo de Geometrização.
OBJETIVO DE APRENDIZADO
• Oferecer ao aluno uma visão comparada entre a Escola de Bauhaus, o Estilo Internacional
e as principais expressões da arte que adotaram o viés da exatidão, no processo de criação
bidimensional. Estudo da geometria que está por trás de modelos criados por expoentes
do design.
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua
formação acadêmica e atuação profissional, siga
algumas recomendações básicas:
Conserve seu
material e local de
estudos sempre
organizados.
Aproveite as
Procure manter indicações
contato com seus de Material
colegas e tutores Complementar.
para trocar ideias!
Determine um Isso amplia a
horário fixo aprendizagem.
para estudar.
Mantenha o foco!
Evite se distrair com
as redes sociais.
Seja original!
Nunca plagie
trabalhos.
Não se esqueça
de se alimentar
Assim: e de se manter
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte hidratado.
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e
horário fixos como seu “momento do estudo”;
No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos
e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você tam-
bém encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua
interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e de
aprendizagem.
UNIDADE Design Bidimensional
Introdução
Estudaremos nesta unidade os fundamentos da linguagem visual bidimensional,
com ênfase no desenho geométrico. Veremos, basicamente, como os entes primi-
tivos, estudados na unidade anterior, podem ser utilizados no design gráfico por
meio dos seguintes estudos de caso:
1. Analisaremos a estrutura geométrica que está por trás do logo da “Co-
queiro”, que foi criado por Alexandre Wollner;
2. O símbolo da Bauhaus, produzido por Oskar Schlemmer;
3. O logo da Volkswagen, desenhado por Franz Reimspiess;
4. E, finalmente, a diferença entre a simples vetorização e o processo de
geometrização, que permite um refinamento contínuo até se alcançar o
resultado desejado.
Lugares Geométricos
É muito comum que o designer utilize lugares geométricos em seus desenhos.
Eles podem ser definidos pelas propriedades a que determinados pontos estão
submetidos (Fig. 1), por exemplo:
• Circunferência: É o lugar geométrico dos pontos que equidistam de um
ponto central, ou seja, todos os pontos da circunferência distam uma medida
“r” (raio) do centro. Outra característica importante é compreender que, no
plano, somente esses pontos estão sujeitos a essa propriedade. Desse modo,
para identificar se estamos diante de um lugar geométrico, precisamos ob-
servar se todos, e somente aqueles pontos, compartilham uma propriedade;
Vamos pensar:
Todos os pontos de um arco de circunferência distam “r” do centro, mas não somente eles,
portanto, um arco de circunferência não é um lugar geométrico.
• Mediatriz: Reta formada pelos infinitos pontos que equidistam de dois pontos
fixos (A e B). Com a mediatriz, podemos, por consequência, dividir um seg-
mento ao meio;
• Bissetriz: Reta formada pelos infinitos pontos que equidistam de duas semir-
retas concorrentes (r e s). Com a bissetriz, podemos, por consequência, dividir
um ângulo ao meio;
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• Par de Retas Paralelas: Retas formadas pelos infinitos pontos que equidistam
de uma reta “r”. No plano, podemos ter duas retas que atendem a essa condição.
Estudo de Casos
Logo da Coqueiro
Como Wollner estudou na Alemanha, em Ulm, numa instituição que seguia o
estilo de design que havia sido desenvolvido pela Escola de Bauhaus, sua produção
se baseou em processos exatos e nos estudos da percepção visual que serão abor-
dados em ergonomia, incluindo a Gestalt.
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UNIDADE Design Bidimensional
Imprima a figura 3 e pegue um compasso para descobrir onde os centros e os raios foram
Explor
aplicados no desenho.
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internet, a exibição de logos com a presença de desenhos geométricos. Isso, porém,
não significa que tais desenhos exprimam exatamente o que foi desenvolvido
nos projetos reais. Trata-se de um excelente exercício de pesquisa, que ajuda a
desenvolver a criatividade e que será mostrado na videoaula.
Logo da Bauhaus
Nas demonstrações animadas, vimos, por exemplo, as etapas de formação do
símbolo da Bauhaus (Fig. 5), sendo elas:
5. Grid formado por linhas verticais e horizontais espessas;
6. Acréscimo de uma circunferência;
7. Determinação de áreas poligonais;
8. Processo de síntese com a subsequente eliminação de partes;
9. Arte final.
Logo da Volkswagen
Na sequência da aula, esse tipo de pesquisa geométrica foi feita com o logo da
Volkswagen. Partimos, novamente, de um quadrado e pesquisamos uma solução
muito parecida com a do logo que nos serviu de modelo. Durante o estudo, foi pos-
sível perceber semelhanças entre as estratégias adotadas pelos diferentes designers
(Wollner e Reimspiess).
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Essa é a parte interessante. Você não deveria saber. Alexandre Wollner não sabia.
Isso tudo foi sendo inventado depois de muitas tentativas e “erros”. É claro que
quanto mais conhecimento de base você tem, mais ferramentas conceituais pode-
rão ser incorporadas no seu processo de criação.
O designer passa meses criando grids e, a partir daí, fica variando, observan-
do, excluindo, acrescentando, até a obtenção de uma forma que não seja efêmera.
Em outras palavras, algo que a mente não descarte, que capture a atenção das pes-
soas, algo que seja relevante para a percepção. O designer busca uma forma que
contenha informações. Neste caso, informações não verbais.
É algo difícil de ser encontrado em grandes marcas, mas não é algo difícil de ser
encontrado no design.
Você pode também começar com um desenho à mão livre e depois vetorizar
esse desenho ou, como vimos no estudo de caso, você pode geometrizar o seu
esboço até chegar a uma forma que considere ideal para determinado cliente, de-
terminado evento, determinada época, entre outras.
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ou seja, partimos do produto acabado e tentamos voltar até a primeira linha traçada
pelo designer.
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Processo de Geometrização
Um terceiro processo, dentre infinitas linhas de criação, é você desenhar à mão
livre, ou com o auxílio de instrumentos, e depois vetorizar ou geometrizar a imagem.
Neste exemplo, o desenho que havia sido vetorizado está sendo redesenhado no
que chamamos de processo de geometrização (Fig. 9).
Não se prenda à crença de que isso é difícil, de que não é para você, de que é
complicado demais, porque determinadas crenças, prejudiciais, podem nos acom-
panhar até o fim da vida e tornar nossa experiência, no planeta, menos rica e
prazerosa. Aprenda um pouco hoje, um pouco mais amanhã, e, quando menos
perceber, você vai se surpreender com a quantidade de conhecimentos, estratégias,
conceitos, dados históricos que foram sendo apreendidos.
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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Livros
Desenho Geométrico
CARVALHO, B. A. Desenho geométrico. 2. ed. Rio de Janeiro: Ao Livro Técnico, 1965.
Curso de Desenho Geométrico
GIONGO, A. R. Curso de desenho geométrico. São Paulo: Nobel, 1977.
Elementos de Geometria e Desenho Geométrico
PUTNOKI, J. C. Elementos de geometria e desenho geométrico. v. 2. São Paulo:
Scipione, 1993.
Desenho Linear Geométrico
BRAGA, T. Desenho linear geométrico. 14. ed. São Paulo: Rio, 1997.
Abstracionismo Geométrico e Informal
COCCHIARALE, F. Abstracionismo geométrico e informal: a vanguarda brasileira
nos anos cinquenta. Rio de Janeiro: Funarte, 1987.
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Referências
ACADEMIA PEARSON. Criatividade e inovação. São Paulo: Pearson, 2011.
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