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Percepção Visual
Material Teórico
Percepção de Profundidade
Revisão Textual:
Prof.ª Me. Sandra Regina Fonseca Moreira
Percepção de Profundidade
• Introdução;
• Sobreposição;
• Transparência;
• Diagonais;
• Diminuição do Tamanho;
• Diminuição do Detalhe;
• Posição no Campo Visual;
• Nitidez;
• Tons que Avançam ou Retrocedem;
• Cores que Avançam ou Retrocedem;
• Perspectiva Atmosférica.
OBJETIVO DE APRENDIZADO
· Tornar o aluno capaz de organizar o espaço e representá-lo grafica-
mente no plano. Categorizar os diferentes métodos existentes para a
obtenção da profundidade.
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua
formação acadêmica e atuação profissional, siga
algumas recomendações básicas:
Conserve seu
material e local de
estudos sempre
organizados.
Aproveite as
Procure manter indicações
contato com seus de Material
colegas e tutores Complementar.
para trocar ideias!
Determine um Isso amplia a
horário fixo aprendizagem.
para estudar.
Mantenha o foco!
Evite se distrair com
as redes sociais.
Seja original!
Nunca plagie
trabalhos.
Não se esqueça
de se alimentar
Assim: e de se manter
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte hidratado.
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e
horário fixos como seu “momento do estudo”;
No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos
e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você
também encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão
sua interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e
de aprendizagem.
UNIDADE Percepção de Profundidade
Introdução
Toda a teoria apresentada nas unidades iniciais pode ser aplicada para estrutu-
ras planas, bem como para projetos que pretendam expressar o espaço no campo
visual. Para o design, por exemplo, a sensação de profundidade é uma ilusão, que
pode ser conseguida por meio da aplicação de, pelo menos, dez diferentes méto-
dos, a saber:
1. Sobreposição;
2. Transparência;
3. Diagonais (incluindo os processos de perspectiva);
4. Diminuição do tamanho;
5. Diminuição do detalhe;
6. Posição no campo visual;
7. Nitidez;
8. Tons que avançam ou retrocedem;
9. Cores que avançam ou retrocedem;
10. Perspectiva atmosférica (também chamada de aérea).
Sobreposição
A sobreposição é um dos métodos mais elementares para a obtenção do espaço
numa folha de papel (bidimensional). Basta que um objeto opaco seja colocado
na frente de outro. Como a percepção se dá de forma geral e não aos pedaços,
costumamos enxergar, neste exemplo, uma peça de Lego sobre a outra, em vez
da justaposição de formas (fig. 1). É o método mais elementar para a obtenção
da sensação de profundidade. Repare que na imagem há uma peça transparente
e, naquele trecho da cena, a ideia de profundidade se torna mais complexa e
abrangente, como veremos no item 2.
Figura 1 – Sobreposição
Fonte: Wikimedia Commons
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Transparência
Na transparência a visão consegue penetrar os objetos ou trespassá-los, estabe-
lecendo, assim, uma interpretação visual mais acurada e, portanto, mais profunda,
a qual pode se dar de duas formas:
• para elementos cromáticos sob a luz natural, quando esta os penetra, ela pode
originar novos matizes, em função da filtragem característica da teoria subtra-
tiva, também conhecida como CMYK;
• para elementos acromáticos, iluminados por luz natural, a sobreposição de
superfícies transparentes origina diferentes tonalidades ou valores.
Figura 2 – Transparência
Fonte: Wikimedia Commons
Diagonais
As diagonais, mesmo que não estejam num contexto de perspectiva, por si só
criam a sensação de profundidade (fig. 3). Obviamente, todo sistema de perspectiva
visual se baseia em linhas inclinadas que convergem para um ou mais pontos de
fuga. Para aprofundar este tema, recomendo que o estudante de design conheça
melhor os sistemas de perspectiva central e saiba diferenciar a visão humana da
linguagem fotográfica. Assim, indico os seguintes vídeos que produzi sobre o tema:
https://youtu.be/eACGoMaviJQ
perspectiva com um ponto de fuga (perspectiva renascentista):
https://youtu.be/bRPrZ5H2Z7c
perspectiva com dois pontos de fuga (perspectiva barroca):
https://youtu.be/0zizeS9sVZM
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Figura 3 – Diagonais
Fonte: Wikimedia Commons
Diminuição do Tamanho
Um dos princípios fundamentais da percepção humana tem a ver com o fato
de que quanto mais distante um objeto estiver, menor ele parecerá para quem
o observa. Desse modo, tudo o que se afasta do observador tende a diminuir.
Sistemas de perspectiva estudados em desenho técnico aplicado (isométrica e
cavaleira), cujas fugantes são retas paralelas entre si, não adotam coeficientes de
redução, ficando a sensação de profundidade a cargo do emprego das diagonais,
como visto no item 3. Na imagem, as árvores e as pessoas diminuem conforme se
afastam do observador (fig. 4).
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Diminuição do Detalhe
A diminuição do detalhe é uma consequência natural da diminuição do tama-
nho, pois quanto mais distante um modelo estiver, menos detalhes poderão ser
percebidos. Sendo assim, uma simples mancha poderá se tornar um elemento
do grupo que foi visto de perto. Na imagem, os cavalos mais próximos exibem
detalhes como cores diferentes, texturas, músculos etc., enquanto os do fundo são
homogêneos, podendo ser reduzidos a uma simples mancha (fig. 5).
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Importante! Importante!
Não existe um lugar específico para que você coloque a linha do horizonte, mas é comum
ver que alguns profissionais utilizam a regra dos terços (fig. 8). Ao fazê-lo, eles estão
dividindo a altura da imagem em três partes iguais, o que dará a seguinte relação de
proporção: 0,33 (parte menor) e 0,66 (parte maior). Sabe-se, contudo, que na proporção
áurea (cf. videoaula 2), um segmento a, ao ser multiplicado por 0,618, determina o
segmento áureo de a, ou seja, a regra dos terços pode ser interpretada como uma
aproximação da divisão áurea, pois se em uma temos 0,66, na outra teríamos 0,61.
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Figura 8 – Regra dos terços: mais céu ou mais terra
Fonte: Wikimedia Commons
Nitidez
Quando o fundo estiver desfocado, os elementos do primeiro plano parecerão
mais nítidos e, por isso, mais próximos. Quando o fundo é propositalmente
desfocado, ele potencializa a sensação de profundidade (fig. 9).
Figura 9 – Nitidez
Fonte: Wikimedia Commons
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Figura 11 – Cores que avançam e retrocedem
Fonte: Wikimedia Commons
Perspectiva Atmosférica
A luz ilumina os objetos. Estes a refletem. Vemos a imagem refletida que nos
chega aos olhos. Um objeto muito distante, ao ser iluminado e refletir a sua
imagem, caminhará pelo espaço até que esta seja captada. Nesse ínterim, a luz
estará sendo filtrada pela atmosfera e, por esse motivo, a intensidade dos matizes
chegará esmaecida. Em outras palavras, em virtude da perspectiva provocada pela
atmosfera, tudo o que estiver distante chegará aos olhos do observador com menor
saturação, menor intensidade e menor contraste (fig. 12).
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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Sites
Percepção quadridimensional
MANDARINO, Denis. Percepção quadridimensional. Design 24 horas, 2014.
http://design24horas.com/arte-e-design/percepcao-quadridimensional/
Vídeos
Luzes e sombras
MANDARINO, Denis. Luzes e sombras. Canal no Youtube, 2016.
https://youtu.be/3JU_gl4JK8g
Leitura
Fundamentos del diseño
SCOTT, Robert Gillan. Fundamentos del diseño. Buenos Aires: Editorial Victor Leru
S. A., 1979.
https://eacvvcae.files.wordpress.com/2014/02/l-fundamentos-disec3b1o_scott.pdf
The Gestalt Principles
GRAPHIC DESIGN. The Gestalt Principles. Página acessada em 30 de abril de 2018.
http://graphicdesign.spokanefalls.edu/tutorials/process/gestaltprinciples/gestaltprinc.htm
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Referências
ARNHEIM, R. Arte e Percepção Visual. São Paulo: Ed. Pioneira, 1996.
GOMES FILHO, João. Design do objeto: bases conceituais. São Paulo: Escrituras
Editora. 2004.
GOMES FILHO, João. Gestalt do objeto: sistema de leitura visual da forma. São
Paulo: Escrituras Editora. 2004.
SCOTT, Robert Gillan. Fundamentos del diseño. Buenos Aires: Editorial Victor
Leru S. A., 1979.
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