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Peter Boerboom e Tim Proetel

Desenhar
o espaço
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GG
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Editorial Gustavo Gili, SL


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CEP: 05038-190, São Paulo-SP, Brasil. Tel. (+55) (11) 3611-2443
Peter Boerboom e Tim Proetel

Desenhar
o espaço
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Título original: Raum: Illusion mit Methode. Ideen zum räumlichen Zeichnen.
Publicado originalmente na Suíça em 2013 pela Haupt Verlag
Desenhos, projeto gráfico e diagramação: Tim Proetel e Peter Boerboom

Tradução: Denis Fracalossi


Preparaçao de texto: Adriana Cerello
Revisão de texto: Solange Monaco

Qualquer forma de reprodução, distribuição, comunicação pública ou


transformação desta obra só pode ser realizada com a autorização expressa
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reproduzir algum trecho desta obra, seja por meio de fotocópia,
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A Editora não se pronuncia, expressa ou implicitamente, a respeito da
acuidade das informações contidas neste livro e não assume qualquer
responsabilidade legal em caso de erros ou omissões.

© Haupt Bern, 2013


© da tradução: Denis Fracalossi
para a edição em português:
© Editorial Gustavo Gili, SL, Barcelona, 2018

Impresso na Espanha
ISBN: 978-85-8452-114-2
Depósito legal: B. 25028-2017

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)


(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

Boerboom, Peter
Desenhar o espaço / Peter Boerboom e Tim
Proetel ; [tradução Denis Fracalossi]. -- São Paulo :
www.ggili.com.br

Gustavo Gili, 2018.

Título original: Raum : Illusion mit Methode :


Ideen zum räumlichen Zeichnen.
ISBN 978-85-8452-114-2

1. Perspectiva I. Proetel, Tim. II. Título.

17-09933 CDD-742

Índices para catálogo sistemático:


1. Perspectiva : Desenho 742
A ilusão espacial
6

1. Grande e pequeno
8
2. Sobreposições
30
3. Dobras e ondulações
44
4. Pontos de fuga
64
5. Modelagem
92
6. Tonalidades pálidas
116
7. Pouca nitidez
128
8. Sombra e espaço circundante
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Glossário
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A ilusão espacial
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Eis algo que pode ser banal e surpreendente ao mesmo tempo:
quando desenhadas de forma apropriada sobre o papel, poucas li-
nhas podem ser suficientes para criar ilusão espacial. A princípio, o
interesse pela representação espacial costuma estar ligado à inten-
ção de mapear a realidade visível. No entanto, obter profundidade
é fundamental em qualquer modalidade de desenho artístico, seja
em projetos ou esboços arquitetônicos, seja na produção de carta-
zes, mosaicos romanos ou grafite.
Além de fascinar o observador, a representação espacial o con-
vida para dentro da imagem, independentemente do quão figura-
tiva ou abstrata ela seja. Este livro tem como objetivo apresentar
alguns métodos úteis na representação do espaço: grande ou pe-
queno, com sobreposições, dobras ou ondulações, em perspectiva
central, com modelagem, de forma desbotada ou com pouca niti-
dez, com luz ou com sombra.
Quando estamos diante de um desenho em que um objeto
grande aparece ao lado de um objeto pequeno, logo imaginamos
que o objeto maior está mais perto. Quando um objeto está coloca-
do na frente de outro, ocultando parte desse segundo, vemos uma
sobreposição. Quando analisamos linhas que vão em direção a um
ponto em comum que está distante (chamado ponto de fuga), es-
tamos falando de perspectiva central. Um círculo pode se tornar
uma esfera dependendo da forma como adicionamos luz e sombra
ao nosso desenho. Uma cordilheira distante terá uma tonalidade
muito mais pálida do que as montanhas mais próximas do obser-
vador. Formas com pouca nitidez nos transmitem uma ideia de afas-
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tamento, enquanto aquilo que está perto de nós costuma ser re-
presentado com maior precisão. Enfim, essas são apenas algumas
características da representação espacial sobre as quais estão basea-
dos os métodos que apresentamos neste livro. Por meio dos exercí-
cios aqui propostos, iremos combinar e desenvolver esses métodos,
de forma que você possa usá-los não só em representações figurati-
vas, mas também em todo e qualquer desenho que decidir criar.

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1. Grande e pequeno
Quanto menor a representação de um objeto,
mais distante do observador ele parece estar.
No entanto, nos desenhos feitos por crianças
(bem como nos de artistas da Idade Média),
o tamanho das figuras costuma estar de
acordo com sua importância, não com seu
posicionamento. Nesses casos, os objetos mais
distantes aparecem no alto da imagem.
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Quando assumimos que os objetos desenhados têm, na realidade,


as mesmas dimensões, aqueles representados em menor tamanho
dão a impressão de estarem mais afastados.
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Não só as formas vão ficando menores, mas também o espaço


entre elas vai diminuindo quanto mais distantes elas se encontram.
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Linhas largas vão ficando cada vez mais finas conforme se afastam
do observador. Essa característica é decisiva para criar a impressão
de profundidade em desenhos cujos elementos se repetem.
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A linha do horizonte que imaginamos para o nosso desenho


é o primeiro elemento a criar um escalonamento para as
superfícies presentes em determinado espaço.
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Independentemente do tamanho das árvores, aquelas que, no


desenho, aparecem mais abaixo estão, mais na frente. Aquelas
que são representadas mais no alto estão mais para trás.
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