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FACULDADE FUNORTE DE JANAÚBA

PERSPECTIVA NA FOTOGRAFIA

Janaúba - MG
2021.
Emily Diane de Oliveira Mecias
Letícia Ketley Martins Xavier

PERSPECTIVA NA FOTOGRAFIA

Trabalho apresentado à professora


Katrina Morgana Dantas , para avaliação da
disciplina Fotografia, do 6º período do
curso de graduação em ESTÉTICA E
COSMÉTICA da FUNORTE JANAUBA,
2021.
Data de entrega: 29/09/2021.

FACULDADE FUNORTE DE JANAÚBA


2021
PERSPECTIVA NA FOTOGRAFIA

O trabalho descreve uma pesquisa conduzida através de fotos onde é relatado o conceito
de perspectiva na fotografia. Partindo-se da ideia de espaço entre partículas e linhas que
se destacam por trazer ponto de vista, profundidade e cores, pretendeu-se identificar
dinâmicas entre pessoas, animais e objetos. O artigo também dialoga com a teoria do
lúdico onde a gente pressupõe ou imagina o que está acontecendo a partir da imagem
que nos é posta. Trata-se de uma reflexão oriunda de uma pesquisa ainda.

Palavras-chave: Perspectiva, Fotografia, Ângulo, Linhas.

Introdução

O mundo real é tridimensional e nossos olhos o vêem assim, sabemos quando um objeto
está mais perto ou distante, cada ângulo nos dá uma visão diferente. Ao contrário disso,
a fotografia é bidimensional, mas podemos perceber essa profundidade nas imagens por
conta da perspectiva. Com essa técnica podemos projetar a fotografia em um mundo
tridimensional. Isso só é possível mudando os ângulos, aproximando ou afastando os
objetos e até realinhando outros.
Dominando a técnica de fotos em perspectiva você passa a ter uma poderosa ferramenta
de composição e conseguirá produzir imagens ainda mais fantásticas.

Linhas de fuga
São as linhas imaginárias que descrevem o efeito da perspectiva convergindo para o
ponto de fuga (linhas convergentes pontilhadas). É o afunilamento dessas linhas em
direção ao ponto que geram a sensação visual de profundidade.
Bom, compor uma imagem consiste em organizar os elementos que a compõem, de
modo que o resultado seja harmonioso, equilibrado e esteticamente agradável. Como
sabemos, o mundo real é tridimensional e os nossos olhos o enxergam assim, porque, ao
estarem situados em posições diferentes, cada um recolhe em suas retinas uma imagem
ligeiramente diferente da realidade diante deles. Com estas pequenas diferenças nosso
cérebro calcula a distância em que os elementos se encontram. É justamente este cálculo
o que situa os objetos no espaço tridimensional, nos dando uma sensação de
profundidade ou de volume dos objetos.

A Fotografia, ao contrário do mundo real, é bidimensional e mesmo assim, percebemos


a profundidade nas imagens. E por que isso acontece? Graças à perspectiva, ou a ilusão
visual percebida pelo observador e que ajuda a determinar a profundidade e a
localização de objetos a diferentes distâncias. Usando esta técnica, a fotografia se
projeta em um mundo tridimensional. Como você pode conseguir estes resultados?
Controlando a variação do tamanho de objetos ou motivos da imagem. Também
sobrepondo, ou seja, colocando para baixo aqueles que estão mais próximos e mais
acima aqueles que estão mais longe. Se você aprender a dominar essa técnica, você terá
uma ferramenta de composição poderosa que irá ajudá-lo a conseguir imagens
verdadeiramente atraentes. Para saber mais, continue lendo, e com alguns conceitos
básicos e exemplos, você vai aprender o que é preciso para olhar através do visor de sua
câmera com outra.
Ponto de fuga

É o ponto que fica na linha do horizonte e que atrai todas as linhas paralelas de visão
para ele. Em algumas fotos de perspectiva é possível encontrar mais pontos de visão e,
em alguns casos, eles nem precisam estar na linha do horizonte. Pense no ponto de fuga
como o objeto que você quer que o espectador preste atenção. Caso você queira seguir a
regra dos terços, coloque esse ponto no lado direito da imagem e faça com que as linhas
de fuga levem até ele.

Linha do Horizonte
 A Regra do Horizonte é uma das Regras importantes de composição fotográfica, por
trás da Regra dos Terços e da Regra do Olhar. Na realidade a Regra do Horizonte deriva
da Regra dos Terços. A Regra do Horizonte diz que dividindo o enquadramento
horizontalmente, em três partes iguais, o horizonte devemos situá-lo perto de uma das
linhas que dividem a fotografia. Esta regra se aplica tanto na hora de tomar a fotografia,
quanto na hora de ajustá-la na edição posterior. Quando fotografamos paisagens, vamos
apreciar como facilita compor a fotografia aplicando esta simples regra. Temos
percebido que uma fotografia que tenha o horizonte justo no centro, causa indiferença
no observador. Do mesmo jeito percebemos que colocar o horizonte acima do centro, dá
mais protagonismo à terra. Enquanto que posicionar o horizonte abaixo do centro dá
mais protagonismo ao céu. 
Uma das regras importantes da fotografia é a regra dos terços. Esta regra diz que dentro
do enquadramento da fotografia, existem 4 pontos fortes ou áureos, que temos que
aproveitar para criar imagens impactantes. E que para localizar estes pontos temos que
dividir em 9 partes iguais a superfície do enquadramento. Estes pontos fortes ou áureos,
estão localizados nos cruzamentos das linhas imaginárias que dividem esta superfície
em 9 partes iguais, como se aprecia na imagem acima. Assim na hora em que são
colocadas as duas linhas imaginárias horizontais, dividimos o enquadre em 3 partes
iguais. No caso do enquadre ser vertical, igualmente teremos 3 partes iguais ao
dividirmos em 3 partes iguais. Esta é a descrição feita no começo, do que é a Regra do
Horizonte, e portanto esta é a origem e relação entre estas duas regras de composição.

Ponto de vista
A fotografia não é imparcial nem tem o propósito de ser. Toda imagem, por mais fiel
que seja à cena registrada, sempre será um recorte da realidade feito pelo fotógrafo. Por
isso, além do enquadramento, a escolha de onde se posicionar e de qual objetiva usar na
captura são decisões que interferem no ponto de vista que o fotógrafo tem sobre
determinado tema e, consequentemente, influencia a mensagem que a imagem
transmite. Embora pareça uma escolha sem grandes desafios, o ponto de vista é um dos
recursos mais criativos da fotografia. Ao mudar a posição da câmera ou ajustar a
objetiva para uma distância focal diferente, as relações entre os objetos no quadro se
reorganizam. Assim, é possível fazer um registro totalmente diferente de uma mesma
cena apenas mudando a posição da câmera no ambiente. Definir o ponto de vista faz
parte da composição fotográfica e vem antes de o fotógrafo escolher a posição do
assunto no quadro, orientado, por exemplo, pela regra dos terços. Muito fotógrafo
diletante, entretanto, nem chega a explorar esse aspecto criativo. A tendência é ele ficar
parado em um lugar enquanto faz a composição da imagem apenas com o movimento
de zoom da lente (ou posteriormente, com o corte da foto via computador). Fazendo
isso, ele desconsidera outros pontos de vista e desperdiça oportunidades para criar outra
opção para a imagem, que pode ser mais atraente aos olhos do observador.
Na representação gráfica da perspectiva é comum o ponto de vista ser identificado por
uma linha vertical perpendicular à linha do horizonte (PV). O ponto de vista revela-se
exatamente no cruzamento dessas duas linhas.

Observe as várias abordagens de um mesmo tema: a Torre Eiffel, em Paris: a lente


grande angular foi usada de várias formas, a começar, na primeira foto, para destacá-la
na grandeza da cidade; depois, num ângulo convencional; e abaixo, em duas abordagens
criativas, que evidenciam sua imponência.
Existem também vários tipos de perspectivas e ângulos que podem ser aplicados na
fotografia.

Perspectiva Linear

Nesta forma as linhas paralelas convergem em um ponto conhecido como o ponto de


fuga, causando a ilusão de profundidade e distância. Podemos conseguir esse efeito
utilizando lente grande angular e fazendo uso dos ângulos. Em relação aos ângulos
temos várias formas de utilizá-los.
Ângulo alto

Também conhecida como picado ou plongê, onde a foto é feita de cima para baixo, a
partir de uma posição mais elevada do que o objeto fotografado.
Ângulo baixo

Contra-picado ou ainda contra-plongê. A foto é feita de baixo para cima.


Ao mesmo nível do sujeito ou normal

Como o próprio nome indica, a foto é feita no mesmo nível do sujeito, é o ângulo mais
natural e também o mais comum de se encontrar.

Zênite e Nadir

Zênite e Nadir são fotos de ângulos perpendiculares ao objeto fotografado. Nadir é o


ângulo reto de baixo para cima. Você pode conseguir esse ângulo deitando no chão de
uma floresta e tirando uma foto em linha reta do topo das árvores, por exemplo. Já o
Zênite é o ângulo reto de cima para baixo.
(Zênite)

(Nadir)
Perspectiva aérea

Também conhecida como perspectiva atmosférica, consiste em marcar a profundidade


do espaço pela gradação progressiva das cores e pelos contornos de suavização gradual.
Pode ser potencializada graças às condições ambientais, como chuva, nevoeiro.
Especialmente em paisagens, os planos mais distantes parecem menos nítidos.
Perspectiva forçada

Como o próprio nome sugere, é o plano que você pode conseguir através da
manipulação da cena, isto é, tentar garantir que os objetos ou sujeitos pareçam estar no
mesmo plano. É quando o fotógrafo consegue mudar a proporção do objeto, fazendo
com que, por exemplo, um boneco de 30 cm tenha um tamanho de uma pessoa normal.
Nesse tipo de fotografia o importante é deixar a imaginação e criatividade livre.
As fotos feitas utilizando a perspectiva podem ser usadas tanto profissionalmente
quanto por diversão, mas em ambos os casos o resultado é fantástico! É uma ferramenta
simples que faz toda a diferença numa fotografia e que pode ser treinada sem precisar
sair de casa, apenas usando e abusando da criatividade e aprimorando o seu olhar para
conseguir bons resultados.
REFERÊNCIAS

Meneghetti, Diego. Uma questão de ponto de vista. Fotografe Melhor, p.1, São Paulo,
23 jun. 2017. Disponível em: < https://www.fotografemelhor.com.br/materias/uma-
questao-de-ponto-de-vista/>. Acesso em: 20 set. 2021.

Simxer. Domine a perspectiva como elemento de composição. Foto Dicas Brasil, p. 1,


Rio de Janeiro, 19 ago. 2015. Disponível em: < https://fotodicasbrasil.com.br/domine-a-
perspectiva-como-elemento-de-composicao/>. Acesso em: 20 set. 2021.

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