Perspectiva

Podemos definir a perspectiva como a arte de representar um objeto tridimensional (3D)

em um plano bidimensional (2D), de modo a manter a sua altura, largura e profundidade
de forma proporcional. Por isso ela é tão importante no desenho.

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Podemos ver nas figuras a seguir como é importante
nos preocuparmos com a perspectiva.

Na figura da esquerda notamos que todas as bananas

tem o mesmo tamanho e por isso não conseguimos
identificar sua posição na composição.

Já na figura da direita podemos ver claramente aonde

cada banana está posicionada por causa do seu
tamanho.

Compreendemos então que quanto mais os objetos se

afastam do observador menores eles serão.

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Nós já analisamos a “atmosfera” que também é uma das formas de perspectiva.
Agora vamos aprender a usar pontos de fuga para traçar nossos objetos.
Esta técnica vai nos ajudar a desenhar desde formas mais simples até formas mais
complexas.

Mas lembre-se, nosso objetivo é fazermos desenhos a mão livre, soltos e com certa
liberdade artística e não formas geométricas duras que fariam nossos desenhos ter
um aspecto extremamente técnico.

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Nos desenhos a seguir podemos ver a comparação entre duas cadeiras. Na figura
da esquerda vemos uma cadeira sem perspectiva, percebemos que ela está
torta. Já, a cadeira da direita foi desenhada corretamente respeitando os pontos
de fuga.

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Mas antes de iniciarmos é importante recapitular o que são faces, arestas e vértices
em um cubo. Veja que ele tem 6 faces, 8 vértices e 12 arestas.

Agora, com isso em mente, podemos começar a entender como posicionar

nossos objetos no plano de desenho.
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A primeira coisa que precisamos aprender são os elementos que compõe a perspectiva.

• O plano do horizonte corresponde à altura

dos olhos do observador.
• O ponto principal, ou ponto de fuga, será um
ponto marcado no infinito e estará alinhado
com a vista do observador.
• O plano de terra é o nível do terreno.
• O ponto de observação é onde fica o
observador.
• O quadro é onde a imagem será formada.

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Uma observação muito importante sobre a linha do horizonte é que ela
corresponderá à altura dos olhos do observador e o ponto de fuga sempre ficará
localizado nessa linha não importando se o objeto está na linha, acima ou abaixo
dela.

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Vamos iniciar nosso estudo com a perspectiva de
um ponto de fuga.
Ele será usada quando o objeto tiver uma de suas
faces de frente para o observador. Para achar o
ponto de fuga precisamos prolongar suas arestas
até que elas se encontrem. Ao fazer isso
encontramos nosso ponto de fuga (PF) e
consequentemente nossa linha do horizonte (LH).

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Quando formos desenhar objetos com um ponto de fuga começaremos por
desenhar nossa linha do horizonte e então definiremos nosso ponto de fuga. Feito
isso, todos os objetos terão que ter suas arestas prolongadas até o ponto de fuga.

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A perspectiva com dois pontos de fuga será usada quando o observador estiver
olhando um objeto a partir de uma de suas arestas, o que permitirá ver ao menos
duas de suas faces. Para achar o ponto de fuga precisamos prolongar suas arestas
até que elas se encontrem. Ao fazer isso encontramos nossos pontos de fuga (PF1 e
PF2). Traçaremos então uma linha reta entre os pontos de fuga para acharmos a
linha do horizonte (LH).

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Quando desenhamos objetos com dois pontos de fuga é importante que esses
pontos estejam bem distantes para evitar distorcer o objeto.

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Quando usamos dois pontos de fuga precisamos usar a
regra dos 60%. Dito de forma simples, significa medir a
distância entre os pontos de fuga e usar apenas 60%
dessa distância para enquadrar nosso desenho.
Podemos observar como fazer isso no esquema ao lado.
Aqui usamos uma folha A4 como exemplo. Ela está
delimitada pela linha vermelha. As linhas pontilhadas
representam o nosso limite de 60%. Devemos tentar
desenhar dentro dessa área para obtermos resultados
melhores.
Uma dica para aproveitarmos melhor o papel é
marcarmos os pontos de fuga fora do papel. Podemos
fazer isso marcando os pontos na mesa de trabalho.
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A perspectiva com três pontos de fuga é similar à

de dois pontos, mas o terceiro ponto ficará fora da
altura dos olhos do observador, podendo ser
acima ou abaixo da linha do horizonte. É muito
usado para desenhar cenas observadas de baixo
para cima ou de cima para baixo de um edifício,
sendo muito usada principalmente nas histórias
em quadrinhos.

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Também temos que ter em mente que poderemos nos deparar com cenas com
múltiplos pontos de fuga. Neste caso, ao passo que alguns objetos serão
desenhados levando em conta um dos pontos, outros objetos podem se
referenciar em outros pontos de fuga.

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Embora a perspectiva seja fundamental para desenharmos um objeto de forma
real, precisamos ressaltar que existem técnicas artísticas que não se preocupam
com a perspectiva de modo proposital. Temos como exemplo as técnicas cubistas
e alguns surrealistas e pós impressionistas, além de outros que quebravam as
regras perspectivas por liberdade artística.
Como em nosso curso a proposta é ensinar o aluno a fazer desenhos realistas, a
perspectiva terá um papel muito importante no nosso ensino.
No entanto, estudamos apenas a perspectiva linear ou cônica, que se aplica a
desenhos artísticos. Pois esse é o conhecimento básico necessário para o
desenho de observação. Mas encorajamos você a pesquisar mais para se
aprofundar no estudo da perspectiva e suas diversas aplicações.

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Nessa aula entendemos o que é a perspectiva, vimos por que devemos nos
preocupar com ela e aprendemos como achar os pontos de fuga.
Agora que entendemos a teoria por trás da perspectiva linear chegou a hora de
aplicarmos nossos conhecimentos. Vamos ver como fazer isso nas nossas aulas
práticas.

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