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AULA 8
CONTEXTUALIZANDO
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interessante definirmos isso de outra forma, para que você mergulhe de fato
naquilo que realmente é um desenho.
Na verdade, um desenho é muito mais do que uma figura ou gravura numa
determinada superfície. Para nós do design de interiores, é necessária uma
intimidade com o desenho à mão livre. Perceberemos que essa é uma excelente
técnica, que, muitas vezes, vamos precisar usar em obras para tirar eventuais
dúvidas de pedreiros, marceneiros etc. Haverá também ocasiões em que você
não terá à disposição os instrumentos de desenho quando seu cliente expressar
uma dúvida ou quiser que você aumente algo no projeto (um detalhe num móvel,
por exemplo) e você, como um(a) bom(a) profissional, precisará fazer o desenho
mesmo sem o uso das ferramentas de desenho.
TEMA 1 – A PERSPECTIVA
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Um desenho bidimensional é aquele desenho que não apresenta volume,
tratando-se de um desenho plano no qual enxergamos apenas a largura e a
altura (largura x altura). Normalmente, chamamos esse desenho de imagem
chapada, pois somente vemos ali o que está na nossa frente. A imagem
bidimensional é muito importante para a área do design em geral, pois nos
propicia demonstrar, por meio de plantas baixas, cortes, elevações e vistas,
aquilo que o cliente solicitou e que algumas vezes não foi possível tornar claro
em uma perspectiva.
Toda perspectiva de um desenho de interiores tem início com uma planta
baixa ou planificação.
Crédito: Bariskina/Shutterstock.
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precisaremos utilizar a perspectiva, no desenho, como já estudado. Em uma
perspectiva de dois pontos de fuga, o observador verá a figura de quina. Em
lugar de ver o cubo diretamente de frente, como na perspectiva com um ponto
de fuga, na perspectiva com dois pontos de fuga observamos a representação
através de um ângulo. Se pudéssemos olhar para baixo e ver esses cubos, isso
é o que veríamos. Em perspectiva com dois pontos de fuga, o canto do cubo é o
ponto mais próximo de nós.
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Depois, marcamos os dois pontos de fuga, um de cada lado na linha do
horizonte, por sugestão duas vezes para cada lado, embora eles possam ser
marcados três ou quatro vezes e até duas vezes de um lado e três ou quatro
vezes do outro lado. O que isso muda, no desenho, é o lado que se quer mostrar
mais.
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O próximo passo é marcar as laterais do cubo, nas linhas que puxamos
para os pontos de fuga, marcamos uma linha paralela à quina, novamente puxar
para os pontos de fuga, mas somente do ponto superior, pois os pontos inferiores
estão atrás do cubo. Portanto, não veremos esta outra face.
Figura 8 – Cubo
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TEMA 3 – MEDIDAS
Iremos ver como fazer medições para criar proporções corretas. Em todos
os desenhos, temos que ter cuidado para garantir que as proporções estejam
corretas. Para conseguir isso, precisamos aprender alguns métodos de medição
não apenas do modelo, mas das áreas dentro desse modelo. Por exemplo, a
parte superior do cubo deve ter a forma e o tamanho corretos, em comparação
com as laterais e a frente. Todos os modelos são comparativos uns aos outros
e podem ser medidos comparando-os. Por exemplo, se houver um copo e um
livro sobre uma mesa, em uma sala cheia de outros modelos, começaremos pelo
copo. Uma vez desenhado o copo corretamente, poderemos compará-lo com o
livro. Quantos copos de largura e altura terá o livro? Em seguida, quantos livros
de altura e de largura terá a mesa? E quantos comprimentos e larguras de mesa
caberão na sala? E assim por diante... Com esse método, podemos desenhar
tudo o que vemos, começando com o menor modelo e progredindo para o maior.
Existem várias maneiras de realizar as medições, mas a primeira coisa
que precisamos fazer no método geométrico é estabelecer o(s) ponto(s) de fuga
e o ângulo e a elevação corretos do ponto de vista. Logo em seguida, definimos
a linha do horizonte. Se não fizermos isso, o desenho ficará difícil de se
compreender e não poderemos verificar se desenhamos o que queremos
representar corretamente.
Esta é uma maneira simples de medir: o método visual de medição usa o
lápis e o polegar. Segure sempre o lápis na mão, com o braço estendido, pois
assim a distância é sempre constante. Use o polegar para medir um modelo
pequeno. Em seguida, usando essa medida conhecida, desenhe vários modelos
maiores contando o número de modelos pequenos que se encaixam no modelo
maior. Esse também é um bom método para medir a distância entre os modelos.
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Figura 10 – Medição
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Fonte: Marcia Arzua, 2023.
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TEMA 4 – DESENHO DE ELIPSES
Temos um exercício que nos mostra como construir uma elipse usando o
círculo como guia. A maneira mais fácil é desenhar um círculo dentro de um
quadrado. Ao fazer isso, temos algumas arestas que podemos usar para medir.
As medidas do círculo são uniformes, assim como as do quadrado. Juntos, eles
se tornam o meio perfeito.
Ao desenhar uma elipse para o seu tema, é melhor começar desenhando-
a à mão livre. Em seguida, use o método a seguir para verificar se ela foi feita
corretamente ou se você precisa corrigi-la. Primeiro, a partir do ponto de fuga e
passando pelas partes superior e inferior da elipse desenhada, projete linhas até
a borda de outra folha de papel. Desenhe duas linhas horizontais a partir do
ponto de contato com a borda do papel. Essa será a altura do quadrado. Agora,
desenhe duas linhas verticais separadas uma da outra, na mesma distância das
linhas de altura, e já estabelecemos o quadrado em relação à elipse desenhada.
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Agora, divida o quadrado como mostrado na figura a seguir, usando os métodos
que já estudamos. Em seguida, preencha o quadrado com o círculo.
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Fonte: Marcia Arzua, 2023.
Quanto mais próxima uma elipse estiver do nível dos olhos, mais plana
ela parecerá. À medida que se move o traço para baixo e para longe do nível
dos olhos, vemos mais da face dessa elipse. Para desenhar corretamente cada
um desses elementos, devemos começar colocando-os em um plano de
perspectiva e depois resolver os diferentes planos, como vemos aqui. Depois de
estabelecer os planos usando os métodos que aprendemos anteriormente,
desenhamos as elipses, corretamente, dentro do plano onde estão localizadas.
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TEMA 5 – DESENHANDO O INTERIOR
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Agora, represente os móveis no piso do ambiente. Observe que, desse
ângulo de visão, a cama ficará na frente do armário e da escrivaninha. Por isso,
vamos deixar a cama representada somente no piso.
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O próximo passo é somente introduzir os detalhes.
TROCANDO IDEIAS
NA PRÁTICA
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• Dica 2: tente não usar régua para a construção dos objetos e sim
experimentar o traçado à mão livre (mas, se não conseguir no início, ela
ajuda a dar mais segurança).
• Dica 3: inicie pelo traçado das estruturas do ambiente e, na sequência,
comece a criar os volumes dos objetos (blocos). Finalize dando-lhes
formas, acabamentos, sombra e luz, volumes aos objetos.
Você pode também utilizar cores, se quiser, mas isso não é essencial; e
também fazer o processo manual, depois escanear o desenho e trabalhá-lo em
algum software de sua preferência.
FINALIZANDO
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Esperamos que tenha gostado deste estudo de perspectiva à mão livre e
que ele seja sempre uma referência para você, em seu trabalho. Lembre-se:
mantenha as regras de perspectiva simples e elas funcionarão muito melhor!
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REFERÊNCIAS
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