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Sumário
03...........................................................................................................................................Quem escreveu esse e-book?
04............................................................................................................................................................Introdução e fun facts
05...........................................................................................................................DROP #01: O rebranding da Ilustralle
14...........................................................................................................................................DROP #02: Linha de produtos
18...............................................................................................................................................................DROP #03: Unboxing
25.........................................................................................................................................................................DROP #04: Fotos
29..................................................................................................DROP #05: Posicionamento de marca de moda
36.......................................................................................................................................................................DROP #06: UGC's
40......................................................................................................................................................................Arquivos privados
47.........DROP #07: Lidando com a rejeição: o que acontece quando você faz um rebranding?
52........................................................................................................................DROP #08 - Formatos de lançamento
57...........................................................................................................................DROP #09: Estratégia marca pessoal
61.......................................................................................................................................DROP #10: Coleção Mindfulness
66..........................................................................................................................DROP #11: Produtos de comunicação
69.....................................................................................................................................................DROP #12: Let's Talk Dirty
74..............................................................................................................................DROP #13: Associação com eventos
77.......................................................................................................................................................................DROP #14: Dailies
81...............................................................................................................DROP #15: Detalhes icônicos nos produtos
86...................................................................DROP #16: Valor agregado altíssimo - a criação de um status
90...................................................................................DROP #17: Mudança de comportamento de consumo
93...................................................................................................................................................................DROP #18: Criativos
96...................................................................................................................................DROP #19: Produtos de branding
99.....................................................................................................................DROP #20: O lançamento dos planners
107..............................................................................................................................DROP #21: Embalagem do planner
110......................................................................................................................................DROP #22: Anti Blue Light Club
116..................................................................DROP #23: Tornando a marca + exclusiva e não super-escalar
118......................................................................................................................................................DROP #24: Future Drops
122.............................................................................................................................................................DROP #25: Bolas-fora
126..................................................................................................................................................................................Ilus Archives
131..................................................................................................................................................................................................Valeu!
Isabela Gaidys é fundadora e diretora criativa das marcas
Ilustralle e Coolmmerce e atualmente é referência quando
se fala de branding descomplicado no Brasil.
Entendemos que, ao decorrer dos anos, diversos materiais sobre estratégias de vendas e um conhe-
cimento mais voltado a e-commerce foi vendido no Brasil, porém, notamos uma escassez de conte-
údos voltado para algo mais aprofundado e focado em conceito de marca. Nós mesmos, no Coolm-
merce, já lançamos 3 versões do “Estratégias de Lançamento”, focado em vendas, mas com uma
pitada de branding. Dessa vez, o jogo é outro: 100% branding e conceito de marca entregues de
forma mastigada, explicando todos nossos principais insights com a Ilustralle em 2023, desde o
momento do rebranding, até picos de vendas no final do ano. São 25 insights divididos por drops
pra você aprender.
Esse é um material valioso, você entrará dentro das cabeças da nossa equipe e entenderá tudo o
que nos motivou a fazer o que fizemos com a marca. Apenas aproveite e lembre-se de sempre tirar
o melhor de tudo o que você adquire de conhecimento. Você verá que falamos o tempo todo sobre
o conceito da Ilustralle e como cada estratégia fez sentido considerando nosso branding. Isso não é
um recado para você “não nos copiar”, mas um recado para que você veja de que forma entende-
mos a personalidade da nossa marca para executarmos cada detalhe dela.
1. Como estamos abrindo muitas estratégias sobre a marca e os pensamentos criativos que tivemos
por trás da marca, quisemos que a estética desse e-book se parecesse com uma apostila/diário,
onde você teria acesso às anotações da Ilustralle. Por isso, as páginas possuem uma cor de “arqui-
vos” e muitas coisas “manuscritas” para realmente parecerem anotações;
2. Todas as coisas manuscritas foram feitas pela Isa pelo touchpad de um macbook. Não, ela não
usou mesa digitalizadora, nem um ipad, foi no touchpad. Sim. Ela postou um vídeo de bastidores e
todo mundo se chocou, mas gerou dias de tendinite;
3. Colocamos em uma cor amarelada as páginas onde você estaria literalmente acessando arquivos
que compartilhamos na marca, para parecer ainda mais real;
4. Para entrar ainda mais na vibe, simulamos o marca-texto em informações mais importantes nos
tetos do e-book :)
5. Esse E-book, de certa forma, é uma antecipação para o curso de Branding que vamos lançar em
Março de 2024. Se você gostou de saber como funciona nossa cabeça, com certeza amaria enten-
der como criar um branding pra sua própria marca e ter ideias autênticas dentro do próprio univer-
so!
DROP #1: O Rebranding da Ilustralle
Rebranding é o nome dado às ações estratégicas que buscam reposicionar uma marca no
mercado e na percepção do consumidor. A prática é constantemente adotada por empre-
sas com a imagem prejudicada ou que buscam se aventurar em novos mercados.”
(Fonte: Rockcontent)
A primeira coisa que você precisa saber é que a principal motivação para a mudança foi extrema-
mente pessoal. O pontapé para querer mudar partiu de dentro de mim: Isa, criadora da marca.
Nos colocamos numa posição de inovar, então sempre trouxemos estratégias muito legais para
os nossos lançamentos, mas, depois de um tempo, elas começaram a se tornar padrão e quase
que obrigatórias no mercado da papelaria, o que é ótimo e sempre nos incentivou a continuar
pensando em coisas novas.
Um exemplo disso foi quando, anos atrás, para divulgar os planners — que sempre foram o carro-
-chefe da marca —, decidimos criar o que chamamos de persona para cada um dos modelos
lançados. Essas personas eram basicamente personalidades para os nossos produtos. Ao invés
de só divulgar a capa de cada um dos planners, eles também tinham personalidades que os
tornavam muito mais legais aos olhos da audiência, e com certeza geraram muito mais desejo.
DROP #1: O Rebranding da Ilustralle
O engajamento na época de lançamento dos planners sempre foi muito grande, porque a
pessoa queria muito saber qual planner iria chamar de seu naquele ano e qual era a playlist do
que havia escolhido.
Isso se tornou tão legal que muitas outras marcas também passaram a utilizar a estratégia para
divulgar seus planners. Hoje em dia, isso é quase padrão na hora de lançar esse produto (e
muitos outros), e, sinceramente, achamos que isso ajudou as marcas a venderem e darem
mais personalidades aos seus produtos (a gente ama isso!).
Muitos não sabem que essa estratégia começou com a Ilustralle, mas, ao longo dos anos, deta-
lhes em nossos produtos e outras estratégias se tornaram tendência no nicho, o que sempre nos
tornou relevantes. É importante reforçar que isso nunca foi um problema e que replicar estraté-
gias não necessariamente significa plágio — fica a dica ;)
Embora acreditemos demais em inspiração e colaboração, nos deparamos com plágios de vários
produtos nossos, além de notarmos muitos detalhes, que nos faziam únicos, sendo replicados
por marcas do mesmo nicho (que também tinham conceito e visual muito parecidos). Quando
muitas características de uma marca são replicados, pode-se até mesmo confundir uma marca
com a outra. Foi o que aconteceu em alguns momentos na Ilustralle.
DROP #1: O Rebranding da Ilustralle
Demorou muito tempo para eu começar a encarar plágios de forma diferente. Antes eu ficava
realmente desmotivada e irritada, muitas vezes notificava a pessoa e, outras, acabava tendo um
estresse muito maior. Depois percebi que não valia a pena, ainda que isso, de certa forma, preju-
dicasse meu trabalho.
A mudança na minha percepção sobre plágios começou quando percebi que, quando
nos colocamos nesse lugar de inovar, é algo que, querendo ou não, vai acontecer.
Inovar é muito arriscado, então nem todos estão dispostos (e tudo bem!). Nesse ponto,
acaba sendo mais fácil replicar alguma ideia ou estratégia que sabemos que já foi vali-
dada por alguém que se arriscou em primeiro lugar.
Isso, sinceramente, não é uma crítica. Eu apenas entendi que isso iria acontecer, não importava o
que eu fizesse. Depois de um tempo, até passei a achar legal ou engraçado quando via alguma
ideia/estratégia/produto que eu havia desenvolvido sendo replicado sem ser transformado —
que é o ideal e eu incentivo —.
Mais tarde, eu mesma comecei a desgostar das coisas que estava criando. Não importava o que
eu fizesse, eu não aproveitava o processo e não curtia o resultado de um produto ou de uma
estratégia, mesmo que ela tivesse performado muito bem na marca.
Eu não gostava mais do conceito e nem da nossa comunicação. Talvez eu não justificaria essa
sensação por conta da quantidade de plágios e marcas muitíssimo parecidas com a Ilustralle,
mas também aos meus próprios gostos pessoais que haviam se transformado ao longo de 2022.
Deixei de consumir marcas como a minha, não tinha mais interesse nas estratégias que fazíamos
e nem achava mais legal, além de estar consumindo de marcas completamente diferentes e que
me inspiravam muito mais. É ruim gostar mais de outras marcas do que da sua e você simples-
mente não curtir o processo de ter criado determinada coisa.
Comecei a perceber que meu gosto havia mudado também porque o mercado havia mudado, e
é comum ocorrer uma movimentação geral no tipo de marcas que consumimos nesse processo.
Isso não é uma regra, mas uma movimentação de mercado onde muitas pessoas transformam
a forma de enxergar as coisas.
Não vou abordar aprofundadamente o porquê de o mercado ter mudado (porque isso você viu
no meu curso Trendsetter, sobre tendências e análises de comportamento de consumo), mas
digo que, durante a pandemia, nasceram marcas com conceitos mais chamativos, possivelmen-
te maximalistas e, muitas vezes, bastante coloridas. Com isso, veio também o excesso de conte-
údo e o consumo desenfreado de marcas, influenciadores etc. Estávamos num momento
claramente caótico no mundo e tudo o que queríamos era um pouco de dopamina e distração
— então, faz sentido as marcas estarem chamando mais atenção: era basicamente uma compe-
tição de atenção entre marcas e influenciadores, que queriam ser vistos e ganhar mais dinhei-
ro —. Funcionou!
Nesse caso, aconteceu que as pessoas passaram a consumir conteúdo e produtos de forma
mais slow e minimalista. Foi o momento de marcas mais básicas (guarda-roupa cápsula, cores
neutras, estratégias mais slow etc.) brilharem. Isso não significa que, em momentos como esse,
não podem existir marcas coloridas e maximalistas, mas é necessário adaptar pequenas coisas
nas marcas e estratégias para conseguir seguir, de certa forma, o que as pessoas necessitam em
determinado momento.
Como eu já estava odiando minhas estratégias e, pessoalmente, eu mesma não estava consu-
mindo e curtindo coisas mega coloridas e estratégias como as que fazíamos — juntei o útil ao
agradável e percebi que minha marca precisava de um rebranding para não morrer! E não se
engane: ela morreria, porque eu não iria aguentar mais seguir com ela dessa forma e, quanto
mais desânimo, menos energia eu colocaria na marca. Isso só poderia resultar em algo negativo,
né? Eu mesma mataria a Ilustralle se ela não morresse sozinha rs.
O que eu entendia como cool não era mais cool, na minha percepção. Estava sendo um estereó-
tipo que eu simplesmente não estava suportando. Mas é importante entender que não basta só
não estar satisfeito. Mudar é arriscado e, se feito sem estratégia, pode prejudicar sua marca.
Sou e sempre serei a maior defensora de você amar a sua marca e mudar, se não fizer mais fazen-
do sentido para você, mas é importante ter cuidado na hora de mexer em time que está ganhan-
do.
Eu estava achando minha marca infantil e ultrapassada, porque o tipo de marca que eu estava
acompanhando, consumindo e admirando, eram o contrário do que eu estava fazendo. Eu preci-
sava mudar. Então, é importante que você saiba que o principal motivo do rebranding da Ilustral-
le foi pessoal, mas, apesar disso, foi a melhor coisa que eu poderia ter feito por ela. Hoje escrevo
esse material um ano depois dessa mudança, e posso te garantir que a marca tem se tornado
cada vez mais relevante.
Com apenas dois prints de momentos diferentes da marca, é possível entender o grande amadu-
recimento de “personalidade”. Vários elementos infantilizavam a Ilus antigamente, vamos exem-
plificar com fotos de alguns anos atrás:
Elementos de cena “aleatórios”, que também não eram realistas e ajudavam a construir um
universo puxado para o infantil.
Nossas modelos sempre foram lindas & maravilhosas, mas na época optamos por garotas que
eram mais novas, já que a marca realmente era mais jovem e possuía uma personalidade mais
de “garota” do que de “mulher”. Funcionou muito naquele momento, mas, gradualmente,
fomos percebendo que isso estava distante do novo momento em que estávamos.
Roupas muito “caricatas”, que não pareciam reais ou naturais, mas sim “montadas”, como se
fosse um figurino de teatro. Lembrando que tudo isso funcionava, mas que hoje não comunica a
personalidade da marca.
Nos próximos drops, você vai ver com mais detalhes como fomos estratégicos nesse novo mo-
mento da marca para transmitir uma personalidade mais madura.
Como essa mudança seria muito grande e relevante para a Ilustralle, quisemos testar uma estra-
tégia para gerar buzz (curiosidade sobre o que estava acontecendo e o que ia acontecer) e, claro,
fazer as pessoas terem desejo por consumir da marca.
Tivemos muitas marcações nos stories por conta dos cartões postais, o buzz foi feito com sucesso
e os clientes se sentiram muito queridos em receber algo físico em casa; por mais simples que
seja, foi inesperado. Imagina receber um cartão da sua marca preferida te contando novidades!
Essa estratégia deu super certo e foi, inclusive, replicada por outras marcas durante o ano. Conse-
guimos gerar um grande impacto para vários clientes individualmente e ainda com custo reduzi-
do por ser um cartão postal.
DROP #1: O Rebranding da Ilustralle
Outro ponto importante sobre o rebranding, que também foi um dos grandes incentivos para
nossa mudança: o ticket médio.
Ticket médio é a média do valor que os clientes gastam na sua marca por compra.
Quanto mais caros forem seus produtos, maior será seu ticket. Na antiga Ilustralle, o
ticket era bem mais baixo que hoje e isso me incomodava, eu não queria que a Ilus
fosse uma marca de produtos “baratinhos”, sabe?
Pós rebranding, tivemos uma mudança na constância das vendas, que foi super positiva para a
marca. Antigamente, tínhamos um pico muito grande no dia do lançamento, e nas semanas
seguintes poucas vendas. Basicamente, a marca vivia pelos lançamentos. Hoje, a Ilus ainda tem
um grande pico em lançamentos, mas conseguimos manter bem as vendas durante os
meses.
Depois de muitas análises, percebemos que parte dessa mudança é graças ao nosso olhar criativo
de aplicar tendências na marca antes mesmo delas bombarem. Na Ilustralle somos Trendsetters,
muitas vezes trazemos algo em um lançamento que só fará sentido, entrar na moda ou viralizar
meses depois, e tudo bem. Esse olhar de tendências nos faz vender para dois grupos diferentes:
nossa maior persona (os early adopters), que compram tudo assim que lança, e o público que
conhece a marca ao decorrer do ano, que chega por um produto específico que está em alta e
acaba ficando etc.
DROP #1: O Rebranding da Ilustralle
Hoje em dia, se lançamos produtos no início do ano, no final eles continuam vendendo bastante
e esgotando, mesmo depois da terceira reposição. São produtos clássicos e, ao mesmo tempo,
mais presentes nas tendências. Além disso, comunicamos nossos produtos como super presen-
teáveis, o que também aumenta as vendas em épocas fora dos picos, gerando mais um motivo
para o cliente comprar Ilus durante todo o ano.
DROP #2: Linha de produtos - “Marca de produtos para o lifestyle”
Uma das coisas que mais nos incomodava na Ilustralle antiga é que queríamos ser além da pape-
laria. Esse era um desejo de anos, e nossos clientes acompanharam isso.
Em 2021, começamos a lançar necessaires, bolsas, lenços de cabelo e até brincos autorais.
Já era o início de uma marca de “produtos de lifestyle”, como gostamos de nos chamar hoje. Mas,
ainda assim, naquela época não era suficiente. A Ilustralle ainda era muito enraizada na pape-
laria, tanto na estética, quanto na expectativa dos clientes, e uma das nossas maiores metas
era fazer a Ilus, finalmente, não ser mais uma papelaria.
Com o rebranding, trouxemos o conceito de forma clara com uma nova linha de produtos e, no
primeiro lançamento, absolutamente NADA de papelaria! Durante o ano lançamos cadernos e
planners, mas eles não foram o nosso único foco. Em 2023, a Ilus lançou canecas, cards eróticos,
vela, chaveiro, copos de shot, bonés… tudo que pudesse fazer parte do estilo de vida da nossa per-
sona.
DROP #2: Linha de produtos - “Marca de produtos para o lifestyle”
Nosso desejo era que a pessoa tivesse a Ilustralle em vários momentos da sua vida, desde sair de
casa com uma tote bag Essentials, até usar o home spray Tropicália antes de dormir. Assim,
fomos construindo esse novo universo, onde a Ilustralle ganhou licença poética para lançar tudo
o que inventarmos. E, sinceramente, essa liberdade foi ótima para nossa criatividade!
Essa abertura para vários tipos de produtos também reforçou a Ilus como uma marca pre-
senteável. Os itens são perfeitos para dar de presente para pessoas autênticas, já que nosso
design é autoral e você não encontra isso em qualquer lugar. Essa foi mais uma oportunidade de
marketing e de branding: vender não só para o consumidor final, mas para quem quer presente-
ar alguém especial.
Outro ponto que cobrimos com a nova linha de produtos foi trazer, para uma marca brasileira,
produtos e estéticas que só víamos no Pinterest. Sabe quando você acha uma caneca linda por
lá, mas é claramente de uma marca gringa e, para comprar, você teria que importar e pagar
muito em frete e imposto? Na Ilustralle, você encontra produtos nessa vibe gringa, e fomos cons-
truindo nosso conceito de “it pieces”: produtos que chamam a atenção em qualquer feed, em
qualquer casa, em qualquer look.
Além disso, por ser ligada às tendên- Pensando em sua vida fora de casa,
cias de skincare e beleza, com certeza nossa persona claramente quer peças
a nossa persona investiria em uma icônicas para levar para todos os luga-
necessaire diferente para guardar seus res, então, na Ilustralle, ela encontra
produtos favoritos e levá-los para carteiras com um design diferente e
viagens ou para a casa de suas amigas saindo do óbvio do que estamos acos-
com estilo. tumados a ver.
Aos poucos, em diversos lançamentos, fomos entendendo cada vez mais as coisas que nossa
persona gosta de fazer, para onde gosta de ir e como se posiciona, e focamos nossa energia em
produzir produtos icônicos que estarão presente em todos esses momentos.
Essa grande possibilidade de coisas para ter da llustralle foi o que fez com que mantivésse-
mos uma constância muito maior de faturamento durante o ano, mesmo nos meses onde
não fizemos lançamento. Isso significa que, mesmo fora de época, nossos produtos continua-
ram sendo relevantes e atingindo também públicos novos para consumir da Ilustralle. Nosso
cliente passou a desejar mais a Ilus e voltar para comprar coisas diferentes diversas vezes ao ano.
Sentimos que a Ilustralle, além de um estilo de vida, virou algo colecionável, e esse tipo de sensa-
ção só foi possível inserindo esse conceito de lifestyle.
Apesar desses fatos, ter uma grande variedade de produtos não é sinônimo de êxito, existem
marcas com somente um tipo de produto, que são extremamente nichadas e usam isso total-
mente ao seu favor. Como uma marca só de T-shirts, só de bonés, só de cadernos… ser uma
marca lifestyle e abraçar várias linhas de produto não é o único caminho, na verdade, ele acaba
sendo, muitas vezes, mais difícil e trabalhoso. A sua diversidade de produtos não define seu
sucesso.
Para a Ilustralle, foi uma virada de chave, considerando no que queríamos nos transformar e
como queríamos que o público nos enxergasse. E, felizmente, funcionou!
DROP #3: Unboxing
A Ilustralle, ao longo dos anos, foi construindo sua popularidade por meio de várias pequenas/-
grandes coisas. Uma delas foi a estética colorida e divertida, outra foi a experiência de compra
lotada de brindes e uma caixa 100% personalizada.
Exemplificando: quando tivemos caixa o suficiente para investir em novas coisas para a marca,
uma das minhas primeiras decisões foi injetar dinheiro em caixas personalizadas. Quem empre-
ende sabe que isso é caro. Na época, tínhamos muitos produtos diferentes, de formatos diferen-
tes, que fariam com que fosse impossível ter apenas um formato de caixa. Isso resultou em ter
épocas onde tínhamos 4 tamanhos diferentes de caixas personalizadas. É muita grana, sério. Mas
valia a pena, porque todos os pedidos chegavam na casa dos clientes parecendo presentes,
ainda que a caixa chegasse levemente amassada (acontece, é difícil evitar).
Além disso, ao abrir a caixa, a pessoa continuava tendo mais ações para executar, até chegar no
ponto de ver os produtos. Todos os itens que o cliente havia pedido eram embalados em um
papel de embrulho personalizado, que era fechado com um adesivo, também personalizado.
DROP #3: Unboxing
Ao retirar o adesivo do papel de embrulho, o cliente se deparava com inúmeros brindes e cacare-
cos, que poderiam mudar ao longo dos anos, de acordo com disponibilidade, ação específica etc.
Podia vir pôster, adesivo avulso, cartela de adesivos, papeizinhos, cartões e muito mais. Muito
mais mesmo.
Terei que voltar novamente para o cenário pandêmico e te explicar algumas coisinhas, para você
entender como funciona a cabeça do consumidor.
Estávamos em um momento onde todas as pessoas estavam praticamente 100% do tempo nas
redes sociais, porque não sobrava muita coisa para fazer dentro de casa, isolados, de quarentena.
O momento perfeito para e-commerces crescerem, não é? Pois é.
Era uma competição de quem chamava mais atenção e conseguia ser mais ousado e dife-
rentão, para conseguir a atenção do consumidor e fazer várias vendas. Imagina para uma marca
que, na época, era totalmente colorida, com vários brindes na caixa e uma experiência de unbo-
xing totalmente personalizada… Foi o momento. As pessoas amavam! E quem não estava acostu-
mado a fazer compras online, estava começando a fazer com muita frequência naquele período.
Além disso, o nicho de papelaria cresceu muito, as pessoas queriam escrever e sentir que esta-
vam se organizando de alguma forma, e não apenas perdendo para a pandemia. Vendemos a
rodo, com muita personalização na experiência de compra, uma marca super colorida que te
presenteava com várias outras coisas além do que você havia comprado: uau! Não tem como dar
errado!
Hoje em dia, as pessoas não se surpreendem mais com brindes e caixas personalizadas,
porque já é algo que todos esperam. Se você só envia o produto em uma caixa sem absolu-
tamente nenhuma coisa extra (seja personalização na caixa, adesivo ou algum mimo,
mesmo que minúsculo, no pedido), a frustração do cliente será absurda. Os e-commerces
mal-acostumaram os consumidores e agora não existe saída: precisa chamar atenção.
Mas, como eu disse: essas coisas não surpreendem mais, então como, de fato, surpreen-
der?
No momento em que estamos vivendo agora, as pessoas cansaram um pouco de receber uma
caixa cheia de papéis que provavelmente serão descartados, além do consumo estar mais cons-
ciente: as pessoas estão evitando consumir desenfreadamente ou sem necessidade.
Não é que as pessoas não gostem mais de brindes, mas a energia delas está sendo focada
em outras coisas. Já que é normal esse tipo de experiência, é necessário surpreender nos peque-
nos detalhes que ela talvez não esteja acostumada, além de sempre pensar se aquela experiência
é coerente com a personalidade que você está construindo para a sua marca.
Existem muitas marcas de moda, por exemplo, enviando marca-páginas e outros brindes aleató-
rios, apenas porque são brindes, mas são absolutamente zero estratégicos.
DROP #3: Unboxing
Estávamos num processo de construir uma marca mais madura e de nos distanciar-
mos o máximo possível de ser uma marca infantil. A ideia de uma caixa cheia de
“coisinhas aleatórias” nos parecia um pouco infantil, e não queríamos vender
“apenas” porque o pedido iria com vários papéis bonitinhos, todo esse pensamento
ia para um caminho que não nos agradava.
Nossa intenção não era que parecesse “simples demais”, então personalizamos o interior das
caixas na cor rosa pink, que era uma cor chave para esse novo momento da marca, porque
ainda era “colorido”, mas era apenas uma cor chamativa, sem brigar com outras cores e “dis-
trações”. O pink e o vermelho, para a marca, foram cores bastante estratégicas. Mandamos fazer
todas as caixas em tamanhos estratégicos que poderiam caber diversos “tipos” de pedidos da
marca, de acordo também com o tamanho dos produtos que estávamos vendendo. Algumas
mais altas, outras mais baixas e largas, outras grandonas. Era caixa para todo tipo de produto.
DROP #3: Unboxing
Dessa vez, os brindes eram mínimos, mas, de certa forma, mais úteis, certeiros e com mais con-
ceito. Todos os pedidos iam com um adesivo metalizado (muito mais premium e de qualidade)
trazendo novamente o "authenticity is power". É uma frase que chama atenção, representa a
marca e está estampada num que a pessoa vai querer colar provavelmente no notebook — espa-
lhando mais a ideia da Ilustralle.
Além do adesivo, desenvolvemos uma “tag” em formato de flor com um furinho, na intenção dos
nossos clientes utilizarem como um chaveiro (deu certo, muitas pessoas usam até hoje, já que a
tag é bem resistente). Pequenas coisas, com intenção de deixar detalhes da rotina das pessoas
mais cool, nosso maior objetivo com a marca.
Também evitamos ao máximo encher a caixa com papéis desnecessários, então nossa questão
inicial foi “como fazer um cartão icônico, que vai representar 100% a marca e realmente se
tornar algo que a pessoa vai ver que é diferente e querer guardar?”.
Nós também estávamos investindo na embalagem individual de cada produto, tornando cada
uma icônica de formas diferentes, então isso já ajudava no fato de os produtos chamarem mais
atenção quando a caixa fosse aberta, já que seriam várias mini experiências para cada produto
(falo mais sobre isso no drop #15).
Todas essas coisas são “pequenas”, se comparadas com a “grandiosidade” do antigo unboxing
da Ilustralle, mas estavam sendo mais intencionais e direcionadas para um conceito de
“quem sabe, sabe”, aquilo era cool, mas cool de uma forma diferente. Faria sentido para o con-
sumidor que estávamos buscando.
Sabíamos que essas mudanças seriam um ponto bastante ousado, porque é muito fácil con-
fundir toda essa estratégia como um “downgrade”, ou seja, abaixar de nível, afinal, a caixa não
era personalizada e nós reduzimos muito a quantidade de brindes.
Levou um tempo até as pessoas se acostumarem, mas isso faz parte. Elas acham estranho, até
não acharem mais e isso parecer o novo normal. Além disso, sabíamos que a experiência conti-
nuaria chamando atenção. A ideia era justamente atingir um público que entenderia o concei-
to dessa nova experiência de unboxing.
É importante dizer também que, em todo esse tempo em que estávamos passando a
nova ideia da Ilustralle para os nossos consumidores, nós comunicávamos fazendo essas
mudanças realmente parecerem mais legais. Se a gente fala que é legal e diferente,
nosso público vai acreditar. E isso não é enganação, a gente realmente acredita que a
mudança é incrível, mas quanto mais a gente comunica isso para o nosso público, mais
ele passa a enxergar com outros olhos.
DROP #3: Unboxing
Divulgamos demais a embalagem dizendo o quão icônica era a fita personalizada escrita
“COOL STUFF INSIDE” (“coisas legais dentro”), gerando um desejo muito maior no nosso públi-
co. Também focamos em falar da embalagem como icônica e diferenciada, com o interior rosa,
maravilhoso.
É importante mencionar que mudar de uma embalagem cheia de coisinhas para uma em-
balagem mais “direta ao ponto” é uma estratégia que quisemos seguir por ser uma estra-
tégia também utilizada por marcas de luxo. Vou fazer uma comparação que parece muito
distante da nossa realidade na Ilustralle, mas tente entender aonde quero chegar:
O intuito dessa mudança era realmente fazer as pessoas focarem ainda mais
nos produtos que estavam dentro da caixa, enxergarem nossa experiência
como diferente (já que estávamos indo contra a maré do nosso nicho) e conti-
nuarem publicando a “famosa caixa com a fita amarela”. Lembre-se sempre que
você faz aquilo parecer legal para o seu público e ele compra justamente o que
você fez ele acreditar. Os brindes não são desperdiçados e estão inseridos na
rotina do nosso público, que faz questão de fotografar seus notebooks com o
adesivo metalizado e seus chaveiros com nossa tag de flor, justamente porque
fizemos tudo isso parecer legal. E é. Agora é.
DROP #4: Fotos
Fotógrafo: @eliasgama
Diretora criativa: @eduardamorandi
Maquiador: @miltonluz
Estúdio: @estudio_ribas
Conceito: Equipe Ilustralle
No primeiro shooting de 2023, o que estreou a Nova Ilustralle, alguns pontos principais foram
mencionados quando contratamos a nossa equipe para produzir o shooting. Como essa era a
primeira experiência fotografando após o rebranding, tudo era novo e experimental.
Portanto, a beleza e styling das modelos foram pensados para elas parece-
rem mais maduras e não tão jovens/adolescentes. Em um dos looks sele-
cionados, colocamos uma das modelos sem sutiã por baixo de uma
camisa aberta. A ideia não era sensualizar ou erotizar, mas sim mostrar
essa ousadia e acidez do novo momento da marca.
Queremos mais fotos com cara de estúdio, sem cenários montados, mas propo-
sitalmente com fundos lisos, chapados e com cores mais neutras.
Optamos pela maioria das fotos serem feitas com o fundo branco natural
do estúdio, mas era importante para gente, também, que tivéssemos
pontos de cores, para não chocar muito, já que estávamos vindo de um mo-
mento muito colorido da marca. Por isso, selecionamos cores mais claras e
não tão chamativas, cancelamos estampas no cenário e seguimos um con-
ceito mais neutro: o bege meio amarelado, o verdinho e o rosa.
É extremamente importante ter clareza do que você quer transmitir com suas fotos ao
contratar uma equipe. Sua marca precisa ter uma estética padrão e as campanhas podem
ser temáticas e diferenciadas, mas sempre coerentes com o universo que você está cons-
truindo.
Um dos pontos que cuidamos bastante foi o styling das modelos, que ainda que poderiam
ter idades similares à de shootings da “antiga Ilustralle”, mas pareciam mais maduras com
a maquiagem e as roupas selecionadas.
Esse ponto é TÃO relevante, que precisei criar um drop apenas para ele. Se liga
na próxima página.
DROP #5: Posicionamento de marca de moda
Por conta disso, eu mesma, depois de ter mais acesso a conteúdo de moda, passei a me
interessar por esse universo e entender que tendências de design na moda muitas vezes
se traduzem para outros campos, como design gráfico, design de produtos e arquitetura.
Elementos como cores, padrões e estilos podem ser incorporados em diversos nichos e
mercados, ou seja, a moda não impacta somente o mercado de moda, mas todo o resto,
inclusive como eu estava enxergando minha marca (e outras também).
DROP #5: Posicionamento de marca de moda
Não podemos negar: a moda dita muitas tendências. Nos desfiles de alta costura que acontecem
anualmente em várias cidades pelo mundo, ao desfilar suas peças, as marcas definem o que vai
estar na moda nos próximos meses e anos, é quase que um guia para saber o que vai estar em
alta. São marcas centenárias, que continuam relevantes e criativas. A criação por trás de uma
marca de moda movimenta muito o mercado, e usar esse conhecimento estrategicamente pode
mudar (para melhor!) suas estratégias de branding.
A moda é um nicho muito concorrido, algumas pessoas diriam até que saturado, mas ainda
assim gera um desejo absurdo nos consumidores. É um volume de vendas que dificilmente
existe em outro nicho, mesmo com a alta quantidade de marcas, fast fashion etc.
Começamos a perceber que, mesmo nos momentos de “baixa” do mercado, as marcas de moda
se posicionaram ainda mais como itens de desejo, seja em forma de campanhas, coleções, tom
de voz… E isso nos inspirou. Não dava mais para ignorar o impacto da moda no mercado, seja qual
for o nicho.
Agora, indo para as informações que sabemos que você mais quer ler, decidimos trazer mais essa
visão de moda para a Ilustralle, porque sentimos que isso poderia filtrar nosso público e percep-
ção de marca, fazendo com que a Ilus pareça muito mais à frente, mais crítica e diferenciada.
Esse posicionamento faz a marca parecer levemente mais distante, o que foi proposital também.
Antigamente, éramos tão humanizados que eu poderia aparecer nos stories da marca de pijama,
contando todos os problemas que tive por conta da minha falta de organização (já me ocorreu,
no início da marca). Mostrávamos o dia a dia no escritório, os pontos fracos da marca e diariamen-
te tínhamos um rosto aparecendo nos stories da Ilustralle. Nada disso é negativo, mas queríamos
nos “afastar” um pouco para atingir a ideia de uma marca mais conceitual e com maior valor
agregado.
Isso não significa que se você aparece nos stories da sua marca ou opta por humanizá-la,
sua marca não seja premium ou de qualidade, tudo é sobre percepção e você precisa
entender de que forma suas ações estão transmitindo “sentimentos” para a sua audiência
(leia o #drop 17).
Nossa opção de nos afastarmos um pouco em nosso posicionamento foi de parecermos uma
marca mais exclusiva, fazendo o público entender a marca como um status, de certa forma, e isso
só é criado se a marca parecer mais seleta. Isso faz parte de uma estratégia e não significa que
uma marca seja “malvadona” ou ruim por ser distante. Tudo é branding. Isso significa que redu-
zimos muito o compartilhamento de bastidores de um jeito muito informal e, por conta disso,
precisamos focar em um conteúdo altamente visual e de qualidade, o que significa investir
muito mais em design e campanhas.
E a gente cuidou muito disso, principalmente com as fotos da marca. Você viu isso nas páginas
anteriores, onde falo sobre termos nos preocupado com o styling das modelos na hora de foto-
grafar para a Ilustralle, mas também fomos estratégicas na hora de selecionar os fundos brancos
para as fotos e ângulos diferentes que traziam certa estranheza na foto. Estranheza essa que
geralmente é comunicada de forma autêntica em marcas de moda.
Perceba como, nessa coleção, também solicitamos uma edição que se parecesse um pouco com
“scan” e lembrasse um pouco revista. Tudo isso foi proposital para aparentarmos ser uma marca
editorial, de revista, e ainda trazer uma leve referência aos anos 2000 e um toque de “escritório”,
mas de forma mais legal.
Nossas fotos agora são feitas com mais carão e feições mais sérias, e menos sorrisos — gerando
aquela sensação de exclusividade, sofisticação e distanciamento que buscamos com a
marca. E quer saber a parte mais legal? Esse posicionamento faz com que nossos produtos
sejam mais caros e a marca menos questionada em relação a preços, afinal, é nítido o conceito
que estamos entregando. Parece que tem o preço que deve ter.
Quando explicamos isso, as coisas passam a fazer menos sentido e a gente pode até se sentir
meio enganado lendo, né? Mas as marcas estão o tempo todo fazendo isso, o que você precisa é
ser intencional e constante.
Para saber mais detalhes sobre as estratégias e ideias para essa campanha, vá para o drop #24,
ao final desse e-book.
Esse tipo de campanha é perfeita para agregar, de forma muito fácil e óbvia, para o branding da
marca. São essas campanhas que fazem muitas marcas serem melhor percebidas e fazem
com que as pessoas entendam melhor o conceito que cada marca tem para oferecer. Porém,
ele também distancia (o que é estratégico para a marca). Ao mesmo tempo que queremos esse
tipo de posicionamento, também não queremos ser uma marca 100% distante e que o consumi-
dor sente que não pode se “relacionar” ou engajar (coisas que podem acontecer muito com
marcas de luxo, por exemplo, que são muito distantes do consumidor. Precisa ser balanceado.
Nós trazemos esse equilíbrio com fotos “estilo UGC” (você vai ler mais sobre isso no próximo
drop), onde misturamos as fotos mega profissionais e “distantes” com conteúdos realistas
criados pelos usuários. Esse ponto de vista real é o toque de humanização perfeito, o que preci-
samos para não ser a marca totalmente distante do consumidor. Além disso, esse tipo de conteú-
do mais realista é essencial também para o consumidor se visualizar usando o produto, ainda
que as fotos de campanha gerem desejo o suficiente. Um ajuda o outro e os dois fazem seu
trabalho de agregar para a marca e converter em vendas.
DROP #6: UGC’s
Caso você nunca tenha ouvido falar em UGC, essa é uma tendência americana, que já está bom-
bando no Brasil há uns meses. Esse comportamento foi muito influenciado pelo TikTok e pela
estética “sem filtros”, mais real, que gera identificação.
A ideia é criar conteúdos que pareçam ser do “dia a dia”, como se fosse seu próprio cliente foto-
grafando os produtos enquanto usa e postando nos stories, para dar aquele toque de “meu
amigo está usando, quero também”.
Claro, isso não significa que a foto tenha que ser de qualquer jeito, a estética é uma das coisas
mais importantes em fotos UGC e ela deve seguir o que a marca propõe, mesclado com o estilo
de vida da própria criadora ou criador UGC.
Quando a marca começa a focar mais nesses conteúdos reais, fica muito mais fácil de o cliente
sentir desejo de comprar. Esse tipo de foto tem o objetivo de refletir uma rotina, mostrar
como seria se o seu produto estivesse no dia a dia de uma pessoa comum, fora de um estú-
dio, sem filtros e cenários mais elaborados
DROP #6: UGC’s
Quando vimos essa tendência começar, já corremos para aplicar na Ilustralle, porque além do
objetivo de converter em mais vendas, que estava super acontecendo naquele momento, é
muito prático para uma marca ter outras pessoas produzindo conteúdo com os seus produtos.
O conteúdo UGC pode ser feito pela própria marca. A equipe da Ilus se reúne para produzir-
mos um “shooting” nesse estilo sempre que temos um lançamento. UGC não é exatamente
sobre quem faz, mas sobre o estilo de foto, o olhar e a estética. Porém, sei o quanto a rotina com
empresas é cheia de coisas para resolver e criar; por isso, tem um limite de quanto conteúdo
diferente conseguimos produzir, e é aí que o UGC resolve nossos problemas.
Começamos a contratar profissionais UGC em abril de 2023. Abrimos uma campanha no Insta-
gram para que quem tivesse interesse em produzir conteúdo para a Ilustralle pudesse mandar
portfólio e redes sociais para analisarmos e escolher.
bermos conteúdos alinhados, de qualidade. Se você não direcionar seus criadores de conteúdo
(ou qualquer pessoa que for prestar serviço para sua marca, na verdade) ela vai entregar um
resultado mediano. É super importante montar um guia e explicar:
- O porquê da sua marca precisar de um UGC (quais são suas dores, quais problemas
você quer resolver?);
- O motivo de você ter escolhido aquele criador (o que te chamou atenção? Quais
pontos você mais gostou no trabalho dele?);
- O branding da sua marca. Como ela se comunica, aonde quer chegar, o que quer
transmitir (se você ainda não tem um branding bem definido, deixe a estratégia de
UGCs para outro momento);
- O que fazer e o que não fazer (exemplos de fotos que você gosta e que não gosta).
O PDF que criamos foi bem resumido, direto ao ponto, mas o necessário para as garotas enten-
derem qual caminho elas poderiam seguir. Aqui estão algumas páginas da nossa apresentação
para você olhar:
DROP #6: UGC’s
DROP #6: UGC’s
DROP #6: UGC’s
DROP #6: UGC’s
DROP #6: UGC’s
Deixamos muito claro que, além do conteúdo estar dentro da estética da marca, queríamos a
essência delas nas fotos e vídeos, afinal, escolhemos elas por um motivo. Esse é outro ponto
positivo do conteúdo UGC, seu feed fica completamente recheado de várias visões criativas dife-
rentes, essa variedade de olhares é algo que sempre fazemos questão na Ilustralle, é interessante
não se limitar nessa parte do conteúdo.
No Guia UGC do Coolmmerce tem um modelo de contrato, que é o que usamos na Ilustralle.
Existem diversas maneiras de fechar contratos UGC e depende de como o criador trabalha e de
como (e quanto) ele cobra por esse serviço. A maioria dos criadores hoje cobram por pacotes,
exemplo: "20 fotos e 5 vídeos". Tem criadores que têm valor fixo e têm os que fazem permuta em
alguns casos, o que também é interessante. Todos esses detalhes são acordados com o próprio
criador!
Com certeza o conteúdo UGC nos deu muito mais sucesso e vendas, mas, por ser uma profissão
ainda não tão conhecida, nem todos os criadores têm o comprometimento necessário com a
entrega e qualidade dos conteúdos. Por isso, é super importante analisar portfólios e ter uma
conversa antes de tudo. E contratos, claro!
- Não dependa do conteúdo de UGCs para um lançamento ou data especial. Por mais
comprometido que seja o profissional, estamos lidando com terceiros, é muito arrisca-
do depender dessa entrega para fazer algo na sua marca acontecer (por isso também
amamos produzir nossos próprios conteúdos UGC!);
- Pergunte para o criador quais produtos ele mais gosta na sua marca, esses produtos
são os que ele mais usaria e que vai conseguir entregar bons conteúdos, por se identifi-
car mais;
- Combine que a sua utilização do conteúdo entregue vai ser vitalícia, ou seja, sua
marca pode usar aquelas mídias quando quiser, sem tempo limite.
Em 2024, temos na Ilustralle em média 5 criadores UGC, algumas são fixas, outras dependem
do lançamento e dos produtos lançados (caso combine ou não com o estilo de conteúdo que
produzem), outras gostamos de testar… e, assim, vamos selecionando as que mais fazem sentido
e que vão agradar na entrega.
Todo o conteúdo entregue pelos UGCs é por pastas do Google Drive, eles fazem o upload do
conteúdo nessa pasta e a marca pode ter acesso quando precisar! Indicamos essa plataforma
pelo acesso fácil e que não expira. A Ilus tem um “estoque” de conteúdos UGC de vários produtos
e formas diferentes (que ainda sim conversam entre si), o que é maravilhoso, porque sempre
temos o que postar.
DROP #6: UGC’s
Além dos criadores, como comentei, nossa principal fonte de UGC vem do que nossa própria
equipe produz. Alugamos diárias em Airbnbs bonitos, levamos produtos e tiramos fotos com o
celular.
Ao escolher o Airbnb perfeito, além da estética, é preciso ver se aquele espaço permite fotos
comerciais (você encontra essa informação no próprio anúncio). Escolha um local estratégico
para utilizar o máximo de cenários possível e não ficar repetitivo. Todos os apartamentos que
alugamos até então foram em formato de studio, 30 e poucos metros quadrados, sem paredes.
Vai ser um local pequeno, mas é mais que suficiente quando se tem criatividade, e indico você
escolher um com a decoração que ajude nesse processo criativo.
DROP #6: UGC’s
Outra dica é falar com o proprietário do apartamento se é possível deixar o horário de check-in e
check-out flexível. Já alugamos espaços que só podíamos entrar às 15h e precisávamos sair às 11h,
ou seja, muito pouco tempo de luz natural. Alguns anfitriões te deixam entrar antes ou sair depois
sem custo a mais, vale perguntar.
Como o tempo é curto e você precisa aproveitar aquele espaço o máximo que der, prepare um
material com moodboards, inspirações de fotos, planeje composições… enfim, vá com uma ideia
do que será feito, isso vai te fazer ganhar tempo. Deixe para editar fotos e vídeos em outros dias,
foque em quantidade e qualidade de conteúdo. Normalmente saímos dessas sessões com mais
de mil conteúdos; claro, não usamos tudo, mas, mesmo após uma seleção, ainda temos conteú-
do para vários meses!
O User Generated Content deu para a Ilustralle novos olhares, foi uma nova forma de produ-
zir e curtimos muito o processo. É uma estratégia que, com certeza, vamos continuar usando
por muito tempo, tanto pela praticidade quanto pelo efeito que esse conteúdo tem no bran-
ding e nas vendas.
Sinto que a Ilustralle após passar a utilizar esse formato de conteúdo ficou muito mais desejável.
É mais fácil olhar para a marca agora e imaginar os produtos no seu dia a dia, é literalmente um
reflexo do que estamos postando no feed: nós criamos com cada conteúdo desse uma imagem
do que nosso cliente pode ser e pode viver. Isso é muito poderoso!
DROP #7: Lidando com a rejeição - O que acontece depois que você faz um rebranding?
Em um rebranding, nem tudo são flores. Seus clientes precisam de tempo para se acostumar
com as mudanças da sua marca e descobrimos isso na prática, no meio do caminho.
Não adianta só reposicionar sua marca e esperar que ela seja um sucesso sem esforço, principal-
mente quando ela já existe há anos no mercado, como a Ilus.
Já tínhamos clientes fiéis e super envolvidos e, por mais que tenham sido mudanças boas, positi-
vas, daquelas que você tem certeza, no fundo do coração, que serão o melhor a fazer, as pessoas
são MUITO apegadas àquilo que já conhecem, e precisamos entender (e respeitar) isso. Ainda
mais que, antes do rebranding, havíamos construído uma comunidade de pessoas apaixona-
díssimas pelos produtos e conceito. O problema não era vender de menos, nós já estávamos
tendo resultados como R$ 170.000 de faturamento em 24h em lançamentos. Você leu no início
deste material que o que nos impulsionou foi a minha insatisfação com os produtos e também
uma grande mudança no mercado de consumo. As pessoas não estavam consumindo da mesma
forma e, embora amassem nossos produtos, precisávamos mudar para poder evoluirmos e conti-
nuarmos em alta.
Isso significa que nem todos os seus clientes vão te dar feedbacks positivos, apoiar grandes mu-
danças e ficar felizes de primeira (e tudo bem!). Aconteceu com a gente e com várias marcas que
decidiram sair um pouco dos trilhos.
Nos 6 anos em que construímos a Ilustralle, sempre foi pensando em ser um estilo de vida. A Ilus
sempre teve cliente mega engajadas, que lembravam da marca em cada detalhe, postavam todos
os dias, compravam em todos os lançamentos, colecionavam cartão de unboxing e produtos anti-
gos… temos várias clientes que são fiéis desde o início. Essa relação com a marca é quase que nos-
tálgica, é ver o quanto a marca cresceu e o quanto elas também cresceram com a gente, afinal,
nunca foi só sobre produtos, e cada um deles carrega um apego emocional com o consumidor.
DROP #7: Lidando com a rejeição - O que acontece depois que você faz um rebranding?
Agora imagina que — “do nada” — sua marca favorita decide mudar e abrir mão de muitos dos
seus “diferenciais” para focar em outras coisas… É claro que tivemos, também, comentários negati-
vos. Foi um choque!
Da mesma forma que demanda tempo para o cliente entender uma nova marca, precisamos de
tempo para apresentar uma mudança grande, e eu sabia que nem todos os seguidores entende-
riam o que estávamos fazendo na hora do relançamento.
É ir contra a maré e muitas vezes sem ninguém apoiar ou entender. A gente sabia que as pes-
soas só iriam começar a entender meses depois, e faz parte do processo.
A maioria das reações que os clientes tiveram com o anúncio do rebranding foi extremamente
positiva, tivemos milhares de elogios e isso se concretizou com as vendas. Em nenhum momento
sentimos medo de floppar, mas isso não significa que não tiveram comentários ruins…
Nesse meio tempo, decidi buscar o nome “Ilustralle” no twitter, é basicamente o que você faz
quando quer ver todos os comentários negativos sobre sua marca de uma vez (sério!). Para salvar
seu tempo, e não te fazer precisar stalkear a Ilustralle, aqui vão alguns prints:
DROP #7: Lidando com a rejeição - O que acontece depois que você faz um rebranding?
Claro, não é a coisa mais agradável do mundo ler comentários negativos sobre sua empresa e suas
criações, mas sabíamos que isso era inevitável. Nós não achamos o hate positivo, caso você
esteja se perguntando… não seguimos o pensamento de “fale bem ou fale mal, mas fale de mim”,
mas foi importante ouvirmos o que as pessoas (clientes ou não) tinham a dizer. E nós ouvimos de
verdade, tá? Nenhum comentário, por mais chato que tenha sido, foi ignorado.
Chegamos a receber e-mails de clientes chocadas com a mudança que a Ilus teve e respondemos
explicando todo o nosso novo pensamento com a marca e onde queríamos chegar. Mais uma vez:
as pessoas nem sempre vão entender de primeira!
DROP #7: Lidando com a rejeição - O que acontece depois que você faz um rebranding?
O mais importante é comunicar sempre o seu público da maneira mais clara possível o que
você quer transmitir, e ter paciência. Não é porque você recebeu comentários negativos que
todo o seu projeto seja ruim, ou que vai dar errado e foi o pior erro que já cometeu. É assustador,
sim, mas vale a pena quando acreditamos e estudamos aquela mudança.
Importante falar: pode ser que você acabe, sim, perdendo alguns clientes que não se identificam
mais com sua nova fase (e isso pode ser super estratégico), mas com certeza sua marca vai alcan-
çar novas pessoas e pode ser que ela cresça muito mais. Foi o que aconteceu com a gente! E tudo
bem se essa “perda” de clientes for estratégica, a nossa foi e esse filtro de público é extremamente
importante para o crescimento de uma marca como a nossa.
Hoje, um ano depois do rebranding, temos muito mais comentários defendendo nossa esco-
lha, inclusive de pessoas que criticaram no início, mas agora entendem e acham que faz mais
sentido que o caminho antigo. É tudo uma questão de tempo!
A Ilustralle ter ficado firme no posicionamento e ter abraçado os comentários negativos (e positi-
vos) foi, com certeza, um dos pontos mais importantes para nossa estratégia de branding.
O que não vale é surtar e sair o tempo todo se explicando (por mais que dê vontade rs).
DROP #8: Formatos de lançamento
Foram tantas mudanças de mercado nos últimos anos, que chegamos a um momento de nos
sentirmos super perdidas na Ilustralle sobre como lançar produtos e estruturar esses lançamen-
tos. O formato dos lançamentos (de sucesso) mudaram bastante!
Hoje estamos vendo várias marcas comunicando de maneira super diferente para ter um bom
resultado. Claro, o mais do mesmo não converte mais. O que fazíamos antes não necessaria-
mente funciona hoje em dia, foi uma época de adaptações e observações. Vimos a mudança
acontecer gradativamente no mercado, como as pessoas estavam consumindo e respondendo
a anúncios e, assim, moldamos o novo estilo da Ilustralle de lançar.
Em 2023, a Ilus fez 6 lançamentos, e em todos testamos novos caminhos, mas um dos principais
pontos de acerto foi ter dividido nossos lançamentos em dois tipos de estratégia:
Na Ilustralle, especificamente, fica impossível fazer todo lançamento ter o mesmo buzz de um
lançamento grande. Todos são importantes e precisam gerar lucro, mas percebemos, ao longo
do tempo, que nem todos precisariam de investimentos como um shooting, que envolve a con-
tratação de muitas pessoas, viagem, estúdio, modelos etc. Além de ser um investimento mais
alto, começamos a entender nossos lançamentos de formas diferentes e dar diferentes conceitos
para cada um deles.
O lançamento que chamamos de lifestyle é um lançamento que não tem tanto investimento
como um lançamento de campanha, mas ainda funciona e nos dá resultados. É um tempo
menor de antecipação, geralmente são menos produtos sendo lançados (o que impacta direta-
mente na nossa decisão de não investir em uma campanha), possuem fotos com um olhar mais
de “dia a dia”, ao invés de focar fortemente em branding PARA A MARCA (vou falar mais disso
quando te explicar sobre os lançamentos de campanha). O foco dos lançamentos lifestyle é em
colocar o produto na rotina do cliente e vender por conta dessa realidade, que gera um
desejo enorme.
Como comentei, nesse tipo de lançamento focamos muito em fotos no estilo UGC, sendo conte-
údo de criadores ou feitos pela nós mesmas (qualquer coisa, volta no drop #6).
DROP #8: Formatos de lançamento
Em lançamentos assim, é importante já ter tudo organizado, o que você vai postar, quando e por
quê.
Cada conteúdo precisa ser focado em gerar desejo, para que seu cliente veja aquele post e
se imagine usando ele, até que pense que precisa comprar. Esse é o maior poder do Lançamen-
to Lifestyle: gerar um desejo absurdo de viver aquilo que estamos vendendo. Como o nome diz,
é um estilo de vida, representado em cada foto ou vídeo, e o nosso produto é a porta de entrada
para vivê-lo.
Link dos Air Bnbs que alugamos nas campanhas da Ilustralle em 2023:
https://abnb.me/Hdv7s5TyEGb
https://abnb.me/jiD3awVyEGb
https://abnb.me/UonA7VWyEGb
https://abnb.me/ytcLgnYyEGb
Eles trazem um destaque maior para o nosso branding, é onde você consegue demonstrar a
autoridade da sua marca, brincar mais com os conceitos e ideias, trazer uma produção diferente
e até surrealista, quem sabe. É a hora em que a marca consegue chamar a atenção no meio da
multidão e pode até parecer mais premium e profissional, coisa que é extremamente importan-
te.
DROP #8: Formatos de lançamento
Sabe aquelas campanhas com fotos de tirar o fôlego? Que prende sua atenção no meio do feed
apenas pela estética? Esse é o efeito do Lançamento Campanha. Arrancar alguns “uau, que
diferente!”, “nossa, eles arrasaram!”, “inovadores!”…
Esse tipo de lançamento sempre é usado por marcas grandes, que precisam se destacar e trazer
esse branding marcante para lutar contra a concorrência. As marcas de luxo (como Chanel, Dior,
Valentino…) apresentam em seus principais desfiles as coleções de “alta costura”, altamente
exclusivas, que não vão para venda geral e é onde os diretores criativos conseguem brincar com
a criatividade e trazer o conceito da marca em cada coleção, sem muita regra!
O Lançamento Campanha é onde você pode ousar e “chocar” — ou surpreender — sua audiên-
cia, e isso contribui para que o buzz e o engajamento sejam ainda maiores. Esse tipo de lança-
mento se torna mais memorável, fica na cabeça do cliente por mais tempo e reflete o que a
marca é como um todo. Ele é altamente estratégico para mostrar sua autoridade. Com shootings
mais logos e profissionais, os consumidores constroem a visão que a marca investiu (e pode
investir!) para fazer essas fotos, teve envolvimento de uma equipe maior e uma produção elabo-
rada. É literalmente levar a marca para outro nível.
Sei que nem toda marca tem um super budget para shootings, e você pode estar pensando que
é impossível para sua marca fazer um Lançamento Campanha, porém, tudo é adaptável! É pos-
sível, sim, fazer uma campanha super legal gastando pouco. Peça ajuda de profissionais, veja
orçamentos, fotografe o máximo de produtos que puder em um dia… é possível enxugar custos.
Arrisco dizer que um Lançamento Campanha ajuda até futuros lançamentos a venderem mais.
O impacto é grande e duradouro, o que é ótimo, pois o investimento é beeeem maior que o Lan-
çamento Lifestyle.
DROP #8: Formatos de lançamento
Nos anos anteriores, as antecipações de lançamentos eram bem mais longas e elaboradas (de
todos os lançamentos), era quase uma regra. Existia uma super movimentação do perfil, dias
dedicados a posts apenas voltados a esse lançamento… Algumas marcas ainda aplicam esse
formato hoje, mas ele deixou de ser o “único que funciona”.
Esses dois estilos de lançamento meio que se complementam. Fazer Campanha em todos os
lançamentos seria extremamente cansativo (para nós e para o nosso cliente!) e fazer Lifestyle
somente iria, com o tempo, ficar muito repetitivo.
Em 2023 a Ilus fez dois Lançamentos Campanha (dois shootings) e, sinceramente, queríamos ter
feito mais! Porém, nosso resultado foi ótimo da mesma forma. Ter explorado os Lançamentos
Lifestyle foi um novo mundo e conseguimos uma nova resposta dos clientes (super positiva!).
Percebemos que, dentro desses dois conceitos de lançamento, existem: fotos que convertem e
fotos de branding.
Ambas podem trazer conversão e branding, de formas diferentes, por isso ao juntar as duas, da
maneira certa e com estratégia, não tem erro.
Essa combinação Campanha + Lifestyle foi o que fez nossos lançamentos do ano serem um
sucesso, sem ficar cansativo e sem perder o brilho e desejo pela marca. Esse é o melhor combo
para vender mais e construir um branding perfeito em época de lançamento!
DROP #9: Estratégia marca pessoal
Embora eu, Isa, sempre tenha sido a personificação de tudo o que eu criava na Ilustralle (os pro-
dutos sempre foram criados segundo o que eu estava gostando no momento), eu não usava isso
de forma estratégica para reforçar ambos os lados — tanto a minha marca pessoal, quanto a
marca Ilustralle —. Sim, ambas são marcas.
Atualmente, eu não só trabalho minha marca pessoal de forma estratégica, como também
passei a monetizar minha imagem por conta disso. Isso não é algo que você precisa fazer para
“dar certo”, mas é uma opção e eu sei que é algo que impacta diretamente em meus resultados.
Para 2024, sinto que vai estar em alta empreendedores postando seu dia a dia por trás
de pequenas e médias empresas, principalmente se eles forem a persona da própria
marca (no caso, você ser muito parecido com o público que quer atingir: ter os mesmos
gostos, ir para os mesmos lugares e agir como a persona da sua marca agiria). O ponto
aqui não é sobre se tornar um influencer (você realmente não precisa levar “super a
sério” ou tentar monetizar), mas, de certa forma, influenciar pessoas com o seu lifestyle e,
automaticamente, conseguir vender sua marca — ou pelo menos validar o que você está
tentando construir, faz sentido?
Caso seu lifestyle não seja bem parecido com o da sua marca, você também pode criar conteú-
dos sobre suas estratégias e pensamentos estão envolvidos na hora de criar (o que você pensou
ao desenvolver tal produto, como foi a estratégia para contratar determinado influencer etc.).
Isso pode atingir um público que curta esse tipo de conhecimento mais técnico (provavelmente
pessoas da área de comunicação e marketing, por exemplo), e também engajar sua própria
comunidade, com quem se interessa em como as coisas funcionam na marca e o que se passa
na cabeça do criador dela.
DROP #9: Estratégia marca pessoal
Isso é, de certa forma, um pouco do que eu faço no Coolmmerce, mas meu intuito é um pouco
mais aprofundado por lá. É uma segunda empresa e eu não foco exclusivamente na Ilustralle na
hora de ensinar branding. Eu ensino de forma generalizada e, de vez em quando, trago conteú-
dos mais voltados à minha marca, para que isso seja uma prova social e entendam que, o que
ensino, aplico diariamente (é o que estou fazendo com esse e-book, inclusive).
No meu caso, minhas três principais vertentes de trabalho impulsionam uma à outra.
As pessoas seguem meu perfil pessoal, porque querem acompanhar os bastidores da Ilustralle,
marca que gostam muito, e porque gostam do meu dia a dia e o que decido compartilhar, não
necessariamente só sobre minha vida empreendedora.
Como as pessoas gostam da Ilustralle, isso faz com que elas possivelmente tenham interesse de
me acompanhar ou de receber conteúdos desse mesmo lifestyle, só que de uma pessoa real. O
lifestyle que eu tenho e compartilho, inspira e agrada às pessoas e isso faz com que elas
desejem mais comprar da Ilustralle.
Por outro lado, o que faço na Ilustralle valida totalmente o que eu ensino no Coolmmerce,
mesmo que eu não esteja falando o tempo todo que essa é minha marca (inclusive, tem gente
que descobre só depois que a pessoa por trás do Coolmmerce é a mesma da Ilustralle hahaha).
É extremamente relevante eu ter uma marca com resultados reais e ser referência quando se
fala sobre branding — e ainda ensinar sobre o tema, falar sobre empreendedorismo etc. Meu
conteúdo lá chama pessoas para o meu perfil pessoal e também para a Ilustralle —.
Os 3 funcionam juntos, sendo pilares essenciais para minhas empresas evoluírem. Eles fun-
cionam, sim, um sem o outro, mas juntos, impulsionam demais meus resultados.
Eu dei exemplos com o meu caso para você entender como todo esse conteúdo pode acabar
me gerando melhores resultados, mas não precisa ser literalmente assim. Você não precisa
ensinar ninguém sobre o que você faz e nem contar suas estratégias, se não quiser. Você
também nem precisa utilizar seu perfil pessoal para tentar alavancar mais sua marca. Nada
disso é essencial, são apenas estratégias que podem ser interessantes para sua evolução, e são
coisas que realmente me ajudam.
Muitas pessoas também aplicam um pouco disso em suas marcas, dando uma humanizada
aparecendo mais nos stories e compartilhando bastidores, mas é uma estratégia um pouco
diferente, que também dá certo, mas não é uma regra, nem obrigação, para você conseguir
vender mais.
Algumas pessoas têm optado por criar conteúdo pessoal em dailies (uma segunda conta de
instagram fechada, para postar conteúdos mais pessoais) já que não querem parecer “bloguei-
DROP #9: Estratégia marca pessoal
Em abril de 2023, lançamos uma coleção um tanto ousada para a Ilustralle. Trouxemos produ-
tos mais minimalistas, mas ainda com um design icônico. Esse lançamento foi de apenas
três produtos, então categorizamos ele como um "drop", e se encaixa no Lançamento Lifestyle
(falei sobre isso no DROP #08). Os produtos foram:
O drop se chamou “Mindfulness” — que significa atenção plena. Criamos toda a temática dele
em volta disso: uma vida mais leve, ter um tempo para si mesma, manifestar seus sonhos etc.
O mercado estava em um momento muito favorável para produtos com esse apelo de
autocuidado e foi uma das tendências que aproveitamos na época, o universo wellness,
self-care, cuidar da saúde física e mental… tanto essas pautas quanto a estética que esse
assunto reflete (minimalismo) estavam em ascensão. Nosso timing foi extremamente certeiro.
Outro detalhe importante foi a definição do ticket médio desse drop. O Thoughts foi lançado cus-
tando R$ 96, o que para um “caderno” pode parecer muito, mas, como destaquei há alguns drops
atrás, não o vendemos como um simples caderno, claro. Esse preço também nos ajudou em um
posicionamento estratégico (leia o drop #16).
A antecipação do drop começou 5 dias antes de lançar: postamos alguns spoilers mais discretos,
mas quem estava atento, já conseguia ver o que estava por vir. Como a vela foi nossa primeira
vez lançando, utilizamos bastante ela na antecipação, comunicando uma “coleção de cheiros”
da Ilustralle. Pela primeira vez, iríamos explorar mais um sentido nos clientes, e isso deixou as pes-
soas loucas para sentir o aroma e saber o que estávamos criando nos bastidores.
DROP #10: Coleção Mindfulness
Essa coleção foi nossa maior confirmação de que o consumo tinha mudado. Fizemos um drop
super minimalista, desde os produtos, até a campanha de marketing, e era exatamente isso que
a Ilus e nossos clientes precisavam. Estávamos, como consumidores, saindo de uma fase onde
a maioria das narrativas era sobre os outros, sobre cuidar do outro e, claro, isso sempre foi e
sempre vai ser relevante, mas, querendo ou não, esse padrão fez a tendência do autocuidado
ascender.
Desde o início de 2023, os conteúdos sobre um estilo de vida mais slow, saudável, mindful, come-
çaram a viralizar, foi a fase do Lucky Girl Syndrome, uma trend do TikTok onde garotas compar-
tilham sobre manifestar seus desejos e serem simplesmente sortudas. Essa busca de se
tornar sua melhor versão foi aumentando ao longo dos meses, e a visão da Ilustralle de aproveitar
isso para uma coleção foi um dos principais motivos de ter sido um sucesso.
DROP #10: Coleção Mindfulness
Quando colocamos temáticas assim, damos mais um motivo para a pessoa querer comprar,
principalmente se for uma temática que está em alta, viralizando. Ao trazer produtos que
refletem esse estilo de vida, o cliente cria um desejo que é quase como uma necessidade: ele pre-
cisa viver aquilo, mais que tudo, ele precisa pertencer a esse movimento. É como se, ao comprar
o Manifestation Notebook, ele tivesse mais próximo de realizar seus sonhos (e está mesmo!).
Nós vendemos e criamos coleções para quem nossa persona quer se tornar e os produtos são o
caminho para isso acontecer. Por isso, sempre falo: é muito mais que o produto, é o sentimento.
O sentimento de bem-estar da coleção Mindfulness foi muito comercial na época, porque tinha
demanda, o consumidor estava precisando daquilo e nós criamos da maneira mais linda e fun-
cional possível.
Não foi uma coisa ou outra que fez a coleção dar certo, mas os produtos, a estética, a estraté-
gia e o timing. Tudo junto.
Esse drop foi marcante na Ilustralle. Depois dele, já fizemos várias reposições do Thoughts e do
Manifestation Notebook e eles continuam vendendo bem e esgotando a cada reposição.
Quando esses produtos chegaram, as pessoas conseguiram ver a Ilus como lifestyle, mais dentro
do dia a dia e mais posicionada em fazer produtos icônicos (e com um preço e valor maiores).