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AULA 1
Ao abrir o Adobe Illustrator pela primeira vez, você vai se deparar com
uma tela de boas-vindas, com algumas opções e predefinições para cada tipo
de projeto. Depois, você pode checar as novidades e atualizações do programa,
acessar arquivos salvos no seu computador ou na nuvem da Adobe, ver tutoriais
criados pela equipe de desenvolvimento e pela comunidade de usuários do
Illustrator, bem como criar um projeto do zero com base em seus atalhos.
A interface do Illustrator é dividida em quatro módulos (ou regiões)
principais – menus, barra de status, painel de propriedades e caixas de
ferramentas –, que iremos explorar adiante. Lembre-se: sempre que você
precisar de uma ferramenta e ela não estiver imediatamente visível, procure
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ativá-la e exibi-la em seus painéis de interface, indo em Janela e escolhendo a
opção desejada na barra de menus de topo principal.
Ao clicar em Criar Novo, uma janela se abrirá (Figura 1). Nessa janela,
algumas predefinições de arquivos convencionais estarão disponíveis, como
tamanhos impressos comuns (carta, A4, cartão de visita etc.) ou para tela
(iPhone, web, vídeo etc.). Aqui você também pode selecionar modos de cor para
trabalhar no arquivo, a depender de seu destino (impresso ou telas).
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à interface de uso do programa propriamente dita e, agora, você já pode começar
a criar seus vetores.
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Nessa caixa também é possível alterar e escolher cores e espessuras de linhas
das ferramentas de desenho.
Na parte inferior da tela do Illustrator, algumas informações sobre o
arquivo e o trabalho nele desenvolvido estão disponíveis na barra de status. É
possível ver (e modificar) a proporção da visualização da tela, escolher a
prancheta em que se está trabalhando, checar qual ferramenta está selecionada
e pronta para uso, e também ter acesso às barras de rolagem, que permitem
visualizar partes do documento fora do enquadro da interface e trazê-las para a
tela.
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possível inserir medidas numa unidade diferente da selecionada, e até mesmo
fazer pequenos cálculos.
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Figura 4 – Ferramentas de seleção do Adobe Illustrator
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também é uma forma interessante de visualizar como os elementos se agrupam
no trabalho.
Duas são as formas possíveis de inserir textos num trabalho com o Adobe
Illustrator. Ambas usam a ferramenta Tipo (acessível pela tecla “T”). Ao clicar e
imediatamente começar a escrever ou colar um texto pronto, é possível criar um
texto solto independente, que poderá ser alterado e deformado de modo livre;
por isso recomendamos usar esse recurso com parcimônia para não prejudicar
o tamanho e a proporção das tipografias. Ao clicar e arrastar ao longo de uma
pequena área antes de escrever ou colar um texto, gera-se uma caixa de texto
em parágrafo, que se comportará conforme as manipulações de formato da caixa
em que se encontra.
Caso não haja um texto para ser escrito ou colado, o Illustrator gerará um
texto-padrão – “Lorem ipsum dolor sit amet” –, que pode ser usado para fazer
testes tipográficos com as fontes do sistema ou fornecidas com o programa.
Dentro da ferramenta Tipo existem mais duas opções diferentes para trabalhar
com texto: enquanto a Tipo insere texto em parágrafo ou pedaços de texto
independentes, as ferramentas Tipo no Caminho e Tipo Vertical modificam a
orientação em que esse texto corre. Lembre-se que, para editar textos mais
longos, como um livro completo, o programa mais indicado é o Adobe InDesign.
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Como em outras ferramentas abordadas, muitas opções para configurar
e formatar textos no Illustrator podem ser escolhidas no painel de propriedades
do lado direito. Entre as opções possíveis, está a escolha de caractere, sendo
possível fazer alterações mais gerais nas tipografias. Aqui trocamos a fonte
tipográfica (o que dá “cara e voz” ao texto), seu peso e tamanho, espaçamentos
de letra diversos – tracking (espaçamento geral entre os caracteres de um bloco
de texto), kerning (espaço entre cada um dos pares de letra da fonte), entrelinha
(espaço entre cada uma das linhas de texto) – e orientação de parágrafo
(alinhado à esquerda, direita, centralizado etc.). Esses espaçamentos devem ser
proporcionais ao tamanho escolhido da fonte, e o valor-padrão atribuído pelo
programa é calculado com base nessas proporções, aumentando ou diminuindo
conforme o tamanho da fonte.
Nesse painel de propriedades também é possível usar as formatações
mais usadas de texto, como itálico e negrito. No entanto, o Illustrator trata as
tipografias de forma independente, de modo que temos que escolher a fonte
negrita a ser usada em vez de apertar a opção do negrito, como num software
de texto comum. Isso acontece porque fontes podem ter pesos e espessuras de
hastes muito variados, que vão além do negrito (bold, semibold, light, extralight
etc.), e dão ao designer um controle muito maior no que diz respeito à aparência
e composição do texto. O Illustrator respeita as tipografias e não as força
artificialmente para alterar suas formas.
Aqui é possível alterar o texto para caixa-alta ou baixa (maiúsculas e
minúsculas) e versalete (todo o texto em caixa-alta, mas formatado de modo que
as maiúsculas tenham altura próxima à das minúsculas). Da mesma forma, os
pesos e versaletes, para ficarem bonitos no papel e na tela, precisam ser
originalmente projetados com a fonte. Nesse caso, quando uma fonte não
abrange versaletes em seu projeto, o Illustrator simula esse tipo. Também
podemos configurar sobrescritos e subscritos, quando o texto aparece em
tamanho menor e, respectivamente, alinhado ao topo ou à linha de base da
fonte-padrão – recurso bastante usado na formatação de fórmulas matemáticas.
No mesmo menu Caractere, no pé da caixa, há três pontinhos que podem
ser clicados para liberar ainda mais opções de configuração de texto, sendo
possível, por exemplo, escolher em que idioma está o texto editado. Dessa
forma, o Illustrator saberá como lidar com hifenização automática e outras
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particularidades tipográficas de modo específico e apropriado. Tais opções
avançadas devem ser usadas com parcimônia e respeitar o projeto tipográfico
da fonte escolhida para o trabalho.
Um modo útil de editar textos para não perder informações de
configuração tipográfica no momento de levar seu arquivo para impressão é
converter o texto em curvas. Ainda que essa opção não seja recomendada para
textos longos – dada a quantidade de vetores que ela gera –, é importante saber
que pode ser aplicável em algumas situações, por exemplo, quando precisarmos
alterar a forma de uma fonte para criar um logotipo ou usar os vetores de uma
fonte dingbat (fontes com pictogramas no lugar de letras). Para usar essa função,
podemos usar o atalho “Ctrl/Command” + “Shift” + “O”, ou pelo menu Objeto >
Traçado > Converter em Curvas. Note que o texto deixa de ser texto quando isso
é aplicado, então recomendamos que você mantenha uma cópia de segurança
dele num “cantinho” do arquivo.
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TEMA 3 – VETORES, FORMAS E FERRAMENTAS DE DESENHO
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Figura 9 – Edição de curvas vetoriais de Bézier e suas alças de ajuste no Adobe
Illustrator
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Figura 10 – Traços feitos com Lápis, Caneta e Pincel, ferramentas de desenho
do Adobe Illustrator
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arquivos gerados em outros programas de edição vetorial, de modo a manter
compatibilidades. Ao escolher o EPS como formato de arquivo, uma janela de
opções se abrirá em seguida. Suas opções permitem pré-visualizações mais
ágeis em softwares mais antigos.
Outro formato de arquivo disponível é o conhecido “.pdf”. O arquivo PDF
gerado pelo Illustrator tem algumas características próprias: ele se torna um
arquivo do Illustrator embutido no PDF, ainda que esteja travado para edição em
outros programas. Ou seja, é um arquivo nativo do Illustrator, mas sutilmente
modificado para funcionar como PDF. Essa distinção é importante porque
edições feitas no PDF podem não ser recuperadas mais tarde. Ao escolher
“Salvar em PDF”, uma série de opções é apresentada numa nova janela, em que
é possível tratar a saída desse arquivo conforme seu propósito, seja impressão
(que exige maior qualidade gráfica) ou leitura em tela (que não precisa de muita
resolução). Aqui é possível assegurar (ou não) que o arquivo seja posteriormente
editável no Illustrator, incorporar miniaturas de página para leitores eletrônicos,
configurar otimização para exibir na web e opções para editar PDFs da Adobe
Acrobat.
A última opção que temos para salvar arquivos nessa tela é o formato
“.svg” (com e sem compactação), um formato de arquivo vetorial aberto, próprio
para exibir em navegadores e trocar arquivos na internet em geral. Como é
nativamente um vetor, agrega em si a característica de seu desenho ser
matematicamente descrito em vez de um mapa de bits, tornando o arquivo muito
mais leve. Mapas e logotipos usados na Wikipédia, por exemplo, em geral estão
no formato SVG. Como o SVG visa ser um padrão aberto e compatível –
inclusive abrindo nativamente em navegadores de internet –, alguns recursos
gerados no Illustrator podem não funcionar, mas para projetos mais simples,
principalmente em meio digital, ele pode ser interessante.
Uma dica importante presente nessa tela, disponível somente aos
formatos não nativos do programa (isto é, apenas para EPS, PDF e SVG), é a
de opção Usar Pranchetas, localizada na caixa de seleção embaixo da opção de
escolha de formato. Ela permite salvar cada uma das pranchetas de trabalho em
arquivos separados. Essa opção é útil quando se desenvolve, por exemplo, uma
identidade gráfica num único arquivo que origine materiais a veicular em mídias
diversas, tanto impressos quanto digitais.
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Figura 12 – Edição de pranchetas no Adobe Illustrator
No entanto, caso você incorpore outro arquivo ao seu, ele precisa estar
visível e não ser movido da pasta em que você esteja trabalhando. De
preferência, coloque todos os arquivos do mesmo projeto no mesmo diretório e
seja consistente em sua organização. Esses arquivos não são realmente
incorporados ao arquivo de trabalho – são apenas “linkados”, ou seja,
referenciados pelo programa mas não agregados ao arquivo final – e, caso sejam
removidos ou trocados de lugar, o Illustrator não tem como localizá-los e
recuperá-los, portanto não aparecerão no arquivo e em suas futuras possíveis
saídas.
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auxiliares que exibem o posicionamento dele nos eixos X e Y aparecerão na
interface, bem como outros rótulos do tipo, marcando possíveis interseções entre
pontos e guias que podem interessar ao projetista.
Para usar as guias, é preciso habilitar as réguas (Ctrl/Command + R ou
menu Exibir > Réguas > Mostrar réguas). Elas são exibidas na lateral esquerda,
no topo da área de trabalho, e têm a opção de uso de várias unidades de medida
– pixels, sistema métrico (centímetros, milímetros), convenções de impressão
(paicas, polegadas) etc. É com elas que geramos as guias. Para isso, é
necessário clicar sobre uma das réguas e arrastá-la para a prancha. Uma linha
com a cor de destaque da camada atual cruzará a área de trabalho de um lado
ao outro.
Guias também podem ser criadas com base em objetos vetoriais. Isso
pode ser feito ao clicar numa forma com o botão direito do mouse e selecionar
Criar Guias no Menu Contextual. Esses objetos serão imediatamente
convertidos em guias e vão auxiliar o projetista a posicionar outras formas de
modo mais preciso e específico. Esse recurso é conveniente na composição de
grids para diagramar materiais impressos complexos, como jornais e revistas.
Por vezes, o uso de guias e grids pode ficar complexo. Para isso, o
Illustrator tem algumas ferramentas para travá-las e ocultá-las, acessíveis com
um clique no menu Exibir, e depois em Guias. Ali você encontra as opções para
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esconder, mostrar, apagar, impedir sua edição e converter um objeto em guias
– mesma função disponível no menu contextual. Essas funções são úteis quando
buscamos uma visão do trabalho sem os auxílios projetuais que não serão
transpostos para a versão finalizada, além de evitar edições em elementos por
engano.
As guias inteligentes exibem ao usuário pequenos rótulos com
informações sobre objetos em proximidade com o ponteiro do mouse, como
interseções entre pontos ou linhas e alinhamentos entre elementos nos eixos X
e Y. É possível clicar e arrastar o vértice de alguma forma vetorial e aproximá-lo
de arestas e vértices de outros objetos dispostos na prancheta e, com o auxílio
desses rótulos, trabalhar com mais precisão. Onde o ponteiro do mouse estiver
ativo, essas informações aparecerão. Essas guias podem ser ativadas e
desativadas com o atalho Ctrl/Command + U.
Para exibir as grades, vá ao menu Exibir, e depois em Mostrar Grade. Elas
são uma referência visual proveitosa na composição de projetos gráficos que
exigem precisão milimétrica. Na caixa de propriedades, do lado direito da
interface, podemos configurar algumas opções de grades, pranchetas e réguas,
como unidades de medida (paicas, pixels, milímetros etc.) e alinhamentos dos
objetos ao grid. Na opção Guias e Grades, das preferências do Illustrator, é
possível alterar as grades propriamente ditas, como a largura dos módulos do
grid, o número de subdivisões do módulo, a cor-padrão das linhas-guia e até o
estilo do traçado delas.
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Figura 14 – Painel de alinhar e distribuir objetos na prancheta do Adobe Illustrator
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Conforme o trabalho no Illustrator fica mais complexo, você pode precisar
de um auxílio para identificar rapidamente que tipos de elementos estão
dispostos em sua prancheta. Um recurso apropriado para isso é o Contornar,
que altera a forma de exibição do projeto, mostrando seus contornos sem
nenhum outro tipo de informação, como cores ou espessura do traço. Essa
visualização é acessível pelo menu Exibir > Contornar, ou pelo atalho
“Ctrl/Command” + “Y”. Elementos visualmente semelhantes, mas construídos
por métodos e ferramentas diferentes, revelarão sua natureza: por exemplo, um
texto é exibido em preto chapado nessa visão contornada; se ele for convertido
em curvas, esse preto chapado dará lugar às linhas de seu contorno, mostrando
que agora esse texto não é mais editável da forma convencional.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
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REFERÊNCIAS
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