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Nessa imagem, por exemplo, o objeto está entre o observador e o plano. Linhas paralelas saem do
“olho” do observado, tocam nas arestas do objeto e terminam no plano, desenhando sua projeção.
Aqui, não temos uma projeção ortográfica, e sim uma cônica. Da mesma forma, linhas (projetantes)
saem do observador, tocam as arestas do pentágono e terminam no plano. Na realidade, todas as vistas são
cônicas, pois saem de único ponto e tendem a divergir, e não a se manter paralelas.
Voltando a projeção ortográfica, se rebatermos a peça em todos os três planos, obtemos a seguinte
imagem:
Para uma melhor exemplificação, podemos observar os rebatimentos no 1º diedro, onde o objeto está
entre o observador e o plano (1):
E no 3º o plano de projeção se situa entre o observador e o objeto:
As escalas também são utilizadas para representar o tamanho de objetos que não poderiam ser
devidamente demonstrados em uma folha.
A escala de tamanho real seria 1:1, as de redução são, por exemplo, 1:2 e de ampliação 2:1.
Os padrões de folha são descritos através da figura a seguir:
A cotagem é o conjunto de valores que mensuram o tamanho das medidas da peça. Elas serão vistas a
seguir na próxima peça feita por mim.
Uma das peças realizadas durante o curso foi essa peça que apelidei de “Onofre” pois não é uma peça
existente e nem possui utilidade aparente:
As três primeiras imagens à esquerda são, da esquerda pra direita e depois pra baixo: vista frontal, vista
lateral esquerda e vista superior. As vistas auxiliam a visualização das grandezas. É importante notar que a
vista frontal esta alinhada com a lateral, além de suas dimensões possuírem a mesma escala. O mesmo
acontece com a vista superior em relação à vista lateral.
À direita temos a vista isométrica, isto é, uma vista em que os 3 eixos (x, y e z) possuem mesma escala.
Ou seja, quando traçamos os três eixos no papel, eles terão um ângulo de 120º entre as coordenadas. Além
disso, nesta vista estão indicadas todas as medidas do Onofre, largura, altura, raios e etc. Isso permite a clara
visualização do objeto e reprodução.
Como visto, no Onofre temos um círculo, e todo círculo em perspectiva isométrica pode se torna uma
elipse. Para desenhá-la a mão, podemos seguir o seguinte passo a passo:
Temos, então, nosso círculo, agora uma elipse, formado!
Quando queremos analisar o meio da peça podemos utilizar as superfícies de corte. Obtemos essa
representação através de um plano que passa pelo objeto e tudo que se vê além desse plano. Repare que os
planos de corte são devidamente desenhados nas vistas.
Nas superfícies de corte, não se deve fazer essas linhas paralelas as linhas do objeto:
Os cortes podem ser definidos em total, parcial e meio corte dependendo do quanto do interior da
figura quer se mostrar.
A seção se difere do corte pois mostra somente a interseção do plano com o objeto, e não tudo que se
vê além dele.
Por exemplo, na equipe de competição Minerva Rockets, utilizamos as vistas para manufatura dos
objetos, visto que muitos são encomendados e precisam da medida precisa do corpo e no seu interior.
Essa peça é chamada de bulkhead, é a tampa do vaso de pressão que é o motor do foguete. O bulkhead
possui uma complexidade maior que o Onofre, visto que é uma superfície de revolução. É importante notar
que na primeira imagem à esquerda há uma seção hachurada que corresponde à superfície de corte. É como
se víssemos a peça cortada a ao meio.
Após as axonométricas, temos a cavaleira, onde a projeção frontal e os elementos paralelos a ela estão
em escala e temos, por exemplo, y e z fazendo 90º entre si, o que deixa a figura com perspectiva de
profundidade.
Por último temos a perspectiva cônica, onde temos de um até 3 pontos de fuga, para onde as linhas que
demarcam as dimensões do objeto convergem. Para melhor demonstração, podemos desenhar um cubo na
perspectiva cônica. Na vista isométrica tínhamos que as dimensões do cubo, por exemplo, que só tinham
componente em x, permaneciam paralelas entre si. Isso não vai acontecer na cônica, onde em pelo menos um
eixo as componentes convergirão para um ponto.
Considerando o eixo x para direita, z para cima e y para trás, temos que as componentes em y não são
paralelas entre si, enquanto as de z e x são. Também é notável que a face de trás do cubo apresenta dimensão
menor que a face da frente para “caber” entre as arestas em y.
Nesse desenho à mão, temos primeiro o cubo com 2 pontos de fuga. Nesse caso apenas 1 eixo mantém
suas dimensões paralelas. Nas figuras abaixo temos cubo com 3 pontos de fuga cada, onde nenhum eixo se
mantém paralelo. Note que ao abaixar os 2 pontos de fugas laterais, parece que estamos vendo o cubo “mais
debaixo.
Na realidade, nosso olho só vê a perspectiva cônica. Quanto mais pertos ficamos do objeto, aparenta
mais que a imagem possui 3 pontos de fuga. Isso tem muito a ver com nosso foco. Quando focamos em algo
muito perto, acaba que a imagem encontrada tem 3 pontos de fuga.
Também houve duas tentativas de desenhar o Onofre em perspectiva cônica, porém a dificuldade é
bem mais elevada visto que possui círculos e curvaturas.
No 2º e 4º diedro, os rebatimentos acabam ficando no mesmo plano, exemplificado pela figura a seguir:
As coordenadas em GD são a abcissa (x), cota (z) e afastamento (y), e na épura no 1º diedro, que é
essa “planificação” do objeto, fica dessa forma:
Existem diversas retas no sistema mongeano, como demonstrado a seguir através de prints do slide do
professor Menegotto:
E diversos planos:
Suas épuras estão definidas a seguir em um exercício feito à mão:
Finalização e agradecimentos:
Queria agradecer a você, professor, pelos ensinamentos não só sobre a matéria, mas também sobre a
vida em si com seus muitos ensinamentos. Você traz um sentimento leve contigo e anima o ambiente.
Obrigada por “dar o curso que você sempre quis ter tido”, espero semestre que vem está contigo na
próxima matéria. Minha mãe acabou assistindo umas aulas juntos e também te acha o máximo (ela acha sua
risada parecida com a do Sílvio Santos).
Enfim, obrigada por tudo, professor!
Referências:
http://www.exatas.ufpr.br/portal/degraf_marcio/wp-content/uploads/sites/13/2014/09/Apostila-Desenho-
Mecanico-I-Parte.pdf
https://professornovais.com/desenho-tecnico-como-entender-as-vistas-ortogonais/
https://www.vivadecora.com.br/pro/estudante/desenho-tecnico/
https://slideplayer.com.br/slide/12361256/
https://image.slidesharecdn.com/321841-destec-02padronizaoenormalizao-140307173553-
phpapp01/95/desenho-tcnico-normas-e-padroes-3-638.jpg?cb=1394213857
https://docente.ifrn.edu.br/joaocarmo/disciplinas/aulas/desenho-tecnico/cortes-e-secoes
https://pt.slideshare.net/ordenaelbass/desenho-tecnico-perspectiva-isometrica
https://www.wikiwand.com/es/Perspectiva_dim%C3%A9trica
https://gdartes.com.br/como-desenhar-em-perspectiva-com-1-ponto-de-fuga/
https://gedeum.wordpress.com/2013/02/05/aula-03-sistema-mongeano-e-diedro/
https://www2.faac.unesp.br/pesquisa/hypergeo/monge.htm
https://sites.google.com/a/poli.ufrj.br/sp_menegotto/geometria-descritiva