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14 Novembro»»»»»»» 8 de Janeiro

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Depois do Espaço t, surge a Quase Galeria
Espaço t, espaço de integração pela arte, numa perspectiva de inclusão total, sem
tabus, estereótipos, preconceitos e tudo aquilo que segrega o valor humano.
Valorizamos apenas a aceitação incondicional do outro.
Numa perspectiva transversal da sociedade, dos ricos dos pobres, dos coxos aos
esteticamente intitulados de belos, todos cabem no conceito.
Num mundo cada vez mais desumanizado, solitário, onde todos são ―colocados em
gavetas‖, verificamos que o homem apenas representa o papel que lhe é dado, e
quase nunca mostra o seu verdadeiro interior.
Com o Espaço t, aqueles que por ele passam ou passaram, crescem e entendem
que o verdadeiro homem não é o do ―gaveta‖ mas o do seu interior e entenderam
também o que há na sua verdadeira essência, quer ela seja arte bruta, naife ou
apenas arte de comunicar, é por si só a linguagem das emoções, a linguagem da
afirmação do maior valor humano.
O pensar e o libertar esse pensamento crítico sobre uma forma estética. Esse
produto produz uma interacção entre o produtor do objecto artístico e o observador
desse mesmo objecto; promovendo assim sinergias de identidade e afirmação
melhorando dessa forma a auto estima e o auto conceito daqueles que interagem
neste binómio e se multiplica de uma forma exponencial.
Este é o Espaço t,
E apesar de sempre termos vivido sem a preocupação de um espaço físico, pois
sempre tivemos uma perspectiva dinâmica, e de elemento produtor de ruído social
positivo, ruído esse que queremos que possa emergir para além das paredes de um
espaço físico.
Apesar de não priorizarmos esse mesmo espaço físico, pois ele é limitador e
castrador foi para esta associação importante conseguirmos um espaço adaptado às
necessidades reais e que fosse propriedade desta associação que um dia foi uma
utopia.
Com a ajuda do Estado, mecenas, e muitos amigos do Espaço t, ele acabou por
naturalmente surgir. Com o surgir do espaço do Vilar, outros projectos surgiram
tendo uma perspectiva de complementaridade e crescimento desse espaço, que
apesar de real o queremos também liberto desse conjunto de paredes, fazendo do
espaço apenas um ponto de partida para algo que começa nesse espaço e acaba
onde a alma humana o quiser levar.
Surgiu assim a ideia de nesse lugar criarmos outro lugar, também ele figurativo
embora real, chamado Quase Galeria.
Uma galeria de arte contemporânea com um fim bem definido: apresentar arte
contemporânea Portuguesa nesse espaço, dentro de outro espaço, onde cada
exposição será uma fusão de espaços podendo mesmo emergir num só espaço.
Com este conceito pretendemos criar uma nova visão do Espaço t, como local onde
outros públicos, outros seres podem mostrar
a sua arte, desta vez não terapêutica mas sim uma arte no sentido mais real do
termo que forçosamente será também terapêutico, pois tudo o que produz bem estar
ao individuo que o cria é terapêutico.
Com o apoio das galerias: Graça Brandão, Presença, Reflexus, Modulo, 3 +1, Jorge
Shirley e com a Comissária e amiga Fátima Lambert, temos o projecto

2
construído para que ele possa nascer de um espaço e valorizar novos conceitos
estéticos contribuindo para a interacção de novos públicos no espaço com os
públicos já existentes promovendo assim, e mais uma vez a verdadeira inclusão
social, sem lamechices, mas com sentimento, estética e cruzamentos sensoriais
humanos entre todos.
Queremos que com esta Quase Galeria o Espaço t abra as portas ainda mais para a
cidade como ponto de partida para criar sinergias de conceitos, opiniões e
interacções entre humanos com o objectivo com que todos sonhamos – A
Felicidade.

Jorge Oliveira
O Presidente do Espaço t

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Daniel Melim – Ginguba

“Em minha opinião, não há nenhum [caminho] mais atraente do que andar
no encalço das próprias ideias, tal como o caçador persegue a caça, sem
procurar manter um dado caminho.”1

“...Cada coisa está isolada ante os meus sentidos,


que a aceita impassível: um ciclo de silêncio.
Cada coisa na escuridão posso sabê-la,
como sei que o meu sangue circula nas veias.” 2

1.Das imagens que integram o Museu Imaginário de Daniel Melim vejam-se, nesta
exposição, 3 telas de pequeno formato que persistem na perfectibilidade e
detalhismo que se conhece na tradição e história da pintura europeia ocidental…
Para proceder à devida análise e recepção/ apropriação estética, há que
contextualizá-las, relembrando as pinturas apresentadas anteriormente noutras
exposições e galerias. Pertencem já à memória recente da sua iconografia muito
específica e certamente singular. Tais obras evidenciam uma observação, quanto
uma contemplação da maior acuidade articuladas a uma incorporação mental que é
desenvolvida até um requinte exaustivo de celebração imaginativa.
O detalhe é um dos princípios conceptuais peculiares para realizar uma análise
histórica, crítica e estética rigorosas da Arte, em particular no tocante à sua
dimensão iconográfica e iconológica. O extraordinário livro de Daniel Arasse
intitulado Le détail, é um contributo inestimável, nesta focagem. Daniel Melim,
através das suas diferentes séries de pintura, demonstra essa exigência e pertença.
Assim se justifica uma breve alusão a peças de pintura que glosam temáticas da
história pintura e inscritas no seu Museu Imaginário (André Malraux).

1.Nas paisagens/casa de 2006 (série ―Casa‖, p.ex.)

“Casa”, tinta acrílica, 9x13cm, 2006

1
Xavier de Meistre, Viagem à roda do meu quarto, Lisboa, & etc, 2002, p.25
2
Cesare Pavese – Trabalhar cansa, Lisboa, Ed. Cotovia, 1997, p.71

4
2. Naturezas-mortas (2008) de “vegetais/legumes”: bróculos, alho
francês, couve ou abóbora…

Couve, tinta acrílica, 40x45cm, 2008

3. Elementos de mobiliário (―almofada de sofá‖, ―caixa de frigorífico‖)

Caixa do frigorífico, tinta acrílica, 40x50cm, 2008

4. Peças de vestuário ou fragmentos de objectos escultóricos


(―cabeça de cera‖)

Cabeça de Cera, tinta acrílica, 35x35cm, 2008

5. não olvidando essa representação de um instrumento simbólico e


eficiente que serve para pintar:

5
Trincha, tinta acrílica, 25x20cm, 2007

Assim, entra-se na brevíssima jornada pictórica através de três simuladas pinturas-


livros (fólios) de Daniel Melim:

1.1. Van Gogh usou a problemática dos auto-retratos para sobreviver –


enquanto imagem de si e enquanto persistência remanescente para os
outros o reconhecerem. Esse reconhecimento assumiu propriedades
mítico-simbólicas conferindo um estatuto de lucidez estética que nos pode
confundir, talvez...
Entre os inúmeros auto-retratos pintados, nesse primeiro livro de história
da Arte a que Daniel Melim acedeu, a escolha para réplica auto-gnósica
centrou-se num datado de 1886, associando-lhe uma presença
incontornável na biografia do pintor holandês: o Dr. Gachet. Nesta
composição, o artista português aplica a iconografia em versão reflectora,
ou seja, a direcção da pintura original é apresentada como imagem
especular – invertida, pois decorrendo do vidro. A deliberação deste jogo
de sentidos revistos, para além da intenção pictural – concretizada através
da metodologia artística decidida – é propiciadora do diálogo, pois o auto-
retrato, que está em alteridade e reversibilidade, olha (ou pode olhar) o
retratado, num confronto intersujectivo directo plausível. Mas talvez não
falem dentro da composição, apenas se pensem ou se deseje que nós os
pensemos como entes iconográficos gravitacionais.

1.2. A tela de El Greco, alusiva a São Francisco, orienta-se para a direita


na composição – imagem invertida. Nesta sua assunção, Daniel Melim
representa somente o busto do santo, acentuando a auréola que confere
o reconhecimento de santidade, enfatizado o burel castanho do hábito da
Ordem. A outra página – pois se trata de representações de páginas
abertas em livro – está ausente de conteúdo.

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1.3. De autor não identificado, mas sabendo-se afecto à Escola de
Fontainebleau, Melim, isolou uma das duas figuras femininas do quadro
intitulado Portrait de Gabrielle d'Estrées et de la Duchesse de Villars,
datado de1594. Seja Gabrielle ou seja a Duquesa, a figura feminina oculta
com subtileza a nudez dos ombros, aflorando os seios; o seu olhar oscila
entre a candura e a volúpia que é, absolutamente ignorado pelo seu
companheiro de dupla folha: o símile invertido do retrato de Erasmus,
atribuído a Hans Holbein.

Embora não sendo presente nesta mostra, sabe-se da existência de uma


outra pintura, pertencente a esta série que glosa o célebre retrato de
Antonio Pisanello da Princesa da Casa de Este (Ferrara), datável entre
1436 e 1449. Nessa pintura, o sentido da pintura é revertido, à
semelhança do que, anteriormente, se constatou. A figura encontra-se
isolada, como no caso de São Francisco d’après El Greco.

2. Das peças-pinturas ou pinturas-esculturadas de Daniel Melim…

“Quando, de tanto me esforçar, acabava por sair para o mundo exterior, era
para encontrar na minha frente uma realidade que num instante perdera as
suas cores, uma realidade frouxa, sem qualquer rasto de frescura,
cheirando quase a podridão, mas a única que se me ajustava.” 3

É corrente dizer-se que o homem no mundo, existe na efectividade de um


tempo e espaço determinados — inserido numa colectividade, constituindo-se
enquanto se reconhece nos, e pelos outros, afirmando presença-alteridade
num Todo. Todavia, a intensidade volitiva e a capacidade de, através do acto
criativo, aceder à obra, atravessa estes eixos, situando-se numa plataforma
mítico-simbólica que, no caso de Daniel Melim, se traduz na sequência de
cabeças, bustos e existências das peças configuradas em materializações
picturais.
Presumo que, durante o acto de produção das mesmas, domine o silêncio de
um ambiente natural constitutivo; o que depreendo ao olhar o registo de Daniel
Melim fotografado durante esse processo. Na continuidade da natureza, a

3
Yukio Mishima, O templo dourado, Lisboa, Assírio & Alvim, 1985, p.8

7
metodologia de trabalho que decidiu (consulte-se o texto de sua autoria)
proporciona uma concretização que nos obriga a interrogar a provável origem
ou verdade da aparência do visto.
As transfigurações e ritualizações do homem no mundo, presentificado nas
cabeças-corpos desta série, confrontam-se com um duplo dimensionamento do
Todo: por um lado, o mundo como natureza, vida natural; por outro, a
humanidade, a vida como convergência societária. A síntese reside na sua
assunção arquetipal finalizadora. Em ambas acepções do mundo, em ambos
os mundos, a vida apresenta-se na sua unanimidade (ainda que heterogénea e
dissidente), constituída por todas as coisas e não sobejando qualquer. O
homem no mundo vê-se no espelho de toda a humanidade, em peças de
ascendência totémica que denunciam a humanidade inteira, concorrendo para
a impositividade de figurações alegóricas, metafóricas e outras.
As cabeças, aparentemente, preservam o seu anonimato, permitindo a
exploração de traços, volumetrias, efabulações morfológicas, naquilo que de
mais diferenciador e radical possuem os retratados enquanto exercendo função
simbólica e arquetipal.
Atenda-se à titulação das pinturas:
1. Careto
2. Mafarrico
3. Diabo
4.Soldado
5.Pescador
6.Mulher
7.Guarda

As cabeças correspondem a elementos que se inscrevem num património


popular – subscrevendo uma radicação antropológica simbólica. Os ―caretos‖
que se relacionam com rituais e festas de Carnaval, os ―mafarricos‖ que
povoam as lendas e superstições, designação mais carinhosa ou afectiva para
os ―diabos‖. Passando às tipificações profissionais eis a peculiaridade de
―soldados‖ e ―guardas‖ que remetem para a regularidade moral social e o
reasseguramento comunitário; os ―pescadores‖ que prometem o exercício que
alimenta as povoações e as ―mulheres‖ que sustentam toda esta nomenclatura
de existências e desempenhos mítico-simbólicos, susceptíveis de uma
pragmática profano/religiosa…
A série das pinturas-esculturas é, pois, reveladora em toda a sua
potencialidade dos termos antropológicos e estéticos que exteriorizam a
conciliação, a cumplicidade, para quase aceder ao uníssono cosmogónico,
onde o homem, ganhando a certeza do corpo, como escrevia Novalis, sendo
parte do Mundo:
"...exprime já a autonomia, a analogia com o Todo — em resumo, o
conceito de microcosmo. A este membro tem de corresponder o
Todo. Tantos sentidos, tantos Modi do Universo — o Universo
completo é um Analogon do ser humano em corpo, alma e espírito.
Um é a abreviatura, o outro é extensão da mesma substância."4

4
Novalis citado por Rui Chafes, Wuerzburg, Bolton, Landing, Lisboa, Assírio & Alvim – 1998, p.149

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A percepção aproximativa, entre o pensamento de Novalis e as especulações
cosmológico-antropológicas susceptíveis de serem extrapoladas a partir da
leitura destas pinturas reflectem visibilidade criacional do homem ―cifrado‖ no
mundo. Denotam afinidades, reflectindo uma comum influência de
endereçamento cosmológico de Platão (veja-se Timeu, 2ª secção),
concretamente, quando o filósofo, antes de abordar o problema na sua ordem
social e política, se refere de forma demonstrativa ao homem na sua pertença
ao universo, sendo o próprio universo: pois o homem se apresenta como um
universo em redução, um microcosmo sujeito às mesmas leis e determinações
que as do macrocosmo.5
As peças-símbolos de Daniel Melim fruem a sua presença matérica nas
pinturas, pertencendo aquilo que constitui o chamado ―imaginário colectivo‖. 6
Quanto, pertencem também ao imaginário pessoal e singular do autor. Se
assim o entender, o autor pode gerar inúmeros elementos que venham a
povoar as suas telas em devir. Tratar-se-á de aumentar esta espécie de família
de seres imaginários, parafraseando Jorge Luís Borges. Aí, podem ascender a
um tempo mítico, circular – o tempo do eterno retorno, seguindo Octávio Paz –
por contraposição ao nosso tempo linear, o dos humanos. Mas onde, por vias
da criação nos é permitido conviver entre fronteiras de mítico e factual…
Os seres imaginários de Daniel Melim comungam com os espíritos da água, do
ar, mas sobretudo com os da terra que, desde os primórdios da humanidade,
se congregam numa visão cosmológica do Ser. A terra opõe-se
simbolicamente ao céu. É o aspecto feminino, que contém, que suporta. É
densidade, fixação e condensação; é a perfeição passiva: ―Universalmente a
terra é uma matriz que concebe as fontes, os minerais, os metais.‖ 7
As cosmogonias surgiram de uma arte combinatória entre a imaginação e a
sua irreversível tendência racionalizante. O acto da imaginação é um acto de
carácter mágico, uma espécie de encantamento em que se evocam os
"objectos" desejados, de modo a que se possam possuir, através da figura do
humano.
Estes elementos icónicos permitem-nos esboçar uma categorização, uma
espécie de gramática visual, a partir da sua definição constitutiva, tendo em
consideração a combinatória das vertentes: formal com a intencional e
simbólica, de modo a instaurar uma iconologia específica, correspondente ao
conceito de homem e de humano transmitido, progredindo para uma leitura de
foro antropológico/simbólico.
Possuem a força e vontade de poder que se associam aos fetiches. Daniel
Melim concebe uma interacção efectiva entre real e imaginário, concretizando
um "mundo" onde os valores de existência e não-existência se presentificam
em síntese dinâmica.
Concluindo:

5
Platão pretendeu com esses desenvolvimentos dar uma explicação geral para o mundo, recorrendo à
enunciação da sua Teoria das Ideias.
6
Cf. C. Jung, O Homem e seus símbolos, Botafogo, Ed.Nova Fronteira, 1987
7
Cf. Jean Chevalier e Alain Geerbrandt, Dictionnaire des Symboles, Paris, Robert Laffont, 1969, pp. 940
e ss.

9
1. as unidades icónicas das Séries, referidas inicialmente, são fragmentos
simbólicos, detalhes virtuosísticos do mundo, tanto quanto as peças-
pinturas, trazendo o humano até reduções de consistência, articuladas
entre si pela perfectibilidade representativa e conceptual;
2. as peças de pintura de pequeno e concentrado formato são aforismas
que remetem para a genuinidade e lucidez de pensamento poético,
como é caso da obra de Manoel de Barros...

“Tudo que não invento é falso.”8

Maria de Fátima Lambert


Nov. 2009

8
Manoel de Barros, Livro sobre o Nada, Rio de Janeiro, Ed. Record, 2001, p.67

10
Estas pinturas são feitas sobre vidro. O vidro é colocado entre quem pinta e o objecto
que, em cada ocasião, for o modelo da pintura. Como no perspectógrafo renascentista, o
observador tem de escolher cuidadosamente o seu ponto de vista e estar absolutamente
quieto durante o processo de criar a imagem, durante muitas horas. As pinturas são
feitas com tinta acrílica.
Depois de feita a imagem, é dada sobre o vidro uma última camada de tinta muito
espessa. Quando esta camada seca, a pintura é retirada inteira do vidro. Esta autónoma
placa de tinta é o que se expõe, colando-se com fita-cola dupla à parede da exposição, à
maneira de um poster.

Daniel Melim

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DANIEL MELIM
Ginguba

A exposição acontece a partir de dois núcleos de trabalho, em que o autor prossegue o


seu trabalho de pintura em acrílico sobre vidro que depois é retirada deste e apresentada
apenas como camada autónoma de tinta:

Num primeiro momento, o autor apresenta reproduções do primeiro livro de pintura que
viu em criança: "A Pintura nos Grandes Museus". O livro é apresentado enquanto objecto,
aberto, e o que se vê do seu conteúdo são apenas as reproduções das pinturas, não o
texto. Escolheram-se planos do livro que reproduzissem retratos individuais. Neste caso,
o vidro é sobreposto directamente ao livro aberto, e o processo de pintura é como que um
scan selectivo efectuado sobre este.

O segundo núcleo é constituído por pinturas feitas a partir de esculturas. As peças foram
feitas maioritariamente em barro, sendo destruídas logo após a realização da pintura.
Cada peça apresenta a cabeça de uma figura. As pinturas são executadas no mesmo
local onde o barro para as peças é retirado da terra: no Alentejo. Neste segundo núcleo, o
vidro é colocado como no perspectógrafo renascentista (entre o pintor e o modelo-
escultura), tendo o pintor que ficar exactamente no mesmo local durante várias horas e
trabalhar sempre com um olho fechado.

O avô do autor viveu no Alentejo, em África e era o dono do primeiro livro de pintura que
este viu. O avô chamava o autor de Ginguba.

Daniel Melim (Coimbra 1982) é licenciado em Artes Plásticas - Pintura pela Faculdade de
Belas Artes de Lisboa e esta é a terceira individual nesta Galeria. Tem participado em
várias exposições colectivas, tais como no Prémio EDP Jovens Artistas de 2008. As suas
obras figuram em várias exposições institucionais e privadas.

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Careto. 2009. Tinta acrílica. 82.5 X 78.5cm

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Mulher. 2009. Tinta acrílica. 80 x 56cm

14
Mafarrico. 2009. Tinta acrílica. 79 x 55cm

15
Pescador. 2009. Tinta acrílica. 72.5 X 74.5cm

16
Soldado. 2009. Tinta acrílica. 60 X 68cm

17
Diabo. 2009. Tinta acrílica. 69.5 X 73cm

18
Guarda. 2009. Tinta acrílica. 76.5 x 67.5cm

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Do Primeiro Livro de Pintura que o Autor viu. 2009. Tinta acrílica.37 x 59,5cm

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Do Primeiro Livro de Pintura que o Autor viu. 2009. Tinta acrílica.37 x 61cm

21
Do Primeiro Livro de Pintura que o Autor viu. 2009. Tinta acrílica.37 x 60cm

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DANIEL MELIM
http://a-pintura.blogspot.com

1982 – Nasceu em Coimbra


2006 - Curso de Pintura na Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa.
2009 - Lecciona a disciplina de Desenho na Escola de Arte “Arte Ilimitada”.
Vive em Lisboa.

EXPOSIÇÕES INDIVIDUAIS

2009 - Ginguba, Quase Galeria, Porto


- Ginguba, Módulo – Centro Difusor de Arte, Lisboa
2008 - Amor, Módulo – Centro Difusor de Arte, Lisboa
2007 - Desenhos murais, Fábrica Features, Lisboa
2006 - Por a Casa, Módulo – Centro Difusor de Arte, Lisboa

EXPOSIÇÕES COLECTIVAS

2009 - Coleccionar I : Pintura, Módulo, Lisboa


2009 - Desenho Livre, Espaços do desenho, Fábrica do Braço da Prata, Lisboa
- Arte Lisboa 2008 (Módulo), FIL, Lisboa
- Atlas Projecto de Desenho, Fundação Carmona e Costa, Lisboa (cat.)
2007 - Prémio EDP Novos Artistas 2007, Fundação EDP, Porto (cat)
- Isto não é uma flor!, Módulo, Lisboa
2006 - Finalistas de Pintura, Galeria do Palácio Galveias, Lisboa; Salão Nobre do Teatro Aveirense /Antiga
Capitania de Aveiro,
Galeria dos Paços do concelho / Livraria da Universidade de Aveiro; Cooperativa Árvore,Porto (cat.)
- Finalistas de Desenho da Faculdade de Belas-Artes, Sociedade Nacional de Belas-Artes, Galeria
Municipal de
Torres Novas, Galeria Municipal de Montemor-o-Novo
- Construir-Desconstruir, Galeria Forma d’Arte, Estoril
- Paisagens, Modulo, Porto
2004 - Meio, Sociedade Harmonia Eborense, Évora

PROJECTOS

2008 – Colaboração no Atlas - Projecto de Desenho, org. de André Romão, Gonçalo Sena e Nuno Luz
2007 – Residência artística na Eira33, pesquisa processos de desenho colectivo.

BIBLIOGRAFIA

Martins, Celso, Ginguba, in “Expresso”, 25.09.09


....Exposições, in “Agenda Cultural-CML”, Set. 09
Sardo, Delfim, Daniel Melim: A prática quotidiana do desenho, in cat. Prémio EDP Novos Artistas, 2008
Guerra, Sílvia, Perspectiva Actual: Arte Lisboa 08 – Sem terramoto, in “Arte Capital”, Dez. 08
Sardo, Delfim, Daniel Melim: A prática diária do desenho, in cat”Prémio Novos Artistas EDP 2007”
Nadais, Inês, No quarto da Vanda, in “Público-Ípsilon”, 14.12.07
Rato, Vanessa, Prémio EDP Novos Artistas, in “Público” 15.06.07
....Exposições, in “Expresso”, 11.02.06
....Exposições, in “Expresso”, 20.01.06
....Exposições, in “Casa & Jardim”, Janeiro 2006
...D.M., Papel manteiga, in Magazine Artes nº 37 Fev.06
Pomar, Alexandre, Trabalhos em curso, in “Expresso”, 4.02.06
Martins Celso, D.M., in “Expresso”, 11.02.06
Bravo, Aquiles Ortiz, Arriban las primeras noticias del arte 2006, in “El Aragueno” (Cultura), 20.02.06
Pomba, Susana, in “Público”, 21.01.06

Oliveira Luisa Soares de, Construir – Desconstruir, Os novos significados na arte contemporânea, in
Construir-Desconstruir, Galeria Forma d’Arte, Estoril, 2006

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