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O Naturalismo foi um movimento

cultural relacionado às artes plásticas,


Naturalismo literatura e teatro. Surgiu na França, na
segunda metade do século XIX. Este
movimento foi uma radicalização do
Realismo.
Naturalismo Francês
Emile Zola é considerado o idealizador e
maior representante da literatura
naturalista mundial. Foi muito
influenciado pelo evolucionismo e pelo
socialismo. Sua principal obra foi O
Germinal (1885), onde aborda a
realidade social nas minas de extração
de carvão. Para escrever esta obra, Zola
viveu com uma família de mineiros para
sentir na pele a dura vida destes
trabalhadores. 
Naturalismo, Idealismo e Expressionismo

Características do Naturalismo
- O mundo pode ser explicado através das forças da natureza;

- O ser humano está condicionado às suas características biológicas (hereditariedade) e ao


meio social em que vive;
 
- Forte influência do evolucionismo de Charles Darwin;
 
- A realidade é mostrada através de uma forma científica (influência do positivismo);

- Nas artes plásticas, por exemplo, os pintores enfatizam cenas do mundo real em suas obras.
Pintavam aquilo que observavam;

- Na literatura, ocorre muito o uso de descrições de ambientes e de pessoas;

- Ainda na literatura, a linguagem é coloquial;

- Os principais temas abordados nas obras literárias naturalistas são: desejos humanos,
instintos, loucura, violência, traição, miséria, exploração social, etc.
 
 
Naturalismo na Renascença
Bêbados, José Malhoa Camponesas
Idealismo

• Idealismo é a qualidade do que é ideal. É a representação das


coisas sob a forma ideal. É a propensão ou inclinação do espírito
para o devaneio, para o ideal. O ideal é o que existe somente na
ideia, no imaginário, é o fantástico, o modelo sonhado.
• Em Sociologia, no desenvolvimento cultural, o idealismo consiste
na criação imaginária de normas de ação tidas como perfeitas,
ideais, e apresentadas como objetivo a ser alcançado na
realidade. O idealismo é básico no processo cultural em todos os
seus aspectos.
• Na estética, idealismo é a denominação dos sistemas que
consideram que a finalidade da arte é a representação fictícia de
algo que será mais satisfatório para o espírito do que a realidade
objetiva. É a arte como realização dos ideais e não como
representação de fatos.
• A filosofia se interrogou em todas as
Idealismo Na épocas acerca da essência do belo, do
Filosofia ideal. Para Platão, o ideal se identifica
com o bom, e toda a estética idealista
parte dessa compreensão platônica.
Segundo Platão, qualquer compreensão
adequada sobre as coisas do mundo
sensível deveria abstrair as suas
imperfeições e chegar até a sua
essência, chegar ao ideal.
• Hegel, filósofo alemão, foi um dos
criadores do idealismo alemão. Sua
corrente filosófica partiu da ideia da
autoconsciência, para recuperar a
ontologia (parte da filosofia que estuda
a natureza do ser, a existência e a
realidade) como a lógica do ser.
Idealismo na pintura
Idealismo y Realidad 1884 de Juan Comba García. Pintura 2
Expressionismo

o Em oposição ao Impressionismo, o
Expressionismo surge no final do século XIX
com características que ressaltam a
subjetividade. Neste movimento, a intenção
do artista é de recriar o mundo e não apenas
a de absorvê-lo da mesma forma que é visto.
Aqui ele se opõe à objetividade da imagem,
destacando, em contrapartida, o subjetivismo
da expressão.
Seu marco ocorreu na Alemanha, onde
atingiu vários pintores num momento em que
o país atravessava um período de guerra. As
obras de arte expressionistas mostram o
estado psicológico e as denúncias sociais de
uma sociedade que se considerava doente e
na carência de um mundo melhor. Pode-se
dizer que o Expressionismo foi mais que uma
forma de expressão, ele foi uma atitude em
prol dos valores humanos num momento em
que politicamente isto era o que menos
interessava. 
o O principal precursor deste movimento foi o
pintor holandês Vincent Van Gogh, que, com
seu estilo único, já manifestava, através de sua
arte, os primeiros sinais do expressionismo. Ele
serviu como fonte de inspiração para os
pintores: Érico Heckel, Francisco Marc, Paulo
Klee, George Grosz, Max Beckmann, etc. Há
ainda muitos outros pintores, entre eles, Pablo
Picasso, que também foram influenciados por
esta manifestação artística. Outro importante
pintor expressionista foi o norueguês Edvard
Munch, autor da conhecida obra O Grito.
Vincent Van Gogh
Pablo Picasso

O Velho Guitarrista, 1903.


Obra realizada durante a
chamada “fase azul” de
Pablo Picasso, em que ele
reduz sua paleta de cores
a tons de azul e se dedica
a temas melancólicos e
sombrios. É visível a
influência do mestre El
Grego, especialmente na
deformação das mãos.
Guernica, 1937
Obra de dimensões
gigantescas (3,50m x
8m), é uma denúncia
contra a guerra, a
barbárie e a crueldade
humana. Muitos
consideram esta a
maior obra-prima
de Pablo Picasso.
O quadro "O Grito" (1893) tornou-se
uma das obras-de-arte mais reconhecidas
em todo o mundo só suplantada pela
“Mona Lisa" de Leonardo Da Vinci. Mas o
que tornará esta obra de arte tão famosa
e apelativa? Será a misteriosa figura
central do seu quadro? Será a dor intensa
que este personifica? Serão as cores
tortuosas que nos tocam a alma? Será
uma identificação que
inconscientemente fazemos quando
somos confrontados com a sua angústia?
Ao contrário de outras obras de arte
que irradiam beleza mas igualmente uma
certa plasticidade, um certo mundo de
fantasia inatingível aos olhos do público,
"O Grito" é profundamente emotivo. É,
numa palavra, expressionista. É o auge
do Expressionismo.
Depoimento de Munch

Em 1893 pinta “O Grito”, incluído na série “ O Friso da Vida”.


É uma obra efetuada em óleo, têmpera e pastel em cartão de
pequenas dimensões: 91 x 73.5 cm. Há uma série de fatores
que influenciaram Munch para a realização deste quadro.
Desde já, um período em que esteve doente em Nice, em
1892. Edvard escreveu em seu diário o momento que por certo
o inspirou a pintar a sua obra: “Estava a passear cá fora com
dois amigos, e o Sol começava a pôr-se - de repente o céu
ficou vermelho, cor de sangue - Parei, sentia-me exausto e
apoiei-me a uma cerca – havia sangue e língua de fogo por
cima do fiorde azul-escuro e da cidade – os meus amigos
continuaram a andar e eu ali fiquei, de pé, a tremer de medo –
e senti um grito infindável a atravessar a Natureza”.
Três Músicos, 1921. Pablo Picasso.
Nova Iorque, Museu de Arte
Moderna.
Em 1921, os "Três Músicos" foi criado
por Pablo Picasso como um pedaço de
despedida para o cubismo sintético.
Cubismo analítico focada principalmente
em figuras geométricas, sem muita
profundidade ou substância. As imagens
foram continuamente divididas em
formas retangulares ou circulares. Estas
pinturas, no entanto, faltou alguma
emoção real ou expressão.
Em 1912, houve uma mudança do
cubismo analítico ao cubismo sintético.
O que marcou essa mudança foi a cor e a
paixão que Picasso começou a incluir em
seu trabalho artístico. Cubismo sintético
realmente identificados Picasso como
um intelecto sentimental no mundo da
arte. Pontos de vista conceitual e da
alteração de ilustração de uma figura
causou o período a ser identificado
como abstrato. Diferentes texturas,
materiais e cores contribuiu para
acentuar e definir as formas geométricas
que foram apresentados nas obras de
Picasso da arte. "Três Músicos" foi uma
peça essencial para este período.
Ambiguidades
Wagner Castro

Um velho com mania de golfinhos e focas 


As ‘Sete irmãs" estão interessadas nas riquezas da floresta 
A tele-novela das sete dói nas nádegas 
Pra frente como um caranguejo a revolução dos idiotas 
O homem coca, o menino cola 
Que droga de juventude coca-cola 
Perdeu a identidade pela maré o contorno das costas 
De saída perderam o trem de partida 
Nesse lugar a vaia é a véspera do aplauso 
É permitido proibir as verdadeiras cenas do futuro 
Os porões do regime um cogumelo e um andróide fardado 
O Hino Nacional só deveria ser cantado pelos pássaros 
Um homem que fala outras línguas de cabelo engomado 
Pode levar seu povo ao etnocídio justificado 
Um de pequeno bigode a risadas e outro ao nacionalismo exagerado 
As imagens não mentem o que foi ocultado pelas palavras 
A sociedade é uma ilusão de imagens fragmentadas 
Somos infelizes porque temos os sexos separados 
O homem e a mulher nunca se entenderam porque há diferença
nos corpos 
O avanço tecnológico não trouxe o avanço moral da humanidade 
Pra que tanto ouro se o cálice era de madeira 
"Nosso futuro é o passado na América do Sul" 
O bem é representado pelos generais diz um aliado da igreja 
A maré que foi é a mesma que volta 
Deixe-nos já morrer, deixe-nos já parecer 
Visto que nossos deuses também morreram 
Disseram os índios mexicanos aos franciscanos 
A realidade é ambígua: bem e mal andam de mãos dadas 
"Quem somos, de onde viemos, para onde vamos? 
Equidistante do pessimismo total e do otimismo injustificado 
Não faço coro com os que dizem que o país é inviável" 
Ambiguidades a parte tudo tem lógica.
A letra da canção expressa a angústia do autor
diante da realidade, onde acontece a exploração
econômica, a alienação ideológica da juventude,
os desentendimentos entre homens e mulheres e
a prática do genocídio e do etnocídio dos
ameríndios. Sobre a canção, pode-se afirmar
como falsa:
a) As “Sete irmãs” são as grandes empresas
multinacionais do petróleo interessadas em
dominar as riquezas da floresta amazônica.
b) Um de pequeno bigode representa a atuação de
Charles Chaplin, e o seu personagem Carlitos, no
filme, O Grande Ditador, satirizando com Hitler.
c) A expressão “juventude Coca-Cola” procura
mostrar o comportamento alienado dos
jovens que foram seduzidos pelo canto da
sereia do consumismo norte-americano.
d) O colonialismo europeu nas Américas foi
responsável pela prática de um genocídio, o
massacre de milhões de ameríndios, e de um
etnocídio, a eliminação da cultura nativa pela
imposição dos valores europeus.
e) O aprimoramento dos valores morais, a
consolidação da ética na sociedade teve uma
relação direta com o avanço tecnológico.
Bicicleta
Wagner Castro

Quero, quero, quero, quero, quero


Andar de bicicleta.
Pedalando, sem direção.
Andar pelo oriente ou pelo ocidente,
Viajar, conhecer o Brasil. 
Sacola, mochila, caneta, papel,
Lenço, pijama, vara, minhoca...
Descendo ladeira, subindo montanha
Sem eira nem beira
E o vento batendo em nós,
Sentir a liberdade,
Deixar a vaidade
E vagar devagar
Sem pressa de voltar.
Tapioca, pipoca, milho, batata,
Pimenta, caju, manga, mandioca...
Leite mugido de vaca tirado na hora,
Antes do sol sair,
Depois, ler o cordel
Do boi pintado
E os repentes de Patativa do Assaré.
Rock, reggae, chote, forró, balada,
Jazz, samba, bossa nova...
Senhor do Bonfim, Estácio, Praia de Iracema
E rua dos Tabajaras...
Tem boemia sim,
Também tem capoeira, maracatu,
Também tem frevo,
Trio elétrico e carnaval.
A letra da música “Bicicleta” nos possibilita realizar
uma reflexão sobre o comportamento de um
indivíduo que busca viver com intensidade, que
gosta de viajar, dos mais diversos estilos musicais e
de ler poesias. Com base na letra, pode-se inferir o
que está falso:
Hassan Hourani, Exibição
Retrospectiva, 2006.
a) Através de viagens, o indivíduo passa a interagir com
pessoas das outras regiões, assimilando seus padrões
culturais.
b) O autor expressa na canção que a pressa de viver é
bem maior do que a de voltar, ao andar pelo oriente e
pelo ocidente, descendo ladeiras, subindo montanhas.
c) A letra da canção nos remete à memória social do
povo nordestino e seu comportamento cotidiano.
d) O autor reflete sobre a liberdade que pode ser
encontrada nas coisas mais simples da cultura de um
povo.
e) A canção aborda, sobretudo, os padrões culturais da
sociedade nordestina e ignora os valores urbanos de
outras regiões.

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