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A r t e d o s é c u l o

X X : A s
v a n g u a r d a s :
E x p r e s s i o n i s m
o , S u r r e a l i s m o
e D a d a í s m o

Profa. Kessya
Steicy
EXPRESSIONISMO
• Os expressionistas proclamaram a destruição dos velhos modelos de
pintura e rejeitaram a preocupação pela representação exata e fiel do
objeto observado. No lugar disso, defenderam que aquilo que é
representado precisa ser compreendido como uma expressão da
emoção pessoal do observador – no caso, do pintor. Nesse sentido,
um mesmo objeto retratado altera-se de acordo com a subjetividade
de quem o representa.
• O Expressionismo, termo utilizado pela primeira vez em 1911, e
empregado nas vanguardas alemãs em 1914, foi oficialmente
formalizado em 1918, pelo escritor Kasimir Edschmid, no único
manifesto do movimento:
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EXPRESSIONISMO
• Na realidade, o Expressionismo é uma reação a outro movimento do
século anterior, o Impressionismo.

ENOIR, Pierre-Auguste. O
baile no Moulin de la
Galette. 1876

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EXPRESSIONISMO
• As telas impressionistas retratavam cenas de entretenimento e
diversão das classes abastadas parisienses, em uma interpretação
bastante otimista da situação cultural da França às vésperas da virada
do século. Ademais, o movimento prezava pela perfeição técnica dos
quadros em detrimento dos sentimentos humanos.
• O Expressionismo, por sua vez, buscou mostrar e interpretar as
angústias que assolavam os indivíduos no início do século XX.
Observe, a seguir, a pintura Cinco mulheres na rua (1913), de Ernst
Kirchner.

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EXPRESSIONISMO

KIRCHNER, Ernst. Cinco


mulheres na rua. 1913.

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EXPRESSIONISMO
• Os expressionistas optaram pela deformação sistemática da realidade.
Como resultado, os pintores dessa estética desrespeitaram as regras
convencionais de composição, como o equilíbrio e a harmonia de cores. Por
isso, os rostos humanos tendem a assumir feições desfiguradas, e os corpos
e objetos aparentam desproporções. Embora, para alguns espectadores,
isso acabe por reduzir a beleza da obra, os expressionistas buscavam uma
representação grotesca e desfigurada da sociedade do período, por
considerarem o mundo amargo e hostil.
• Campo cinematográfico: O gabinete do Dr. Caligari (1919), de Robert Wiene,
Nosferatu, uma sinfonia de horrores (1922), de Friedrich W. Murnau, e
Metrópolis (1927), de Fritz Lang, são obras de grande importância dessa
vanguarda.
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SURREALISMO
• O Surrealismo nasceu na França, espalhando-se em seguida para o restante
da Europa. Diversos pintores e escritores integraram o movimento após a
publicação, em 1924, do Manifesto do Surrealismo, redigido pelo poeta
André Breton. Nesse texto, divulgou-se a principal proposta da estética
surrealista: a violenta ruptura com os padrões lógicos por meio da liberação
do inconsciente.
• No Manifesto, propõe-se o uso do automatismo psíquico como método de
criação artística. Segundo essa prerrogativa, o artista deve dar total vazão
ao seu pensamento, ou seja, ele deve apenas colocar sobre o papel ou
sobre a tela as situações surgidas na sua mente, sem preocupar-se com a
coerência lógica da obra.

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SURREALISMO E A PSICANÁLISE
• Freud propôs um modelo de compreensão do psiquismo humano por meio da
interação entre três segmentos ou camadas da mente. O id, o domínio mental
da agressividade e dos instintos sexuais; o ego, o domínio da percepção, do
pensamento e do controle motor; e o superego, o domínio de repressão de
instintos socialmente indesejáveis e de proibição de desejos ilícitos. A proposta
de criação estética surrealista pode ser compreendida como uma estratégia
para liberar a mente do artista da repreensão do superego.
• Freud passou a analisar os sonhos, pois constatou que, durante o estado de
sono, o controle do superego diminui e as memórias e os instintos reprimidos
pelo indivíduo vêm à tona. No entanto, esses elementos não surgem de
maneira ordenada e racional. Na linguagem dos sonhos, as imagens, as
lembranças e os desejos se sobrepõem de maneira aparentemente ilógica e
incoerente.
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SURREALISMO E A PSICANÁLISE
• Presença de ilogismo

A persistência da memória,
Salvador Dali, 1931.

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SURREALISMO E A PSICANÁLISE
• Os surrealistas demonstraram fascínio pelo estudo das ilusões de ótica, as
quais permitem apresentar, simultaneamente, duas interpretações de uma
mesma figura – de modo a intrigar e a deslumbrar o espectador.

DALÍ, Salvador. Velho casal ou


Músicos. 1930.

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DADAÍSMO
• Reunidos no clube Cabaret Voltaire, os dadaístas foram orientados pelo poeta
romeno Tristan Tzara, que redigiu o Manifesto dadaísta em 1918, no qual o
irracionalismo e o cinismo do novo movimento são declarados ao público.
• O movimento Dadá se caracterizou por uma retórica agressiva e combativa,
que ridicularizava o sentido da arte e da crítica de arte. Na verdade, o
Dadaísmo é uma corrente estética niilista, cuja descrença quanto à utilidade da
arte é tão extremada que, para muitos críticos, o movimento não engendrou
autênticas obras de arte. Em troca, concebeu objetos de antiarte, isto é,
objetos que visavam à negação da própria arte. Os dadaístas entendiam que
valorizar a arte no cenário da guerra era uma postura hipócrita e inaceitável.

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MANIFESTO
Toda a obra pictórica ou plástica é inútil; ainda que seja um monstro capaz de
meter medo aos espíritos servis e suficientemente não adocicada para
ornamentar os refeitórios dos animais vestidos de gente, ilustrações desta triste
fábula que é a humanidade. — Um quadro é a arte de fazer com que duas linhas
geometricamente verificadas paralelas se encontrem, sobre uma tela, perante os
nossos olhos [...]. Os autores que ensinam a moral e que discutem ou pretendem
melhorar a base psicológica têm, para além do desejo escondido de ganhar, um
conhecimento ridículo da vida, que classificaram, repartiram, canalizaram;
obstinam-se em ver dançar as categorias ao som do compasso que marcam. Os
respectivos leitores sorriem e continuam: pra quê?

TZARA, Tristan. Sete manifestos dada. Lisboa: Hiena Editora, 1987.

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DADAÍSMO

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DADAÍSMO
• Nas artes plásticas, destacou-se o uso dos ready-made desenvolvidos pelo
francês Marcel Duchamp. Nessa prática, transpõe-se um objeto da vida
cotidiana para o campo das artes. O objeto escolhido, quase sempre, é um
artigo industrial sem qualquer atrativo estético. No entanto, em vez de
embelezá-lo ou ornamentá-lo, o artista considera-o plenamente acabado e
exibe-o como uma obra de arte. É o que se observa na obra Roda de bicicleta
(1913), de Duchamp.

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DADAÍSMO

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