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Artistas Simbolistas
O Simbolismo iniciou como um movimento literário
francês na década de 1880, ganhando credibilidade
popular com a publicação do “Manifesto Simbolista”
de Jean Moréas em 1886, no jornal Le Figaro.
- Caráter individualista;
O movimento simbolista representa a reação artística à onda de materialismo e cientificismo que envolvia a Europa
desde a metade do século XIX. Tal qual o Romantismo, que reagiria contra o racionalismo burguês do século XVIII (o
Iluminismo), o Simbolismo rejeita as soluções racionalistas, empíricas e mecânicas trazidas pela ciência da época e busca
valores ou ideais de outra ordem, ignorados ou desprezados por ela: o espírito, a transcendência cósmica, o sonho, o absoluto,
o nada, o bem, o belo, o sagrado dentre outros.
Contexto Histórico:
A origem dessa tendência espiritualista e até mística situa-se nas camadas ou grupos da sociedade que ficaram à
margem do processo de avanço tecnológico e científico do capitalismo do século XIX e da solidificação da burguesia no poder.
São setores da aristocracia decadente e da classe média que, não vivendo a euforia do progresso material, da mercadoria e do
objeto, reagem contra ela.
Propõem a volta da supremacia do sujeito sobre o objeto, rejeitando desse modo o desmedido valor dado às coisas
materiais. Assim, os simbolistas procuraram resgatar a relação do homem com o sagrado, com a liturgia e com os símbolos.
Buscam o sentimento de totalidade, que se daria numa integração da poesia com a vida cósmica, como se ela, a poesia, fosse
uma religião. Sua forma de tratar a realidade é radicalmente diferente da dos realistas. Não aceitam a separação entre sujeito e
objeto ou entre objetivo e subjetivo. Partem do princípio de que é impossível o retrato fiel do objeto; o papel do artista, no caso
seria o de sugeri-lo, por meio de tentativas, sem querer esgotá-lo. Desses modo, a obra de arte nunca é perfeita ou acabada,
mas aberta, podendo sempre ser modificada ou refeita.
Visão Simbolista:
Os simbolistas não acreditavam na possibilidade de a arte e a literatura poderem fazer um retrato total da realidade.
Duvidavam também das explicações “positivas” da ciência, que julgava poder explicar todos os fenômenos que envolvem o
homem e conduzi-lo a um caminho de progresso e fartura material. Assim, os simbolistas representam um grupo social que ficou
à margem do cientificismo do século XIX e que procurou resgatar certos valores românticos varridos pelo Realismo, tais como o
espiritualismo, o desejo de transcendência e de integração com o universo, o mistério, o misticismo, a morte, a dor existencial
(sem, contudo, cair na afetação sentimental romântica.) A ciência, até a pouco dona da verdade, passa a ser questionada,
impondo um forte desencanto, pois à ela, que a tudo enquadrava numa forçada relação de causalidade, mostrava-se impotente,
deixando intocadas as grandes questões da vida, que continuavam como um profundo mistério. É exatamente esse mistério que
vai seduzir alguns filósofos e artistas desse período, na busca, muitas vezes, de um modo supra-racional de conhecimento.
Essa reação antimaterialista situa-se num contexto mais amplo vivido pela Europa no último quarto do século XIX, a forte
crise espiritual a que se tem chamado de decadentismo do final do século, ou ainda mal do século. O símbolo sempre existiu na
Literatura, mas somente no século XIX é que seu emprego se difundiu e se tornou moda com a denominação de Simbolismo.
Principais artistas simbolistas:
Literatura internacional:
- Charles Baudelaire – autor da obra As flores do mal (1857) que é considerada um marco no
simbolismo lliterário.
- Arthur Rimbaud
- Stéphane Mallarmé
- Paul Verlaine
Literatura brasileira:
- Cruz e Sousa
- Alphonsus de Guimaraens
Simbolismo no Brasil:
No Brasil, o simbolismo teve início no ano de 1893, com a publicação
de duas obras de Cruz e Souza: Missal (prosa) e Broquéis (poesia). O
movimento simbolista na literatura brasileira teve força até o movimento
modernista do começo da década de 1920.
Nas artes visuais, o Simbolismo começou a delinear-se por volta de 1885 como reação ao
Impressionismo. Levou os pintores à representação da realidade objetiva, mediante símbolos. Os
mentores desse movimento cultivavam em suas telas o gosto pelas superfícies lisas e
achatadas; propunham a simplificação do desenho; valorizavam a cor pelo uso de largas e
difusas pinceladas criando áreas cromáticas rigorosamente planas, limitadas por linhas negras.
A força evocativa da linha, do contorno das figuras e da cor, elementos empregados para
sugerir ideias claras e íntegras, foi considerada fator de suma importância na técnica simbolista.
O resultado era, por assim dizer, arbitrário ou sintético, e não mais traduzia uma cópia das
formas visuais da natureza.
Nas artes plásticas os simbolistas faziam uma síntese entre a percepção dos sentidos e a
reflexão intelectual. Buscavam revelar o outro lado da mera aparência do real. Em muitas obras
enfatizavam a pureza e a espiritualidade dos personagens, em outras, a perversão e a maldade do
mundo. A atração pela ingenuidade fazia com que vários artistas se interessassem pelo primitivismo.
O artista mais significativo foi o francês Paul Gauguin, que começou a pintar influenciado pelo
pós-impressionismo. Em suas telas abandonava a perspectiva e delineava as figuras utilizando
contornos pretos. As cenas evocavam temas religiosos e mágicos, como em Cristo Amarelo.
Também se destacaram os franceses Gustave Moreau (1826-1898) e Odilon Redon (1840-1916).
A partir de 1890, o simbolismo difundiu-se por toda a Europa e pelo resto do mundo.
Simbolismo na Pintura:
O simbolismo esteve presente na pintura europeia do final do século XIX, embora nesta
época não tenha sido considerado um movimento artístico.O movimento se desenvolveu nas
artes plásticas, teatro e literatura, em oposição ao Naturalismo e ao Realismo, aderindo às formas
abstratas para representar o mundo real.
- Paul Gauguin;
- James Ensor;
- Gustave Moreau;
- Edgar Degas;
- Odilon Redon;
- Henri Rousseau;
- Edvard Munch;
- Hugo Simberg;
- Max klinger;
Oriundo do impressionismo, Paul Gauguin deixa-se
influenciar pelas pinturas japonesas que aparecem na
Europa, provocando verdadeiro choque cultural – e este
artista abandona as técnicas ainda vigentes nas telas do
movimento onde se iniciou, como a perspetiva, pintando
apenas em formas bidimensionais. A temática alegórica
passa a dominar, a partir de 1890. Ao artista não bastava
pintar a realidade, mas demonstrar na tela a essência
sentimental dos personagens – e em Gauguin isto levou a
uma busca tal pelo primitivismo que o próprio artista
abandonou a França, indo morar com os nativos da
Polinésia francesa.
Para o artista, a imaginação não se opõe à realidade,
e sim é uma extensão da consciência, que compreende a
vida vivida, o passado e a memória.
Henri Rousseau - A Encantadora de Serpentes (1907) Óleo sobre tela, 169 x 189,5 cm, Paris, Musée d'Orsay.
O norueguês Edvard Munch (1863-
1944) estava intimamente associado com círculos
simbolistas, gastando o tempo em Paris antes de
se estabelecer na Alemanha no início dos anos
1890.
O estilo pessoal de Munch é muitas vezes
referido como Naturalismo Simbólico, seus temas
não são exóticos nem fantásticos mas baseados
em ansiedades reais da existência moderna.
Praticamente todas as telas que ele produziu entre
1893 e 1902 pertencem a uma série chamada
"Friso da Vida".
- Eliseu Vinsconti
- Rodolfo Amoedo
Eliseu Visconti - Recompensa de São Sebastião (1898)
Rodolfo Amoedo - O Último Tamoio (1883) óleo sobre tela, 180,3 x 261,3 cm
Max klinger e o simbolismo na gravura
Max klinger (1857 - 1920) é um dos principais artistas que representam
o movimento simbolista na Gravura. Possuindo um domínio técnico virtuoso
e trazendo temáticas fantasiosas e que por vezes chegam a flertar com
outros movimentos que sucederiam o simbolismo, como o surrealismo, é um
artista que não pode ser deixado de lado ao se analisar este movimento. Um
exemplo de como seu trabalho flerta com o surrealismo é sua série
“paraphrase of finding a glove” na qual o artista apresenta conceitos oníricos
e com relação direta as teorias da psicanalise de freud, tudo dentro de um
ambiente extremamente rico e fantasioso.
Referências:
ARGAN, Giulio Carlo Argan. Arte moderna, do iluminismo aos movimentos contemporâneos.São
Paulo: Companhia das Letras, 1992.
CHIPP, Herschel B. Teorias da arte moderna. São Paulo: Martins Fontes, 1999.
http://pt.slideshare.net/Acervo_DAC/bakargy-thiago-duarte-o-simbolismo-do-macrocosmos
http://valiteratura.blogspot.com.br/2010/11/simbolismo.html
https://pt.wikipedia.org/wiki/Henri_Rousseau
http://pt.wikipedia.org/wiki/Simbolismo
http://arte-simbolista.blogspot.com.br/2011/10/o-simbolismo-nas-artes-plasticas.html
http://www.pitoresco.com/art_data/simbolismo/
http://www.iar.unicamp.br/lab/luz/ad631/simbolismo.htm
http://www.wikiart.org/en/odilon-redon/
Trabalho em grupo por:
Alissa Gottfried
Ariane Oliveira
Luma Viegas Cardoso
Kuaray Daniel
Nicolas Lobato
Pedro Ferraz