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Aspectos Históricos, conceituais,

poéticos e estéticos da arte e


tecnologia no Brasil e no mundo.
AULA 1
Aspectos Históricos, conceituais,
poéticos e estéticos da arte e
tecnologia no Brasil e no mundo.
Introdução
As concepções de arte que temos hoje é imensamente
vasta e abrangente. O conceito não esgota o seu
sentido, pelo contrário, muitas vezes ele apropria-se
de outros conceitos reinventando e interagindo com
a própria arte. Marcel Duchamp, tinha uma visão
extraordinária do conceito de arte. Muito a frente
do seu tempo, o seu conceito de arte era único. Ele
por sua vez procurava uma certa provocação com
as suas obras. Ele foi um dos precursores do
movimento Dadá (dadaísmo). Colocou um urinol
no Louvre e chamou-o de fonte ou como dizia os
franceses de “ostranaime”.
A Fonte é um urinol de porcelana branco, considerado
uma das obras mais representativas do dadaísmo na
França, criada em 1917, sendo uma das mais notórias
obras do artista Marcel Duchamp. (Wikipédia)
Artista: Marcel Duchamp
Dimensões: 61 cm x 36 cm x 48 cm
Período: Dadaísmo
Criação: 1917–1917
Gênero: Arte in situ
Materiais: Cerâmica, glazed ceramic
Os franceses chamavam o urinol de Duchamp de
“ostraneime”, porque o objeto causava uma certa
inquietação aos olhos do seu observador. Mas
Duchamp não se preocupava com isso. A sua ideia era
justamente causar esse desconforto aos olhos do
observador.
Duchamp dizia que a arte deveria se reinventar,
chocar, provocar o olhar do outro, sair da sua esfera
de criação e buscar outro sentido dentro da própria
concepção de arte.
A transformação de um urinol em uma obra de
arte representa a alteração do sentido de um
objeto do cotidiano e crítica às convenções
artísticas até então vigentes. A pergunta de
Duchamp seria, por que um urinou, não poderia
ser considerado uma obra de arte. Ao expor
essa ideia, o artista procurava chamar a atenção
das pessoas para o próprio conceito de arte.
Aspectos históricos...

Mas será que sempre foi assim no mundo das arte?


Será que a arte nasce apenas como um sentido
estético? Ou será que a arte pode ser vista apenas
como arte? A medida que vamos caminhando no
percursos histórico, iremos esclarecer algumas
duvidas e inquietações.
Vejamos alguns exemplos:
Obra de René Magritte – Não é um cachimbo (1928- 1929)
René Magritte : As férias de Hegel (1958)
René Magritte: Companions of Fear (1942)
Marcel Duchamp: Why Not Sneeze, Rose Sélavy?
(1921).
Marcel Duchamp: Étant donnés (1966).
O que é arte: a arte é uma das melhores
maneiras do ser humano expressar seus
sentimentos e emoções. Ela pode estar
representada de diversas maneiras, através da
pintura plástica, escultura, cinema, teatro, dança,
música, arquitetura e etc. A arte é o reflexo da
cultura e da história, considerando os valores
estéticos da beleza, do equilíbrio e da harmonia.
A arte se insere dentro do nosso referencial de
cultura e linguagem valorizando o nosso conceito
social.
Nem sempre a arte foi entendida como tal, pelo fato
de que muitas pessoas na nossa sociedade não
conseguem entender plenamente o conceito de arte.
Da mesma forma podemos interpretar o conceito
estético. O feio e o belo, sempre estiveram ligados no
conceito estético. O que é feio para mim, pode ser
visto num outro olhar como belo e assim
sucessivamente. A arte termina por ser o fio condutor
que vai levar as pessoas a refletir um pouco sobre essa
realidade.
Vejamos dois exemplos citados anteriormente:
Duchamp e Magritte. Artista aclamados no mundo da
arte, tinham visões distintas e conceitos bem
diferentes com relação aos seus trabalhos. Duchamp
focava nos seus trabalhos a utilização de objetos do
cotidiano, introduzindo-os na sua obra: o chamado
dadaísmo. Magritte, interiorizava o seu olhar na
exteriorização dos conceitos do real. Aplicava na sua
obra elementos fantásticos que iam além da sua
narrativa e imaginação: o chamado surrealismo.
Os olhares diferentes que obtemos através da arte,
leva-nos a analises diferentes do seu próprio
conteúdo, conceitos e forma. A arte expande os
nossos horizontes, faz-nos pensar, traduz em
sentimentos a realidade, o imaginário e o cotidiano.
Evoca em nos sentimentos estéticos distintos. O que é
belo para mim, pode não ser para os outros. Isso leva-
nos a uma profunda reflexão sobre o próprio contexto
de arte.
Sem dúvida todo e qualquer objeto pode nos levar a
refletir sobre a arte. A sua linguagem, a visão que
temos dele, remete-nos de sobre maneira a um
conceito poético. A priore, qualquer que seja a
linguagem referenciada no mundo da arte, termina por
estar carregada de um extremo sentido de poesia. A
arte obriga-nos a ir mais além na nossa própria
interpretação de mundo.
Pinturas nas cavernas de Lascaux
Pinturas nas cavernas de Lascaux
Pinturas nas cavernas de Lascaux
A gruta de Lascaux é relativamente pequena: o
conjunto dos corredores não ultrapassa os 250
m de comprimento, com um desnível de 30 m,
aproximadamente. A parte decorada
corresponde a um nível superior, pois o inferior
está fechado pela presença de dióxido de
carbono. Lascaux é um complexo
de cavernas ao sudoeste de França, famosa
pela suas pinturas rupestres.
A disposição da caverna, cujas paredes estão
pintadas. Bovídeos, cavalos, cervos, cabras selv
agens, felinos, entre outros animais, constitui as
principais pinturas nas paredes da caverna, isso
nos permite pensar que tratar-se de
um santuário. A arte ai exposta constitui um dos
mais ricos acervos rupestres pintado por seres
primitivos na antiguidade.
Entendemos assim que a arte esta inserida em
vários contextos e várias formas de
representação, desde um quadro pintado por um
artista, uma escultura esculpida numa pedra, um
móvel feito de madeira, uma fiadeira que ao
longo da sua vida tece a linha com mestria,
enfim, a arte é todo um conjunto de
possibilidades. É toda expressão artística que
envolve os sentidos, a realidade e a cultura.
Conclusão:

Não precisamos, porém, de cair no senso


comum. Aquela ideia de profundidade já está
implícita em toda a arte e na simbologia densa
que todo o artista coloca nas suas obras. Falar
de arte é dar continuidade ao conceito estético e
a forma como nos vemos o mundo e a
sociedade. A arte faz-nos viajar, faz-nos crescer,
mas acima de tudo mostra-nos como podemos
de maneira impar olhar o imaginário e a
realidade.
Referências:

HUYGHE, René. O poder da Imagem. Arte e


Comunicação, Edições 70, Lisboa, pág. 9-20, 1986.
BARTHES, Roland. A Câmara Clara. Arte e
Comunicação, Edições 70, Lisboa, 1981.
PERNIOLO, Mario. Contra a Comunicação. Editorial
Teorema, Lisboa, 2005.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Arte_rupestre, acesso dia
06/12/2018 as 22:53.
https://www.suapesquisa.com/biografias/marcel_duc
hamp.htm, acesso dia 06/12/2018 às 23:45

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