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MUSEU,

CURADORIA
E ARTE DE VANGUARDA
MUSEU
• Qualquer museu é, na definição do International Council of Museums
(ICOM, 2001), "uma instituição permanente, sem fins lucrativos, a
serviço da sociedade e do seu desenvolvimento, aberta ao público e
que adquire, conserva, investiga, difunde e expõe os testemunhos
materiais do homem e de seu entorno, para educação e deleite da
sociedade".
• O significado original da palavra “museu” vem do grego mouseion:
“templo ou morada das musas”, ou seja, um local de inspiração divina e
de onde provinham aquelas que estimulavam a criatividade dos artistas
e intelectuais.
• O primeiro prédio a receber esta denominação foi a Biblioteca de
Alexandria destruída em 640 d. C.
• A destruição da biblioteca significou o desuso do termo “museu” no
mundo ocidental, embora na Idade Média
ocidental tenham existido ao menos dois tipos de
instituições que representam a origem do
conceito contemporâneo de museu: os
“gabinetes de raridades e os tesouros”, quase
sempre mantidos pelo poder eclesiástico ou
pelas casas reais.
• Até o século XVIII, a maior parte da população não tem acesso às
coleções particulares - com exceção dos acervos da Igreja.
• Verifica-se a criação de fundos públicos; primeiro as bibliotecas, em
seguida os museus.
• Ao contrário das coleções particulares, os museus têm caráter
público e permanente. Sua criação, de modo geral, coincide com
doações e compra de coleções particulares pelo Estado, ou se
relaciona de perto com a nacionalização das antigas propriedades
reais ou eclesiásticas.
• Somente em meados do século XVIII o termo museu passa a designar
um espaço de preservação científica.
• Na França o museu aos poucos vai se tornando uma “instituição
cultural socialmente reconhecida”.
• Embora de caráter elitista passa a representar a possibilidade de
universalização democrática do conhecimento e da erudição, com
diversas instituições estatais.
• Na tentativas de disponibilizar grandes coleções e acervos ao público
verificam-se ao longo do século XVIII por toda a Europa alguns
importantes museus:
• Museu Hermitage em São Petersburgo (1764)
• Museu Pio-Clementino do Vaticano (1773)
• Museu del Prado, em Madri (1785)

• . Nesse contexto, a criação do Museu do Louvre (1793), em Paris, é


exemplar, oferecendo um modelo de acervo público e de
democratização de acesso aos tesouros culturais, até então bem mais
restritos.
Museu Hermitage em São Petersburgo (1764)
Museu Pio-Clementino do Vaticano (1773)
Museu del Prado, em Madri (1785)
Museu do Louvre (1793)
Museus no Brasil

• A história da criação de museus


de arte no Brasil remonta à
fundação da Academia Imperial
de Belas Artes (Aiba), no Rio de
Janeiro, em 1826, responsável
pela organização de exposições,
conservação de patrimônio,
criação de pinacotecas e
coleções.
Será apenas em meados do século XX que os mais
importantes museus de arte brasileiros serão criados.

• O Museu de Arte de São Paulo


Assis Chateaubriand (Masp) é
fundado em 1947 por Assis
Chateaubriand (1892-1968).
Funciona no centro da cidade - rua
Sete de abril - até 1968, quando é
transferido para o atual edifício da
Avenida Paulista, projetado pela
arquiteta Lina Bo Bardi (1915-
1992). O seu acervo é um dos mais
importantes da América Latina.
• Nesse mesmo período são inaugurados museus
dedicados à arte moderna.

Museu de Arte Moderna de São Paulo, 1948

Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, 1954


Importância dos museus para a preservação da
cultura.

• são importantes instrumentos de preservação da memória cultural


de um povo, e responsáveis por seu patrimônio material ou imaterial.
No início, sua finalidade era apenas de salvaguardar e não de
disseminar as informações culturais.
• Museólogo - responsável por documentar, pesquisar e conservar o
acervo.
• Curador - responsável pela concepção, montagem e supervisão de
uma exposição da obra, além de ser também o responsável pela
execução e revisão do catálogo da exposição. Geralmente são
especialistas em História da Arte, Filosofia ou Estética. A palavra
"curador" vem do latim tutor ("aquele que tem uma administração a
seu cuidado").
CURADOR
Podemos dizer que, de uma maneira geral, que a curadoria deve
realizar uma Concepção Artística responsável que requer:
• Envolvimento;
• Pesquisa;
• Colaboração;
• Relacionamento;
• Diálogos tanto com os artistas quanto tanto para o público;
• Conhecimentos culturais, artísticos e técnicos de acordo com a da
proposta e tipo de obra a ser apresentada;
• Viabilizar projetos tanto do ponto de vista da infraestrutura quanto
de verbas e disponibilidade financeira.
• O curador de arte também precisa
saber interpretar as obras e
conseguir transmitir a ideia do
artista para seu público. Dessa
forma, oferece diferentes
possibilidades de leitura para seus
espectadores. Porém, ao mesmo
tempo, deve cuidar para que o
contexto e a intenção do artista
sejam preservados.
• Além de proporcionar diferentes
leituras, o curador também deve
compreender e acompanhar o
conceito do artista e, assim,
oferecer a ele um olhar diferente e
apurado sobre o seu trabalho.
ARTES DE VANGUARDA
- EXPRESSIONISMO
- CUBISMO
- DADAÍSMO
- SURREALISMO
- ABSTRACIONISMO
Vanguarda
• Deriva da palavra avant-garde, que em francês
significa “ a que marcha a frente” de um exército.

• Essa palavra foi usada na arte para designar os


movimentos artísticos que romperam com os
modelos clássicos que eram empregados nas escolas
conservadoras.
EXPRESSIONISMO
Esse movimento teve origem de Dresden (Alemanha) -
grupo chamado Die Brücke (A PONTE). A ponte pois seus
membros acreditavam que suas obras seriam uma ponte
para o futuro.

Reação ao Impressionismo, já que esse se preocupava


apenas com as sensações de luz e cor e não os sentimentos
humanos.

Principal característica:
Expressar emoções humanas e interpretar as angústias que
caracterizaram psicologicamente o homem do início do
século XX.
Principais artistas:

O Grito Cinco mulheres na Rua


Edvard Munch Kirchner
CUBISMO
✔ Historicamente – origem nas obras de Cézanne,(tratava as formas da natureza como
cones, esferas e cilindros).
✔ Paris - primeiras duas décadas do século XX.

✔ Entre 1908 a 1914 (durou como forma pura).

✔ Nome: CUBISMO - desdém de Matisse (artista Fauvista) – “nada além de cubinhos”


citou ao ver obra de Georges Braque.
Os Cubistas foram mais longe que Cézanne:

• representavam objetos com todas as suas partes num mesmo


plano;

• como abertos;

• todos os seus lados no plano frontal em relação ao espectador;

Decomposição dos objetos - abandono da perspectiva (altura, largura e


profundidade).
O Cubismo evoluiu em duas grandes tendências
Cubismo Analítico
(analisar as formas do objeto partindo-os em fragmento e espalhando pela tela)

✔ Desestruturação da obra;

✔ Decompor a obra em partes;


✔ planos sucessivos e superpostos
✔ visão total da figura (todos os ângulos no mesmo instante através da
fragmentação).

✔ Fragmentação intensa o que torna impossível o reconhecimento das figuras;

✔ Cor: tons de preto, cinza e alguns tons de marrom e ocre.


O Português - Braque Guitarra – Pablo Picasso
Cubismo Sintético

✔ excessiva fragmentação dos objetos e a destruição de sua estrutura;

✔ figuras novamente reconhecíveis;

✔ também chamado “Colagem” - inserido letras, palavras, números, pedaços de


madeira, vidro, metal e até objetos inteiros nas pinturas;

✔ ultrapassar os limites das sensações visuais que a pintura sugere, despertando


também no observador as sensações táteis.
Guitarra – Braque
Bandolim - Braque
DADAÍSMO

SURREALISMO
Dadaísmo:

- 1916 - durante a 1ª Guerra Mundial - Europa (Zurique)

Características:
✔ Objetos comuns do cotidiano apresentados de uma nova forma (dentro de um
contexto artístico);
✔ Irreverência artística;
✔ Combate às formas de arte institucionalizadas;
✔ Crítica ao capitalismo e ao consumismo;
✔ Ênfase no absurdo e nos temas e conteúdos sem lógica;
✔ Forte caráter pessimista e irônico, principalmente com relação aos acontecimentos
políticos do mundo.
✔ Denunciar e escandalizar.

Nome: deriva de um termo inglês infantil: dadá (brinquedo, cavalo de pau) - observa-
se a falta de sentido e a quebra com o tradicional deste movimento.

Proposta: a criação artística se libertasse das amarras do pensamento


racionalista e sugeriam que ela fosse apenas o resultado do automatismo
psíquico, selecionando e combinando elementos ao acaso.
A FONTE

Marcel Duchamp
“Automatismo Psíquico”

Técnica empregada pelos surrealistas que consiste em


libertar as amarras do inconsciente, deixando fluir o traço
com tudo que vier na mente, sem bloqueios ou julgamentos
Dadaismo e seu princípio do automatismo psíquico, propiciou o aparecimento do
SURREALISMO - França 1924.

André Breton – poeta e escritor liderou a criação desse movimento e escreveu seu primeiro
manifesto, em que associa a criação artística ao automatismo psíquico puro.

Dessa associação resulta que as obras criadas nada devem à razão, à moral ou a própria
preocupação estética.

Para os Surrealistas:
- obra de arte não é resultado de manifestações racionais e lógicas do consciente;
- são as manifestações do subconsciente, absurdas e ilógicas, como as imagens dos sonhos
e das alucinações, que produzem as criações artísticas mais interessantes.

Obras Surrealistas: representam alguns aspectos da realidade (excesso de realismo) e


aparecem sempre associados a elementos inexistentes na natureza (criando conjuntos
irreais).
Salvador DALÍ (1904-1989)

SURREALISMO FIGURATIVO
Salvador DALÍ – Metamorfose de
Narciso

A persistência da memória

A Tentação de Santo Antão


ABSTRACIONISMO
Uma tela abstrata não retrata em nada a realidade que
nos cerca, nem narra figurativamente cenas históricas,
literárias, mitológicas ou religiosas.

Alguns estudiosos consideram Kandinsky (russo) o


iniciador da arte moderna na pintura abstrata.

Principal característica:
Ausência de relação imediata entre suas formas e cores
de um ser.
Principais artistas:

Abstracionismo Informal

Abstracionismo Geométrico

Batalha
Kandinsky

Composição com vermelho, amarelo e azul


Mondrian

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