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- O que é arte : “Arte são certas manifestações da atividade humana

diante das quais nosso sentimento é admirativo (...) Se não


conseguimos saber o que a arte é, pelo menos sabemos quais coisas
correspondem a essa ideia e como devemos nos comportar diante
delas”. O grande problema, afirma o autor, é que o conceito de arte
passa a ser superficial e deixamos de reconhecer inúmeras obras que
fogem do padrão clássico, aceito pela porção leiga da sociedade. O
autor nos mostra que um determinado objeto não é mais arte que um
outro, só por ter sido considerado como obra de arte.

Apresentação do Curso
- Arte contemporânea e política: “Passar dos grandes acontecimentos e
personagens à vida dos anônimos, identificar os sintomas de uma
época, sociedade ou civilização nos detalhes ínfimos da vida ordinária,
explicar a superfície pelas camadas subterrâneas e reconstituir mundos
a partir de seus vestígios, é um programa literário [e poderíamos
acrescentar artístico], antes de ser científico”.
- A utilidade da arte: A arte ela é o contraponto ao mundo de caixa-pretas
que vivemos onde não sabemos como funciona, é feito a partir de coisas
que podem ser desconstruídas e reconstruídas e retratam o processo de
formação da própria sociedade em si

Modernização No Brasil, construção de Brasília e a arte moderna


- Capítulo livro JK: Brasília foi um projeto arquitetônico-social de exaltação
dos 3 poderes legislativos, de implantar uma cidade moderna que
incorpora arquitetura moderna e urbanismo moderno que deu errado. A
distribuição acabou priorizando as elites econômicas e o projeto acabou
dividindo a cidade em blocos, fazendo com que tirasse o espontâneo da
cidade e obrigando a cada setor conviver consigo mesmo (turistas com
turistas, comércio com comércio, moradia com moradia)
- Imagens da aula

Concretismo
- Concretismo
- Vídeos

Hélio Oticica
- Helio videos
- Arteônica
- Entenda por que lygia clark

Artes e a Ditadura militar brasileira


- Anos 60: transformações etc
- As artes na década de 1960

Pop Art
Pop Art é um movimento artístico que surge nos Estados Unidos e na Inglaterra em 1955 e se
converte em estilo característico nos anos 60 que se caracteriza pela reprodução de temas
relacionados ao consumo, publicidade e estilo de vida americano (american way of life).

A expressão foi criada pelo crítico Lawrence Alloway durante os encontros de um grupo de
artistas intitulado "Grupo Independente” para denominar a arte que estava sendo criada em
publicidade, no desenho industrial, nos cartazes e nas revistas ilustradas. Depois, difundiu-se
durante os anos de 1960, atingindo seu auge em Nova York.

A pop art não deve ser considerada um fenômeno de cultura popular (apesar de estar muito
interligada a ela), mas uma interpretação feita pelos seus artistas da cultura dita popular e de
massas. Com o objetivo da crítica irônica do bombardeamento da sociedade pelos objetos de
consumo, ela operava com signos estéticos massificados da publicidade, quadrinhos,
ilustrações. Mas ao mesmo tempo que produzia a crítica, a Pop Art se apoiava e necessitava
dos objetivos de consumo, nos quais se inspirava e muitas vezes produzia o próprio aumento
do consumo, como aconteceu por exemplo, com as Sopas Campbell, de Andy Warhol.

Suas principais características são:

· Linguagem figurativa e realista referindo-se aos costumes, ideias e aparências do


mundo contemporâneo;

· Temática extraída do meio urbano, de seus aspectos sociais e culturais: história em


quadrinhos, revistas, jornais sensacionalistas, fotografias, anúncios publicitários, cinema,
rádio, televisão, música, espetáculos populares, elementos da sociedade de consumo e de
conveniências (alimentos enlatados, geladeiras, carros, estradas, postos de gasolina, etc.);

· Ausência de planejamento crítico: os temas são concebidos como simples motivos


que justificam a realização da pintura;

· Representação de caráter inexpressivo, preferencialmente frontal e repetitiva;

· Combinação da pintura com objetos reais integrados na composição da obra como


flores de plástico, garrafas, etc., como uma nova forma dadaísta em consonância aos
novos tempos;

· Formas e figuras em escala natural e ampliada (os formatos das imagens em


quadrinhos de Lichtenstein);
· Preferência por referências ao status social, a fama, a violência e os desastres
(Warhol), a sensualidade e o erotismo (Wesselmann, Ramos), aos símbolos da tecnologia
industrial e a sociedade de consumo (Ruscha, Hamilton, etc.);

· Uso de matérias como tinta acrílica, poliéster e látex, produzindo cores puras,
brilhantes e fosforescentes inspiradas na indústria e nos objetos de consumo;

· Reprodução de objetos do cotidiano em tamanho consideravelmente grande,


transformando o real em hiper-real.
Arte da África
A história da arte africana originou-se no período pré-histórico, quando a humanidade
ainda não havia inventado a escrita.

Suas esculturas mais antigas encontradas, datam de 1.500 a.C. e foram produzidas
pela cultura Nok, na região onde hoje se localiza a Nigéria.
Na África subsaariana, o povo Igbo Ukwu realizou belos trabalhos em metais,
principalmente bronze, além de utilizar a terracota, marfim e pedras preciosas.

O material mais utilizado pelos povos africanos certamente foi a madeira, com a qual
produziram máscaras e esculturas.

Máscaras foram e são produzidas, na maior parte das vezes, como instrumento de
rituais, de maneira que se tornam também disfarces, representações de deuses, de
forças da natureza, antepassados e de seres de outro mundo, além de animais.

Abdias do Nascimento nos Estados Unidos: um


“pintor de arte negra”
Abdias do Nascimento foi em 1968 para os Estados Unidos com uma bolsa de dois
meses direcionada a entidades culturais negras concedida pela Fairfield Foundation
para que a fundação tentasse disfarçar as suas conexões com a CIA.

Da atividade de professor visitante na Wesleyan University, Abdias foi para a


Universidade do Estado de Nova Iorque, na cidade de Buffalo, desta vez como
professor contratado e com dedicação exclusiva. Foi nesse período, no início da
década de setenta, que Abdias conheceria a estudante loira e branca Elisa Larkin, que
viria a ser sua esposa e mãe de seu terceiro filho, Osiris e sua única filha mulher,
Yemanjá do Nascimento. Elisa falava português, pois havia estado no Brasil como
aluna de intercâmbio. Abdias se recusava a aprender a falar inglês, pois afirmava não
querer ser colonizado duas vezes.

Dedicadas aos temas dos orixás e dos ícones da cultura religiosa africana no Brasil,
representando assim uma identidade de arte negra brasileira, suas imagens não
tardariam a ser expostas em instituições. No entanto, em sua grande maioria eram
espaços culturais e universitários, vinculados a departamentos especializados em
temas afro-americanos, latino-americanos ou, especificamente, porto-riquenhos, ou
então galerias ou museus voltados à cultura negra em geral.6 O The Harlem Art
Gallery, por exemplo, onde realizou uma mostra já em março de 1969, havia sido
criado com o intuito de descentralização dos museus em Nova York (Bryan-Wilson,
2009, p.183). Muitas dessas instituições também o receberam como professor
visitante ou palestrante 7 e a exibição de suas pinturas costumava estar vinculada aos
eventos que envolviam afrodescendentes. Sendo assim, suas telas quase não
frequentaram o circuito tradicional de museus e galerias de arte e foram discutidas,
sobretudo, pelo que carregavam de conteúdo, como se analisará mais adiante.

A projeção de Abdias se intensificou após ter se tornado professor na State University


of New York Scholl (Sunyab) em Buffalo, em 1971, no Puerto Rican Studies Center,
onde acabou por fundar a cadeira de Culturas Africanas no Novo Mundo, onde
também conseguiu a posição de tenure professor. O escritor Silviano Santiago revelou
que esteve diretamente envolvido com a criação do centro e de ter sido ele um dos
responsáveis pela ida de Abdias para aquela instituição.

O período no qual o teatrólogo brasileiro ficou em exílio foi muito fértil intelectualmente
para o pan-africanismo, movimento intelectual que propunha a união e unidade política
entre as nações africanas e as culturas decorrentes da diáspora deste continente.
Grandes pensadores debatiam as perspectivas da questão racial em escala atlântica,
espelhados pelas Américas, África e Europa, alguns deles empenhados na ideia de
uma África Ocidental socialista, influenciados que estavam pelas teorias marxistas.
Abdias ficaria fortemente entusiasmado com uma das vertentes do pan-africanismo,
aquela de ideologia mais nacionalista, representada nas figuras de Steve Biko (África
do Sul), Patrice Lumumba (República Democrática do Congo), Aime Césaire
(Martinica) e Malcolm X (Estados Unidos). Com esse espírito, participou da
Conferência Pan-Africana Preparatória realizada em Kingston, Jamaica, em 1973, que
abriu os trabalhos para o 6º Congresso Pan-Africano, realizado no ano seguinte na
Tanzânia, em Dar-es-Salam. Entre 1976 e 1977, Abdias residiu na Nigéria, onde atuou
como professor visitante na Universidade de Ifé.

O exílio de Abdias terminou em 1981. Nesse mesmo ano, com a ajuda de Dom Paulo
Evaristo Arns, criou em São Paulo o Instituto de Pesquisas e Estudos Afro-Brasileiros
(Ipeafro). Em 1982 o instituto organizou e realizou o 3º Congresso de Cultura Negra
das Amércias, presidido por Abdias. No papel de artista plástico, ele ainda realizaria
diversas exposições em museus, universidades e centros culturais brasileiros.

- Texto (https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-
40142018000200263)
20/10
- O vazio na obra de Rosana Paulino

Rosana Paulino – Reflexos e costuras da negritude

Rosana aborda questões que ainda costumam ser bastante omitidas, como as
discussões de gênero e da escravidão e do papel do negro na sociedade. Suas obras
costumam tratar principalmente sobre a posição da mulher negra e o racismo,
assuntos ainda tão marcantes, polêmicos e necessários. Como por exemplo, sua série
Bastidores, que traz imagens de mulheres negras, sobrepondo uma costura agressiva
em suas bocas, olhos ou gargantas, salientando o forte silenciamento na sociedade
brasileira.
Assentamento, sua exposição mais recente, traz obras relativas à escravidão, por
exemplo, retrata a imagem nua de corpo inteiro de uma mulher negra desconhecida
registrada por uma expedição: “Trata-se de pessoa desconhecida, registrada pela
expedição Thayer, capitaneada pelo cientista Louis Agassiz. Penso que é importante
refletirmos sobre o fato de que a população negra não tem, na grande maioria dos
casos, como traçar sua origem. Portanto, a mulher retratada na imagem poderia, quem
sabe, ser uma parente distante da artista, por exemplo. Quem sabe uma bisavó,
talvez…” (Diálogo com a artista, disponível no material educativo da exposição).A
imagem é recortada com costuras desencontradas, remetendo à ideia da artista de
que esses escravos tiveram que “se refazer ao chegar a um mundo totalmente
desconhecido de seu local de origem”. Rosana nos atenta para o legado que os
escravos nos deixaram, fundindo-se e formando diferentes elementos da cultura
brasileira.

- Black Rio
Música popular brasileira e a censura: Chico buarque de Holanda
- Desenho Mágico
Tropicalismo e a contracultura
- Tropicalia
- Secos & molhados
- https://www.youtube.com/watch?v=DwVc0G3IKU4
- https://www.youtube.com/watch?v=-zLicyzaH5A
- https://www.youtube.com/watch?v=t29J1zEj1Qw
17 de Novembro
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