Você está na página 1de 13

A PAIXÃO DO JOVEM WERTHER

Johann Wolfgang von Goethe


ROMANTISMO
• Revolução Francesa – 1789 – leva os povos dominados
pelo exército napoleónico a desenvolver um espírito
de libertação, nacionalista, para defenderem a
identidade nacional > consciência da alma do povo.

• Culto das tradições populares com recuperação de


cenários medievais - reposição de uma autenticidade
perdida.

• Primazia das emoções e dos sentimentos – valorização


de temas que suscitam a emoção no artista e que são
capazes de excitar a emoção no observador.
Só Deus, de Francisco Metrass - 1805
The Shipreck, de Turner - 1805
ROMANTISMO
• Valorização da liberdade individual – o artista
romântico é livre de expressar as suas ideias e
emoções – individualismo: cada ser humano é
único e expressa o que pensa e sente de forma
única (originalidade).

• Valorização da Natureza como lugar de pureza


primordial.

• Mito do artista romântico – triste, melancólico,


incompreendido.
PAISAGEM ROMÂNTICA

• "paisagem histórica": paisagem importante para o desenrolar


da história e para a formação existencial do protagonista.

• "mais coisas no
céu e na terra",
nomeadamente
as que podem ser
imaginadas pelos
sentidos, pela
filosofia ou pela
sensibilidade.
• "topos do inefável":
paisagem com um
caráter misterioso, vago,
impreciso - as palavras
ficam aquém de uma
presença que está para
lá do discurso, sendo
esse excesso
verbalizado através de
uma "falta", uma
ausência de presença
que se torna uma
presença.

(Quadro: Caspar David Friedrich)


• A qualidade estética da paisagem não é um sistema meramente
ornamental posposto à qualidade natural: a natureza incorpora
um profundo sentido de arte através do qual o prazer pode ser
alcançado, ainda que sob uma forma dolorosa, melancólica ou
sublime. (Homem e mulher, de C. D. Friedrich).
• O modelo pictórico, que parte de um ponto de vista
panorâmico até chegar a zoom final, é um procedimento
que permite a aproximação à descrição e, especialmente,
ao objeto que condensará a atenção narrativa e a
imaginação que lhe está associada.
• A descrição nunca suspende a história ou propõe uma pausa na
narrativa. Descrever aquilo que os olhos veem e o coração sente
serve como molde para a configuração da história e da narração.

• O narrador torna-se num "voyeur", é capaz de reconhecer as


potencialidades de ignição da descrição: a paisagem permite a
história, a descrição permite a narração (ex. Os Noivos, de
Manzonni)
HERÓI ROMÂNTICO
• Figura dinâmica orientada para a superação de barreiras
de vária ordem, o que decorre da tendência para a busca
do absoluto (amoroso, social, estético...) que favorece
comportamentos rebeldia que colocam o sujeito em
situações de rutura, relativamente a constrições sociais,
morais, religiosas, estéticas...

• Experimenta o isolamento sobretudo ontológico (mais


do que físico ou social) - a solidão acompanhada cria, por
vezes, uma conflitualidade que vem a explodir em
atitudes como o exílio, a marginalidade, o dandismo, a
ironia..., atitudes que procuram repelir as convenções
burguesas.
• Assume uma atitude, no plano pessoal, individualista,
egocêntrica e idealista.

• A impossibilidade de atingir ideais impalpáveis leva à


desilusão e à destruição. O suicídio surge quer como solução
que condensa egocentrismo e radicalismo idealista quer
como gesto de desistência, sem alternativas nem paliativos.

• "doença existencial" - melancolia profunda, doença no plano


afetivo, especialmente aguda quando atinge o plano
amoroso.
FIM

Colégio de São João de Brito

Clássicos da Literatura

Alexandra Valente
Janeiro de 2022

Você também pode gostar