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“A FORMAÇÃO DA SENSIBILIDADE CULTURAL E A

TRANSFIGURAÇÃO DA EXPERIÊNCIA: A ESTÉTICA”


A ESTÉTICA
• É o processo de perceção sensorial - compreensão do real através dos sentidos – de um objeto
(material ou imaterial).

• É um ramo da filosofia, que visa refletir sobre o que é o belo e quais são os fundamentos da arte.
Também pode ter em conta o que é considerado feio ou até ridículo.
A ESTÉTICA
A estética reflete sobre a arte e o conceito de belo, bem como sobre as emoções e das
experiências, nomeadamente:

• Diferentes formas de arte e da técnica artística que se foram produzindo ao longo do tempo;

• A ideia de obra de arte e de criação;

• A relação entre matérias e formas nas artes.


Estética tem vários sentidos como:
• Quando se refere a tudo o que embeleza a existência humana (habitações, vestuário, penteado, jardim,
biblioteca…) – sentido lato;

• Quando se refere às experiências, vivências e comportamentos emocionais que o belo provoca - contexto
psicológico;

• Quando há estudo e reflexão sobre o belo, com base no ato criador e a emoção que o belo provoca - contexto
filosófico;

• Quando investiga as condições individuais, socias e históricas da produção artística - Como teoria da criação.
A Estética consiste:

• Teoria da arte e das condições do belo;

• Tem como ponto de partida objetos singulares e implica uma forma diferente de olhar as coisas;

• Trata do sentimento do belo e da apreciação do gosto pretendendo formular juízos de gosto, exigindo o recurso

à razão;

• Estuda as diferentes formas de arte;

• Estabelece a relação entre o conhecimento empírico (através da experiência) e o conhecimento intelectual;

• Estuda a sensação e o sentimento, refletindo sobre a experiência sensível.


A EXPERIÊNCIA ESTÉTICA
• A experiência dos sentidos e da beleza dão-nos diferentes perceções do mundo que nos rodeia. O “nosso olhar” para
um jardim ou flor, sobre uma peça de teatro, sobre um filme, um concerto, ler um livro, visitar um museu ou
monumento difere em cada um de nós. A forma como nos envolvemos ou o alheamento que nos provoca é diferente.

• Neste sentido quando observamos/contemplamos algo surgem-nos palavras como belo, sublime, grandioso, lindo,
fantástico, agradável, poético, maravilhoso, espetacular, fabuloso…

• Ou por outro lado, sentimo-nos deprimidos, desconcertados, descontentes, o que nos leva a usar palavras como, feio,
desagradável, horrível, aterrador, trágico, deprimente…

• Todas estas palavras nos remetem para a experiência estética.


• A experiência estética remete-nos para a relação não indiferente que temos perante o que nos rodeia, perante
o mundo e a natureza e, só existe experiência estética quando não olhamos as coisas na sua dimensão utilitária,
mas quando o olhamos como objeto estético.

• A experiência estática é: a experiência:

• Do prazer altruísta;

• Que procura a partilha e a opinião consensual relativamente ao objeto de contemplação;

• Que põe em jogo o sentimento e a profundidade;

• Não utilitária, visto ter uma finalidade e um valor por si mesma, independentemente do fim a que se destina.
O BELO E O FEIO – OS JUÍZOS ESTÉTICOS
• Impõe-se a pergunta: o que se pode considerar belo?

• A beleza de algo só pode ser reconhecida, através da contemplação e da perceção, ou seja, do prazer
sensorial que nos desperta.

• Ao longo da história…
Assim foram surgindo várias teorias sobre o que é a estética nomeadamente:

- Critério do prazer (sensualismo) – é belo o que dá gosto, diverte, satisfaz, apraz, regozija. Não pode ser considerado
belo o que martiriza, provoca asco, nojo, aborrecimento, tédio. Segundo esta teoria, a avaliação estática não pode ser
feita por critérios racionais, mas sim por critérios sensoriais e emotivos.

- Critério da beleza absoluta (participativa) – é a teoria estética idealista à qual Platão já se referia. Para ele, cada objeto
ou obra de arte participaria da beleza completa do modelo ideal, pois as coisas belas que participavam da ideia pura da
beleza desencadeavam na nossa alma a memória da contemplação original. A ideia da beleza seria assim, em nós, uma
ideia inata e universal.

-Critério de proporção – é um critério racional e objetivo, em que o belo é tudo o que constitui um todo ordenado e
harmonioso, cuja origem se encontra na conceção do Universo como um conjunto de partes harmonicamente ordenadas.
Em função deste critério, foram calculados Cânones para a pintura de uma paisagem, para a arquitetura de um
monumento, para a música, para a representação teatral…
A CRIAÇÃO ARTÍSTICA E A OBRA DE ARTE

ARTISTA/CRIADOR

ARTE

Obra de arte Espetador


• A obra de arte depende e é o conjunto do artista/criador e do espetador/apreciador e a mesma reúne
características importantes:

• Transcende o artista, embora seja ele a produzi-la;

• Cria outro mundo, funcionando a realidade como ponto de partida;

• Afasta-se do real e ultrapassa-o;

• Transpõe e transfigura os objetos para outros mundos;

• É fonte se surpresa/encantamento;

• Está aberta a uma pluralidade de leituras e interpretações.


A ARTE

• A arte é uma das atividades humanas fundamentais para o seu desenvolvimento e desde os
primórdios da humanidade. A arte é assim a expressão, comunicação, compreensão e realização da
subjetividade do artista e da objetividade do mundo.

• A arte reflete, direta ou indiretamente, as inquietações e desassossegos, os anseios, as angústias, os


problemas, as dúvidas, as ideias, os devaneios do ser humano na sua relação com o outro, com a
sociedade e com a natureza que o envolve nos seus vários contextos como o histórico, o cultural, o
social, o político, o religioso, entre outros.
A ARTE ATRAVÉS DOS TEMPOS
• Ao longo do tempo o ser humano desenvolveu linguagens artísticas para conseguir interpretar a
realidade que o rodeia.

• Foi através da arte que o Homem reteve e conservou para sempre o que sentiu, o que viu e o que
viveu.

• Ao transmitir e ao transmitir em formas e imagens uma visão particular do Universo real e imaginário,
cada artista reporta a sociedade onde se inseriu assim como a História do Mundo.
• Arte na Pré-História • Arte no século XIX
• Romantismo
• Arte na Antiguidade Clássica • Realismo
• Egípcia • Impressionismo
• Grega • Pós-Impressionismo
• Romana
• Arte no século XX
• Arte na Idade Média • Cubismo
• Românica • Futurismo
• Gótica • Fauvismo
• Expressionismo
• Arte no Renascimento • Dadaísmo
• Renascentista • Surrealismo
• Pop Art
• Barroco
• Rococó e o Neoclassicismo

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