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07/06/2023 10:10
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- romântica
• pintura
• música
• poesia
↳ emancipação da subjetividade
- que adquire um caráter multiétnico (globalizado)
- aventura
• romanesco
- Quixote
• romance moderno
- dissolução
• no campo objetivo
- pintura holandesa
• no campo subjetivo
- humor
↳ humor subjetivo
- p. 336
No humor é a pessoa do artista que se produz a si mesma, segundo seus lados particulares
bem como segundo seus lados mais profundos, de modo que nisso se trata essencialmente
do valor espiritual desta personalidade.
[…]
Desse modo, toda a autonomia de um conteúdo objetivo e da conexão da forma em si
mesma firme, dada por meio da coisa, é em si mesma destruída e a exposição é apenas um
jogo com os objetos, um deslocamento e inversão da matéria assim como um vaguear para
lá e para cá, um ziguezaguear de exteriorizações subjetivas, de visões e de procedimentos,
por meio dos quais o autor se abandona a si mesmo assim como seus objetos.
- ziguezaguear hegeliano
• variação de visões e de procedimentos
- o autor se abandona a si-mesmo e a seus objetos
• atividade do gênio
- inconsciente
- humor trivial
- p.336
A ilusão natural consiste aqui em achar que é muito fácil fazer farsas e chistes sobre si
mesmo e sobre o que está presente, e é assim, pois, que também é compreendida com
frequência a Forma do que é humorístico; mas também acontece igualmente com
frequência que o humor se torna trivial quando o sujeito se deixa ir no acaso de suas ideias
e troças, as quais se perdem, alinhadas, soltas, no indeterminado e unem muitas vezes,
mediante uma bizarrice intencional, as coisas as mais heterogêneas. Algumas nações são
mais flexíveis diante de tal espécie de humor, outras mais exigentes. Nos franceses, o
humorístico em geral tem pouca sorte, entre nós mais, e nós somos mais tolerantes frente às
aberrações. Assim, por exemplo, Jean Paul é entre nós um humorista apreciado, e todavia,
à diferença de todos os outros, ele justamente se ressalta pelas junções barrocas das coisas
objetivamente as mais distantes e pela confusão a mais embaralhada de objetos, cuja
relação é algo inteiramente subjetivo. […] Segundo o outro lado, o humor facilmente toca
as raias do sentimental e da sentimentalidade quando o sujeito em si mesmo é sem núcleo e
sustentação de um ânimo preenchido por uma objetividade verdadeira; Jean Paul
igualmente fornece um exemplo disso.
• crítica ao romantismo
- Subjetividade que cai no bizarro
- Jean Paul
Jean Paul Friedrich Richter, conhecido simplesmente como Jean Paul, foi um
escritor alemão do século XIX, famoso por suas obras literárias, incluindo
romances e ensaios.
Jean Paul tinha um estilo literário peculiar e uma abordagem única para a
escrita. Ele era conhecido por seu uso de humor, sátira e ironia em seus
romances, combinados com uma profunda reflexão sobre a condição humana.
Seus escritos frequentemente exploravam temas como a natureza da vida, a
busca do sentido e a relação entre o indivíduo e o mundo.
Jean Paul também foi influente em seu uso de digressões, ou seja, desvios do
enredo principal para explorar ideias e reflexões filosóficas. Essas digressões
muitas vezes abordavam questões estéticas e literárias, discutindo o papel da
arte na sociedade e a natureza da criação artística.
Sua abordagem literária única e seu estilo reflexivo deixaram um impacto
duradouro na literatura alemã. Sua obra mais conhecida é o romance "Titan"
(1800-1803), que incorpora muitos dos temas e elementos estilísticos pelos
quais ele é lembrado.
- humor verdadeiro
- p.337
Ao verdadeiro humor, que se quer manter distante destes abusos, pertence, por isso, muita
profundidade e riqueza do espírito, para ressaltar, enquanto efetivamente expressivo, o que
aparece apenas subjetivamente, e fazer o substancial surgir de sua contingência mesma, das
meras ideias. O ceder-a-si-mesmo do poeta no decurso de suas exteriorizações deve ser,
como em Sterne e Hippel, um vadiar continuado, completamente imperturbado, leve,
discreto, que em sua insignificância justamente fornece o supremo conceito da
profundidade;
- na Arte simbólica
• o espírito procura do divino no natural
- mundo anterior à Grécia
• egípcio, indiano, judaico
• p.338
Nesta relação encontramos, no começo da arte, no Oriente, o espírito ainda não livre
para si mesmo; ele procurava o que para ele era absoluto ainda no natural e, por isso,
apreendeu o natural como divino em si mesmo.
- na Arte clássica
• o encontro do divino com o humano
• p.338
Mais adiante, a intuição da arte clássica expôs os deuses gregos enquanto indivíduos
imperturbados, espiritualizados, mas igualmente de modo essencial ainda indivíduos
afetados pela forma humana natural, enquanto acometidos de um momento
afirmativo;
- na Arte romântica
• p.338
[…] e a arte romântica primeiramente aprofundou o espírito em sua própria
interioridade [Innigkeit], diante da qual a carne, a realidade exterior e a mundanidade
em geral, embora o espiritual e o absoluto apenas tinham de aparecer neste elemento,
estavam inicialmente postas como nulidade, mas por fim souberam sempre mais e
mais conquistar novamente para si validade de modo positivo.
- primeiro momento
• de oposição à carne
- segundo momento
• reconciliação com o domínio da sensibilidade
- na época moderna
- p.338
Enquanto o artista estiver enredado com a determinidade de uma tal concepção de mundo e
religião, em identidade imediata e crença firme, haverá também para ele seriedade
verdadeira com este conteúdo e sua exposição, isto é, este conteúdo permanece para ele o
infinito e verdadeiro de sua própria consciência, um Conteúdo com o qual ele vive em
unidade originária, segundo sua subjetividade mais interior, ao passo que a forma, na qual
ele o coloca para fora, é para ele, enquanto artista, a última, a necessária, a suprema espécie
para levar o absoluto e a alma dos objetos em geral à intuição.
• seriedade
- a arte só faz sentido quando ela lhe diz algo
• é preciso ter crença na efetividade da arte
- p.338-339
Por meio da substância, para ele mesmo imanente, de sua matéria, ele se torna preso ao
modo determinado da exposição [Exposition]. Pois a matéria e, com isso, a Forma que
pertence a ela, o artista traz então imediatamente em si mesmo, enquanto a essência
autêntica de sua existência, a qual ele não inventa, e sim ele mesmo a é, e por isso apenas
tem o trabalho de fazer objetivo para si mesmo isto que é verdadeiramente essencial,
representá-lo vivamente a partir de si e configurá-lo.
• o artista não deve empregar Formas que não sejam as suas próprias
- da sua época
- não cabe a imitação de Formas passadas
- p.339
Apenas então o artista está completamente entusiasmado
com o seu conteúdo e com a exposição, e suas invenções não se tornam nenhum produto do
arbítrio, mas decorrem nele, a partir dele, a partir deste terreno substancial, a partir deste
fundo [fonds], cujo conteúdo não repousa até chegar, por meio do artista, a uma forma
individual adaptada a seu conceito.[…]A exigência é apenas esta: que o conteúdo constitua
para o artista o substancial, a verdade mais interior de sua consciência e lhe dê a
necessidade para o modo da exposição.
• o artista se liberta
- entra em cena a estética do gênio
• o ziguezaguear entre as produções
↳ o conteúdo esgota-se
- p.339-340
O interesse absoluto desaparece naquilo que temos enquanto objeto assim de modo
completo, por meio da arte ou do pensamento, diante de nossos olhos sensíveis ou
espirituais, desaparece no fato de que o Conteúdo está esgotado, que tudo isso está posto
para fora e nada mais de escuro e interior resta. Pois o interesse se encontra apenas na
atividade fresca. O espírito se elabora a si nos objetos apenas enquanto ainda há neles um
mistério, algo não revelado. Este é o caso quando a matéria ainda é idêntica conosco. Mas
se a arte, segundo todos os lados, revelou as concepções de mundo essenciais que residem
em seu conceito, assim como o círculo do conteúdo que pertence a estas concepções de
mundo, assim ela se livrou deste Conteúdo todas as vezes determinado para um povo
particular, para uma época particular, e a verdadeira necessidade de novamente acolhê-lo
apenas desperta com a necessidade de se voltar contra o Conteúdo unicamente válido até
então; tal como na Grécia, Aristófanes, por exemplo, ergueu-se contra o seu presente e
Luciano contra todo o passado grego, e na Itália e na Espanha, Ariosto e Cervantes, no
declínio da Idade Média, começaram a voltar-se contra a cavalaria.
• movimentos da arte
- primeiro, até o final do séc. XVIII
• percorreu o círculo do conteúdo
- quanto atingiu um ápice
• fim de um ciclo
- natureza
- humano
- divino
O artista moderno
↳ a primeira parte das Lições termina tratando do artista
- conceito do belo enquanto tal
• passa pela ação
- expõe as etapas da ação
• conteúdos da história da arte
- a figura do artista
↳ estética do gênio
- autonomia da arte
- importância dada ao modo como ele produz e expõe
• e nem tanto ao conteúdo
- p.340-341
Em oposição à época na qual o artista se situa mediante sua nacionalidade e época,
segundo sua substância, no seio de uma concepção de mundo determinada e de seu
Conteúdo e exposição, encontramos um ponto de vista pura e simplesmente oposto, que em
seu desenvolvimento completo é primeiramente importante na época mais recente. Em
nossos dias, em quase todos os povos, o artista também foi tomado pela formação da
reflexão, pela crítica, e entre nós alemães, pela liberdade do pensamento e, depois de
também terem sido percorridos os estágios particulares necessários da Forma de arte
romântica, ele foi transformado, por assim dizer, em tabula rasa, no que se refere à matéria
e à forma de sua produção. Para o artista dos dias de hoje o estar preso a um Conteúdo
particular e a uma espécie de exposição apropriada, apenas para esta matéria, é algo do
passado e, desse modo, a arte tornou-se um instrumento livre que ele pode manusear
uniformemente, conforme sua habilidade subjetiva em relação a cada conteúdo, seja de que
espécie ele for. O artista se encontra, por isso, acima das Formas e das configurações
determinadas, consagradas, e se move livremente por si, independente do Conteúdo e do
modo da intuição, nos quais anteriormente a consciência tinha diante de seus olhos o
sagrado e o eterno. Nenhum conteúdo, nenhuma Forma são mais idênticos imediatamente
com a interioridade [Inmigkeit], com a natureza, com a essência substancial do artista,
destituída de consciência; cada matéria pode lhe ser indiferente, basta que ela não
contradiga a lei formal de ser em geral bela e passível de um tratamento artístico. Hoje em
dia não há nenhuma matéria que esteja acima desta relatividade em si e para si, e se ela
também é sublime acima disso, pelo menos não existe nenhuma necessidade absoluta de
que seja representada [Darstellung] pela arte. Por isso, no todo o artista se refere ao seu
conteúdo, por assim dizer, como um dramaturgo, que apresenta e expõe [exponiert] outras
pessoas estranhas. Por isso, no todo o artista se refere ao seu conteúdo, por assim dizer,
como um dramaturgo, que apresenta e expõe [exponiert] outras pessoas estranhas. Ele, na
verdade, agora ainda introduz seu gênio nisso, ele tece com sua matéria própria, mas
apenas o que é universal ou o que é completamente contingente; a individualização mais
precisa, em contrapartida, não é a sua, mas ele emprega a este respeito sua provisão de
imagens, de modos de configuração, de Formas de arte anteriores, as quais, tomadas por si
mesmas, são indiferentes, e apenas tornam-se importantes quando justamente aparecem
como as mais adequadas para esta ou aquela matéria.[…] Nisso não adianta muito
apropriar-se de novo das concepções de mundo do passado, por assim dizer substanciais,
isto é, querer situar-se firmemente dentro destes modos de intuir;
• como dramaturgo
- que elabora sua peça a partir de outros conteúdos
• roteiro das falas
• cenografia
• trilha sonora
↳ conclusão
- p.341
Deste modo, toda Forma assim como toda matéria estão agora à serviço e à oferta do
artista, cujo talento e gênio estão libertados para si mesmos da limitação anterior a uma
Forma de arte determinada.
• passagem do romântico
- pela cavalaria
- pelo caráter dramático
- pelo humor
- e também do
• particular
• universal
• singular
- e chega ao humanos
- p.342
Neste ultrapassar da arte sobre si mesma, todavia, ela é igualmente um recuar do ser
humano em si mesmo, uma descida em seu próprio peito, pelo que a arte se despe de toda
limitação firme em um círculo determinado do conteúdo e da apreensão, faz do humanus
seu novo santo: das profundidades e alturas do ânimo humano enquanto tal, do humano
universal em sua alegria e dor, em suas aspirações, atos e destinos. Com isso, o artista
obtém seu conteúdo nele mesmo e é o espírito humano que efetivamente se determina a si
mesmo, que considera, engendra e expressa a infinitude de seus sentimentos [Gefühle] e
situações, para o qual nada mais do que pode ser vivo no peito humano é estranho. Trata-se
de um Conteúdo que não permanece em si e para si determinado artisticamente, mas deixa
para a invenção arbitrária a determinidade do conteúdo e do configurar, mas não exclui
nenhum interesse, já que a arte não necessita mais expor apenas aquilo que é absolutamente
familiar em um de seus estágios determinados, mas tudo aquilo no que o ser humano tem a
capacidade de se sentir familiar.
- p.346
Com isso, podemos encerrar a consideração das Formas particulares para as quais o ideal
da arte se desdobrou em seu percurso de desenvolvimento. Eu fiz destas Formas um objeto
de uma investigação mais vasta para indicar o conteúdo delas, a partir do qual também se
deduz o modo da exposição. Pois o Conteúdo, como em toda obra humana, também na arte
é o que decide. A arte, segundo seu conceito, não tem nada mais como sua vocação senão
produzir para o presente adequado, sensível, o que é em si mesmo pleno de Conteúdo e,
por isso, a filosofia da arte deve ter como sua ocupação principal a apreensão, pelo
pensamento, do que é esta plenitude de Conteúdo e seu belo modo de aparição
[Erscheinungsweise].
Próximas aulas
↳ modo como Hegel interpreta a arte moderna
- drama (visto)
• Shakespeare
- aventura (visto)
• romance
• pintura
↳ o artista
- no final do vol.1
• fantasia
• talento/gênio
• entusiasmo
• maneira/estilo/originalidade
• objetividade da exposição
- trata do gênio
• subjetividade livre
- mas que mantém-se conectada ao mundo objetivo
• aquele que consegue expor objetivamente a sua interioridade
- cita Goethe (p.290, vol.1)
↳ poesia lírica
• vol.IV
• lugar de uma subjetividade livre
↳ individualidade
p. 165- 172 (vol.1)
a partir de Schiller