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Essa passagem me fez lembrar da ideia de anacronismo do texto de Daniel Arasse, que
defende que historiador sempre está anacrônico em relação ao seu objeto. E eu acredito
que questões como essa, onde a vontade do historiador é tentar compreender a recepção
de uma obra em determinada sociedade, é uma das questões mais difíceis, ainda mais
quando pouco se sabe sobre o artista, e também sobre a obra. Como dito no texto do
Arasse, um dos princípios do historiador é tentar evitar o máximo possível o anacronismo.
Mas nesse caso, parece que temos muitos itens para tentar “desapegar” da ideia que temos
hoje deles, por exemplo: a arte acadêmica, o Instituto de Artes nos anos 20, mitologia,
sobre o próprio pintor, que também carrega consigo características difíceis de não se ter
hoje uma opinião sobre, como neoimpressionismo, ida pra Europa, entre outras
características e vivências. Enfim, esse problema anacrônico é inevitável quando, “a partir
do momento em que não se é historiador do contemporâneo”, porque no contemporâneo
temos o objeto e o historiador no mesmo tempo.
Referências: