Você está na página 1de 8

CENTRO INTEGRADO DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL DE CAMETÁ-CIFP/SEDUC

DIRETORA: SILVIA LETÍCIA


PROFESSORA: PATRÍCIA DA SILVA MOIA
DISCIPLINA: ARTES SÉRIE: 1º ANOS

A fonte é um urinol de porcelana branco,


considerado uma das obras mais representativas
do dadaísmo na França, criada em 1917, sendo
uma das mais notórias obras do artista Marcel
Duchamp.
[...] Duchamp foi o responsável pelo conceito de
ready-made, que é o transporte de um elemento
da vida cotidiana, a priori não reconhecido como
artístico, para o campo das artes. A princípio como
uma brincadeira entre seus amigos, entre os quais
Francis Picabia e Henri-Pierre Roché, Duchamp
passou a incorporar material de uso comum nas
DUCHAMP, Marcel. A fonte. suas es- culturas. Em vez de trabalhá-los artisticamente, ele
1917/64. Porcelana. a 33,5. Indiana simplesmente os considerava prontos e os exibia como obras
University Art Museum,
Bloomington (USA)USA).
de arte.

A Fonte, obra que fez repercutir o nome de Duchamp ao


Ready-made: em inglês, redor do mundo especialmente depois de sua morte –, está
significa “pronto para con- baseada nesse conceito de ready-made: pensada inicialmente
sumo” ou “pré-fabricado”.
por Duchamp (que, para esconder o seu nome, enviou-a com
A terminologia começou a
ser usada no âmbito da arte, a assinatura “R. Mutt”, que se lê ao lado da peça) para figurar
especificamente com as entre as obras a serem julgadas para um concurso de arte
obras de Duchamp. A promovido nos Estados Unidos, a escultura foi rejeitada pelo
proposta é a de transformar júri, uma vez que, na avaliação deste, não havia nela nenhum
(interferir ou não) um sinal de labor artístico. [...]
produto e conceder a ele
status de arte.

Analise a imagem e o texto e responda às questões.

1. Em sua opinião, para ser artista é preciso ser famoso?


_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
2. Para você, alguém que expõe um urinol como arte pode ser considerado um artista? POR QUE?
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
3. A partir de sua vivência e seu repertório cultural, o que você consideraria arte?
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
ARTE OU NÃO ARTE? EIS A QUESTÃO!
Jean-Michel Basquiat nasceu no Brooklyn, Estados
Unidos, em 1960. Filho de pais imigrantes de Porto Rico e do
Haiti, conheceu bem a vida nos subúrbios, o racismo, a exclusão
social e muito jovem começou a pintar os muros e as paredes da
cidade com marcas gráficas e simbologia primária. Ele começou
a ganhar destaque com seus grafites que apresentavam uma
combinação de símbolos, escritas, cores e a sigla SAMO.
Na década de 1980, Basquiat se tornou amigo de Andy
Warhol, que o colocou em contato com as mais conceituadas
galerias de arte de Nova York e com os artistas mais famosos da
época. Inspirado na pintura dos países de origem de seus pais e
na cultura africana, o jovem artista se destaca e suas criações com
letras garrafais, cores fortes e palavras crípticas passam de
pichações para grafite.
Em 1988, com apenas 27 anos, Basquiat deixou o
mundo artístico como um dos primeiros pintores negros de
destaque no meio artístico ocidental

A obra de Basquiat pode ser considerada arte? O que levaria uma pessoa que não é especialista em
arte a apreciá-la? Se olharmos para a obra dele, será possível reconhecermos semelhanças com a Mona
Lisa, de Leonardo da Vinci? Será que mesmo com os traços usados por Basquiat nessa obra, ela pode ser
considerada arte? Talvez o gosto não seja a melhor saída para obter esta resposta. Fato é que Basquiat é um
dos expoentes do grafite e é um marco na história da arte.

ARTE E REPRESENTAÇÃO

MAGRITTE, Rene. A traição das imagens. 1928/29. Óleo sobre


tela. 60 x 81 cm. Los Angeles County Museum of Art, Los
Angeles (EUA).
Para outras pessoas, arte é aquilo que só quem tem habilidade é capaz de fazer. Se fosse assim, parte
significativa da arte contemporânea seria desprezada.
Para outras pessoas, no entanto, para algo ser validado como arte, deveria possuir uma “significação
clara”, de maneira que não se tenha que pensar muito para compreendê-la. Assim, toda vez que uma obra
deixa de ser descritiva ou necessita de um pouco de repertório do espectador, já não poderia mais ser
considerada obra de arte.
Quando se vai a um museu ou a uma galeria de arte moderna ou contemporânea e se vê uma obra como a
de Rene Magritte, A traição das imagens, o espectador costuma ficar perdido e antecipadamente julga a
obra como não arte. Afinal, como entender que o artista pinte um cachimbo e logo abaixo escreva que não
é um cachimbo? Porém, a pessoa que assim pensa sequer se deu conta de que nada nessa obra de arte é
cachimbo realmente. Tudo não passa de uma representação, de tinta sobre tela e nada existe como está
sendo descrito na linguagem pictórica.
Mas afinal, o que é arte? Essa é uma pergunta que já faz algum tempo não tem resposta pela
subjetividade do termo “arte”. Na maioria dos dicionários, a definição é bem abrangente, pois se refere a
um substantivo comum, uma palavra que designa seres de uma espécie de forma genérica. E é este genérico
que complica no termo "arte". Afinal, se há uma generalização, arte serve para muitas coisas ou situações.
Duchamp afirmou: "Arte é tudo o que eu disser que é arte". Para Pablo Picasso: "A arte não é
verdade. A arte é uma mentira que nos ensina a compreender a verdade". Leonardo da Vinci chegou à
seguinte definição: "Arte diz o indizível; exprime o inexprimível; traduz o intraduzível". Mas quem estava
certo? Ou todos tinham a razão?
O fato é que ninguém até agora conseguiu uma única definição de arte de forma que satisfaça a
todos e a tudo. Todavia, ao entrar em contato com formas, manifestações e objetos de arte se aprende a
conhecer as inúmeras possibilidades artísticas e, então, a emitir uma opinião crítica, com propriedade
estética.

ARTE E EXPERIMENRAÇÃO

Um dos aspectos mais interessantes na arte moderna e


contemporânea é a experimentação de técnicas e materiais em
processos criativos de elaboração livre. E isso é válido para as
diferentes linguagens artísticas. Na música, John Cage ficou conhecido
pela composição 4 minutos e 33 segundos.
A partitura de 4’33” possui três movimentos executados pelo
músico em que não se escuta uma nota sequer de seu instrumento.
Depois que o músico subiu ao palco, ele se comportou como se fosse
executar a música com seu instrumento, porém ficou parado e
continuou assim ao longo de toda a duração da obra (quatro minutos e
trinta e três segundos). O único som percebido foi o do teatro onde
ocorreu a audição da música. Segundo Cage, é necessário introduzir o
silêncio entre as notas para que se perceba aquilo que é tocado, portanto
a meditação sobre o silêncio é importante.

É fácil perceber como o silêncio de Cage encontra paralelos nas artes visuais, quando se vê e/ou se
está na obra Rothko Chapel, uma espécie de capela em que o espectador é convidado a experimentar o
silêncio a partir da contemplação das obras de Rothko. Foram feitas obras escuras com pequenos desvios
de tonalidade, mas sempre pintadas de preto. Em artes visuais, a ausência de luz não permite a distinção de
nenhum elemento projetado na retina, portanto sem luz não se vê nada. Rothko e Cage exploram as mesmas
possibilidades, porém com linguagens diferentes.
ARTE E CRÍTICA SOCIAL

Éder Oliveira costuma fazer na cidade em que mora, Belém do Pará, pinturas murais de retratos em
grandes proporções. Na 31.ª Bienal, participou produzindo essas grandes obras de arte em forma de retrato.
Pode-se afirmar que os retratos são monumentais em detrimento do uso do termo monumento como
algo relativo a eventos e personagens hegemônicos na história. O artista torna monumentais justo aqueles
personagens que a dinâmica social estigmatiza: os envolvidos em crimes cujas imagens são estampadas de
modo sensacionalista nas páginas policiais de jornais paraenses. Transpostos para os muros de Belém e
agora também de São Paulo, eles se tornam amplamente visíveis, embora ainda anônimos. A despeito de
detalhes da identidade dos personagens e do lugar onde são originalmente fotografados dados dos quais
Éder Oliveira abre mão de revelar, a pintura evoca uma reflexão sobre como os direitos civis são
desrespeitados socialmente, aqui de modo mais evidente, na cobertura fotojornalística.

OLIVEIRA, Eder, sem titulo. Obra selecionad ana 31ª, Bienal de São Paulo.

A arte do gênero "retrato" por muito tempo foi tida como representação de poder. É historicamente
carregada de ego e preocupação quanto à imagem de si para o outro, sendo utilizada por imperadores, papas
e burgueses. A arte do retrato poucas vezes foi destinada a outra função que não aquela que autenticasse o
poder ou a veneração por alguém. A arte de Éder Oliveira foi selecionada para a Bienal de São Paulo, um
dos mais concorridos salões de arte, dentro do circuito nacional e até mundial. A arte muitas vezes cumpre
este papel de crítica social, política, de direitos humanos, enfim, está presente para criar uma espécie de
choque.
Cildo Meireles, um dos artistas contemporâneos
brasileiros mais respeitados no exterior, em plena ditadura
militar no Brasil, estampou com adesivos silkscreens,
semelhantes ao processo de serigrafia, mensagens nas
embalagens retornáveis de Coca-Cola. Quando cheias do
produto, as letras em branco apareciam mostrando frases
impressas contra a ditadura, tais como frases contra o domínio
norte-americano pelo mundo estampadas no símbolo-maior
desse imperialismo. Mas para quem Cildo fazia essa arte? Certo
que não era pensando na venda das embalagens, mas em expor
sua crítica a partir de um momento vivido em nosso país.
MEIRELES, Cildo. Inserções em círculos
ideológicos, Projeto Coca-Cola, 1970

Toda obra de arte é uma produção cultural inscrita em um espaço, tempo histórico e político. E,
como todo produto cultural, reformula-se conforme as mudanças da sociedade em que está inscrita. Por
isso, precisa ser pensada e repensada a fim de não ser banalizada, superestimada nem analisada com
critérios do passado.
É compreensível que no passado tanto a arte quanto alguns artistas tenham alcançado um status que
não corresponde ao da atualidade. Reconhece-se também que alguém com a capacidade compositiva de um
Beethoven ou de um Leonardo da Vinci não surge todos os dias. De qualquer maneira, a percepção da arte
como um todo, e não do termo "arte", não pode ficar estanque no passado, pois, caso contrário, corre-se o
risco de desvalorizar artistas como Andy Warhol, Cézanne, Picasso, Matisse e mais atualmente Ron Mueck,
Chuck Close, Banksy, entre muitos outros.
Pensar que os artistas do passado faziam obras extraordinariamente fora das capacidades humanas
é outro erro. Há especialistas que afirmam que muitos artistas detinham conhecimentos da Física (na parte
de lentes) e usavam os recursos tecnológicos que dispunham em suas épocas. Portanto, obras como as
elaboradas por Van Dyck podem ter sido feitas com o uso de um processo chamado câmara escura, (que
mais para frente será mais bem detalhado). Por ora, é suficiente esclarecer que se resolve muito a estrutura
do desenho quando se tem uma máquina como a da figura a seguir.
Posicionamento de partes do corpo, proporção e perspectiva são facilmente traçados sem que sequer
se saiba desenhar. A habilidade técnica não é suficiente para se atribuir o status de arte a uma obra plástica.
O gosto tampouco é uma boa referência de medição para saber se algo é ou não arte. Podemos gostar
de qualquer coisa, independentemente do que os outros digam, pois aquilo nos satisfaz. Porém, não é
conveniente balizar a apreciação artística em critérios somente subjetivos: é necessário compreender o que
já foi realizado no mundo. Isso não significa que você vá gostar de tudo o que entendeu. É possível entender
e continuar a não gostar, mas é importante saber do que trata o objeto artístico, ou tal escola, até mesmo
para que a apreciação/valorização possa ser fundamentada.

Câmara escura

Com a orientação de seu professor, pesquise sobre ready-made, elabore uma proposta sobre o tema,
pesquise os materiais disponíveis para sua criação e a construa utilizando desenho, fotografia, materiais do
seu cotidiano, entre outros. Lembre-se de que o fazer artístico se dá no processo e não apenas no resultado
final.
CENTRO INTEGRADO DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL DE CAMETÁ-CIFP/SEDUC
DIRETORA: SILVIA LETÍCIA
PROFESSORA: PATRÍCIA S. MOIA ARTE EDUCADORA
ALUNO(A):____________________________________________________ SÉRIE: 1º ANOS

ATIVIDADE AVALIATIVA/SOMATIVA DE ARTES

1. Por que temos a impressão de que o busto Esse discurso é o que proferem o crítico, o
elaborado por Marc Quinn, cuja matéria-prima é historiador da arte, o perito, o conservador de
sangue, é uma arte inferior quando comparada à museu. São eles que conferem o estatuto de arte a
cópia em mármore do busto de Aristóteles um objeto. Nossa cultura também prevê locais
elaborado por Lysippus no século 4 a.C.? específicos onde a arte pode manifestar-se, quer
dizer, locais que também dão estatuto de arte a um
objeto. Num museu, numa galeria, sei de antemão
que encontrarei obras de arte; num cinema “de
arte”, filmes que escapam à “banalidade” dos
circuitos normais; numa sala de concerto, música
“erudita” etc. Esses locais garantem assim o rótulo
“arte” às coisas que apresentam, enobrecendo-as.
No caso da arquitetura, como é
evidentemente impossível transportar uma casa ou
uma igreja para um museu, possuímos instituições
Busto do Aristóteles legais que protegem as construções “artísticas”.
Quando deparamos com um edifício tombado pelo
2. O que faz de Mona Lisa uma obra de arte?
Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico
Nacional podemos respirar aliviados: não há
3. É sabido que Paul McCartney é um grande
sombra de dúvida, estamos diante de uma obra de
músico do século XX e que também se aventurou
arte.
a elaborar pinturas. Considerando apenas as
Desse modo, para gáudio meu, posso
pinturas de McCartney, é possível considerá-las
despreocupar-me, pois nossa cultura prevê
arte?
instrumentos que determinarão, por mim, o que é
ou não arte. Para evitar ilusões, devo prevenir que,
4. Em sua opinião, artesanato pode ser considerado
como veremos adiante, a situação não é assim tão
arte? Argumente.
rósea. Mas, por ora, o importante é termos em
mente que o estatuto da arte não parte de uma
Praticando
definição abstrata, lógica ou teórica, do conceito,
Texto para responder às questões de 1 a 4.
mas de atribuições feitas por instrumentos de
nossa cultura, dignificando os objetos sobre os
Já vimos que responder com uma definição
quais ela recai.
que parta da “natureza” da arte é tarefa vã. Mas, se
não podemos encontrar critérios a partir do interior
1. Por que não é possível encontrar uma definição
mesmo da noção de obra de arte, talvez possamos
descobri-los fora dela. Não existiriam em nossa de arte no interior da noção de obra de arte?
cultura forças que determinem a atribuição do
qualificativo arte a um objeto? E aí, tudo se 2. O que leva, segundo Coli, um objeto a ter status
ilumina: como sei que Stan Lee é um artista? de arte?
Porque o professor da Universidade de Milão o
afirma. Como sei que a colher de pau de minha avó 3. Que profissionais, segundo o texto, poderiam
é um objeto de arte? Porque a encontrei num nos garantir que determinado objeto é arte?
museu.
Para decidir o que é ou não arte, nossa 4. Apenas pessoas confeririam status de arte a
cultura possui instrumentos específicos. Um deles,
objetos? Comente.
essencial, é o discurso sobre o objeto artístico, ao
qual reconhecemos competência e autoridade.
Desenvolvendo Habilidades I. A preocupação com a representação ideal do
personagem condiz com os pressupostos clássicos
(Enem- 2010) da arte.
Quatro olhos, II. Nota-se a repetição de um mesmo tema em
quatro mãos e busca do aperfeiçoamento técnico do desenho de
duas cabeças figura humana.
formam a dupla III. Apesar do mesmo motivo, cada desenho revela
de grafiteiros “Os uma aparente liberdade no traço e na elaboração.
Gêmeos”. Eles IV. Embora com diferentes elementos, cada
cresceram desenho deixa evidente a descrição do mesmo
pintando muros do bairro Cambuci, em São Paulo, homem.
e agora têm suas obras expostas na conceituada Assinale a alternativa correta.
Deitch Gallery em Nova Iorque, prova de que o a) Somente as afirmativas I e II são corretas.
grafite feito no Brasil é apreciado por outras b) Somente as afirmativas I e IV são corretas.
culturas. Muitos lugares abandonados e sem c) Somente as afirmativas III e IV são corretas.
manutenção pelas prefeituras das cidades tornam- d) Somente as afirmativas I, II e III são corretas.
se mais agradáveis e humanos com os grafites e) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas.
pintados nos muros. Atualmente, instituições
públicas educativas recorrem ao grafite como Complementares
forma de expressão artística, o que propicia a 1. (UEM) “É possível dizer (...) que arte são certas
inclusão social de adolescentes carentes, manifestações da atividade humana diante das
demonstrando que o grafite é considerado uma quais nosso sentimento é admirativo, isto é: nossa
categoria de arte aceita e reconhecida pelo campo cultura possui uma noção que denomina
da cultura e pela sociedade local e internacional. solidamente algumas de suas atividades e as
privilegia. Portanto, podemos ficar tranquilos: se
No processo social de reconhecimento de valores não conseguimos saber o que é arte, pelo menos
culturais, considera-se que: sabemos quais coisas correspondem a essa ideia e
a) grafite é o mesmo que pichação e suja a cidade, como devemos nos comportar diante delas.”.
sendo diferente da obra dos artistas. COLI, Jorge. O que é arte. São Paulo: Brasiliense, 1996, 8.
b) a população das grandes metrópoles depara-se Diante do exposto pelo autor, assinale o que for
com muitos problemas sociais, como os grafites e correto.
as pichações. (1) Caso uma pintura ou uma escultura,
c) atualmente, a arte não pode ser usada para independente do prestígio social do artista, não
inclusão social, ao contrário do grafite. seja admirada por um certo número de pessoas, ela
d) os grafiteiros podem conseguir projeção já não pode mais ser considerada uma obra de arte.
internacional, demonstrando que a arte do grafite (2) A definição de obra de arte varia no tempo e no
não tem fronteiras culturais. espaço, porém a definição de arte como
e) lugares abandonados e sem manutenção tornam- manifestação da atividade humana é a mesma em
se ainda mais desagradáveis com a aplicação do todas as sociedades no passado e no presente.
grafite. (3) Certos meios expressivos como as histórias em
quadrinhos não podem ser considerados obras de
2. (UEL-2011) Observe os desenhos a seguir. arte, porque, na sociedade contemporânea,
somente são assim definidos os objetos expostos
nas galerias e nos museus.
(4) Em uma sociedade complexa como a que
vivemos, a aceitação de uma definição de obra de
arte depende, entre outros fatores, das convenções
estéticas e do acesso dos cidadãos às diferentes
manifestações artísticas.
CHIPP, H. B. Teorias da arte moderna. 2. ed. (5) Embora a definição de arte dependa da cultura
São Paulo: Martins Fontes, 1996. p. 135. na qual estamos inseridos, não podemos deduzir
do texto que só é possível reconhecer um objeto
Com base nas imagens e nos conhecimentos sobre como obra de arte quando há consenso a respeito
a arte moderna, considere as afirmativas a seguir. dessa definição.
Soma ( )______________________________
2. pequeno galpão, evocando uma estufa ou um ateliê
de jardinagem. As 1500 letras-vaso foram
produzidas pela cerâmica que funciona no Instituto
Inhotim, em Minas Gerais, num processo que
durou vários meses e contou com a participação de
dezenas de mulheres das comunidades do entorno.
Plantar palavras, semear ideias é o que nos propõe
o trabalho. No contexto de Inhotim, onde natureza
e arte dialogam de maneira privilegiada, esta
proposição se torna, de certa maneira, mais perto
da possibilidade.

A origem da obra de arte (2002) é uma instalação A função da obra de arte como
seminal na obra de Marilá Dardot. Apresentada possibilidade de experimentação e de construção
originalmente em sua primeira exposição pode ser constatada no trabalho de Marilá Dardot
individual, no Museu de Arte da Pampulha, em porque.
Belo Horizonte, a obra constitui um convite para a a) o projeto artístico acontece ao ar livre.
interação do espectador, instigado a compor b) o observador da obra atua como seu criador.
palavras e sentenças e a distribuí-las pelo campo. c) a obra integra-se ao espaço artístico e botânico.
Cada letra tem o feitio de um vaso de cerâmica (ou d) as letras-vaso são utilizadas para o plantio de
será o contrário?) e, à disposição do espectador, mudas.
encontram-se utensílios de plantio, terra e e) as mulheres da comunidade participam na
sementes. Para abrigar a obra e servir de ponto de confecção das peças.
partida para a criação dos textos, foi construído um

RASCUNHO

Você também pode gostar