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Oswald de Andrade foi um dos principais autores da primeira fase do modernismo no Brasil. Na poesia
acima, o escritor propõe:
a) a busca de uma identidade universal.
b) a valorização da linguagem coloquial brasileira.
c) uma crítica aos maus hábitos, como o tabagismo.
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d) enfatizar a relação entre professor e aluno.
e) repensar o uso do português do Brasil.
Questão 4 – A primeira geração modernista ficou conhecida como “fase heroica” por tentar criar uma
identidade mais brasileira se fastando dos moldes europeus. Assim, houve diversos grupos, revistas e
manifestos que foram criados nesse momento, exceto:
a) Movimento Verde-Amarelo
b) Revista Klaxon
c) Movimento Pau-Brasil
d) Movimento Antropofágico
e) Poesia de 30.
I. A primeira fase do modernismo no Brasil ficou conhecida como fase heroica ou de destruição.
II. Os artistas da primeira geração modernista buscaram no folclore as raízes da cultura local.
III. Algumas características da primeira fase modernista são: a liberdade da arte, a valorização da língua
coloquial brasileira e o uso do sarcasmo e da ironia.
A alternativa correta é:
a) somente a I
b) I e II
c) I e III
d) II e III
e) I, II e III
Questão 6 – “No fundo do mato-virgem nasceu Macunaíma, herói de nossa gente. Era preto retinto e filho do
medo da noite. Houve um momento em que o silêncio foi tão grande escutando o murmurejo do Uraricoera,
que a índia, tapanhumas pariu uma criança feia. Essa criança é que chamaram de Macunaíma.”
Macunaíma é um dos mais emblemáticos romances da primeira fase do modernismo no Brasil. Escrito por
Mario de Andrade e publicado em 1928, essa obra é considerada uma rapsódia, pois:
a) trata-se de um poema épico cantado baseado na obra de Homero, poeta grego da antiguidade.
b) trata-se de um conjunto de poemas clássicos baseados em temas da mitologia grega.
c) trata-se de uma obra literária que absorve todas as tradições orais e folclóricas de um povo.
d) trata-se de uma obra literária que reúne as tradições dos colonizadores portugueses.
e) trata-se de um conjunto de poemas selecionados do escritor modernista Mario de Andrade.
Questão 7 – (FUVEST) Leia o poema de Manuel Bandeira para responder ao teste:
Não sei dançar É por isso que sinto como ninguém o ritmo do jazz-
Uns tomam éter, outros cocaína. band.
Eu já tomei tristeza, hoje tomo alegria. Uns tomam éter, outros cocaína.
Tenho todos os motivos menos um de ser triste. Eu tomo alegria!
Mas o cálculo das probabilidades é uma pilhéria… Eis aí por que vim assistir a este baile de terça-feira
Sim, já perdi pai, mãe, irmãos. gorda.(…)
Perdi a saúde também. (Libertinagem, Manuel Bandeira)
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Sobre os versos transcritos, assinale a alternativa incorreta:
a) A melancolia do eu lírico é apenas aparente: interiormente ele se identifica com a atmosfera festiva do
carnaval, como se percebe no tom exclamativo de “Eu tomo alegria!”.
b) A perda dos familiares e da saúde são aspectos autobiográficos do autor presentes no texto.
c) A alegria do carnaval é meio de evasão para eu lírico, que procura alienar-se de seu sofrimento.
d) O último verso transcrito associa-se ao título do poema, pois o eu lírico não participa, de fato, do baile de
carnaval.
e) O eu lírico revela, em tom bem-humorado e descompromissado, ser uma pessoa exageradamente sensível.
Questão 8 – (ENEM 2000) “Poética”, de Manuel Bandeira, é quase um manifesto do movimento modernista
brasileiro de 1922. No poema, o autor elabora críticas e propostas que representam o pensamento estético
predominante na época.
Questão 9 – Relacione as colunas de acordo com os tipos de prosa modernista da segunda fase
desse movimento literário:
a) ( ) Prosa regionalista
b) ( ) Prosa urbana
c) ( ) Prosa intimista
I. Cultivada desde o Romantismo, essa prosa focalizava o homem da cidade e seus conflitos sociais,
aprofundando a relação entre ser humano e meio e ser humano e sociedade.
II. Essa prosa é uma das inovações propostas pela Geração de 30. A influência da psicanálise de
Freud despertava o desejo por temas que investigavam e sondavam o mundo interior, os motivos
individuais de cada um e suas origens.
III. Tendência com raízes no Romantismo e adotada por vários escritores naturalistas e pré-
modernistas, renasceu com força total na segunda fase do Modernismo brasileiro, trazendo
inovações tanto na temática quanto na linguagem. O ciclo nordestino é um dos principais da prosa
dessa geração. São abordados inúmeros problemas, como a miséria, a seca, as relações do homem
com o povo, com o poder e com os poderosos, a hostilidade, etc.
Questão 11 – Sobre as características da prosa da segunda fase do modernismo no Brasil é incorreto afirmar:
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a) a produção literária dessa fase buscou apresentar um retrato mais objetivo da realidade.
b) o regionalismo nordestino representou uma das principais expressões do romance de 30.
c) a denúncia social e o engajamento político são duas fortes características da produção desse período.
d) o uso da linguagem coloquial e dos regionalismos marcaram os romances publicados nessa fase.
e) a literatura destrutiva dessa fase foi essencial para criar uma abordagem menos politizada.
Questão 13 – A prosa de 30 foi um dos momentos de grande destaque da segunda geração modernista. Nesse
momento, a literatura teve um papel importante na divulgação de temas relacionados com a realidade brasileira.
Muitos escritores de destacaram nessa fase, exceto:
a) Rachel de Queiroz
b) Graciliano Ramos
c) José Lins do Rego
d) Clarice Lispector
e) Jorge Amado
Questão 14 – Leia:
No meio do caminho tinha uma pedra
Tinha uma pedra no meio do caminho
Tinha uma pedra
No meio do caminho tinha uma pedra
Nunca me esquecerei desse acontecimento
Na vida de minhas retinas tão fatigadas
Nunca me esquecerei que no meio do caminho
Tinha uma pedra
Tinha uma pedra no meio do caminho
No meio do caminho tinha uma pedra
(No meio do Caminho, Carlos Drummond de Andrade)
Publicado na revista Antropofagia em 1928 e posteriormente em sua obra Alguma poesia (1930), o poema de
Carlos Drummond de Andrade causou um escândalo na época sendo duramente criticado. Sobre isso é correto
afirmar:
a) o poema representou um ataque aos políticos da época.
b) o poema critica duramente a desatenção dos seres humanos.
c) o poema utiliza do ceticismo para abordar um tema corriqueiro.
d) o poema apresenta críticas relacionadas com o choque social presente no país.
e) o poema utiliza a ironia e o sarcasmo para se referir a condição humana.
Questão 15 – (ENEM-2011)
TEXTO I há muitos na freguesia,
O meu nome é Severino, por causa de um coronel
não tenho outro de pia. que se chamou Zacarias
Como há muitos Severinos, e que foi o mais antigo
que é santo de romaria, senhor desta sesmaria.
deram então de me chamar Como então dizer quem fala
Severino de Maria; ora a Vossas Senhorias?
como há muitos Severinos MELO NETO, J. C. Obra completa. Rio de
com mães chamadas Maria, Janeiro: Aguilar, 1994 (fragmento).
fiquei sendo o da Maria TEXTO II
do finado Zacarias, João Cabral, que já emprestara sua voz ao rio,
mas isso ainda diz pouco: transfere-a, aqui, ao retirante Severino, que,
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como o Capibaribe, também segue no caminho individualiza, pois seus traços biográficos são
do Recife. A autoapresentação do personagem, sempre partilhados por outros homens.
na fala inicial do texto, nos mostra um Severino SECCHIN, A. C João Cabral: a poesia do menos. Rio de Janeiro:
Topbooks, 1999 (fragmento).
que, quanto mais se define, menos se
Com base no trecho de Morte e Vida Severina (Texto I) e na análise crítica (Texto II), observa-
se que a relação entre o texto poético e o contexto social a que ele faz referência aponta para
um problema social expresso literariamente pela pergunta “Como então dizer quem fala / ora
a Vossas Senhorias?”. A resposta à pergunta expressa no poema é dada por meio da
a) descrição minuciosa dos traços biográficos do personagem-narrador.
b) construção da figura do retirante nordestino como um homem resignado com a sua situação.
c) representação, na figura do personagem-narrador, de outros Severinos que compartilham sua
condição.
d) apresentação do personagem-narrador como uma projeção do próprio poeta, em sua crise
existencial.
e) descrição de Severino, que, apesar de humilde, orgulha-se de ser descendente do coronel
Zacarias.
Questão 19 – (UFC) Macunaíma – obra-prima de Mário de Andrade – é um dos livros que melhor
representam a produção literária brasileira do presente século. Sua principal característica é:
a) traçar, como no Romantismo, o perfil do índio brasileiro como protótipo das virtudes nacionais.
b) Ser um livro em que se encontram representados os princípios que orientam o movimento
modernista de 22, dentre os quais o fundamental é a aproximação da literatura à música.
c) Analisar, de modo sistemático, as inúmeras variações sociais e regionais da língua portuguesa no
Brasil, destacando em especial o tupi-guarani.
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d) Ser um texto em que o autor subverter, na linguagem literária os padrões vigentes, ao fazer
conviver, sem respeitar limites geográficos, formas lingüísticas oriundas das mais diversas partes do
Brasil.
e) Exaltar, de forma especial, a cultura popular regional, particularmente a representativa do Norte e
Nordeste brasileiro.
Questão 22 – (ESPM) Para a próxima questão, leia o trecho abaixo de Macunaíma, de Mário de
Andrade:
Uma feita a Sol cobrira os três manos duma escaminha de suor e Macunaíma se lembrou de
tomar banho. Porém no rio era impossível por causa das piranhas tão vorazes que de quando em
quando na luta pra pegar um naco de irmã espedaçada, pulavam aos cachos pra fora d’água metro
e mais. Então Macunaíma enxergou numa lapa bem no meio do rio uma cova cheia d’água. E a
cova era que-nem a marca dum pé-gigante.
Abicaram. O herói depois de muitos gritos por causa do frio da água entrou na cova e se
lavou inteirinho. Mas a água era encantada porque aquele buraco na lapa era marca do pezão do
Sumé, do tempo em que andava pregando o evangelho de Jesus pra indiada brasileira. Quando o
herói saiu do banho estava branco louro e de olhos azuizinhos, água lavara o pretume dele. E
ninguém não seria capaz mais de indicar nele um filho da tribo retinta dos Tapanhumas.
Nem bem Jiguê percebeu o milagre, se atirou na marca do pezão do Sumé. Porém, a água já estava
muito suja da negrura do herói e por mais que Jiguê esfregasse feito maluco atirando água pra
todos os lados só conseguiu ficar da cor do bronze novo. Macunaíma teve dó e consolou:
— Olhe, mano Jiguê, branco você ficou não, porém pretume foi-se e antes fanhoso que sem
nariz.
Maanape então é que foi se lavar, mas Jiguê esborrifava toda a água encantada pra fora da
cova. Tinha só um bocado lá no fundo e Maanape conseguiu molhar só a palma dos pés e das
mãos. Por isso ficou negro bem filho da tribo dos Tapanhumas. Só que as palmas das mãos e dos
pés dele são vermelhas por terem se limpado na água santa. Macunaíma teve dó e consolou:
— Não se avexe, mano Maanape, não se avexe não, mais sofreu nosso tio Judas!
O “milagre”, a que o texto se refere, está ligado:
a) Ao fato de Macunaíma ter tomado banho e não ser mais filho da tribo dos Tapanhumas.
b) Ao tamanho descomunal da lapa, no formato de um pé-gigante.
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c) À transformação do herói: de preto retinto para branco, loiro, de olhos azuis.
d) Ao fato de os irmãos presenciarem vestígios do evangelho de Jesus.
e) Ao fato de os irmãos terem encontrado a marca do pezão do Sumé.
Questão 28 – (CUSC) Analise a imagem da tela Abaporu, pintada por Tarsila do Amaral em 1928.
Questão 29 – (Fuvest) Sobre este quadro, A Negra, pintado por Tarsila do Amaral em 1923, é
possível afirmar que
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a. Se constituiu numa manifestação isolada, não podendo ser associada a outras mudanças da
cultura brasileira do período.
b. Representou a subordinação, sem criatividade, dos padrões da pintura brasileira às imposições
das correntes internacionais.
c. Estava relacionado a uma visão mais ampla de nacionalização das formas de expressão cultural,
inclusive da pintura.
d. Foi vaiado, na sua primeira exposição, porque a artista pintou uma mulher negra nua, em
desacordo com os padrões morais da época.
e. Demonstrou o isolamento do Brasil em relação à produção artística da América Latina, que não
passara por inovações.
Questão 30 – (UFVJM) Recentemente o Museu de Arte Moderna de São Paulo (MASP) realizou
uma exposição reunindo 92 obras da pintora Tarsila do Amaral (1886-1973). A pintura A negra
foi realizada no momento em que Tarsila estudava novas técnicas europeias e despertava
interesse pelo modernismo.
Sobre a obra de Tarsila do Amaral, A Negra, é correto afirmar que:
a. A pintora representa a figura humana de maneira realista com formas e contrastes sutis.
b. A personagem representada não está de acordo com uma noção de identidade cultural brasileira.
c. O que nos chama atenção nessa obra são as questões estéticas e não suas implicações sociais.
d. A figura representada foge dos padrões acadêmicos da beleza europeia e não possui
características de uma senhora paulistana.
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