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17/10/2011
Autor e Coautor(es)
Autor: Karen Alves de Andrade
Disponíveis em:
http://3.bp.blogspot.com/-Vnl0iklImgQ/TbcOh0Hc0pI/AAAAAAAAAHA/GTJh8AcoqEw/s1600/Millor02.png
e
http://1.bp.blogspot.com/-BAbPjkVfbog/TbcOQFtboNI/AAAAAAAAAG8/zVUQgffIlS8/s320/Millor01.png
TEXTO 2 – POEMA
A valsa (Casimiro de Abreu)
Tu, ontem,
Na dança
Que cansa,
Voavas
Co'as faces
Em rosas
Formosas
De vivo,
Lascivo
Carmim;
Na valsa
Tão falsa,
Corrias,
Fugias,
Ardente,
Contente,
Tranqüila,
Serena,
Sem pena
De mim!
Quem dera
Que sintas
As dores
De amores
Que louco
Senti!
Quem dera
Que sintas!...
— Não negues,
Não mintas...
— Eu vi!...
Valsavas:
— Teus belos
Cabelos,
Já soltos,
Revoltos,
Saltavam,
Voavam,
Brincavam
No colo
Que é meu;
E os olhos
Escuros
Tão puros,
Os olhos
Perjuros
Volvias,
Tremias,
Sorrias,
P'ra outro
Não eu!
Quem dera
Que sintas
As dores
De amores
Que louco
Senti!
Quem dera
Que sintas!...
— Não negues,
Não mintas...
— Eu vi!...
Meu Deus!
Eras bela
Donzela,
Valsando,
Sorrindo,
Fugindo,
Qual silfo
Risonho
Que em sonho
Nos vem!
Mas esse
Sorriso
Tão liso
Que tinhas
Nos lábios
De rosa,
Formosa,
Tu davas,
Mandavas
A quem ?!
Quem dera
Que sintas
As dores
De arnores
Que louco
Senti!
Quem dera
Que sintas!...
— Não negues,
Não mintas,..
— Eu vi!...
Calado,
Sózinho,
Mesquinho,
Em zelos
Ardendo,
Eu vi-te
Correndo
Tão falsa
Na valsa
Veloz!
Eu triste
Vi tudo!
Mas mudo
Não tive
Nas galas
Das salas,
Nem falas,
Nem cantos,
Nem prantos,
Nem voz!
Quem dera
Que sintas
As dores
De amores
Que louco
Senti!
Quem dera
Que sintas!...
— Não negues
Não mintas...
— Eu vi!
Na valsa
Cansaste;
Ficaste
Prostrada,
Turbada!
Pensavas,
Cismavas,
E estavas
Tão pálida
Então;
Qual pálida
Rosa
Mimosa
No vale
Do vento
Cruento
Batida,
Caída
Sem vida.
No chão!
Quem dera
Que sintas
As dores
De amores
Que louco
Senti!
Quem dera
Que sintas!...
— Não negues,
Não mintas...
Eu vi!
http://3.bp.blogspot.com/_Q_qtgQlp3Lw/TNdHyVjhytI/AAAAAAAAAB4/gPomaCxXGzE/s1600/Valsa.png
Disponível em: http://www.revista.agulha.nom.br/casi1.html
TEXTO 3 - NOTÍCIA
Efeito Cinderela
Passa da meia-noite, nos salões do Buffet França, o mais luxuoso de São Paulo. Enfiado num smoking
impecável, o locutor modula a voz ao anunciar: “E agora, com vocês, aquela que nos está proporcionando
todas as emoções desta noite”. Tonitruantes acordes da música “Carruagens de fogo” sacodem o
ambiente. Do fundo do corredor, um vulto de princesa avança sobre nuvens de gelo-seco. Trêmula,
lacrimosa. Fernanda ultrapassa a bruma artificial e caminha em direção ao pai, o empresário Eduardo
Nercessian, sócio de uma construtora paulista. Os dois se encontram ao final de um túnel de raios laser.
Eduardo tira do bolso um brilhante incrustado em platina e desliza o anel no dedo da filha – é a terceira
jóia que lhe dá naquela noite especial. Em seguida, valsam diante dos convivas enfatiotados a rigor. A
cena aconteceu no último sábado em São Paulo e marca o renascimento de um ritual que parecia
enterrado na esteira da revolução dos costumes. Consideradas cafonas pelos teenagers da década de
80, as festas de 15 anos, que no passado eram chamadas de bailes de debutantes, ressuscitam com toda
a força no panteão de sonhos de adolescentes.
Fonte: Revista Veja, 88, 9 nov. 1994.
Nesse momento, o professor deverá pedir que os alunos ouçam com atenção a leitura dos textos. Depois,
o professor deverá pedir que eles respondam às seguintes questões:
1) Você compreendeu da mesma maneira os três textos? O que facilitou ou dificultou a
compreensão de algum deles?
2) Qual o tema abordado em cada um dos textos?
3) Identifique no quadro que se segue as semelhanças e diferenças formais entre os
textos.
TEXTO 1 TEXTO 2 TEXTO 3
Aula 1
Aula 2
Momento 2
Professor, os alunos deverão perceber que os poemas utilizam de maneiras distintas o espaço em branco
da página. No texto 1, essa utilização da folha tem grande importância, pois a faz de maneira diferente
daquela que encontramos na maior parte dos textos, fazendo, até mesmo, formas e desenhos. O
tamanho dos versos, sua disposição na página e as escolhas lexicais associadas ao modo de escrita do
texto são essenciais na construção do sentido pretendida pelo poema. Já no texto 2, por se tratar de um
poema, os versos são curtos e a escrita localiza-se, prioritariamente, no canto direito da folha. O sentido
encontra-se prioritariamente na utilização de figuras de linguagem, nesse caso, principalmente nas
assonâncias e aliterações. Já no texto 3, há uma ocupação do espaço relativamente comum. Igual a que
é utilizada nos cadernos dos alunos: da esquerda para a direita, de cima para baixo e ocupando toda a
linha.
Avaliação: O professor deverá formar uma roda e discutir com os alunos as percepções que tiveram sobre
os textos, avaliando os conceitos que construíram acerca das estratégias discursivas usadas nos 3 textos
selecionados. Em seguida, deve sistematizar as conclusões e pedir que os alunos as registrem em seus
cadernos.
Aula3: O professor deverá retomar a aula anterior recordando com os alunos os conceitos trabalhados.
Depois, deverá prosseguir para a leitura do texto 1.
A pós a leitura, o professor deve pedir que os alunos, em equipe, formulem respostas para as seguintes
questões:
Para sistematizar, o professor deverá retornar ao quadro produzido pelos alunos nas aulas anteriores e
completá-lo com as novas diferenças e semelhanças percebidas na leitura dos textos.
Aula 4 – O professor deverá levar os alunos para a sala de informática e pedir que pesquisem sobre as
danças brasileiras. Os alunos devem registrar as informações selecionadas e o site em que leram essas
informações.
Na sala de informática ou no data-show, os alunos devem assistir ao vídeo sobre danças disponível
em: http://www.youtube.com/watch?v=Ed7AS_D4DtY
O vídeo permitirá ao aluno conhecer novas informações sobre o tema a ser desenvolvido na produção
textual. As informações e curiosidades que julgarem mais importantes também devem ser registradas.
Esse momento faz parte da definição do projeto de comunicação que será apresentado na proposta de
produção de texto.
Aula 5– O professor deverá projetar para os alunos em data show o seguinte poema:
http://4.bp.blogspot.com/_L8DApaX0ssY/S1ez4sGYjUI/AAAAAAAACHw/xLWPM_6Cx58/s400/
telhados.png
http://api.ning.com/files/
Pozz*TkmViHnr7zeMf6NSOJhDPllWluf**HffBK9naJzfLAHqshvydFltUAgbq3EelrvGfEO**DzA
datLwM9e1NoPpBMUM0W/Ouro_Preto_4369.jpeg
a) Ouro Preto é uma cidade construída sobre montanhas, assim como outras
cidades típicas do estado de Minas Gerais. O que mais você percebe sobre essa
cidade por meio das fotos acima?
b) De que maneira podemos associar o poema de Guilherme Mansur às imagens de
sua cidade natal, Ouro Preto?
c) Por que o poema de Guilherme Mansur pode ser considerado visual?
Professor, oriente a discussão de forma que os alunos percebam que o poeta retratou os telhados, muito
visíveis e abundantes de sua cidade natal, reproduzindo suas formas no poema. Para isso, ele construiu
telhados utilizando-se de parênteses e das palavras “telhados” e “telhas”, brincou, ainda, com essas
palavras e com o verbo pronominal tê-las (que também tem um telhado, feito pelo acento circunflexo) e
ainda nos apresentou, semanticamente, a bela imagem que figura sobre as telhas: as estrelas. A
sonoridade do poema é construída em torno da palavra telhados, marcando ainda mais o conteúdo do
poema.
Peça que os alunos registrem as respostas no caderno.
Aula 6 –Continuando a sequência didática, o professor deverá selecionar outros poemas visuais, como os
exemplos a seguir, apresentá-los no data show e discutir com eles o processo de produção de sentido
utilizado em cada um deles. No endereço eletrônico http://www.poemavisual.com.br/html/pv.php há uma
seleção de poemas visuais que pode ser utilizada nas aulas.
1) Salete Tavares, Aranhiço
2) Mário castrim, S
3) Augusto dos campos, Roseisa
4)E. M. Melo e Castro, Ideograma
Com base no que estudamos nas últimas aulas, crie o seu próprio poema visual. Ele deverá
retratar uma dança brasileira, conforme a pesquisa feita na sala de informática. Use seu
caderno para recordar algumas informações. Lembre-se de que nesse tipo de poema o
aspecto visual é destacado e de que o sentido é construído pela distribuição das palavras
na página em função do conteúdo. Seu poema será escaneado e postado em uma rede
social de sua escolha. Além disso, o professor irá formar uma coletânea com os textos da
turma e você poderá fazer um vídeo para colocar no youtube.
> A produção final vai ser escaneada e vai para o site da escola para que muitas
pessoas possam ler o poema;
* Professor, as aulas podem ser direcionadas para outro tema que esteja sendo trabalhado em sala. A
dança é apenas uma das diversas possibilidades.
Recursos Complementares
http://www.antoniomiranda.com.br/poesia_visual/decio_pignatari_2.html
http://concretismo.zip.net/
Avaliação
Segundo as orientações da aula 5, o professor deverá avaliar os conhecimentos adquiridos por seus
alunos por meio da correção do poema visual. Professor, verifique se o poema escrito pelo aluno utiliza-
se de recursos visuais para veicular o conteúdo. O poema deve, também, ser relacionado ao tema da
dança. Atenção para não focar a avaliação do poema na criatividade do aluno, e sim na compreensão e
na utilização dos conceitos desenvolvidos ao longo da sequência didática. Não deixe de avaliar o
desenvolvimento do aluno durantes cada uma das aulas e considerar seus progressos.
Opinião de quem acessou