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NOME: Turma:
Disciplina: Literatura Professor: Carmem/ Fernanda Valor da Prova: 4,0 Valor Obtido:
INSTRUÇÕES:
Esta prova possui 10 (dez) questões objetivas. Caso não esteja completa chame o(a) professor(a).
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Assinatura do aluno
A ambição do grupo [modernista] era grande: educar o Brasil, curá-lo do analfabetismo letrado, e, sobretudo, pesquisar
uma maneira nova de expressão, compatível com o tempo do cinema, do telégrafo sem fio, das travessias aéreas
intercontinentais.
BOAVENTURA, Maria Eugênia. A Semana de Arte Moderna e a crítica contemporânea: vanguarda e modernidade nas artes brasileiras. Conferência
– EL-Unicamp, 2005, p. 5-6. Disponível em: http://www.iar.unicamp.br/dap/vanguarda/artigos.html. Acesso em: 8 nov. 2016.
Conforme o trecho anterior, os conhecimentos sobre a Semana de Arte Moderna de 1922 e o Modernismo brasileiro
subsequente, é correto afirmar que
a) a Semana de 22 marcou o Modernismo inspirado em vanguardas europeias, buscando uma nova arte com uma
identidade brasileira experimental, miscigenada, antropofágica e cosmopolita. O movimento celebrava o progresso da
nação, simbolizado pelo desenvolvimento da cidade de São Paulo.
b) a Semana foi o grande marco da arte moderna brasileira, caracterizando-se pela busca por uma imitação do
Surrealismo e do Cubismo, realizada por acadêmicos em constante contato com os artistas europeus.
c) a Semana de 22 somou-se ao regionalismo nordestino para mostrar as raízes da cultura brasileira, recusando
qualquer interferência da arte estrangeira. Os modernistas fizeram, com isso, uma forte crítica à modernização e à
alfabetização brasileira.
d) Monteiro Lobato e Mário de Andrade lideraram a Semana de 22, que teve o intuito de aliar as produções mais
recentes no campo da música, da literatura e das artes plásticas futuristas com as obras tradicionalistas da arte
brasileira.
e) os modernistas passaram a se organizar, depois da Semana de 22, para efetivar uma arte revolucionária nos moldes
do Realismo soviético, pois acreditavam na conscientização da população para uma mudança no poder.
( ) A recepção negativa da Semana de Arte Moderna mostra o quanto o público brasileiro estava despreparado para
compreender as novas propostas dos artistas.
( ) A Semana de 22 foi um “acontecimento” justamente porque contrariou profundamente as expectativas da plateia.
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( ) Os modernistas atingiram plenamente os seus objetivos, produzindo poemas de péssima qualidade apenas para
causar no público uma reação violenta.
( ) Os modernistas brasileiros não tinham outros objetivos além de chocar e humilhar o público, a fim de ganhar
fama.
( )Com o tempo, o público foi aceitando as novas propostas da arte e incorporando as mudanças, ao ponto de a arte
moderna não surtir mais o mesmo impacto na atualidade.
a) V, F, V, V, F
b) V, V, V, V, V
c) F, F, V, V, F
d) F, F, F, F, F
e) V, V, F, F, V
Ode ao burguês
A leitura do fragmento do poema “Ode ao Burguês”, de Mário de Andrade, permite inferir que o:
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a) Cubismo
b) Futurismo
c) Surrealismo
d) Dadaísmo
e) Expressionismo
O trovador
MARINETTI, F. T. Manifesto futurista. In: TELES, G. M. Vanguardas europeias e Modernismo brasileiro. Petrópolis: Vozes, 1985.
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a) As chamadas Vanguardas europeias foram importantes para os movimentos culturais do início do século XX. No
entanto, no Brasil, há um consenso entre os estudiosos da literatura que essas Vanguardas em nada nos
influenciaram.
b) O Dadaísmo, uma das chamadas Vanguardas europeias, defendia que somente a associação entre todas as
tendências vanguardistas poderia resultar em avanços importantes para as artes e para a cultura de um modo geral.
c) Temáticas oriundas dos estudos freudianos como fantasia, sonho, ilusão, loucura estão presentes em obras
surrealistas. Nas artes plásticas, Salvador Dali (1904/1989) é um dos principais representantes dessa Vanguarda.
d) Mário de Andrade e Oswald de Andrade, participantes da Semana de Arte Moderna, em muitas ocasiões, negaram a
relação existente entre as Vanguardas europeias e os valores e as motivações das obras modernistas brasileiras.
e) Há uma relação intensa entre Futurismo e Cubismo. Tanto uma quanto a outra têm os mesmos interesses e
objetivos e em nada se diferenciam, exceto quando se relacionam com a arte literária.
As vanguardas europeias trouxeram novas perspectivas para as artes plásticas brasileiras. Na obra O mamoeiro, a
pintora Tarsila do Amaral valoriza
Recife
Não a Veneza americana
Não a Mauritsstad dos armadores das Índias Ocidentais
Não o Recife dos Mascates
Nem mesmo o Recife que aprendi a amar depois
- Recife das revoluções libertárias
Mas o Recife sem história nem literatura
Recife sem mais nada
Recife da minha infância
A rua da União onde eu brincava de chicote-queimado
e partia as vidraças da casa de dona Aninha Viegas
Totônio Rodrigues era muito velho e botava o pincenê
na ponta do nariz
Depois do jantar as famílias tomavam a calçada com cadeiras
mexericos namoros risadas
A gente brincava no meio da rua
Os meninos gritavam:
Coelho sai!
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Não sai!
[...]
BANDEIRA, Manuel. Estrela da vida inteira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1993, p. 133-134.
a) Bandeira foi precursor do Movimento Modernista, o qual visava uma união do primitivo ao moderno. Influenciado
pelas vanguardas europeias, tal movimento, embora se preocupasse em representar o cenário atual, o fazia de modo
tradicionalista, isto é, valorizando a linguagem e os temas que, paulatinamente, tornaram-se clássicos da literatura
mundial.
b) Assim como em outras poesias do autor, Evocação do Recife revela uma grande proximidade do poeta com a capital
pernambucana. Nesse poema, especialmente, o poeta apresenta um Recife de todos, glorificado, coletivo e distante,
portanto, de suas memórias e recordações íntimas.
c) No terceiro verso, Manuel Bandeira faz referência à Mauritsstad, que é o nome dado por Maurício de Nassau ao
Recife durante o domínio holandês. A partir daí, compreende-se o título dado ao poema: evoca-se um Recife enquanto
metrópole internacional, a cidade que ganhou o título de Veneza americana.
d) O poema nos permite perceber que o uso da linguagem cotidiana se tornou, em Bandeira, matéria literária. Essa
nova perspectiva alarga o conceito de literatura: trata-se de uma ruptura com as convenções anteriores, responsáveis
por classificações rígidas relativas à linguagem e aos temas considerados poéticos e não poéticos.
e) Há uma profunda distância entre o poeta e os fatos expostos no poema. Tal afirmação é comprovada pela escolha
de um eu lírico que se expressa por meio da 3ª pessoa e pela universalidade dos fatos apresentados. Não há, pois, o
registro de particularidades, de recordações nem de impressões pessoais.