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Claudio Ulpiano
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10/07/2017 Aula 2 – 18/01/1995 – O solo nômade da filosofia: uma imagem do pensamento
Um homem de teatro e de
cinema chamado Carmelo Bene é o responsável - junto com outros - pelo que se
chama vagamente de teatro moderno. (Que nada tem a ver com o que está
acontecendo no Rio de Janeiro - porque não existe [esse tipo de teatro] no Rio de
Janeiro!)
Nesse teatro, o Carmelo Bene pega uma peça como Romeu e Julieta do
Shakespeare - por exemplo - e faz uma prática excepcionalmente original - que é
amputar determinados personagens [da peça original]. Em Romeu e Julieta, por
exemplo, ele amputa, ele retira o Romeu. Eu não sei se vocês se lembram: o
Mercúcio tem uma vida muito breve em Romeu e Julieta - ele morre, na peça, salvo
equívoco, pela espada de Teobaldo, exatamente porque Romeu se intrometeu...
(Atenção, que começa a aparecer a questão:) No momento em que Carmelo Bene
faz isso, ele liberta as virtualidades de Mercúcio.
- Em que sentido?
Passando do Teatro para a vida... - pra prática das nossas vidas - haveria
sobre qualquer um de nós determinados exercícios de poder que impediriam que
nós efetuássemos uma série de virtualidades nossas. Isso que eu estou chamando
de "virtualidade" é alguma coisa que, por exemplo, não aparece na obra de
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Por exemplo: em Kant - o negativo é a ilusão; então Kant vai passar sua obra
toda tentando afastar os poderes da ilusão.
Mas eu estou citando o Aristóteles e o Espinosa. No Aristóteles, o negativo é
o falso. No Espinosa, o negativo é a ignorância... Eu não vou nem dizer a
superstição, porque eu posso dizer que a superstição é uma conseqüência da
ignorância. (Certo?) Então, de um lado o falso e de outro lado a ignorância.
- O que eles fazem?
Ambos constroem um método - com o objetivo único e exclusivo de afastar os
poderes do negativo. O Aristóteles, por exemplo, coloca a existência de duas
práticas, digamos, do saber: duas práticas cientí cas - que ele chama de loso a
teórica e de loso a prática.
Na loso a teórica - que é a prática da física, a prática da matemática - diz
Aristóteles que o grande problema é que o verdadeiro - que é o objetivo que ele
quer alcançar - está ameaçado pelo falso. Na loso a prática - a política, a
economia, a moral - é onde ele diz que o bem se encontra ameaçado pelo mal.
Então, na loso a prática, na hora em que o político, o economista ou o moralista
praticassem o bem, poderiam ser tomados pelo mal - porque o mal se
transvestiria de bem, assim como o falso se transveste de verdade. Então, ele
constrói um método com o objetivo - no caso de Aristóteles - de afastar o falso e
afastar o mal.
Espinosa, para quem o negativo é a ignorância, constrói um método - que ele
chama de formal e re exivo (vejam como ca claro!) - com o objetivo único de
fortalecer o poder do entendimento: levar o poder do entendimento a sua mais
alta potência.
- Por quê?
Porque quanto mais potente for o entendimento, menos o poder da
ignorância. Então, essa posição espinosista é uma posição grave, uma posição
trágica, porque ela já colocou a grande questão - a fragilidade da subjetividade
humana, a imensa fragilidade da subjetividade humana; ou numa linguagem mais
espinosista - a imensa fragilidade da consciência. A consciência é frágil, confusa,
ou melhor: a consciência: esta ignorante. Esta ignorante - a consciência - segundo
Espinosa, seria a causa de todo o sofrimento da humanidade.
Todo o mal da humanidade estaria - exatamente - na consciência, com a sua
ignorância - [e a sua incapacidade] de compreender os movimentos da natureza.
Porque a consciência não compreende os movimentos da natureza - o regime
existencial dela é sempre o mesmo: recompensa e punição. Ou seja: ela busca ser
recompensada - quando cumpre o seu papel com perfeição; e teme ser punida.
A consciência não é um órgão constituído para entender - ela é um órgão
constituído para obedecer; e a obediência é a fábrica da ignorância. Porque um
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Então, esse estranho " lósofo", que eu acabei de citar - o Artaud. Seria um
choque, dentro de todas as universidades do planeta, chamá-lo de lósofo! Mas,
sem dúvida nenhuma, um grande pensador - o maior pensador: que compreendeu
exatamente o que seria o pensamento. O pensamento é como se fosse um ser num
sono hipnótico: ele não quer fazer nada - é preciso forçá-lo. E aí - quando ele é
forçado - ele vem pensar.
Proust e também Espinosa - eles dizem que o pensamento só pensa em razão
do acaso dos encontros. Então, um determinado tipo de encontro pode forçar o
pensamento a pensar. Se nós voltarmos a Platão, nós vamos encontrar coisas
platônicas assustadoras - de tão bonitas! Porque há um momento da obra de
Platão - isso é na República - Livro 10, em que ele diz - exatamente - o que
Artaud vai dizer 2.300 anos depois. Ele diz que o pensamento - só pensa - se for
forçado a pensar. E Platão vai e diz: "o que força o pensamento a pensar é a
contradição". Então, sempre que um homem estiver no mundo - e não se deparar
com a contradição - ele não pensa! Ou seja, o homem ca submetido ao que se
chama doxa - à opinião, à variação das suas opiniões. Ele só pensa, segundo
Platão, na hora que ele se depara com a contradição; por exemplo: quando ele
nota que esse dedo daqui [Claudio mostra o dedo indicador] é menor do que este
[mostra o dedo médio] e maior que este [mostra o polegar]. Logo, este dedo [o
indicador] é ao mesmo tempo maior e menor - isso é uma contradição. Este dedo
que está aqui força Platão a pensar.
- Para que ele vai pensar?
Para - dessa contradição do maior e do menor - construir a sua Teoria das
Essências, a sua Teoria das Idéias e fazer com que a contradição desapareça - e o
apaziguamento volte ao seio dos homens.
Então - na verdade - o que Platão quer é que o pensamento apazigue os
temores e os sustos da humanidade. O que, por exemplo, Deleuze - numa linha
nietzschiana - colocaria, é que não; nada disso! - o pensamento não busca
apaziguamento; o que ele busca é exatamente a conquista, a criação e a invenção.
Então, quando o pensamento começa a funcionar, os seus objetivos não são
jamais satisfazer os interesses humanos de acordo e de paz. O que o pensamento
faz é um mergulho - às vezes sem volta - no caos. É tolice, ignorância completa,
dizer que o caos é o maior inimigo do pensamento. O caos é inteiramente a m ao
pensamento. Eles se complementam, fazem uma a nidade. A questão aqui é que
o pensamento só pensa quando ele é forçado a pensar e o que ele pensa é o caos.
A matéria do pensamento é o caos.
[virada de ta]
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Essa foi uma introdução básica para a nossa compreensão - pelo menos para
sabermos o que eu estou fazendo!... O que eu estou fazendo de diferente é porque
eu caminho numa imagem do pensamento que não é a imagem clássica... e -
exatamente porque não é a imagem clássica - permite-me compreender que
quando Godard e Cassavetes fazem um lme; ou quando o Egon Schiele e Bacon
pintam um quadro; ou quando Boulez faz uma música; e assim por diante... -
todas essas práticas são literalmente práticas de pensamento. Ou seja: a arte, a
loso a e a ciência só trabalham pensando - são três práticas em que o
pensamento estaria inteiramente presente. Vocês já sentiram, vocês já sabem as
di culdades que eu terei para sustentar isso. A a rmação que eu z agora foi que
loso a, arte - principalmente arte, porque geralmente é muito confundida!...
[frase incompleta]
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Quando um artista produz a sua obra - Pollock: que sobe em cima de uma
tela e começa a respingar tintas nessa tela - produz um pensamento. E eu vou
mostrar [essa questão] para vocês e vocês vão entendê-la no percurso da aula.
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barata vai recortar a luz do universo de maneira diferente daquela que nós
recortamos. Então, para o Bergson, a consciência de fato é aquela que recebe luz,
mas ao invés dessa luz transpassá-la, a consciência detém essa luz.
Então, para o Bergson, a consciência de direito antecipa a consciência de fato.
E, para ele, não é necessário procurar a explicação do nascimento da consciência
numa transcendência qualquer, como fez o Husserl.
- De onde Husserl tirou a consciência?
Sem dúvida nenhuma, de Deus - como sempre!
Bergson não necessita de Deus para produzir a sua consciência. Mas, no
momento em que aparecem os corpos, no momento em que a vida se instala aqui
neste planeta - e a vida é singular: de uma singularidade imensa! -
imediatamente, ou seja: junto com ela nasce o écran - que detém a luz. Todo ser
vivo tem esse écran, essa capacidade de reter a luz que lhe interessa.
[ nal de ta]
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velocidade in nita. Quando o ser vivo aparece, logo, quando aparece o esquema
sensório-motor, ele é constituído de três elementos, ou melhor: três imagens, ou
melhor: três luzes a percepção - que tem a capacidade de apreender os
movimentos que vêm de fora; a reação ou a ação - que responde àquilo com que a
percepção entrou em contato. A ação é uma espécie de prolongamento da
percepção, que apreende o que vem de fora. E entre a percepção e a ação nasce
um suntuoso elemento - o vivo! Nasce o que o Bergson chama de um pequeno
intervalo.
Se fôssemos compreender no sujeito humano - esse pequeno intervalo seria o
cérebro.
Que é o quê, exatamente? Que é o vivo - quando apreende o mundo que vem
de fora, os movimentos que vêm de fora; essa apreensão dos movimentos que
vêm de fora não se prolonga imediatamente na reação - passam pelo pequeno
intervalo. E o pequeno intervalo - que se fôssemos nós, poderia ser o cérebro -
tem como função decidir qual o movimento de resposta que vai ser dado. Por isso,
esse pequeno intervalo produz o que não havia no primeiro sistema de imagens
(que eu expliquei para vocês) - que se chama hesitação. A vida introduz a
hesitação! Não é dúvida, hein? - é hesitação. Ela hesita [sobre] qual caminho
seguir - por isso, a vida vai trazer uma ralentação do movimento. Ralentar o
movimento.
uma só; e 49.999 cam perdidas e sonhadas por nós. Talvez - seja essa a causa das
nossas angústias!...
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10/07/2017 Aula 2 – 18/01/1995 – O solo nômade da filosofia: uma imagem do pensamento
Complicatio quer dizer que tudo que está na eternidade está complicado, co-
implicado: eles se co-implicam, mas não se distinguem, não se ressaltam. Ou
seja: na eternidade há tempo - mas tempo virtual. Porque não há ainda essa
distinção, por exemplo - em passado, presente e futuro - que é nossa! Lá, na
eternidade, [todas essas dimensões] estão inteiramente misturadas. Então, é essa
a noção que o neoplatônico nos dá de eternidade. Fazendo essa noção crescer,
depois, com a noção de complicatio - aquilo que é eterno é inteiramente
complicado. E isso não é difícil de entender. Ainda é neoplatônico:
Nós, os vivos, não paramos de mergulhar na eternidade. No sono, quando
nós dormimos, nós mergulhamos na eternidade. No sono - não é no sonho! No
sono, tudo perde a nitidez: tudo se mistura. Por isso os amantes do cinema noir -
e eu estou vendo uma daqui! - não se surpreendem quando Humphey Bogard leva
uma coronhada na cabeça, e ao acordar diz: "onde estou"? Porque ele perdeu toda
a referência. Na eternidade, no caos - que é o complicatio - o que não existe é
referência, não há ponto de referência.
Este momento é um momento provavelmente sublime - como se diz sublime
em Kant (na frente eu vou explicar a vocês o que é...) - para se explicar o
nascimento do tempo. Ou seja: tornar o tempo atual, porque na eternidade o
tempo é virtual.
Tornar o tempo atual é distinguir as suas dimensões. Então, vejam o que eu
vou dizer:
É falso nós pensarmos que as únicas dimensões que o tempo tem são
passado, presente e futuro. Não! Passado, presente e futuro são as maneiras como
o tempo se distinguiu para nós. Como essas dimensões se tornaram distintas -
como elas foram arrancadas da eternidade. Por exemplo: se vocês acompanharem
de um lado a obra de Proust (e eu vou mostrar) - a obra literária de Proust; e se,
de outro lado, vocês acompanharem a obra cinematográ ca do Visconti, vocês
vão encontrar dimensões de tempo que não existem nessa noção de tempo que
nós temos - porque a nossa subjetividade materializada só pensa em termos de
passado, presente e futuro.
Vocês encontram no Visconti uma noção de tempo muito clara, que ele
chama de - "tarde demais". Mas não é só isso! No Proust, vocês vão encontrar uma
dimensão do tempo que ele chama de "tempo redescoberto". Então, quando nós
zermos esse procedimento - que é o procedimento mais grave da nossa aula; que
eu falei que seria sempre uma aula de pensamento, corpo e tempo - quando nós
formos mergulhar na eternidade pra de lá arrancar o tempo, quem faz essa prática
é necessariamente o artista. É necessariamente o pensamento. Só o pensamento
pode mergulhar no caos e arrancar de lá as dimensões que nele estão misturadas.
Por isso vocês encontram no cinema do Visconti, ou no cinema do
Antonioni, ou no cinema do Cassavetes, ou no cinema do Godard, vocês
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Platão era lindíssimo! - que essa [parte da] alma - a razão - tem um olhar noético:
ela contempla as essências. Ou seja: a contemplação das essências - para Platão -
é a obtenção da verdade. Mas isso não pode ser feito pelo corpo, por isso pode-se
dizer que Platão é um lósofo que pede a morte.
Aluno: Da outra vez você falou que a razão é o pensamento a serviço do
orgânico.
Claudio: Logo, Platão é um pensador a serviço do orgânico! É! A conclusão é
essa! E é isso que eu estou dizendo!
Aluno: A razão se baseia no conhecimento e na moral!
Claudio: E na moral! Ela se baseia no conhecimento e na moral. E toda essa
colocação que o Platão está fazendo, ao distinguir a alma em três partes - colocar
a razão como a parte superior da alma e dar à razão uma imortalidade; e dizer que
a razão tem um olhar - que não é um olhar da sensibilidade, mas um olhar
noético, o olhar da alma, o olhar espiritual; e que esse olhar contempla as
essências; e que as essências são invisíveis ao olhar físico, mas visíveis ao olhar
espiritual - ele está constituindo toda uma teoria do conhecimento. Ele está
construindo uma ontologia e toda uma teoria do conhecimento - inteiramente
orgânica.
Essas três posições da contemplação platônica vão aparecer no mundo
plotiniano: no mundo neoplatônico. Mas o mundo neoplatônico - aqui acontece
uma coisa lindíssima, de uma beleza!... Porque a natureza é feita de uxos - uxos
que não param de percorrer e se entrecruzar - algumas vezes poderosos, algumas
vezes enfraquecidos. Lá - na época do Plotino - percorria um uxo do animismo.
É a mesma coisa que eu dizer para vocês que num determinado instante um
estranho uxo - chamado uxo da evolução - percorria este planeta. De outro
lado, outro estranho uxo - chamado uxo da cognição - percorria o planeta.
Quando os dois se encontraram - nasceu a vida. Quer dizer: a vida é muito melhor
explicada por uxos do que por átomos!
Então, lá no Plotino, percorria o uxo do animismo e do Platão vinha o uxo
da contemplação. Esses dois uxos se encontram. E o Plotino diz "contemplação
animista". Tudo o que existe na natureza contempla - é quase um pensamento
leibniziano. A natureza é constituída de pequenos pontos, pequenos pontos
luminosos, olhares - que ao contemplar produzem modi cações.
- Em quem?
Neles próprios!
Então, o que importa aqui não é nem mesmo - o que é o sonho de qualquer
professor - embelezar ou tornar sedu... [...]
[Fim de ta]
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4 de dezembro de 2016
animismo, Antonin Artaud, Aristóteles, Baruch Espinosa, Carmelo Bene, Curso de Verão:
Filoso a e Arte, David Hume, Edmund Husserl, Egon Schiele, Francis Bacon, Friedrich
Nietzsche, Henri Bergson, Henry James, História da Filoso a, Humphey Bogard, Imagem do
Pensamento, Immanuel Kant, Jean-Luc Godard, John Cassavetes, Luchino Visconti, Marcel
Proust, Método Formal e Re exivo, Michelangelo Antonioni, Neo-platonismo, Pierre Boulez,
Platão, Plotino, Timeu, William Shakespeare
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2 Responses
1.
Fui aluno do Cláudio no seu último curso na Uerj. Eu estava começando na loso a.
Recentemente defendi minha tese falando de “Caosmofagia”. E agora, “ouvir” o
Cláudio falar do caos como eternidade, como virtualidade, como tempo ilimitado,
velocidades in nitas que são capturadas é encontrar pontos de ressonância do
pensamento… reverberações do pensamento dele em mim.
Márcio Sales
7 de abril de 2013
Responder
2.
Gostaria de saber mais sobre essa interpretação losó ca e como posso fazer essa
comparação de forma simpli cada para os alunos compreenderem melhor.
Tereza Maria
15 de maio de 2013
Responder
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Aos alunos virtuais de Claudio Ulpiano, Ampliar a rede de alunos que o próprio
Claudio fez em vida é a tarefa principal deste site. Proporcionar esses encontros e
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