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Trabalho de Sistemas Projetivos

Universidade Federal do Rio de Janeiro

Thomas Victor Cordeiro Guerra Strong


DRE: 119176398

06/06/2021
Sumário
1 Introdução 1

2 Sistemas de Projeção e Perspectivas 1


2.1 Projeção Ortográfica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2
2.2 Perspectiva Cônica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
2.3 Perspectivas Axonométricas Ortogonais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
2.4 Perspectiva Cavaleira . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7

3 Sistema Mongeano 8
3.1 Espaço Mongeano . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
3.2 Representação do Ponto, Reta e Plano . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
3.3 Relações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
3.4 Métodos Descritivos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
3.4.1 Mudança de Plano . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
3.4.2 Rebatimento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
3.4.3 Rotação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
3.5 Seções Planas de Poliedros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
3.6 Planificação de troncos de prismas e pirâmides . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17

Lista de Figuras
1 Sombra como exemplo de projeção . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1
2 Principais vistas ortográficas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2
3 Vistas Ortogonais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2
4 Exemplo de Vista Auxiliar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
5 Outro exemplo da utilidade da vista auxiliar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
6 ângulos nas diferentes vistas Axonométricas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
7 Representação de uma peça nas três vistas axonométricas . . . . . . . . . . . . . . . . 6
8 As três vistas cavaleiras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
9 Relação de medidas nas representações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
10 Espaço dividido em 4 diedros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
11 Transformação do espaço em épura . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
12 Coordenadas em épura . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
13 Épura de pontos em diferentes diedros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
14 Representação da reta . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
15 Representação do plano . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
16 Relações entre duas retas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
17 Relações entre um plano e uma reta . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
18 Mudança para o plano auxiliar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
19 Mudança de plano na prática . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
20 Plano que contém a reta . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
21 Rebatimento desta reta para a épura . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
22 Representação da rotação fora da épura . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
23 Rotação em épura . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
24 Representação do corte de uma pirâmide . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
25 Planificação de uma pirâmide . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
26 Planificação do tronco de uma pirâmide . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
1 Introdução

Neste documento serão expostos os principais temas abordados no curso de Sistemas Projetivos
da UFRJ. Como guia, utilizei o documento ”Conteúdo Mı́nimo da Disciplina SISTEMAS PROJE-
TIVOS”, disponibilizado para os alunos via E-mail.

2 Sistemas de Projeção e Perspectivas

Projeção é o nome que damos a imagem de um objeto sobre um plano. Como exemplo, podemos
usar as sombras. Como mostrado na imagem abaixo, estas nada mais são do que projeções de objetos
em algum plano.

Figura 1: Sombra como exemplo de projeção

Para começarmos a entender melhor o conteúdo ”Sistemas de Projeção”, primeiro uma pequena
introdução aos conceitos básicos de qualquer sistema projetivo. São eles:

• Observador: receptor da projeção que pode estar presente ou ser considerado ausente em
sistemas diferentes.

• Linhas projetantes: Linhas invisı́veis que conduzem a projeção do objeto.

• Objeto: Elemento a ser projetado. Pode ser uni-, bi- ou tridimensional.

• Plano de projeção: Plano onde a imagem é projetada.

• Projeção: Imagem sobre o Plano de Projeção.

• Perspectiva: Posição do Observador ou como se expõe um desenho.

Com esta pequena introdução, podemos partir para algo um pouco mais complexo: As projeções
e as perspectivas utilizadas na geometria.

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2.1 Projeção Ortográfica

Projeção ortográfica é, basicamente, uma forma de representar graficamente objetos tridimensi-
onais em planos.
Enquanto algumas perspectivas introduzem deformações, as vistas ortográficas são muito utili-
zadas pois não distorcem as medidas na projeção, mantendo uma fidelidade com a peça original. A
verdadeira grandeza de algumas retas pode ficar suprimida no desenho mas existem métodos para
recuperá-las. Falaremos disto mais para frente.

Figura 2: Principais vistas ortográficas

Na indústria, principalmente pelo fator da deformação abordado acima, é muito comum a uti-
lização deste tipo de representação. Desta maneira apresentam-se projeções onde as medidas são as
mesmas da peça real (seguindo uma escala).
Abaixo podemos ver todas as vistas ortográficas de uma peça qualquer:

Figura 3: Vistas Ortogonais

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Vale lembrar que não estamos presos a um cubo. Podemos utilizar planos auxiliares para
melhor visualização da peça. Vemos bem a utilidade destes planos auxiliares na próxima imagem:

Figura 4: Exemplo de Vista Auxiliar

Observe que, se utilizássemos as vistas ortogonais comuns, terı́amos mais dificuldade de repre-
sentá-la de maneira clara e simples.

Figura 5: Outro exemplo da utilidade da vista auxiliar

Entraremos agora na parte de Perspectivas. Vale apontar que estas mudam de acordo com a
posição do observador. É tudo uma questão de ponto de vista...

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2.2 Perspectiva Cônica

Nesta perspectiva é importante entender o ponto de fuga. Este é, basicamente, onde ocorre a
confluência de retas paralelas a uma certa direção no espaço. Isto significa que os pontos de fuga são
tantos como a quantidade de direções que tenha no espaço em questão.
Para entendermos melhor do que se trata, acompanhemos as seguintes imagens:

1: 2: 3:

Como é observado acima, temos 3 maneiras de representar uma peça em perspectiva cônica: Com
1, 2 ou 3 pontos de fuga. Ai entra uma questão mais pessoal e do próprio projeto. Diferentes números
de potos de fuga representam um espaço ou peça de maneiras diferentes.
Abaixo, observamos alguns desenhos com um, dois e três pontos de fuga:

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2.3 Perspectivas Axonométricas Ortogonais

Assim como na Perspectiva Cônica temos os pontos de fuga como tema central, nas perspectivas
axonométricas a atenção é voltada aos ângulos da representação. Podemos dividir esta perspectiva em
três: A isométrica, dimétrica, trimétrica. Na primeira temos que todos os ângulos da perspectiva são
iguais (do latim, ”iso”significa ”mesmo”, ”igual”). Como já indicado pelo ”di”, temos dois ângulos
iguais na vista dimétrica. Não seguindo esta lógica, na vista trimétrica todos os três ângulos são
diferentes. Podemos observar isto na figura seguir:

Figura 6: ângulos nas diferentes vistas Axonométricas

Bom, um cubo é uma peça simples de representar. Aplicando este conceito para peça mais
complexa, chegamos neste resultado:

Figura 7: Representação de uma peça nas três vistas axonométricas

Temos também a perspectiva Militar e Cavaleira. Ambas já fazem parte da Perspectiva Axo-
nométrica Oblı́qua. Abordaremos agora a perspectiva Cavaleira mas não a Militar (simplesmente
pela falta de relevância para este curso)

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2.4 Perspectiva Cavaleira

Como dito acima, a perspectiva cavaleira é uma das perspectivas axonométricas. Podemos
representa-la oficialmente de três maneiras: Com o Eixo Fugitivo a 30, 45 ou 60 Graus da linha de
terra.

Figura 8: As três vistas cavaleiras

Em cada uma destas representações deve-se respeitar um padrão de medidas exposto na imagem
abaixo:

Figura 9: Relação de medidas nas representações

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3 Sistema Mongeano

Gaspard Monge, nascido em 1746, foi um matemático francês responsável pela criação da Geo-
metria Descritiva. Sua motivação para tal criação foi, principalmente, bélica. Inserido no contexto
da Revolução Francesa, suas técnicas foram utilizadas na Engenharia Militar e, posteriormente, na
indústria. Monge solucionou o problema de representar um objeto tridimencional em um espaço
bidimencional (como uma folha). Para isto, ele utilizou um sistema duplo de projeção que leva seu
nome: O sistema Mongeano de Projeção. Vejamos abaixo suas principais caracterı́sticas.

3.1 Espaço Mongeano

Este sistema utiliza dois planos, um vertical e um horizontal, para visualização do objeto. Es-
tes planos dividem o espaço em quatro partes, os chamados Diedros. A intersecção desses planos
determina uma linha chamada Linha de Terra (LT).

Figura 10: Espaço dividido em 4 diedros

Para representarmos um objeto no plano bidimensional do papel, é necessário que o plano horizon-
tal e vertical coincida em uma única superfı́cie plana. Para isto, Monge rotaciona o plano horizontal
em 90°, fazendo com que o plano horizontal coincida com o vertical. Esse procedimento chama-se
rebatimento. Após o rebatimento obtemos a representação da figura no plano por suas projeções.
Esta representação é denominada Épura.

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Figura 11: Transformação do espaço em épura

Para representar um ponto em épura, precisamos entender Abscissa, Afastamento e Cota.


A Abscissa é o deslocamento do ponto em relação a Linha de Terra. Afastamento é a medida da
distancia entre o ponto e o Plano Vertical (π’) enquanto Cota é a distancia entre o ponto e o Plano
Horizontal (π). A coordenada do ponto é dada por [Abscissa; Afastamento; Cota].
Segue uma imagem para melhor entendimento:

Figura 12: Coordenadas em épura

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3.2 Representação do Ponto, Reta e Plano

Com o espaço condensado na Épura, é importante reconhecer onde, espacialmente, se encontram


os objetos. Veremos agora as representações de pontos nos diferentes diedros:

Figura 13: Épura de pontos em diferentes diedros

Sabendo como se representam os pontos em Épura, fica fácil inferir como serão representadas as
retas e planos. Para as retas, podemos utilizar dois pontos como referência para a construção da
mesma. Como já sabemos representar o ponto, a representação da reta vem de maneira natural. A
representação do plano se dá por duas retas que representam a interseção do plano com π e π’.
Vejamos abaixo dois exemplos:

Figura 14: Representação da reta

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Figura 15: Representação do plano

3.3 Relações

Falando de Retas e Planos, é importante conhecermos as relações existentes entre ambos e entre
duas retas.

1. Relação entre duas Retas

Figura 16: Relações entre duas retas

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2. Relação entre uma Reta e um Plano

Figura 17: Relações entre um plano e uma reta

3.4 Métodos Descritivos

Muitas vezes, quado projetamos um objeto tridimensional em um plano bidimensional (Épura),


nós mascaramos a posição de um ponto, o tamanho verdadeiro de retas e formas corretas de certos
objetos. Os métodos apresentados logo abaixo têm como objetivos mostrar a verdadeira grandeza
(VG) das retas.

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3.4.1 Mudança de Plano

Na mudança de plano, nós criamos um plano de projeção auxiliar que contém a projeção em VG
da reta desejada:

Figura 18: Mudança para o plano auxiliar

Vejamos como funciona na prática:

Figura 19: Mudança de plano na prática

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3.4.2 Rebatimento

No rebatimento nós criamos um plano que contém a reta que desejamos obter em VG para, assim,
rebate-la em outro plano. Diferentemente do ponto anterior, nesta técnica nós manipulamos a reta
e não o plano de projeção.

Figura 20: Plano que contém a reta

Na prática:

Figura 21: Rebatimento desta reta para a épura

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3.4.3 Rotação

Na rotação nós simplesmente rodamos a reta em relação a um eixo até que ela fique em VG.
Geralmente isto acontece quando uma das projeções fica paralela à linha de terra:

Figura 22: Representação da rotação fora da épura

Como isto ocorre em épura está logo abaixo:

Figura 23: Rotação em épura

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3.5 Seções Planas de Poliedros

Seções planas são geradas pelo corte de um objeto por um plano no espaço. Podemos representar
esta interação em épura e gerar o desenho de tal seção. Na primeira foto podemos ver claramente
a interação de uma pirâmide com um plano. Na segunda, já vemos outra seção plana, desta vez
representada em épura:

Figura 24: Representação do corte de uma pirâmide

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3.6 Planificação de troncos de prismas e pirâmides

Primeiro, o que é tronco de pirâmide? Tronco é a parte de baixo de uma pirâmide cortada (ou a
parte que não contém a ponta). definido isso, a planificação desta parte consiste em ”abrir”todas as
faces em um plano. Vejamos abaixo um exemplo de planificação:

Figura 25: Planificação de uma pirâmide

Agora, a planificação de um tronco:

Figura 26: Planificação do tronco de uma pirâmide

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