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APOSTILA DA DISCIPLINA
2ª edição
2019
Sumário
1- INTRODUÇÃO...................................................................................................6
1.1 Associação Brasileira de Normas Técnicas..............................................................7
2- Elementos Geométricos - Figuras Planas....................................................8
2.1 Linhas............................................................................................................................ 8
2.2 Ângulos......................................................................................................................... 8
2.3 Bissetriz........................................................................................................................ 9
2.4 Mediatriz........................................................................................................................ 9
2.5 Polígonos...................................................................................................................... 9
2.6 Triângulos..................................................................................................................... 9
2.7 Quadriláteros.............................................................................................................. 10
2.8 Polígonos regulares................................................................................................... 10
2.9 Círculos....................................................................................................................... 10
2.10 Circunferências.......................................................................................................... 10
2.11 Diagonais.................................................................................................................... 11
2.12 Alturas de Figuras Planas......................................................................................... 11
3- Elementos Geométricos - Sólidos...............................................................12
4- Instrumentos de desenho.............................................................................13
5- Caligrafia técnica...........................................................................................14
5.1 Norma NBR 8402........................................................................................................ 14
5.2 Seqüência de operações...........................................................................................16
5.2.1 Verticais......................................................................................................... 16
5.2.2 Inclinadas......................................................................................................17
6- Formatos de Papeis para Desenho Técnico...............................................18
6.1 Norma NBR 10068...................................................................................................... 18
7- Legendas........................................................................................................21
8- Linhas Convencionais...................................................................................24
8.1 Norma NBR 8403........................................................................................................ 24
8.2 Tipos e empregos...................................................................................................... 26
9- Geometria descritiva.....................................................................................30
9.1 Ponto de vista............................................................................................................. 30
9.2 Projeção ortogonal em três planos..........................................................................30
9.3 P.V. (Plano Vertical) – Vista frontal ou elevação.....................................................32
10- Diedros............................................................................................................33
11- Projeção ortogonal no 1° diedro..................................................................34
11.1. Projeção ortográfica do prisma retangular..............................................................35
11.2. Rebatimento dos planos de projeção.......................................................................38
11.3. Projeção orto ráfica de modelos..............................................................................41
3
12- Projeção ortogonal no 3º diedro..................................................................44
12.1 Comparações entre as Projeções Ortogonais do 1º e 3º Diedro...........................44
13- Classificação dos desenhos........................................................................46
13.1 Esboço........................................................................................................................ 46
13.2 Desenho de conjunto................................................................................................. 48
13.3 Desenho de componente...........................................................................................48
14- Perspectiva.....................................................................................................49
14.1 Perspectiva isométrica..............................................................................................49
14.1.1 Perspectiva isométrica de circunferências e de arcos de circunferência50
14.1.2 Linhas não isométricas................................................................................51
14.2 Perspectiva cavaleira.................................................................................................51
15- Escalas............................................................................................................53
15.1. Tipos e empregos...................................................................................................... 53
15.2. Escalas usuais........................................................................................................... 53
16- Supressão de vistas......................................................................................56
16.1. Sinais convencionais.................................................................................................58
17- Cotagem em desenho técnico......................................................................61
17.1. Norma NBR 10126...................................................................................................... 61
18- Cortes..............................................................................................................79
18.1 Interpretação do corte............................................................................................... 79
18.1.1 Observações.................................................................................................79
18.1.2 Hachuras........................................................................................................80
18.1. Norma NBR 12298.........................................................................................82
18.2. Algumas regras sobre os cortes.................................................................84
18.3. Corte total................................................................................................................... 85
18.5. Corte em desvio......................................................................................................... 88
18.6. Meio corte................................................................................................................... 89
18.7. Corte parcial............................................................................................................... 89
18.8. Corte rebatido............................................................................................................. 90
18.9. Superfícies finas em corte.........................................................................................90
18.10. Omissão de corte.................................................................................................91
18.11. Seções.................................................................................................................. 93
18.12. Rupturas............................................................................................................... 94
19- Rotação de detalhes oblíquos......................................................................96
20- Vistas auxiliares.............................................................................................98
19.1. Vista Auxiliar Simplificada........................................................................................99
21- Vistas parciais..............................................................................................100
18.1.3 Casos usuais de vistas parciais................................................................100
20. Conjuntos mecânicos.................................................................................101
4
22.1. Interpretação da legenda.........................................................................................106
22.2. Desenho de componente.........................................................................................109
22- Bibliografia...................................................................................................122
5
1- INTRODUÇÃO
Se analisarmos cada uma destas formas, veremos que nem todas proporcionam as
informações indispensáveis para a execução da peça, senão, vejamos:
6
se expressam e registram idéias e dados para a construção de móveis, máquinas e
estruturas.
Para que o emprego do desenho técnico se torne fácil e preciso, recorre-se ao uso
de instrumentos apropriados, chamando-se, neste caso, “Desenho com
Instrumentos”. Quando executado à mão, sem o auxílio de instrumentos, denomina-
se “Desenho à Mão Livre” ou “Esboço”.
7
2- Elementos Geométricos - Figuras Planas
2
2.1 Linhas
reta
c
u
r
v
a
8
quebrada mista
horizontal paralelas
inclinada
vertical
B
A
linha poligonal
oblíqua perpendicular segmento de
reta - AB
2.2 Ângulos
> 180
+ = 90 + = 180
complementares suplementares
+ replementares
3
6
0
9
2.3 Bissetriz
Bissetriz - AD
A
rB
D C
=
2.4 Mediatriz
C
M D
OBA
eO
d
i=
2.5 Polígonos
a
tO
rB
i
lados e ângulos
z
iguais lados e ângulos diferentes
C
-
D
polígono regular
polígono irregular
2.6 Triângulos
10
2.7 Quadriláteros
2.9 Círculos
2.10 Circunferências
Circunf. Circunferências
Circunferência
Concêntricas Excêntricas Circunf.
Exteriores
11
Circunferêcias Circunferêcias
Linhas das Cirncunferências Inscrita
Circunscrita
2.11 Diagonais
12
3- Elementos Geométricos - Sólidos
Tronco de con e
13
Cilindro Alongado (elo
oblongo)
oco
*Nota: A pirâmide pode ser classificada segundo sua base, então teremos pirâmide
de base triangular, quadrangular, pentagonal,sextavada, etc.
14
4- Instrumentos de desenho
1 - 10 folhas de formato A4 com
margem para desenho técnico.
2 10 folhas de formato A3 com
margem para desenho técnico.
3 – 15 folhas milimetrada A4.
4 - Um jogo de esquadro: 30°x60° e
de 45°, acrílico transparente,
preferencialmentee sem escala.
15
5- Caligrafia técnica
3
4
5
5.1 Norma NBR 8402
Esta norma fixa as condições exigíveis para a escrita usada em desenhos técnicos e
documentos semelhantes.
a) legibilidade;
b) uniformidade;
c) adequação à microfilmagem e a outros processos de reprodução.
▪ Para facilitar a escrita, deve ser aplicada a mesma largura de linha para
letras maiúsculas e minúsculas.
16
Exemplo de letra:
17
5.2 Seqüência de operações
5.2.1 Verticais
18
5.2.2 Inclinadas
19
seqüências de operações para a execução das mesmas.
20
6- Formatos de Papeis para Desenho Técnico
6
6.1 Norma NBR 10068
As folhas de desenhos podem ser utilizadas tanto na posição horizontal (ver Figura
1) como na vertical (ver Figura 2).
Designação Dimensões
A0 841 X 1189
A1 594 X 841
A2 420 X 594
A3 295 X 420
A4 210 X 297
A posição da legenda deve estar dentro do quadro para desenho de tal forma que
contenha a identificação do desenho (número de registro, título, origem, etc.); deve
estar situado no canto inferior direito, tanto nas folhas posicionadas horizontalmente
(ver Figura 1) como verticalmente (ver Figura 2).
21
A legenda deve ter 178 mm de comprimento, nos formatos A4, A3 e A2, e 175 mm
nos formatos A1 e A0.
22
6.1.2. Margem e quadro
Margens são limitadas pelo contorno externo da folha e quadro. O quadro limita o
espaço para o desenho (ver Figura 6).
As margens esquerda e direita, bem como as larguras das linhas, devem ter as
dimensões constantes na Tabela 2 .
23
6.1.3. Dobramento de folhas
20
7- Legendas
Toda folha (formato 2A0, A0, A1, A2, A3) desenhada deve levar no canto inferior
direito um quadrado destinado à legenda. Na folha formato A4, a legenda fica na
parte inferior, ao longo da largura.
< 15 > < 15 > < 30 > < 40 > < 50 > < 28 >
21
Obs. n 01 - A lista de materiais normalmente fica sobre a legenda e as posições
são colocadas em ordem crescente de baixo para cima, mas em casos especiais, a
lista de materiais poderá estar ao lado esquerdo das legendas em forma de faixas.
Postura
A régua graduada em milímetros serve para leitura e marcação de medidas e não deve ser
transparente devendo ser de plástico opaco e flexível. Não se deve usá-la como apoio para
traçar retas porque o lápis suja a régua, gasta a graduação e a própria linha fica irregular por
falta de apoio para a lapiseira.
Também não devemos utilizá-la para rasgar ou cortar papeis, pois seu aquecimento devido ao
atrito gerado derrete o plástico causando falhas e ondulações na régua.
Esquadros
Um par de esquadros no qual a hipotenusa de um (esquadro de 30 e 60º) é igual ao cateto de
outro (esquadro de 45º) são essenciais para os traçados nos desenhos usuais. Os esquadros,
réguas e gabarito de circunferência devem ser lavados periodicamente com água e sabão.
Lapiseiras
É importante começar aprendendo como segurar corretamente a lapiseira. A lapiseira deve
ser segurada entre o polegar e o dedo indicador a cerca de 40 a 50 mm da ponta, de modo
que a mão fique apoiada no dedo mínimo e a ponta da lapiseira esteja bem visível.
22
Prendendo o papel na prencheta
Limpeza da prencheta
A prancheta e a régua paralela devem ser limpas com alcool gel antes do final da aula.
23
8- Linhas Convencionais
Os tipos de linhas e suas respectivas larguras são definidas pela norma NBR 8403.
7
8
8.1 Norma NBR 8403
A relação entre as larguras de linhas largas e estreita não deve ser inferior a 2.
As larguras das linhas devem ser escolhidas, conforme o tipo, dimensão, escala e
densidade de linhas no desenho, de acordo com o seguinte escalonamento:
0,13(1);0,18(1); 0,25; 0,35; 0,50; 0,70; 1,00; 1,40 e 2,00 mm.
Para diferentes vistas de uma peça, desenhadas na mesma escala, as larguras das
linhas devem ser conservadas.
24
8.1.3. Tipos de linhas
25
8.1.4. Terminação das linhas de chamadas
▪ Grossas
▪ Médias
▪ Finas
Figura 9
Figura 10
26
8.2.3. Linhas de centro e eixo de simetria
Figura 11
São de espessura fina, traço contínuo, limitadas por setas nas extremidades.
Figura 12
São de espessura fina e traço contínuo. Não devem tocar o contorno do desenho e
prolongam-se além da última linha de cota que limitam.
Figura 13
27
8.2.6. Linhas de corte
São de espessura fina, formada por traços e pontos e grossas no inicio e fim e nas
mudanças de direção. Servem para indicar cortes e seções.
Figura 15
Figura 16
São de espessura estreita, traço contínuo e sinuoso e servem para indicar pequenas
rupturas e cortes parciais.
Figur
Figura
28
8.2.9. Linhas para representações simplificadas
Figura 19
Figura 20
9- Geometria descritiva
A relação estabelecida entre o objeto no espaço (tridimensional) e sua representação
no plano (bidimensional) é uma operação geométrica que denominamos
PROJEÇÃO.
9
9.1 Ponto de vista
Quando um observador vê uma figura, seus olhos vêem uma única imagem. Sem
discrepância, então o órgão visual fica reduzido a um ponto geométrico designado
por P.V., cujo projeção no geometral é um ponto P.V..
30
9.2.2. Projeção de um segmento de reta
30
Na projeção cilíndrica ortogonal, as projetantes são paralelas entre si e
perpendiculares ao plano de projeção.
31
Na projeção de um sólido em três planos, consideram-se três planos principais:
32
10- Diedros
Cada diedro é a região limitada por dois semiplanos perpendiculares entre si. Os
diedros são numerados no sentido anti-horário, isto é, no sentido contrário ao do
movimento dos ponteiros do relógio.
Figura 21
33
11- Projeção ortogonal no 1° diedro
Uma peça que estamos observando ou mesmo
imaginando, pode ser desenhada (representada) num
plano. A essa representação gráfica dá-se o nome de
“projeção”.
Figura 22
Podemos obter as projeções através de observações feitas em posições
determinadas. Podemos, então, ter várias “vistas” da peça.
Figura 23
34
11.1. Projeção ortográfica do prisma retangular
Para entender melhor a projeção ortográfica de um modelo em três planos de
projeção você vai acompanhar, primeiro, a demonstração de um sólido geométrico -
o prisma retangular em cada um dos planos, separadamente.
Figura 24
Imagine que o modelo foi retirado e você verá, no plano vertical, apenas a projeção
ortográfica do prisma visto de frente.
Figura 25
35
11.1.2. Vista superior
A vista frontal não nos dá a idéia exata das formas do prisma. Para isso
necessitamos de outras vistas, que podem ser obtidas por meio da projeção do
prisma em outros planos do 1º diedro. Imagine, então, a projeção ortográfica do
mesmo prisma visto de cima por um observador na direção indicada pela seta, como
aparece na próxima figura.
Figura 26
Figura 27
36
11.1.3. Vista lateral
Para completar a idéia do modelo, além das vistas frontal e superior uma terceira
vista é importante: a vista lateral esquerda. Imagine, agora, um observador vendo o
mesmo modelo de lado lado, na direção indicada pela seta, como mostra a
ilustração a próxima figura.
Figura 28
Como o prisma está em posição paralela ao plano lateral, sua projeção ortográfica
resulta num retângulo idêntico às faces ADEH e BCFG, paralelas ao plano lateral.
Retirando o modelo, você verá no plano lateral a projeção ortográfica do prisma visto
de lado, isto é, a vista lateral esquerda.
Figura 29
37
11.2. Rebatimento dos planos de projeção
Agora, que você já sabe como se determina a projeção do prisma retangular
separadamente em cada plano, fica mais fácil entender as projeções do prisma em
três planos simultaneamente, como mostra a figura seguinte.
Figura 30
Figura 31
Mas, em desenho técnico, as vistas devem ser mostradas em um único plano. Para
tanto, usamos um recurso que consiste no rebatimento dos planos de projeção
38
horizontal e lateral. Veja como isso é feito no 1º diedro: E o plano vertical, onde se
projeta a vista frontal, deve ser imaginado sempre numa posição fixa; E para rebater
o plano horizontal, imaginamos que ele sofre uma rotação de 90º para baixo, em
torno do eixo de interseção com o plano vertical (Figura 32 e Figura 33). O eixo de
interseção é a aresta comum aos dois semiplanos.
Figura 32 Figura 33
Para rebater o plano de projeção lateral imaginamos que ele sofre uma rotação de
90º, para a direita, em torno do eixo de interseção com o plano vertical (Figura 34 e
Figura 35).
Figura 35
Figura 34
39
Agora, você tem os três planos de projeção: vertical, horizontal e lateral,
representados num único plano, em perspectiva isométrica, como mostra a Figura
35. Observe agora como ficam os planos rebatidos vistos de frente.
Figura 36
Figura 37
As posições relativas das vistas, no 1º diedro, não mudam: a vista frontal, que é a
vista principal da peça, determina as posições das demais vistas; a vista superior
aparece sempre representada abaixo da vista frontal; a vista lateral esquerda
aparece sempre representada à direita da vista frontal. O rebatimento dos planos de
projeção permitiu representar, com precisão o modelo de três dimensões (o prisma
retangular) numa superfície de duas dimensões. Além disso, o conjunto das vistas
representa o modelo em verdadeira grandeza, possibilitando interpretar suas formas
com exatidão.
40
11.3. Projeção orto ráfica de modelos
Figura 38
Figura 39
Figura 40
41
Todas as arestas que definem os elementos do modelo são visíveis de cima e estão
representadas na vista superior pela linha para arestas e contornos visíveis. Por último,
analise a projeção da vista lateral esquerda.
Figura 41
Figura 42
42
Observe as vistas ort gráficas do modelo após o rebatimento dos planos de
projeção. Você pode identificar, na figura abaixo, a linha para arestas e contornos
visíveis e a linha para arestas e contornos não visíveis.
43
12- Projeção ortogonal no 3º diedro
Nos Estados Unidos e Canadá, convencionou-se usar as projeções com disposição
diferente das vistas, sendo esse sistema chamado de “projeção no 3º diedro”. É
importante o conhecimento desse tipo de representação, visto existir no Brasil
grande número de indústrias de ordem norte-americana e canadense.
Figura 44
Observa-se que a vista de cima fica acima da vista de frente, enquanto que as
laterais direta e esquerda ficam, respectivamente, à direita e à esquerda da vista de
frente.
10
11
12
12.1 Comparações entre as Projeções Ortogonais do 1º e 3º Diedro
Figura 45
44
Figura 46
Figura 47
Figura 48
45
13- Classificação dos desenhos
Segundo a norma NBR 10647 os desenhos podem ser classificados como:
13
13.1 Esboço
Representação gráfica aplicada habitualmente aos estágios iniciais de elaboração de
um projeto, podendo, entretanto, servir ainda à representação de elementos
existentes ou à execução de obras.
Algumas definições estão presentes no cotidiano e não são abordados pela norma. A
facilidade de executar desenhos a mão livre é parte indispensável na bagagem
intelectual de um técnico. No seu dia-a-dia terá que elaborar rápidos esboços de
detalhes construtivos, peças, instalações ou elementos que compõe uma máquina. Esta
habilidade será bastante útil no momento de criação de um projeto e para facilitar a
transmissão de idéias no trabalho em equipes.
46
Em aproximadamente 90% (noventa por cento) dos casos, o técnico terá a sua
disposição, na fábrica ou no campo, apenas lápis, borracha e papel. E sendo assim,
surge a necessidade deste técnico possuir habilidade suficiente para desenvolver, a
contento, os esboços exigidos.
Recomendações:
• No desenho a mão livre é importante o traçado inicial ser bem leve, para possibilitar
correções de eventuais erros, após verificações. Estas correções devem ser feitas com
traços firmes e nítidos com pressão moderada.
• Para desenho a mão livre use lapiseiras com grafite 0,5 milímetro e macio.
• Os traços verticais, inclinados ou não, em geral sai melhor de cima para baixo assim
como os horizontais da esquerda para a direita, sendo que para os canhotos pode ser
mais cômodo o sentido inverso
47
13.2 Desenho de conjunto
Segundo a norma NBR 10647 é o desenho mostrando reunidos componentes, que
se associam para formar um todo.
48
14- Perspectiva
O desenho em perspectiva mostra o objeto como ele aparece aos olhos do
observador. Dá a idéia clara por apresentar diversas faces do objeto.
14
14.1 Perspectiva isométrica
49
50
14.1.1 Perspectiva isométrica de circunferências e de arcos de circunferência
São geralmente representados pela elipse isométrica, cujo traçado oferece exatidão
suficiente para trabalhos comuns.
50
14.1.2 Linhas não isométricas
As linhas não paralelas aos eixos isométricos são chamadas linhas não isométricas.
Estas linhas não se apresentam em perspectiva nas suas verdadeiras grandezas e
devem ser traçadas através de linhas isométricas auxiliares, como mostra o exemplo
abaixo:
Esta perspectiva caracteriza-se por sempre representar a peça como vista de frente.
51
O ângulo a, na perspectiva cavaleira, pode ser de 30º, 45º ou 60º. A medida
marcada nesta linha inclinada sofrerá redução de 1/3 quando o ângulo for de 30º, 1/2
quando o ângulo for de 5º e 2/3 quando for de 60º.
52
15- Escalas
12.
13.
14.
15.
15.1. Tipos e empregos
Figura 49
54
Escala 1:2, que se lê “Escala um por dois”.
No exemplo abaixo, o desenho está duas vezes menor que os valores das cotas.
Figura 50
Quando o desenho de uma peça for efetuado no tamanho maior do que esta,
estaremos usando escala de ampliação. Note que as cotas conservaram, também,
os valores reais da peça.
Figura 51
55
O exemplo ao lado significa que 2 mm na peça, corresponde a 1 mm no desenho.
Figura 52
Figura 53
14.2.1.1 NOTAS:
56
16- Supressão de vistas
Quando representamos uma peça pelas suas projeções, usamos as vistas que
melhor identificam suas formas e dimensões. Podemos usar três ou mais vistas,
como também podemos usar duas vistas e, em alguns casos, até uma única vista.
Nos exemplos abaixo estão representadas peças com duas vistas. Continuará
havendo uma vista principal - vista de frente -, sendo escolhida como segunda vista
aquela que melhor complete a representação da peça.
Figura 54
Figura 55
Nos exemplos abaixo estão representadas peças por uma única vista. Nesse tipo de
projeção, é indispensável o uso de símbolos.
Figura 56
Figura 57
Agora você vai aprender a ler e interpretar desenhos técnicos de peças
representadas em vista única.
57
As três vistas: frontal, superior e lateral esquerda transmitem a idéia de como o
modelo é na realidade. Veja agora o mesmo modelo, representado em duas vistas.
Mas, este mesmo modelo pode ser representado com apenas uma vista, sem
qualquer prejuízo para sua interpretação. Veja.
Apenas a vista frontal foi representada. Todas as cotas da peça foram indicadas. A
largura da peça foi indicada pela palavra espessura abreviada (ESP), seguida do
valor numérico correspondente.
Uma vez que o modelo é simétrico no sentido longitudinal, você já sabe que os
elementos são centralizados. Assim, para definir os elementos, bastam as cotas de
tamanho. O tamanho do rasgo passante fica determinado pelas cotas 10 e 15. Como
o rasgo é passante, sua profundidade coincide com a largura da peça, ou seja, 15
mm.
58
Analise outro desenho técnico em vista única.
Como não é possível concluir, pela analise da vista frontal, se os furos são
passantes ou não, esta informação deve vir escrita, em lugar que não atrapalhe a
interpretação do desenho.
Você notou que a indicação da espessura da peça foi representada fora da vista
frontal? Isto porque a indicação da espessura da peça dentro da vista prejudicaria a
interpretação do desenho.
16.
16.1. Sinais convencionais
Sinais convencionais são usados nos desenhos com a finalidade de simplificar e
facilitar sua leitura.
Usado na indicação de partes cilíndricas e nas vistas onde a secção circular das
mesmas não estejam bem caracterizadas. O sinal é colocado sempre antes dos
algarismos.
59
16.1.2. Sinal indicativo de quadrado -
Exemplo:
Duas diagonais cruzadas, traçadas com linha fina-cheia, são usadas na:
60
16.1.4. Sinais convencionais indicativos de perfilados
Estes sinais são empregados sempre antes da designação de bitola nos materiais
perfilados.
60
17- Cotagem em desenho técnico
Os desenhos devem conter todas as cotas necessárias de maneira a permitir a
completa execução da peça sem que para isso seja necessário recorrer à medição
no desenho, o que não seria cômodo e nem adequado.
A norma NBR10126 fixa os princípios gerais que devem ser usados na cotagem em
todos os desenho técnicos.
17.
17.1. Norma NBR 10126
17.1.1. Aplicação
A cotagem deve ser localizada na vista ou corte que represente mais claramente o
elemento.
Desenhos de detalhes devem usar a mesma unidade (por exemplo, milímetro) para
todas as cotas sem o emprego do símbolo. Se for necessário, para evitar mau
entendimento, o símbolo da unidade predominante para um determinado desenho
deve ser incluído na legenda. Onde outras unidades devem ser empregadas como
parte na especificação do desenho (por exemplo, N.m. para torque ou kPA para
pressão), o símbolo da unidade apropriada deve ser indicado com o valor.
A cotagem funcional deve ser escrita diretamente no desenho (ver Figura 18.1)
Ocasionalmente a cotagem funcional escrita indiretamente é justificada ou
necessária. A Figura 18.2 mostra o efeito da cotagem funcional escrita indiretamente,
aceitável, mantendo os requisitos dimensionais estabelecidos na Figura 18.1.
A cotagem não funcional deve ser localizada de forma mais conveniente para a
produção e inspeção.
61
Figura 18.1
Figura 18.2
Incluem a linha auxiliar, linha de cota (NBR 8403) limite da linha de cota e a cota. Os
vários elementos da cot gem são mostrados nas Figuras 18.3 e 18.4.
São desenhadas como linhas estreitas contínuas, conforme NBR 8403, mostrado
nas Figuras 18.3 e 18.4.
Linha auxiliar deve ser prolongada ligeiramente além da respectiva linha de cota (ver
Figuras 18.3 e 18.4). Um pequeno espaço deve ser deixado entre a linha de
contorno e linha auxiliar.
Figura 18.3 – a
62
Figura 18.3 - b
Figura 18.4
Figura 18.5
Figura 18.6
Linhas auxiliares e cota, sempre que possível, não devem cruzar com outras linhas
(ver Figura 18.7).
63
Figura 18.7
A linha de cota não deve ser interrompida, mesmo que o elemento o seja (ver Figura
18.8).
Figura 18.8
O cruzamento das linhas de cota e auxiliares devem ser evitados, porém, se isso
ocorrer, as linhas não devem ser interrompidas no ponto de cruzamento.
A linha de centro e a linha de contorno, não devem ser usadas como linha de cota,
porém, podem ser usadas como linha auxiliar (ver Figura 18.9). A linha de centro,
quando usada como linha auxiliar, deve continuar como linha de centro até a linha de
contorno do objeto.
Figura 18.9
A indicação dos limites da linha de cota é feita por meio de setas ou traços oblíquos.
64
a) a seta é desenhada com linhas curtas formando ângulos de 15°. A seta pode ser
aberta, ou fechada preenchida (ver Figura 18.10);
b) o traço oblíquo é desenhado com uma linha curta e inclinado a 45° (ver Figura
18.11);
Figura 18.10
Figura 18.11
A indicação dos limites da linha de cota deve ter o mesmo tamanho num mesmo
desenho.
Somente uma forma da indicação dos limites da linha de cota deve ser usada num
mesmo desenho. Entretanto, quando o espaço for mito pequeno, outra forma de
indicação de limites pode ser utilizada (ver Figura 18.23).
Quando houver espaço disponível, as setas de limitação da linha de cota devem ser
apresentadas entre os limites da linha de cota (ver Figura 18.12). Quando o espaço
for limitado as setas de limitação da linha de cota, pode ser apresentadas
externamente no prolongamento da linha de cota, desenhado com esta finalidade
(ver Figura 18.13).
65
Somente uma seta de limitação da linha de cota é utilizada na cotagem de raio (ver
Figura 18.14). Pode ser dentro ou fora do contorno, (ou linha auxiliar) dependendo
do elemento apresentado.
Figura 18.14
Existem dois métodos de cotagem mas somente um deles deve ser utilizado num
mesmo desenho:
a) método 1:
Figura 18.15
Exceção pode ser feita onde a cotagem sobreposta é utilizada (ver Figura 18.33). As
cotas devem ser escritas de modo que possam ser lidas da bas e/ou lado direito do
desenho.
Cotas em linhas de cotas inclinadas devem ser seguidas como mostra a Figura
18.16.
66
Figura 18.16
Na cotagem angular podem ser seguidas uma das formas apresentadas nas Figuras
18.17 e 18.18.
b) Método 2:
- as cotas devem ser lidas da base da folha de papel. As linhas de cotas devem ser
interrompidas, preferivelmente no meio, para inscrição da cota (ver Figuras 18.19 e
18.20).
67
Figura 18.19 Figura 18.20
Na cotagem angular podem ser seguidas uma das formas apresentadas nas Figuras
18.18 e 18.21.
Figura 18.21
Figura 18.22
b) sobre o prolongamento da linha de cota, quando o espaço for limitado (ver Figura
18.23);
68
Figura 18.23
Figura 18.24
Cotas fora de escala (exceto onde a linha de interrupção for utilizada) deve ser
sublinhada com linha reta com a mesma largura da linha do algarismo (ver Figura
18.25).
Figura 18.25
Os símbolos seguintes são usados com cotas para mostrar a identificação das
formas e melhorar a interpretação de desenho. Os símbolos de diâmetro e de
quadrado podem ser omitidos quando a forma for claramente indicada.
69
Figura 18.26 Figura 18.27 Figura 18.28
Cotagem em cadeia
Figura 18.31
70
Cotagem por elemento de referência
Cotagem aditiva em duas direções pode ser utilizada quando for vantajoso. Neste
caso, a origem deve ser como mostra a Figura 18.34.
Figura 18.34
71
Figura 18.35
Pode ser mais prático reduzir-se a Tabela, como mostra a Figura 18.36 do que a
Figura 18.34.
Figura 18.36
Figura 18.37
Coordenadas para pontos arbitrários sem a malha, devem aparecer adjacentes a
cada ponto (ver Figura 18.38) ou na forma de tabela (ver Figura 18.39).
72
Figura 18.38 Figura 18.39
Cotagem combinada
Cotagem simples, cotagem aditiva e cotarem por elemento comum podem ser
combinadas no desenho (ver Figuras 18.40 e 18.41).
As cotas de cordas, arcos e ângulos, devem ser como mostra a Figura 18.42.
Figura 18.42
Quando o centro do arco cair fora dos limites do espaço disponível, a linha de cota
do raio deve ser quebrada ou interrompida, conforme a necessidade de localizar ou
não o centro do arco (ver Figura 18.14).
Quando o tamanho do raio for definido por outras cotas, ele deve ser indicado pela
linha de cota do raio com o símbolo R sem cota (ver Figura 18.43).
73
Figura 18.43
Elementos eqüidistantes
Figura 18.44
Figura 18.45
74
Figura 18.46 Figura 18.47
Espaçamentos circulares podem ser cotados indiretamente, dando o número de
elementos, como mostra a Figura 18.48
Figura 18.48
75
17.1.8. Chanfros e escareados
Chanfros devem ser cotados como mostra a Figura 18.51. Nos chanfros de 45° a
cotagem pode ser simplificada, como mostram as Figuras 18.52 e 18.53.
Figura 18.54
Para evitar a repetição da mesma cota ou evitar chamadas longas, podem ser
utilizadas letras de referências, em conjunto com uma legenda ou nota (ver Figura
18.55).
Figura 18.55
Em objetos simétricos representados em meio corte (ver Figura 18.56-a)) ou meia
vista (ver Figura 18.56-b)) (ver NBR 10067), a linha de cota deve cruzar e se
estender ligeiramente além do eixo de simetria.
76
Figura 18.56 - a Figura 18.56 - b
Normalmente não se cota em conjunto, porém, quando for cotado, o grupo de cotas
específico para cada objeto deve permanecer, tanto quanto possível, separados (ver
Figura 18.57).
Figura 18.57
Neste caso, a área ou o comprimento e sua localização, são indicados por meio de
linha, traço e ponto larga, desenhada adjacente e paralela à face correspondente.
77
Figura 18.58
Figura 18.59
78
18- Cortes
Os cortes são utilizados para representar de um modo claro os detalhes internos de
uma peça, fazendo ressaltar ainda em um conjunto a posição de cada peça ou órgão
que o constitui.
15
16
17
18
18.1 Interpretação do corte
Figura 58 (Cotação
desaconselhável) Figura 60
Figura 59
18.1.1 Observações
1. O corte é imaginário.
2. O sombreado, na projeção, corresponde à parte da peça que foi atingida pelo
corte. A região não sombreada indica a não atingida.
79
18.1.2 Hachuras
Para cada material existe uma hachura convencional, conforme exemplos abaixo.
Figura 61
80
Com apenas esses detalhes externos apresentados, é impossível a identificação
correta da peça. Portanto, precisamos de mais detalhes.
Na figura abaixo, temos os detalhes externos representados por meio de contornos
visíveis e os detalhes internos por contornos invisíveis (linhas tracejadas). Com tudo
isso, ainda existe uma dificuldade para interpretar a forma de todas as peças.
Portanto, temos de lançar mão de um outro recurso que possibilite mostrá-las com
maior clareza e facilidade de interpretação.
Figura 62
Esse recurso, chamado de corte total, usado nestas vistas, possibilitar uma perfeita
interpretação e algumas vantagens, como:
1. maior clareza dos detalhes internos das peças;
2. quais os tipos de material de que constituem as peças;
3. melhor interpretação do funcionamento do conjunto;
4. número de peças que constituem o conjunto.
Figura
81
CORTE - AA
82
18.1. Norma NBR 12298
As hachuras, em uma mesma peça, são feitas sempre numa mesma direção. (ver
Figura abaixo)
As hachuras têm sempre a mesma direção, mesmo quando o corte de uma peça é
executada por vários planos de corte paralelos (ver Figura abaixo).
83
Quando houver necessidade de representar dois elementos alinhados, manter a
mesma direção das hachuras, porém com linhas desencontradas (ver Figura abaixo).
84
18.2. Algumas regras sobre os cortes
1. O corte, de um modo geral, é sempre indicado em uma vista por meio de uma
linha de corte acompanhada pelas letras AA, BB, CC ... e representado em outra
vista (figura acima).
2. Sempre que indicarmos em uma vista a linha de corte seguida das letras AA, BB,
CC ... embaixo da vista na qual é representada o corte, será escrita a expressão
CORTE-AA, CORTE-BB, CORTE-CC, etc.
5. Quando cortamos ume peça, mostramos apenas o que vemos. Portanto, não
mostramos nenhum detalhe oculto por meio de linhas tracejadas.
85
18.3. Corte total
O corte total é aquele que corta toda a extensão de uma peça em uma só direção e
sua direção pode ser no sentido vertical ou horizontal.
Figura 64
Figura 65
85
Figura 66
86
Observe novamente o modelo secionado e, ao lado, suas vistas ortográficas.
Figura 67
Como o corte pode ser imaginado em qualquer das vistas do desenho técnico, agora
você vai aprender a interpretar cortes aplicados na vista superior. Imagine o mesmo
modelo anterior visto de cima por um observador.
Figura 68
Para que os furos redondos fiquem visíveis, o observador deverá imaginar um corte.
Veja, a seguir, o modelo secionado por um plano de corte horizontal.
Figura 69
86
Figura 70
Observe mais uma vez o modelo com dois furos redondos e um furo quadrado na
base. Imagine um observador vendo o modelo de lado e um plano de corte vertical
atingindo o modelo, conforme a figura a seguir.
Figura 71
Observe na figura seguinte, que a parte anterior ao plano de corte foi retirada,
deixando visível o furo quadrado.
Figura 72
87
Figura 73
Figura 74
88
18.6. Meio corte
Tratando-se de uma peça ou de um conjunto simétrico, é sempre vantajoso
representá-los em meio corte.
O meio corte tem a vantagem de indicar em uma só vista a parte interna e externa da
peça ou conjunto mas tem o inconveniente de não se poderem cotar com clareza
alguns detalhes internos.
Figura 76 Figura 77
É o corte que se representa sobre parte de uma vista para indicar algum detalhe
interno da peça, evitando, às vezes, o corte total ou meio corte.
OBS: Quando aplicamos o corte parcial em uma vista, as partes internas não
atingidas pelo corte deverão ser mostradas em linhas tracejadas e o contorno da
parte cortada é feito por uma linha de ruptura de grossura média.
Figura 78
89
18.8. Corte rebatido
A projeção normal de peças que tenham partes ou detalhes situados fora dos eixos
horizontais e verticais, além de deformar os elementos, torna difícil a interpretação.
Para evitar tais dificuldades, criou-se o corte rebatido, que consiste no deslocamento
em rotação dessas partes para o eixo principal (horizontal ou vertical).
Figura 93
90
18.10. Omissão de corte
Para melhor interpretação de certos elementos de máquinas, e de alguns detalhes
de peças mecânicas, foi criada uma regra no desenho técnico mecânico, que se
chama omissão de corte. Assim, veja como ficou o desenho abaixo.
Figura 79
Portanto, pinos, contra pinos, eixos, rebites, parafusos, porcas, contra porcas,
arruelas, esferas e roletes de rolamento, chavetas, nervuras, braços de polias,
volantes e rodas dentadas, não devem ser desenhadas em corte no sentido
longitudinal, mesmo situadas no plano de corte.
Figura 80
Figura 82
91
Figura 81
Figura 84
Figura 83
Figura 86
Figura 85
92
18.11. Seções
Teoricamente podemos imaginar que a secção e o corte tem a mesma finalidade,
mas isto não é verdade pois cada um possui regras próprias; enquanto o corte é
usado para representar detalhes internos de uma peça, a secção é usada para
mostrar o perfil da mesma ou de uma de suas partes.
Figura 87
A seção pode ser representada rebatida dentro da vista, desde que não prejudique a
interpretação do desenho. Observe a próxima perspectiva em corte e, ao lado, sua
representação em vista ortográfica, com a seção representada dentro da vista.
Figura 88
93
18.11.2. Seções traçadas fora das vistas
Figura 89
18.12. Rupturas
Peças de perfis simples e uniforme porém longas, como chapas, barra chatas, barra
redonda, tubos e perfilados de um modo geral, não precisam ser desnhados em
formatos alongados e nem em escalas muito reduzidas, dificultando à interpretação e
até mesmo a execução dos mesmos. O desenhos destas peças se faz aplicando
uma representação convencional chamada ruptura.
OBS.: A parte removida da peça, não poderá ter nenhum detalhe importante para
sua construção.
94
Figura 90
Figura 91
95
19- Rotação de detalhes oblíquos
Rotação é um movim nto giratório, um giro em torno de um eixo. A seguir,
começaremos nosso estudo exercitando esse tipo de representação. A peça em
perspectiva abaixo, um tipo de braço de comando, apresenta uma parte oblíqua.
Figura 94
Figura 95
Observe que o segmento AB, que determina a distância entre dois furos da peça, é
maior na vista frontal do que na vista superior. Isso ocorre porque, na vista frontal, a
parte oblíqua aparece representada em verdadeira grandeza.
Figura 96 Figura 97
96
Na vista superior a parte oblíqua aparece encurtada. O mesmo ocorre com o
segmento CD (diâmetro da parte cilíndrica), que na vista frontal é representado em
verdadeira grandeza e na vista superior aparece menor que na vista frontal.
Figura 98
A rotação é imaginada de modo que a parte oblíqua fique sobre o eixo principal da
peça e paralela ao plano de projeção, que neste exemplo é o horizontal. Agora veja
o que acontece quando a parte oblíqua em rotação é representada na vista superior.
Compare o tamanho dos segmentos: AB e CD da parte oblíqua na vista frontal e na
vista superior.
97
20- Vistas auxiliares
Existem peças que têm uma ou mais faces oblíquas em relação aos planos de
projeção. Veja alguns exemplos.
Figura 99
OBS: Uma superfície só se apresenta com sua verdadeira forma, quando projetada
sobre um plano que lhe é paralelo.
Figura 101
Figura 100
98
19.1. Vista Auxiliar Simplificada
A vista auxiliar simplificada, pela facilidade de sua interpretação, é da maior
importância no desenho de mecânica. Tem por objetivo, tornar mais fácil a
construção dos desenhos, economizando tempo e espaço. Entretanto a sua
interpretação nem sempre é tão fácil aos que se uniciam a arte de ler desenho
técnico.
Figura 102
99
21- Vistas parciais
Certas peças, embora simples, necessitam, devido a pequenos detalhes, mais de
uma vista para sua inteira interpretação. A representação dessas peças pode ser
simplificada, deixando-se de desenhar a segunda vista por inteiro, mas rebatendo
apenas o detalhe no qual não ficou bem interpretado na vista principal.
Figura 105
100
20. Conjuntos mecânicos
O desenho de conjunto representa um grupo de peças montadas, como: dispositivos,
ferramentas, máquinas, motores, equipamentos, etc.
101
Desenho de conjunto – as peças são desenhadas em conjunto, dando uma idéia
de montagem.
102
A escolha das vistas para os desenhos de conjuntos obedece aos mesmos princípios
usados nas projeções d s peças.
Nos desenhos de conjuntos, existe uma tabela, colocada acima do rótulo, que indica
a quantidade, o número, o nome e o material de cada peça, além de outras
informações que se fizerem necessárias.
103
O grampo fixo é uma ferramenta utilizada para fixar peças temporariamente.
As peças a serem fixadas ficam no espaço “a” (ver na figura). Esse espaço pode ser
reduzido ou ampliado, de acordo com o movimento rotativo do manípulo (peça nº 4)
que aciona o parafuso (peça nº 3) e o encosto móvel (peça nº 2).
Quando o espaço “a” é reduzido, ele fixa a peça e quando aumenta, solta a peça.
Cada uma das peças que compõem o conjunto é identificada por um numeral.
Os numerais são ligado a cada peça por linhas de chamada. As linhas de chamada
são representadas por uma linha contínua estreita. Sua extremidade termina com um
ponto quando toca a superfície do objeto. Quando toca a aresta ou contorno do
objeto, termina com seta.
Uma vez que as peças são desenhadas da mesma maneira como devem
sermontadas no conjunto, fica fácil perceber como elas se relacionam entre si e
assim deduzir o funcionamento de cada uma.
104
O desenho de conjunto, para montagem, pode ser representado em perspectiva
isométrica, como mostra a ilustração seguinte.
Por meio dessa perspectiva você tem a idéia de como o conjunto será montado.
105
22.1. Interpretação da legenda
Veja, a seguir, o conjunto do grampo fixo desenhado numa folha de papel
normalizada.
106
É fácil interpretar a lege da do desenho de conjunto. Basta ler as informações
que o rótulo e a lista de peças contêm.
107
Para facilitar a leitura do rótulo e da lista de peças, vamos analisá-los
separadamente.
108
Os nomes das peças que compõem o grampo fixo são: corpo, encosto móvel,
parafuso, manípulo e cabeça. Para montagem do grampo fixo são necessárias duas
cabeças e uma unidade de cada uma das outras peças.
Todas as peças são fabricadas com aço ABNT 1010-1020. Esse tipo de aço é
padronizado pela ABNT. Os dois primeiros algarismos dos numerais 1010 e 1020
indicam o material a ser usado, que nesse caso é o aço-carbono.
Todas as peças do grampo fixo são fabricadas com o mesmo tipo de aço. Mas,
as seções e as medidas do material de fabricação são variáveis.
Cada peça que compõe o conjunto mecânico deve ser representada em desenho de
componente.
Apenas as peças padronizadas, que não precisam ser executadas pois são
compradas de fornecedores externos, não são representadas em desenho de
componente.
109
Essas peças aparecem representadas apenas no desenho de conjunto e devem ser
requisitadas com base nas especificações da lista de peças.
110
A legenda do desenho de componente é bastante parecida com a legenda do
desenho de conjunto.
Ela também apresenta rótulo e lista de peças. Examine, com atenção, a legenda do
desenho de componente da peça 2.
111
A interpretação do rótulo do desenho de componente é semelhante à do rótulo do
desenho de conjunto.
112
O diâmetro do furo passante é de 6 mm. O raio da superfície esférica é de 12 mm. A
espessura do encosto é de 1,52 mm e corresponde à espessura do Aço ABNT 1010-
1020, bitola 16.
Não há indicações de tolerâncias específicas, pois trata-se de uma peça que não
exige grande precisão. Apenas a tolerância dimensional geral foi indicada: ± 0,1
.
Acompanhe a interpretação dos desenhos das demais peças que formam o grampo
fixo. Vamos analisar, em seguida, o desenho de componente da peça nº 1, que é o
corpo.
113
Examinando o rótulo, vemos que o corpo está representado em escala natural (1:1),
no 1º diedro. As medidas da peça são dadas em milímetros.
114
A lista de peças traz as mesmas informações já vistas no desenho de conjunto.
O corpo está representado pela vista frontal e duas vistas especiais: vista de A e
vista de B. A vista de A e a vista de B foram observadas conforme o sentido das
setas A e B, indicadas na vista frontal.
A vista frontal apresenta um corte parcial e uma seção rebatida dentro da sta.
O corte parcial mostra o furo roscado. O furo roscado tem uma rosca triangular
métrica normal. A rosca é de uma entrada.
115
A legenda nos informa que o parafuso está desenhado em escala natural
(1:1), no 1º diedro.
116
As informações da lista de peças são as mesmas do desenho de conjunto. O
parafuso está representado por intermédio da vista frontal com aplicação de corte
parcial.
117
O manípulo também está representado em escala natural, no 1º diedro. Essa peça
será feita de uma barra de aço com 6,35 mm de diâmetro e 80 mm de comprimento.
118
O manípulo está representado em vista frontal. A vista frontal mostra o corpo do
manípulo e duas espigas nas extremidades. O símbolo indicativo de diâmetro indica
que tanto o corpo como as espigas são cilíndricos.
Note que as espigas têm tolerância ISO determinada: e9 no diâmetro. Essas duas
espigas serão rebitadas nas cabeças no manípulo (peça 5).
119
A cabeça está representada em escala de ampliação (2:1), no 1º diedro. Serão
necessárias 2 cabeças para a montagem do manípulo.
120
Nesse desenho, N12 indica o acabamento especial da superfície interna cilíndrica do
furo.
121
22- Bibliografia