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ALINHAME

NTO DE MÁQUINAS

ÍNDICE

Autores: Claudio Silva


Getulio V. Drummond

CAPÍTULO ASSUNTO PAG.


1 -
Introdução ............................................................................... 02
2 .................................................................................................
Tipos - de 03
3 desalinhamento
O - .......................................................... .............
relógio comparador............................................................... 05
4 -
A relação entre desalinhamento radial e as leituras do 07
5 relógiode...leitura por deflexão das
Erros - 11
5.1 hastes
Efeito....................................
- da deflexão das hastes .....................................
na leitura 11
5.2 radial -
Efeito ........................
da deflexão das . hastes na leitura axial ......................... 12
6 .........................
-
Erros de leitura por deslocamento 14
7 axial de
Erros - ...................................
leitura devido às superfícies .................................... 15
8 curvas
O -
uso de .............................
acessórios ................................................................. 16
9 ....................................................................
A -
consistência das 17
10 leituras
Aspectos........................................................
- importantes para o ............................ 22
10.1 alinhamento
A seqüência.................................
- ideal .................................................................. 22
10.2 ....................................................................
-
Planejamento e segurança ..................................................... 22
10.3 .......................................................
-
Verificações 23
11 preliminares
-
Desalinhamento .......................................................
por variações de 24
12 temperatura ..............................................................................
-
Tolerâncias .......................... 25
13 ...................................................................................
Métodos- de alinhamento .......................................................... 28
13.1 ...........................................................
-
O método radial e axial ........................................................ 28
13.1.1 ..........................................................
-
Solução por cálculo ............................................................ 31
13.1.2 ..............................................................
-
Solução 33
13.1.3 gráfica- ..................................................................
Considerações sobre o .................. 41
13.2 método -
O método .......................................... ........................................ 42
13.2.1 reverso- ................................................................
Solução por .................... 46
13.2.2 cálculo-
Solução ........................................................... .........................
gráfica .................................................................. 48
13.2.3 ......................................................................
-
Considerações sobre o 54
13.3 método -
O método ........................................... ........................................
face a face ............................................................ 55
13.3.1 ...............................................................
-
Com apenas 1 espaçador longo ........................................... 56
13.3.1.1 .............................................
-
Solução por cálculo .......................................................... 59
13.3.1.2 ............................................................
-
Solução gráfica ................................................................. 62
13.3.2 ..................................................................
-
Com 2 espaçadores longos e 1 mancal 68
13.3.2.1 intermediário
-
Solução por ...........
cálculo .......................................................... 75
13.3.2.2 ...........................................................
-
Solução gráfica ................................................................. 78
15 ....................................................................
-
Bibliografia ............................................................................. 87
. ..................................................................................
Apêndice A - Formulários para 88
alinhamento ..................................................

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1 - INTRODUÇÃO

O desalinhamento excessivo entre duas máquinas rotativas acopladas pode causar-lhes uma
série de danos. Normalmente o desalinhamento provoca vibrações e todos os inconvenientes
resultantes, como falha dos mancais, da selagem e afrouxamento de peças.

Outro componente que se desgasta com o desalinhamento é o acoplamento. Quando é de


lâminas flexíveis, estas podem sofrer fadiga e nos de engrenagens poderá haver um desgaste
acentuado nos dentes.

A importância de se fazer um bom alinhamento é confirmada por estatísticas que mostram ser
o desalinhamento, juntamente com o desbalanceamento, uma das principais causas básicas de
falhas em equipamentos rotativos.

Há diversos métodos de alinhamento sendo que, no mais recentemente criado, as leituras são
feitas por um sistema ótico, com raio laser. Estas medidas são introduzidas de forma
automática num calculador eletrônico que, de posse das distâncias entre apoios e planos de
leitura, fornece o valor das correções necessárias.

Neste trabalho, veremos apenas 3 métodos de alinhamento muito utilizados. O primeiro, um


dos mais antigos, é denominado AXIAL e RADIAL (FACE-AND-RIM). O segundo,
chamado de REVERSO (REVERSE INDICATOR), vem sendo preferido pela possibilidade
de realizar o alinhamento com as máquinas acopladas, pela facilidade de representação gráfica
e por não ser afetado pelo deslocamento axial dos eixos durante o alinhamento. O terceiro
método, chamado de FACE A FACE (FACE-FACE-DISTANCE), é utilizado quando o
espaçador do acoplamento é muito longo, como, por exemplo, em torres de resfriamento.

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2 - TIPOS DE DESALINHAMENTO

Duas máquinas estão perfeitamente alinhadas se seus eixos possuem uma mesma linha de
centro quando em operação. Quando isto não ocorre dizemos que as máquinas estão
desalinhadas.

Os eixos das máquinas acionada e acionadora podem apresentar 3 tipos de posições relativas
ao desalinhamento. Esta classificação do tipo de alinhamento é apenas didática. Na prática, os
métodos de alinhamento corrigem adequamente qualquer dos tipos citados.

Dizemos que dois eixos apresentam um desalinhamento RADIAL ou PARALELO quando


suas linhas de centro são retas paralelas como, por exemplo, na FIGURA 1.

Dizemos que dois eixos apresentam um desalinhamento ANGULAR quando suas linhas de
centro são retas concorrentes como, por exemplo, na FIGURA 2.

O desalinhamento mais encontrado na prática, uma combinação dos dois primeiros casos, é
chamado de MISTO. Neste caso as linhas de centro dos dois eixos são retas reversas. Como
exemplo temos a FIGURA 3.

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3 - O RELÓGIO COMPARADOR

A FIGURA 5 mostra um relógio comparador mecânico e um digital, usados para fazer o


alinhamento. No modelo mecânico, a ponta, ao mover-se, atua num jogo de engrenagens que
aciona um ponteiro.

A escala é graduada em centésimos de milímetro ou em milésimos de polegada. O arco


percorrido pelo ponteiro corresponde ao deslocamento da ponta do relógio.

Alguns relógios possuem um segundo ponteiro, menor, que conta o número de voltas dadas
pelo ponteiro principal.

O mostrador do relógio pode ser girado. Assim, qualquer que seja a posição do ponteiro,
podemos posicionar a escala para que a leitura seja zero.

Por convenção, quando a ponta do relógio entra, a leitura é considerada positiva (+) e o
ponteiro gira no sentido horário (FIGURA 4). Quando a ponta sai, a leitura é negativa (-) e o
ponteiro gira no sentido anti-horário.

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4 - A RELAÇÃO ENTRE O DESALINHAMENTO RADIAL E AS LEITURAS
DO RELÓGIO

A compreensão deste capítulo é fundamental para que se entenda o alinhamento.

Suponhamos dois eixos alinhados. Vamos colocar dois relógios, A e B, zerados, graduados
em centésimos de milímetro e apoiados no EIXO 2, um na parte superior e outro na parte
inferior do eixo (FIGURA 6). Ambos os relógios serão fixados ao EIXO 1. Os relógios
possuem as mesmas dimensões, assim como seus suportes. Como os eixos estão alinhados, se
girássemos o EIXO 1, as leituras seriam zero em qualquer posição.

Vamos manter o relógio A na parte superior e o B na inferior, ambos zerados. Vamos abaixar
o EIXO 2 de 0,10mm. O EIXO 1 vai ficar parado (FIGURA 7). A ponta do relógio A será
distendida também de 0,10mm. Pela convenção adotada a leitura será -10. A ponta do
relógio B também será comprimida de 0,10mm e, pela convenção, o relógio indicará +10.

Notar que para uma diferença de altura entre os eixos de 0,10mm, a diferença de leitura dos
relógios A e B é de 0,20mm ( -10 a +10 ). Ou seja, para qualquer deslocamento do eixo, a
diferença entre as leituras dos relógios será o dobro.

Vejamos com mais detalhes esta afirmação. Na FIGURA 7, girando o EIXO 1 de 180º, o
relógio A assumiria exatamente a posição do B e vice-versa, já que os suportes e relógios são
idênticos. Em outras palavras, o comprimento da ponta do relógio A ao passar para a posição
inferior seria igual a do relógio B. Neste giro, o relógio A que marcava -10 na parte superior,
marcaria +10 (igual ao B) ao chegar na posição inferior. Ao passar de -10 para +10 seu
ponteiro girou de 20 no sentido positivo e sua ponta foi encurtada de 0,20 mm. Isto equivale a
dizer que, se o relógio tivesse sido zerado na parte superior, indicaria +20 na posição inferior,
tal como mostrado na FIGURA 8.

Do mesmo modo, o relógio B , ao passar da posição inferior para a superior, iria de +10 para
-10, teria seu ponteiro girado de 20 no sentido negativo e distendido a ponta de 0,20mm. Se
fosse zerado na parte inferior marcaria - 20 na superior.

Se o deslocamento em vez de vertical fosse lateral, ao passar o relógio da esquerda para a


direita ocorreria o mesmo, ou seja, o relógio indicaria o dobro do deslocamento.

Como qualquer deslocamento radial do eixo pode ser decomposto numa soma de
deslocamentos vertical e lateral, podemos afirmar que para qualquer deslocamento entre os
eixos, o relógio sempre indicará o dobro ao girar de 180o no sentido do deslocamento.

Podemos demonstrar a afirmação anterior observando a FIGURA 9, que representa dois eixos
desalinhados. Um relógio é fixado ao EIXO 1 com a ponta tocando o EIXO 2 na parte
superior. A FIGURA 10 representa o conjunto após um giro de 180°.

Analisando a FIGURA 9 temos  a = S + ( b - x)

Da FIGURA 10 obtemos  a = I + ( b + x)

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Igualando as duas expressões, obtemos:  S+b–x=I+b+x

ou  S – I = 2x

ou ainda

Isto confirma que o desalinhamento radial é sempre a metade da variação do comprimento da


ponta do relógio ou, em outras palavras: o desalinhamento radial é igual à metade da variação
da leitura do relógio.

Iniciando a leitura com o relógio indicando zero na posição inferior ( I=0 ), teremos que o
desalinhamento vertical será igual a metade da leitura na posição superior ( S/2 ).

Esta variação de leitura do relógio, em inglês chama-se de TIR (TOTAL INDICATOR


READING) e em português de LTI (LEITURA TOTAL INDICADA).

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5 - ERROS DE LEITURA POR DEFLEXÃO DAS HASTES

A distância entre os cubos do acoplamento bem como a sua geometria e as das próprias
máquinas nos obrigam, ao fazermos um alinhamento, a utilizarmos hastes com diferentes
comprimentos e com um ou dois relógios em suas extremidades.

O peso dos relógios, dos acessórios e das próprias hastes faz com que estas sofram deflexões
que falseiam as leituras para alinhamento (FIGURA 11).

5.1 - EFEITO DA DEFLEXÃO DAS HASTES NA LEITURA RADIAL

Podemos determinar o efeito da deflexão das hastes na leitura RADIAL utilizando, na posição
horizontal, um tubo ou um eixo onde fixamos o dispositivo completo de alinhamento com o
relógio radial zerado na posição inferior (FIGURA 12). Damos um giro de 180° no tubo e
fazemos a leitura na posição superior. Chamaremos esta leitura, sempre positiva, de
DEFLEXÃO das HASTES. Este valor, sempre POSITIVO, deverá ser algebricamente
SOMADO à leitura RADIAL INFERIOR, , ou algebricamente SUBTRAÍDO da leitura
RADIAL SUPERIOR do desalinhamento, , para eliminarmos o efeito da deflexão.

As leituras corrigidas, IRc e SRc , a serem usadas no alinhamento, seriam:

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IRc = IR + deflexão

SRc = SR - deflexão

Neste método é IMPRESCINDÍVEL que tanto o dispositivo e os relógios bem como o modo
de fixá-los sejam os mesmos que serão usados no alinhamento.

5.2 – EFEITO DA DEFLEXÃO DAS HASTES NA LEITURA AXIAL

A deformação das hastes também afeta as leituras AXIAIS, embora geralmente em menor
grau. Dependendo da combinação entre a geometria e a rigidez do dispositivo usado pode ser
necessário corrigir as medidas AXIAIS para obtermos um alinhamento correto.

Na FIGURA 13, podemos notar que, o peso do relógio mais o da própria haste, quando na
posição superior, fletem o dispositivo de leitura no sentido de aproximar o relógio do flange
de fixação, ou seja, comprimindo a ponta do relógio. Quando na posição inferior, a flexão
ocasionada pelos pesos citados tendem a afastar o dispositivo do flange, ou seja, distendendo a
ponta do relógio.

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Para correção do erro de leitura axial, causado pela deflexão, usar a seqüência abaixo:

a) Montar as haste(s) e os relógio(s) que serão usados no alinhamento em um tubo


conforme FIGURA 13. Como a deflexão é influenciada pela posição do relógio na
haste, é importante montá-lo na mesma posição na qual será usado no alinhamento;

b) Zerar o relógio que fará a leitura AXIAL na parte superior; girar o tubo com a haste
montada e ler o valor indicado pelo relógio na parte inferior. Este valor é o da
deformação AXIAL da haste.

c) Anotar o valor. Para efeito de uso nas fórmulas considerá-lo sempre como POSITIVO.

d) Durante o alinhamento, existem 2 possibilidades:

d-1) Relógio iniciando a leitura na posição inferior ( IA = 0 ). Neste caso, o valor lido
na posição superior (SA ) deverá ser corrigido por:

SAc = SA - correção axial

d-2) Relógio iniciando leitura na posição superior ( AS = 0 ). Neste caso, o valor da lido
na posição inferior ( IA) deverá ser corrigido por:

IAc = IA + correção axial

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6 - ERROS DE LEITURA POR DESLOCAMENTO AXIAL

Deve-se tomar cuidado com as leituras axiais se qualquer das máquinas possuir folga no
mancal de escora. Neste caso deve-se empurrar os eixos das máquinas para o final de curso
antes de anotar cada medida ou utilizar um dispositivo com mola para mantê-los sempre
contra o batente.

Caso não seja possível impedir o movimento axial dos eixos pode-se usar dois relógios axiais
conforme mostrado na FIGURA 15.

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7 - ERROS DE LEITURA DEVIDO ÀS SUPERFÍCIES CURVAS

Normalmente as leituras radiais obtidas durante um alinhamento tem uma precisão adequada.
Entretanto, quando os diâmetros das superfícies que o relógio percorre são menores que
50mm e/ou quando os desalinhamentos existentes são grandes, podem ocorrer erros
significativos. A FIGURA 16 mostra como isto acontece.

Uma maneira de reduzir este tipo de erro, é usar acessórios fixados ao eixo ou ao
acoplamento, criando superfícies planas e nivelando-as nas quatro posições de leitura.
Paralelamente, os eixos devem ser girados exatamente 90° a cada leitura. Para isto, usa-se
inclinômetros e níveis de bolha.

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8 - O USO DE ACESSÓRIOS

É comum utilizar-se acessórios que permitam a verificação do alinhamento sem desacoplar as


máquinas. Neste caso é desejável que sejam ajustáveis para que algumas premissas sejam
respeitadas evitando erros:

 As superfícies planas para leituras radiais devem ser niveladas nas 4 posições para
evitar erros por “planos inclinados”;

 Se qualquer das máquinas tiver folga no mancal de escora, permitindo movimento axial
do eixo, as superfícies planas para leituras radiais precisam ser paralelas ao eixo. Isto
pode ser garantido usando-se um nível de bolha para nivelá-las axialmente na posição
superior. Se após girar 180° a verificação na posição inferior indicar erro, este deve ser
reduzido à metade;

 Se forem feitas leituras axiais, as faces dos dispositivos precisam ficar perpendiculares
ao eixo. Para isto, verifica-se, com um nível de bolha numa posição lateral, a
verticalidade da superfície. Gira-se o conjunto de 180° e reduz-se o erro encontrado à
metade.

Estes dispositivos precisam ser ajustáveis para permitirem estas correções. Caso não haja bom
resultado com este método a solução é usar o processo convencional.

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9 - A CONSISTÊNCIA DAS LEITURAS

O uso de leituras inconsistentes levará à permanência do desalinhamento após a aplicação de


repetidas correções indicadas pelas leituras incorretas. Para evitarmos isto, além das
recomendações dos itens 5, 6,7,8 é necessário:

 Verificar se a montagem da haste com os relógios está rígida, ou seja, se as leituras


não se modificam sozinhas. Para este teste, movimentar o ponteiro do relógio
manualmente e dar uma leve sacudidela nas hastes. A indicação do relógio não deve
se alterar;

 Colocar o relógio sempre com a ponta próxima ao meio do curso para evitar que
fique “enforcado”;

 Ao fazer as 4 leituras - superior, direita, inferior e esquerda - tornar a ler a primeira. O


zero tem de ser repetitivo;

 Girar sempre os acoplamentos no mesmo sentido. Caso seja ultrapassada a posição,


completar outra volta. Isto evita que eventuais folgas nas hastes ou nos relógios sejam
interpretadas como desalinhamento;

 Sempre que possível, girar os 2 cubos, de tal modo que, nas leituras, os relógios
estejam sempre apoiados no mesmo ponto. Fazer uma pequena marcação indicando
este ponto. Este procedimento visa eliminar erros devido à excentricidade do cubo ou à
defeitos superficiais;

 Usar o relógio axial descrevendo a maior circunferência possível. Isto visa aumentar a
precisão da leitura do desalinhamento angular.

Finalmente, se todos estes cuidados forem tomados, as leituras obtidas serão consistentes e
deverão satisfazer a regra teórica abaixo:

Em cada plano de medição, a soma algébrica


das leituras radiais ou axiais no plano vertical é
igual à soma algébrica das leituras radiais ou
axiais no plano horizontal:

S+I=E+D

Na prática, se a diferença entre as duas somas não ultrapassar 15% da maior soma ou 0,02mm,
vale o maior dos 2 valores, podemos considerar as leituras aceitáveis.

Vejamos a justificativa para a igualdade citada

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O relógio é denominado comparador porque, na realidade, ele indica medidas relativas. Ao
zerar o relógio numa determinada posição, as demais leituras obtidas serão relativas a este
ponto.

Suponhamos que dispomos das leituras ao longo dos 4 pontos em um cubo de um


acoplamento, iniciando com zero na posição superior. Como as leituras são relativas, elas não
se alteram se somarmos ou subtrairmos um mesmo valor a todas elas. Podemos saber como
ficariam se começassem com o zero em outra posição qualquer. Exemplificando, temos as
leituras:
S=0 D = - 15 I = - 10 E = +5

Para zerar na posição inferior, bastaria somar o valor de I com sinal invertido, ou seja, +10, as
demais leituras. Teremos então:

S = +10 D=-5 I=0 E=-5

Notar que este procedimento de somar ou subtrair é equivalente a girar o mostrador do relógio
de um determinado valor. No caso citado, corresponderia a mover o mostrador no sentido
anti-horário de 10 unidades, ou seja, estaríamos acrescentando +10 em cada uma das leituras.

A seguir, vamos mostrar a validade da afirmação, de que, a soma das leituras do relógio no
sentido vertical ( Superior + Inferior) é igual a soma das leituras laterais (Esquerda + Direita).

Suponhamos dois eixos perfeitamente alinhados. Vamos montar 4 relógios com hastes fixadas
no EIXO 1, apoiados radialmente na periferia do cubo do EIXO 2, nas posições usuais de
leitura, ou seja: Superior, Direita, Inferior e Esquerda. Desconsiderando a deflexão da haste,
se girarmos os relógios, obteremos todas as leituras iguais a zero uma vez que os 2 eixos estão
alinhados.

Vamos deixar o EIXO 1 parado e, deslocar verticalmente para baixo, o EIXO 2 de 10


unidades, por exemplo 0,10mm. As leituras dos 4 relógios seriam:

S = - 10 D=0 I = +10 E=0


Obs: As das leituras laterais, D e E, devido apenas à curvatura do cubo do acoplamento, serão, a rigor,
imperceptivelmente negativas (ver capítulo 7).

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Notar que neste deslocamento vertical, a soma das leituras será sempre igual a zero, tanto na
vertical quanto na horizontal.

Obteríamos as mesmas leituras, se usássemos apenas 1 relógio fixado ao EIXO 1, girando-o


para obter os valores, desde que o zerássemos o relógio na posição D ou E. Podemos portanto
raciocinar com os 4 relógios fixos ou com apenas 1 girando, já que indicarão medidas
equivalentes

Mostrando pelo lado matemático, se deslocarmos na vertical o EIXO 2 de X, as leituras


obtidas pelos 4 relógios seriam:

S=-X D=0 I=+X E=0

Para zerar o relógio na parte superior (S), basta somar X às medidas obtidas. Teremos:

S=0 D = +X I = + 2X E=+X
Portanto, para desalinhamentos verticais teremos sempre:

S + I = D + E = 2X

Portanto a igualdade S + I = D + E sempre irá ocorrer na movimentação vertical do eixo.

Vejamos como ficariam as leituras se, no lugar do deslocamento vertical, fosse dado um
deslocamento horizontal no EIXO 2, da esquerda para a direita, de um valor Y. Teremos
então as leituras :

S=0 D = +Y I=0 E = -Y

Temos então que, para qualquer deslocamento horizontal, as somas S + I e D + E serão


sempre nulas. Esta igualdade permanecerá se somarmos os mesmos valores aos membros da
equação, como fizemos anteriormente, visando zerar a leitura em qualquer dos 4 pontos.

Podemos, desta forma, afirmar que a equação também é válida para desalinhamentos
horizontais.

Como qualquer deslocamento do eixo pode ser decomposto em uma soma do deslocamento
vertical com o horizontal, podemos então afirmar que sempre teremos a igualdade entre

S + I = D + E

Axialmente esta igualdade também é válida, como mostraremos a seguir.

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Vamos considerar 2 cubos de acoplamento com as faces paralelas. Vamos colocar 4 relógios
apoiados nas posições Superior (S), Direita (D); Inferior (I) e Esquerda (E).

Se as hastes e os relógios forem idênticos, ao girar, cada um assumiria a mesma posição dos
outros. Portanto, podemos medir um deslocamento axial girando com um relógio apenas ou
com os 4 conforme a figura anterior.

Vejamos como fica, se modificarmos o paralelismo dos flanges no plano vertical. Para tal
vamos afastar a parte inferior ( ponto I ) do EIXO 2, mantendo fixa a parte superior ( ponto
S), de um valor Z . As leituras seriam:

S=0 D=-Z/2 I = -Z E = -Z / 2

Temos então que a afirmativa é válida para deslocamentos axiais verticais, ou seja:

S + I = E + D = -X

Vejamos agora como ficaria, se a modificação no alinhamento, fosse apenas no plano


horizontal. Partindo dos cubos com as faces paralelas, vamos deslocar o ponto de leitura da
direita ( ponto D ) de W, no sentido de afastar os cubos. As leituras dos relógios seriam:

S=-W/2 D = -W I=-W/2 E= 0

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Temos também que a igualdade se verifica, ou seja:
S + I = D + E = -W

Como qualquer desalinhamento axial pode ser decomposto em um vertical e um horizontal, a


equação também é válida para este tipo de desalinhamento.

Portanto, podemos afirmar que, tanto nas leituras radiais quanto nas axiais (de face) teremos:

S + I = D + E

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10 - ASPECTOS IMPORTANTES

10.1 – A SEQUÊNCIA IDEAL

Ao longo do texto sugere-se que as leituras para verificação e correção do desalinhamento,


tanto no plano horizontal quanto no vertical sejam feitas simultaneamente, num mesmo giro
de 360o nos eixos das máquinas. Entretanto, esta prática só é válida se as alterações de calços
da máquina móvel, necessárias para corrigir o desalinhamento no plano vertical, não
alterarem a posição da máquina no plano horizontal.

Desta forma, ou se utiliza relógios para se registrar os movimentos laterais ocorridos


durante a mudança de calços, visando atualizar as correções indicadas pelas leituras iniciais no
plano horizontal, ou faz-se as leituras horizontais definitivas somente após a correção do
alinhamento no plano vertical.

10.2 - PLANEJAMENTO E SEGURANÇA

Para minimizar o tempo necessário para fazer um alinhamento e evitar acidentes é


conveniente:

 Planejar o serviço antes de iniciá-lo estimando o tempo de trabalho, as


ferramentas e os dispositivos necessários.

 Dispor de uma planilha pronta, induzindo os passos do alinhamento. Com isto ganha-
se tempo, evita-se erros e ainda se permite que um alinhamento iniciado por
um mecânico possa ser continuado por outro sem dificuldades.

 Fazer o alinhamento considerando uma máquina fixa e a outra móvel. Escolher para
máquina móvel a que oferecer menor dificuldade para deslocamento. No caso de uma
bomba acionada a motor elétrico, é mais fácil deslocar o motor por não possuir
tubulações.

 Verificar se a máquina móvel dispõe de parafusos “macaquinhos” instalados na base e se


estão em boas condições;
Nota: Parafusos macaquinhos são dispositivos usados para deslocar a máquina móvel horizontalmente
( normalmente uma porca soldada a estrutura com um parafuso apoiado lateralmente no pedestal) ou
verticalmente (normalmente uma rosca aberta no próprio pedestal do equipamento, com um parafuso
vertical apoiado na base)

 Solicitar ao operador do local a permissão de trabalho.

 Verificar se o acionador está desligado. Se existir a possibilidade do mesmo ser ligado


à distância, retirar o fusível, colocar etiqueta, trava ou outro meio qualquer, para
impedir que o mesmo seja acionado indevidamente durante o alinhamento.

 Verificar se as máquinas têm a chance de entrar em rotação devido à falta de


estanqueidade ou ao não fechamento de válvulas de desarme, de bloqueio ou de
controle nas linhas de sucção ou admissão e nas de descarga ou exausto.

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10.3 – VERIFICAÇÕES PRELIMINARES

Para evitar surpresas desagradáveis e perda de tempo é conveniente:

 Verificar a tensão das tubulações. Para tal, solte os parafusos dos flanges. Coloque 2
relógios no cubo do acoplamento, um na posição vertical e outro na posição horizontal.
Zere os relógios e aperte os parafusos dos flanges. Nenhum dos relógios deve indicar
valor superior a 5 centésimos de milímetro. Caso isto ocorra, corrigir a tensão da
tubulação.

 Verificar o apoio dos pés da máquina. Aperte os parafusos de fixação da máquina à


base. Coloque um relógio no pé da máquina, junto ao parafuso de fixação, na direção
vertical. Afrouxe o parafuso. O relógio não deverá indicar mais de 5 centésimos de
milímetro. Repetir a operação para cada um dos parafusos de fixação da máquina.

 Verificar a existência de calços com diversas espessuras. Não deve ser usado um
número excessivo de calços. Se forem necessários mais de 4 calços, substituí-los por
um único de maior espessura.

 Verificar a concentricidade dos cubos do acoplamento. Fixar dois relógios nas carcaças
e apoiar suas pontas nos cubos do acionador e do acionado. Girar os cubos de 360°. As
leituras dos relógios devem ser inferiores a 3 centésimos de milímetro. Valores
superiores podem resultar de ponta do eixo excêntrica ou empenada e/ou de cubo do
acoplamento excêntrico ou ovalizado. Corrigir se necessário.

 Verificar o estado das roscas dos furos da base onde são instalados os parafusos de
fixação da máquina.

 Verificar a existência ou a necessidade de usar parafusos com “pescoço” para permitir os


movimentos da máquina móvel no plano horizontal. A redução do diâmetro deverá ser
limitada a 20 % do diâmetro do parafuso.

 Caso seja necessário o uso de arruelas nos parafusos de fixação da máquina na base, as
mesmas devem ter uma espessura adequada de modo a não empenar com o aperto. Caso
ocorra a deformação da arruela com a máquina em funcionamento, fará com que a
máquina fique solta.

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11 - DESALINHAMENTO POR VARIAÇÕES DE TEMPERATURA

Quase sempre, ao serem alinhadas, as máquinas, e as vezes até as tubulações, estão na


temperatura ambiente. Entretanto, nas condições de trabalho, podem apresentar altas e baixas
temperaturas distribuídas assimetricamente pela carcaça. Estas mudanças de temperatura
podem comprometer o alinhamento. Além disso, movimentos devido a esforços das
tubulações, forças hidráulicas e reações ao torque também podem afetar o alinhamento.

Os dados sobre dilatação ou contração dos equipamentos podem ser fornecidos pelos
fabricantes, embora nem sempre sejam muito confiáveis. Também podem ser obtidos no
campo, ou através de cálculo. Com estes dados pode-se tentar compensar as alterações
dimensionais das máquinas no alinhamento a frio.

Para os 3 métodos que serão apresentados consideraremos que poderá haver variação de
temperatura. Desta forma as expressões, fórmulas e gráficos utilizados considerarão que será
fornecido o desalinhamento DESEJADO das máquinas na temperatura ambiente visando
compensar a dilatação ou a contração térmica quando estiverem em funcionamento.

Os valores do desalinhamento DESEJADO a frio serão indexados com “d” para serem
diferenciados dos valores atuais. Se não houver a necessidade de compensar dilatações ou
contrações térmicas consideraremos as leituras desejadas a frio iguais a ZERO e, após o
alinhamento, os eixos geométricos das duas máquinas serão coincidentes.

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12 - TOLERÂNCIAS DE DESALINHAMENTO

Para investirmos apenas o necessário em alinhamento, é preciso conhecer suas tolerâncias.


Tanto os fabricantes de máquinas quanto os de acoplamentos costumam fornecer critérios,
gráficos ou tabelas para tolerâncias de alinhamento. Com relação às recomendações dos
fabricantes de acoplamento é preciso cautela pois valores aceitáveis para os acoplamentos
podem ser inadequados para as máquinas.

Abaixo citamos algumas propostas de tolerâncias oriundas de algumas fontes de consulta:

 Desalinhamento radial máximo aceitável de 0,0005” por polegada ( 0,005 mm por cm )


de comprimento do espaçador do acoplamento;

 Um limite comum para leituras no método radial e axial é 0,003” (0,07 mm). Embora
não leve em conta nem o diâmetro nem o comprimento do acoplamento costuma ser
adequado para muitas máquinas;

 a FIGURA 17 mostra um gráfico com dois limites: um absoluto que não deve ser
ultrapassado e outro, mais baixo, que, se respeitado, garantiria uma campanha longa
para as máquinas. Este gráfico pode ser aplicado para máquinas com acoplamentos de
lâminas flexíveis ou de discos até 10.000 rpm e até 3600 rpm para acoplamentos de
engrenagens. Para rotações maiores que 3600 rpm os acoplamentos de engrenagens só
suportarão desalinhamentos que resultem em velocidades de deslizamento entre os
dentes menores que 120m/min. Esta velocidade pode ser aproximada por V = D.N.
2tga onde:

V = velocidade de deslizamento entre os dentes, m/min


D = diâmetro primitivo da engrenagem, in
N = rotações por minuto
2tga = quociente entre a LTI obtida na periferia do cubo e a distância entre os
planos de leitura do acionador e do acionado. Os dois valores devem estar
na mesma unidade.

 a FIGURA 18 mostra um gráfico, que é bastante interessante por levar em conta a


rotação da máquina além do comprimento do acoplamento. Notar que o autor informa
ser o mesmo válido para alinhamento pelo método reverso.

Poderíamos citar outros critérios mas acreditamos que o melhor deles baseia-se na vibração da
máquina. Se for excessiva, principalmente na direção axial ou na frequência de duas vezes a
rotação, provavelmente será necessário melhorar o alinhamento.

Vale lembrar que em desenhos de equipamentos importados é comum encontrar a sigla DBSE
(“distance between shaft ends”) designando a distância entre as faces dos eixos.

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13 - MÉTODOS DE ALINHAMENTO

13.1 - O MÉTODO RADIAL E AXIAL

Este é o método mais intuitivo de alinhamento.

Seu princípio básico é a identificação da falta de paralelismo entre as faces dos cubos do
acoplamento para correção do desalinhamento ANGULAR (FIGURA 19). Para isso faz-se
uma leitura AXIAL.

O desalinhamento PARALELO, obtido numa leitura RADIAL, consiste na distância entre as


interseções dos eixos com um plano vertical perpendicular ao eixo da máquina fixa (plano M).

Observando a FIGURA 20 vemos que para alinharmos o EIXO M com o EIXO F podemos,
numa primeira etapa, tornar paralelas as faces dos acoplamentos. Isto pode ser feito pivotando
o EIXO M em torno do ponto O com um deslocamento “C1” no plano P1 e “C2” no plano
P2 fazendo-o coincidir com o EIXO M1, paralelo ao EIXO F.

A segunda etapa seria tornar concêntricas as periferias dos acoplamentos deslocando o


EIXO M1 de um mesmo valor “m” tanto no plano P1 como no plano P2 fazendo-o atingir a
posição do EIXO M2, coincidente com o EIXO F.

Entretanto, caso seja desejado um desalinhamento a frio, o EIXO M deverá ser levado para a
posição EIXO Md. Isto seria feito de maneira análoga à descrita acima.

Visando encontrar C1 e C2, identificamos na FIGURA 20 três triângulos retângulos


semelhantes cujos catetos guardam a seguinte relação:

ou

Os valores “a” e “m” são obtidos a partir de leituras feitas, respectivamente, por um relógio na
face (AXIAL) e por outro na periferia (RADIAL) de um cubo, ambos solidários a uma haste
presa no outro cubo (FIGURA 19).

A haste com os relógios será fixada no cubo do acoplamento da máquina fixa (F).
Logicamente as pontas dos relógios se apoiarão no cubo da máquina móvel (M).

As leituras serão sempre feitas olhando-se da máquina fixa para a móvel. Isto é importante
para não confundir as leituras que serão anotadas como direita e esquerda.

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Os relógios serão lidos na posição inferior (I), onde serão zerados, e a cada 90°, ou seja:
esquerda (E), superior (S) e direita (D). As leituras radiais serão chamadas de IR, ER, SR e DR.
As axiais de IA, EA, SA e DA.

Analogamente, para encontrarmos C1d e C2d, identificamos três triângulos retângulos


semelhantes cujos catetos guardam a seguinte relação:

ou

ad
C2d  Yd .
2 Kd e

Supõe-se que os valores ad, md, Kd e Yd sejam conhecidos a partir de informações dos
fabricantes das máquinas, ou de registros de manutenções anteriores ou ainda através de
cálculos de dilatação térmica dos pedestais das máquinas. As leituras de alinhamento
correspondentes, consistentes e já corrigidas com relação à deflexões de hastes, seriam:

IAd, EAd, SAd, DAd com IAd = 0

IRd , ERd , SRd , DAd com IRd = 0

Ao invés dos dados acima ou através deles pode-se simplesmente dispor dos valores do
desalinhamento desejado nos pedestais P1 e P2:

V1d e V2d - desalinhamento desejado no plano vertical nos pedestais P1 e P2.

H1d e H2d - desalinhamento desejado no plano horizontal nos pedestais P1 e P2.

Valores positivos de V1d e V2d indicam que o EIXO Md deve ficar, acima do EIXO F.

Valores negativos indicam que o EIXO Md deve ficar abaixo do EIXO F.

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Valores positivos de H1d e H2d indicam que o EIXO Md deve ficar à direita do EIXO F.
Valores negativos indicam que o EIXO Md deve ficar à esquerda do EIXO F.

Caso não seja necessário desalinhamento a frio, basta considerar os valores de

V 1d = V2d = H1d = H2d = 0

13.1.1 – MÉTODO RADIAL E AXIAL – SOLUÇÃO POR CÁLCULO

A seqüência a seguir, baseada no FORMULÁRIO 1 (ver anexo A), enumera os passos


necessários para o alinhamento. Neste formulário, não está contemplado o desalinhamento a
frio. Caso o mesmo deva ser considerado, utilizar o procedimento abaixo:

a) Medir e anotar os valores de K, Y e Z . A unidade pode ser qualquer (cm, mm, polegada,
etc), desde que seja a mesma para os três valores.

K - raio da circunferência que a ponta do relógio axial percorrerá (2K= diâmetro);

Y - distância do plano médio do pedestal P2 ao plano M onde é feita a leitura radial;

Z - distância entre os planos médios dos pedestais P1 e P2.

b) Determinar a deflexão das hastes usando um eixo ou um tubo, caso a mesma não seja
conhecida. É imprescindível utilizar as hastes e os relógios que serão usados no
alinhamento.

c) Zerar os relógios na posição inferior ( IR = IA = 0). Girar os cubos do acoplamento e,


com as pontas dos relógios no mesmo ponto, anotar ER, EA, SR, SA, DR, DA. Verificar se
na posição inferior as indicações voltam a zero.

d) Comparar as somas algébricas das leituras radiais, para verificar consistência das
leituras:

( SR + IR ) e ( DR + ER ).

Refazer as leituras se a diferença ultrapassar 15% da maior soma ou se for maior do que
0,03mm, prevalecendo o maior dos 2 valores.

e) Calcular a leitura radial superior corrigida:

SRc = SR - deflexão

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f) Repetir o item anterior para as leituras axiais, já corrigidas caso necessário, comparando

( SA + IA ) com ( DA + EA ).

g) Calcular os calços para o alinhamento no plano vertical:

g.1) Caso tenhamos as leituras desejadas a frio:

calço em =

calço em =

g.2) Caso tenhamos o desalinhamento desejado a frio:

calço em = V1d -

calço em = V2d -

Sinal positivo significa colocar calços e negativo retirar.

h) Calcular os deslocamentos laterais para o alinhamento no plano horizontal:

h.1) Caso tenhamos as leituras desejadas:

desloc. em =

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desloc. em =

h.2) Caso tenhamos o desalinhamento desejado:

desloc. em = H1d -

desloc. Em = H2 d -

Sinal positivo significa deslocar para a direita e negativo para a esquerda.

i) Após as correções repetir os itens c, d, e, f, g, h para verificar se o alinhamento ficou


adequado. Caso necessário fazer as novas correções.

13.1.2 – MÉTODO RADIAL E AXIAL – SOLUÇÃO GRÁFICA

A seqüência abaixo, baseada no FORMULÁRIO 2, enumera os passos necessários para o


alinhamento. Inicialmente vamos representar a situação atual, EIXO M, nos planos vertical e
horizontal. Em seguida representaremos a situação desejada a frio, EIXO Md.

Conhecidas as situações atual e desejada poderemos então fazer o alinhamento.

A - REPRESENTAÇÃO DA SITUAÇÃO ATUAL

a) Medir e anotar os valores de K, Y e Z (FIGURA 20). A unidade pode ser qualquer (cm,
mm, polegadas, etc.);

K - raio da circunferência que a ponta do relógio axial percorrerá;

Y - distância do plano médio do pedestal P2 ao plano M onde é feita a leitura radial;

Z - distância entre os planos médios dos pedestais P1 e P2.

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b) Determinar a deflexão das hastes usando um eixo, um tubo ou o próprio carretel do
acoplamento. É imprescindível utilizar as hastes e os relógios que serão usados no
alinhamento.

c) Zerar os relógios na posição inferior (I R = IA = 0). Girar, sempre que possível, os dois
cubos do acoplamento simultaneamente, e mantendo as pontas dos relógios nos mesmos
pontos, anotar ER, EA, SR, SA, DR, DA. Verificar se na posição inferior as indicações
voltam a zero.

d) Comparar as somas algébricas das leituras radiais para verificar sua consistência:
(SR + IR) e (DR + ER).
Refazer as leituras se a diferença ultrapassar 15% da maior soma.

e) Calcular a leitura radial superior corrigida:

SRc = SR – deflexão

f) Repetir o item anterior para as leituras axiais, já corrigidas caso necessário, e comparar
(SA + IA) com ( DA + EA).

g) Calcular o desalinhamento vertical no plano M:

Valores positivos indicam que o EIXO M, no plano M considerado, está mais


alto que o EIXO F. Valores negativos indicam que está mais baixo.

h) Calcular o desalinhamento horizontal no plano M:

Valores positivos indicam que o EIXO M, no plano M considerado, está deslocado


para a direita do EIXO F. Valores negativos indicam que está deslocado para a
esquerda.

Lembrar que o sentido de observação é da máquina fixa (F) para a móvel (M).

i) Representar o EIXO M no plano VERTICAL (ver figura 20a) :

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i.1 Traçar inicialmente a linha horizontal EIXO F que representará o eixo da
máquina fixa no plano vertical de alinhamento;

i.2 Perpendicular ao EIXO F, bem à esquerda, traçar a linha M que corresponderá ao


traço do plano M, perpendicular ao EIXO F, sobre o plano vertical de
alinhamento;

i.3 A partir de M, lançar sobre o EIXO F, numa escala adequada, as distâncias Y e Z


e, pelos pontos obtidos, traçar linhas perpendiculares ao EIXO F obtendo,
respectivamente, os traços dos planos P2 e P1 , também perpendiculares ao
EIXO F, sobre o plano vertical de alinhamento;

i.4 Sobre a linha M, a partir do EIXO F e numa escala adequada e independente da


usada para Y e Z, lançar o valor VM obtendo o ponto O. Valores positivos são
lançados acima e negativos abaixo do EIXO F;

i.5 Pelo ponto O traçar uma reta auxiliar, paralela ao EIXO F, lançando a partir de
O o valor 2K com a mesma escala usada para Y e Z, obtendo o ponto O1 ;

i.6 Pelo ponto O1 traçar uma reta auxiliar, perpendicular ao EIXO F e, a partir de O1
na mesma escala usada para VM, lançar a leitura SA, obtendo o ponto O2. Valores
positivos são lançados acima de O1 e negativos abaixo;

i.7 Se 2K e/ou SA forem muito pequenos, dificultando o passo anterior, pode-se


usar valores proporcionais multiplicando ambos por um fator adequado;

i8 Pelos pontos O e O2 traçar a reta EIXO MV, prolongando-a até interceptar o


traço P1. Esta é a projeção do EIXO M no plano vertical.

i9 Não tendo correção de alinhamento a frio, para alinhar o EIXO MV com o EIXO
F na vertical, basta mover verticalmente os pedestais P1 e P2 nos valores de C1 e
C2 respectivamente

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j) Representar o EIXO M no plano HORIZONTAL:

j.1 Traçar inicialmente a linha horizontal EIXO F que representará o eixo da


máquina fixa no plano horizontal de alinhamento;

j.2 Perpendicularmente ao EIXO F, bem à esquerda, traçar a linha M que


corresponderá ao traço do plano M, perpendicular ao EIXO F, sobre o plano
horizontal de alinhamento;
j.3 A partir de M, lançar sobre o EIXO F, numa escala adequada, as distâncias Y e Z
e, pelos pontos obtidos, traçar linhas perpendiculares ao EIXO F obtendo,
respectivamente, os traços dos planos P2 e P1 , também perpendiculares ao
EIXO F, sobre o plano horizontal de alinhamento;
j.4 Sobre a linha M, a partir do EIXO F e numa escala adequada e independente da
usada para Y e Z, lançar o valor HM obtendo o ponto O. Valores positivos são
lançados abaixo (à direita) e negativos acima (à esquerda) do EIXO F;

j.5 Pelo ponto O traçar uma reta auxiliar, paralela ao EIXO F, lançando, a partir de
O, o valor 2K com a mesma escala usada para Y e Z obtendo o ponto O1;

j.6 Pelo ponto O1 traçar uma reta auxiliar, perpendicular ao EIXO F e, a partir de
O1, lançar, na mesma escala usada para HM, o valor (DA – EA), obtendo o ponto
O2. Valores positivos são lançados abaixo (à direita) de O1 e negativos acima (à
esquerda);

j.7 Se 2K e/ou (DA – EA) forem muito pequenos, dificultando o passo anterior, pode-
se usar valores proporcionais multiplicando ambos por um fator adequado;

j.8 Pelos pontos O e O2 traçar a reta EIXO MH prolongando-a até interceptar o


traço P1. Esta é a projeção do EIXO M no plano HORIZONTAL

j. 9 Não tendo correção de alinhamento a frio, para alinhar o EIXO MH com o EIXO
F na horizontal, basta mover lateralmente os pedestais P1 e P2 dos valores D1 e D2
respectivamente.

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B - REPRESENTAÇÃO DA SITUAÇÃO DESEJADA A FRIO

Caso não seja necessário deixar um desalinhamento a frio, a situação desejada, EIXO Md , é o
próprio EIXO F e pode-se partir para as correções.

Entretanto, no caso geral, o EIXO Md não coincide com o EIXO F. Conforme já visto no item
13.1 a situação desejada pode ser expressa de duas maneiras:

 pelos desalinhamentos vertical e horizontal, nos planos P1 e P2:

V1d , H1d

V2d , H2d

 por leituras radiais e axiais e pelas distâncias associadas:

IAd , EAd , SAd , DAd com IAd = O


IRd , ERd , SRd , DRd com IRd = O
Kd , Yd e Z

B.1 – CONHECENDO OS DESALINHAMENTOS EM P1 e P2


a) Representar o EIXO Md no plano VERTICAL

a.1 No gráfico construído para a SITUAÇÃO ATUAL no plano VERTICAL lançar


sobre as linhas P1 e P2, a partir do EIXO F, respectivamente, V1d e V2d .Usar a
mesma escala utilizada para VM. Valores positivos são lançados acima do EIXO F
e negativos abaixo;

a.2 Pelos pontos obtidos traçar a reta EIXO MVd que representará a posição desejada a
frio no plano vertical.

a 3 Como podemos ver pela FIGURA 20c, para levar o EIXO MV ( situação atual) para
a posição do EIXO MVd (situação desejada), as correções verticais nos pedestais da
máquina móvel seriam de:

P1  C1 + V1d

P2  C2 + V 2d

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b) Representar o EIXO Md no plano HORIZONTAL

b.1 No gráfico construído para a SITUAÇÃO ATUAL no plano HORIZONTAL


lançar sobre as linhas P1 e P2, a partir do EIXO F, respectivamente, H1d e H2d .
Usar a mesma escala utilizada para HM. Valores positivos são lançados abaixo (à
direita) do EIXO F e negativos acima (à esquerda);

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b.2 Pelos pontos obtidos traçar a reta EIXO MHd que representará a posição desejada a
frio no plano horizontal.

b.3 Como podemos ver pela FIGURA 20c, para levar o EIXO MH ( situação atual)
para a posição do EIXO MHd (situação desejada), as correções laterais nos
pedestais da máquina móvel seriam de:

P1  D1 + H1d

P2  D2 + H2d

B.2 – CONHECENDO AS LEITURAS RADIAIS E AXIAIS EM Md

a) Calcular o desalinhamento vertical desejado no plano Md :

S Rd
V Md 
2

Valores positivos indicam que o EIXO Md , no plano Md considerado, está mais alto que
o EIXO F. Valores negativos indicam que está mais baixo.

b) Calcular o desalinhamento horizontal desejado no plano Md :

DRd  E Rd
H Md 
2

Valores positivos indicam, que o EIXO Md , no plano Md considerado, está deslocado


para a direita do EIXO F. Valores negativos indicam que está deslocado para a esquerda.

Lembrar que o sentido de observação é da máquina fixa (F) para a móvel (M).

c) Representar o EIXO Md no plano VERTICAL

c.1 No gráfico construído para a SITUAÇÃO ATUAL no plano VERTICAL,


lançar a distância Yd sobre o EIXO F, a partir do traço P2 , da direita para a
esquerda, na mesma escala usada para Y e Z. Pelo ponto obtido traçar uma linha
perpendicular ao EIXO F. Este será o traço do plano Md , perpendicular ao
EIXO F, sobre o plano vertical de alinhamento;

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c.2 Sobre a linha Md, a partir do EIXO F e na mesma escala utilizada para VM ,
lançar o valor VMd obtendo o ponto Od Valores positivos são lançados acima e
negativos abaixo do EIXO F;

c.3 Pelo ponto Od traçar uma reta auxiliar, paralela ao EIXO F, lançando a partir
de Od o valor 2Kd com a mesma escala usada para Y e Z obtendo o ponto O1d ;

c.4 Pelo ponto O1d traçar uma reta auxiliar, perpendicular ao EIXO F e, a partir de
O1d , lançar, na mesma escala usada para VM , o valor SAd obtendo o ponto O2d.
Valores positivos são lançados acima de O1d e negativos abaixo;

c.5 Se 2Kd e/ou SAd forem muito pequenos, dificultando o passo anterior, pode-se
usar valores proporcionais multiplicando ambos por um fator adequado.

c.5 Pelos pontos Od e O2d traçar a reta EIXO MVd prolongando-a até interceptar o
traço P1. Esta é a projeção do EIXO Md no plano VERTICAL.

d) Representar o EIXO Md no plano HORIZONTAL

d.1 No gráfico construído para a SITUAÇÃO ATUAL no plano HORIZONTAL,


lançar a distância Yd sobre o EIXO F, a partir do traço P2, da direita para a
esquerda, e na mesma escala usada para Y e Z. Pelo ponto obtido traçar uma linha
perpendicular ao EIXO F. Este será o traço do plano Md , perpendicular ao
EIXO F, sobre o plano horizontal de alinhamento;

d.2 Sobre a linha Md , a partir do EIXO F e na mesma escala utilizada para HM ,


lançar o valor HMd obtendo o ponto Od . Valores positivos são lançados abaixo (à
direita) e negativos acima (à esquerda) do EIXO F;

d.3 Pelo ponto Od traçar uma reta auxiliar, paralela ao EIXO F, lançando, a partir de
Od , o valor 2Kd com a mesma escala usada para Y e Z obtendo o ponto O1d

d.4 Pelo ponto O1d traçar uma reta auxiliar, perpendicular ao EIXO F e, a partir de
O1d , lançar na mesma escala usada para HM , o valor (DAd – EAd) obtendo o ponto
O2d . Valores positivos são lançados abaixo (à direita) de O1d e negativo acima (à
esquerda);

d.5 Se 2Kd e/ou (DAd – EAd) forem muito pequenos dificultando o passo anterior,
pode-se usar valores proporcionais multiplicando ambos por um fator adequado;

d.6 Pelos pontos Od e O2d traçar a reta EIXO MHd prolongando-a até interceptar o
traço P1. Esta é a projeção do EIXO Md no plano HORIZONTAL.

C - EXECUÇÃO DO ALINHAMENTO

Nos dois gráficos construídos, um para o plano vertical e outro para o horizontal, foram
representadas as projeções do eixo da máquina móvel na situação atual, EIXO MV e EIXO MH,
e na situação desejada, EIXO MVd e EIXO MHd .

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40
No plano vertical, os valores medidos sobre as linhas P1 e P2 entre o EIXO MV e o EIXO
MVd são os calços a serem colocados ou retirados, respectivamente, nos pedestais P1 e P2 de
forma a trazer o EIXO Mv para a posição desejada MVd .

Analogamente, no plano horizontal, os valores medidos sobre as linhas P1 e P2 entre o EIXO


MH e o EIXO MHd são os deslocamentos necessários para trazer o EIXO MH para a posição
desejada MHd.

D - VERIFICAÇÃO DO RESULTADO

Após o alinhamento refaça as leituras e verifique se estão adequadas. Caso não estejam refaça
o alinhamento.

13.1.3 - CONSIDERAÇÕES SOBRE O MÉTODO

O método radial e axial apresenta algumas características:

 Quando só podemos girar o eixo de uma das máquinas este é um método bastante
empregado. Neste caso a precisão do alinhamento dependerá da concentricidade, do
perpendicularismo e da circularidade do cubo do eixo fixo bem como de eventual
empeno na ponta deste mesmo eixo.

 Pequenas distâncias entre cubos reduzem a precisão do método REVERSO mas não
afetam o método RADIAL e AXIAL. A precisão nas leituras angulares pode ser
bastante ampliada utilizando-se dispositivos para aumentar o diâmetro da
circunferência descrita pela ponta do relógio axial conforme a FIGURA 21.

 A mesma FIGURA 21 mostra que, desde que haja espaço e que ambos os eixos
possam girar, as leituras para alinhamento podem ser feitas sem desacoplarmos as
máquinas.

 A solução por cálculo pode ser programada em máquina de calcular facilitando o


trabalho do mecânico.

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13.2 - O MÉTODO REVERSO

Este método é assim denominado pelos dois relógios em posições REVERSAS que
normalmente utiliza (FIGURA 22). Sua aceitação vem crescendo pela facilidade de
representação gráfica.

A diferença fundamental para o método RADIAL e AXIAL é a utilização de duas leituras


radiais para correção do desalinhamento ANGULAR.
A correção do desalinhamento PARALELO, tal como no método anterior, é feita a partir de
uma das leituras radiais.

Observando a FIGURA 23 podemos estabelecer a mesma seqüência utilizada no método


RADIAL e AXIAL visando alinhar o EIXO M com o EIXO F:

 girar o EIXO M em torno do ponto O com um deslocamento C1 no plano P1 e C2 no


plano P2 de forma a assumir a posição do EIXO M1;

 deslocar o EIXO M1 de um mesmo valor “m” tanto no plano P1 quanto em P2


assumindo a posição do EIXO M2.

Entretanto, caso seja desejado um desalinhamento a frio, o EIXO M deverá ser levado para a
posição EIXO Md . Isto será feito de maneira análoga à descrita acima.

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42
Visando encontrar C1 e C2 identificamos na FIGURA 23 três triângulos retângulos
semelhantes cujos catetos guardam a seguinte relação:

ou

Sendo
L - distância entre os planos de leitura na máquina fixa (F) e na móvel (M);

Y - distância do plano médio do pedestal P2 ao plano M de leitura;

Z - distância entre os planos médios dos pedestais P1 e P2.

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43
Os valores “f ” e “m” são obtidos a partir de leituras RADIAIS. Cada um dos dois relógios é
fixado em um dos cubos e faz a leitura no outro (FIGURA 22).

As leituras serão sempre feitas olhando-se da máquina fixa (F) para a móvel (M).

O relógio fixado ao EIXO F fará leituras radiais no plano M tocando a superfície do eixo ou
do cubo do acoplamento da máquina móvel. O relógio será lido na posição inferior (I), onde
será zerado, e a cada 90º, ou seja, à esquerda (E), superior (S) e à direita (D). Neste plano M
as leituras serão chamadas de:

IM, EM, SM e DM com IM = 0

O relógio fixado ao EIXO M fará leituras radiais no plano F tocando a superfície do eixo ou
do cubo do acoplamento da máquina fixa. Este relógio será lido na posição superior (S), onde
será zerado, e a cada 90º, ou seja, à direita (D), inferior (I) e à esquerda (E). Neste plano F as
leituras serão chamadas de:

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44
SF, DF, IF e EF com SF = 0

Analogamente, para encontrarmos C1d e C2d , identificamos três triângulos retângulos


semelhantes cujos catetos guardam a seguinte relação:

ou

Supõe-se que os valores fd, md, Ld e Yd , valores desejados, sejam conhecidos a partir de
informações dos fabricantes das máquinas ou de registros de manutenções anteriores. As
leituras de alinhamento correspondentes, consistentes e já corrigidas com relação às deflexões
de hastes, seriam:

SFd , DFd , IFd , EFd com SFd = 0

IMd , EMd , SMd , DMd com IMd = 0

Ao invés dos dados acima, pode-se simplesmente dispor dos valores do desalinhamento
desejado nos pedestais P1 e P2 :

V1d e V2d - desalinhamento desejado no plano vertical nos pedestais P1 e P2.

H1d e H2d - desalinhamento desejado no plano horizontal nos pedestais P1 e P2.

Valores positivos de V1d e V2d indicam que o EIXO Md deve ficar acima do EIXO F. Valores
negativos indicam que o EIXO Md deve ficar abaixo do EIXO F.

Valores positivos de H1d e H2d indicam que o EIXO Md deve ficar à direita do EIXO F.
Valores negativos indicam que o EIXO Md deve ficar à esquerda do EIXO F.

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13.2.1 - MÉTODO REVERSO - SOLUÇÃO POR CÁLCULO

A seqüência a seguir, baseada no FORMULÁRIO 3, enumera os passos necessários para o


alinhamento. O formulário não contempla o desalinhamento a frio. Caso o mesmo seja
desejado, deverá ter seus valores previamente conhecidos e ser seguida a sequência abaixo:

a) Medir e anotar os valores de L, Y e Z (FIGURA 23). A unidade pode ser qualquer


(cm, mm, polegada, etc) desde que seja a mesma para os três valores.

L - distância entre os planos de leitura na máquina fixa (F) e na móvel (M);

Y - distância do plano médio do pedestal P2 ao plano M de leitura;

Z - distância entre os planos médios dos pedestais P1 e P2.

b) Determinar a deflexão das hastes em F e em M usando um eixo ou um tubo. É


imprescindível utilizar, para cada plano, as hastes e os relógios que serão usados no
alinhamento.

c) Obter as leituras do alinhamento atual nos planos F e M:

SF , D F , I F e E F com S F = 0

IM , EM , SM e DM com IM = 0

d) Comparar as somas algébricas das leituras, (SM + Im) e (DM + EM) no plano M. Refazer
as leituras se a diferença ultrapassar 15% da maior soma;

e) Obter as leituras corrigidas IFc e SMC :

IFc = IF + deflexão em F

SMc = SM - deflexão em M

f) Comparar as somas algébricas das leituras, (SF + IF) e (DF + EF) no plano F. Refazer
as leituras se a diferença ultrapassar 15% da maior soma;

g) Calcular os calços para o alinhamento no plano vertical:

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g.1) caso tenhamos as leituras desejadas a frio:

calço em

calço em

g.2) caso tenhamos o desalinhamento desejado a frio:

calço em

calço em

Sinal positivo significa colocar calços e negativos retirar.

h) calcular os deslocamentos laterais para o desalinhamento no plano horizontal:

h.1) caso tenhamos as leituras desejadas a frio:

desloc. em

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desloc. em

h.2) caso tenhamos o desalinhamento desejado a frio:

desloc. em

desloc. em

Sinal positivo significa deslocar para a direita e negativo para a esquerda.

i) Após as correções repetir os itens c, d, e, f, g, h para verificar se o alinhamento ficou


adequado. Caso necessário fazer as novas correções.

13.2.2 - MÉTODO REVERSO - SOLUÇÃO GRÁFICA

A seqüência abaixo, baseada no FORMULÁRIO 4, enumera os passos necessários para o


alinhamento. Inicialmente vamos representar a situação atual, EIXO M, nos planos vertical e
horizontal. Em seguida representaremos a situação desejada a frio, EIXO Md .

Conhecidas as situações atual e desejada poderemos então fazer o alinhamento.

A - REPRESENTAÇÃO DA SITUAÇÃO ATUAL

a) Medir e anotar os valores de L, Y e Z (FIGURA 23). A unidade pode ser qualquer (mm,
cm, polegada, etc.) desde que seja a mesma para os três valores.

L – distância entre os planos de leitura na máquina fixa (F) e na móvel (M);

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Y – distância do plano médio do pedestal P2 ao plano M de leitura;

Z – distância entre os planos médios dos pedestais P1 e P2.

b) Determinar a deflexão das hastes em F e em M usando um eixo ou um tubo. É


imprescindível utilizar, para cada plano, as hastes e os relógios que serão usados no
alinhamento.

c) Obter as leituras do alinhamento atual nos planos F e M:

SF , DF , IF e EF com SF = 0

IM , EM , SM e DM com IM = 0

d) Comparar as somas algébricas das leituras, para verificação da consistência:


(SM + IM) e (DM + EM) no plano M. Refazer as leituras se a diferença ultrapassar 15%
da maior soma;

e) Comparar as somas algébricas das leituras, ( SF + IF) e (DF + EF) no plano F. Refazer
as leituras se a diferença ultrapassar 15% da maior soma;

f) Obter as leituras corrigidas IFc e SMc:

IFc = IF + deflexão em F

SMc = SM - deflexão em M

g) Calcular o desalinhamento vertical nos planos M e F:

Valores positivos indicam que o EIXO M, no plano considerado, está acima do EIXO F
e negativos que está abaixo.
h) Calcular o desalinhamento horizontal nos planos M e F:

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Valores positivos indicam que o EIXO M, no plano considerado, está à direita do
EIXO F e negativos que está à esquerda.

Lembrar, que o sentido de observação é da máquina fixa (F), para a móvel (M).

i) Representar o EIXO M no plano VERTICAL:

i.1 Traçar inicialmente a linha horizontal EIXO F, que representará o eixo da


máquina fixa no plano vertical de alinhamento;

i.2 Perpendicularmente ao EIXO F, bem à esquerda, traçar a linha F que


corresponderá ao traço do plano F, perpendicular ao EIXO F, sobre o plano
vertical de alinhamento;

i.3 A partir de F, lançar sobre o EIXO F, numa escala adequada, as distâncias L, Y e


Z e, pelos pontos obtidos, traçar linhas perpendiculares ao EIXO F obtendo,
respectivamente, os traços dos planos M, P2 e P1, também perpendiculares ao
EIXO F, sobre o plano vertical de alinhamento;

i.4 Sobre as linhas F e M, a partir do EIXO F, numa escala adequada e independente


da usada para L, Y e Z, lançar, respectivamente, os valores VF e VM obtendo os
pontos OF e OM. Valores positivos são lançados acima e negativos abaixo do
EIXO F;

i.5 Pelos pontos OF e OM traçar a reta EIXO prolongando-a até interceptar o


traço P1. Esta é a projeção do EIXO M no plano VERTICAL.

j) Representar o EIXO M no plano HORIZONTAL

j.1 Traçar inicialmente a linha horizontal EIXO F que representará o eixo da


máquina fixa no plano horizontal de alinhamento;

j.2 Perpendicularmente ao EIXO F, bem à esquerda, traçar a linha F que


corresponderá ao traço do plano F, perpendicular ao EIXO F, sobre o plano
horizontal de alinhamento;

j.3 A partir de F, lançar sobre o EIXO F, numa escala adequada, as distâncias L, Y e


Z e, pelos pontos obtidos, traçar linhas perpendiculares ao EIXO F obtendo,
respectivamente, os traços dos planos M, P2 e P1, também perpendiculares ao
EIXO F, sobre o plano horizontal de alinhamento;

j.4 Sobre as linhas F e M, a partir do EIXO F, numa escala adequada e independente


da usada para L, Y e Z, lançar respectivamente, os valores HF e HM obtendo os
pontos OF e OM. Valores positivos são lançados abaixo (à direita) e negativos

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acima (à esquerda) do EIXO F;

j.5 Pelos pontos OF e OM traçar a reta EIXO MH prolongando-a até interceptar o traço
P1. Esta é a projeção do EIXO M no plano horizontal.

B - REPRESENTAÇÃO DA SITUAÇÃO DESEJADA A FRIO

Caso não seja necessário deixar um desalinhamento a frio, a situação desejada, EIXO Md, é o
próprio EIXO F e pode-se partir para as correções.

Entretanto, no caso geral, o EIXO Md não coincide com o EIXO F. Conforme já visto, a
situação desejada pode ser expressa de duas maneiras:

 pelos desalinhamentos vertical e horizontal nos planos P1 e P2:

V1d, H1d
V2d, H2d

 pelas leituras radiais e pelas distâncias envolvidas:

SFd, DFd, IFd, EFd com SFd = 0

IMd, EMd, SMd, DMd com IMd = 0

Ld , Yd , Z

B.1 - CONHECENDO OS DESALINHAMENTOS EM P1 e P2


a) Representar o EIXO Md no plano VERTICAL

a.1 No gráfico construído para a SITUAÇÃO ATUAL no plano VERTICAL lançar


sobre as linhas P1 e P2, a partir do EIXO F, respectivamente, V1d e V2d. Usar a
mesma escala utilizada para VM e VF. Valores positivos são lançados acima do
EIXO F e negativos abaixo:

a.2 Pelos pontos obtidos traçar a reta EIXO MVd que representará a posição desejada a
frio no plano vertical.

b) Representar o EIXO Md no plano HORIZONTAL

b.1 No gráfico construído para a SITUAÇÃO ATUAL no plano HORIZONTAL


lançar sobre as linhas P1 e P2 a partir do EIXO F, respectivamente, H1d e H2d.
Usar a mesma escala utilizada para HM e HF. Valores positivos são lançados abaixo
(à direita) do EIXO F e negativos acima (à esquerda);

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b.2 Pelos pontos obtidos traçar a reta EIXO MHd que representará a posição desejada a
frio no plano horizontal.

B.2 - CONHECENDO AS LEITURAS RADIAIS EM Fd e Md


a) Calcular o desalinhamento vertical desejado nos planos Fd e Md:

Valores positivos indicam que o EIXO Md, no plano considerado, está mais alto que
o EIXO F. Valores negativos indicam que está mais baixo.

b) Calcular o desalinhamento horizontal desejado nos planos Fd e Md :

Valores positivos indicam que o EIXO Md, no plano considerado, está deslocado
para a direita do EIXO F. Valores negativos indicam que está deslocado para a
esquerda.

Lembrar que o sentido de observação é da máquina fixa (F) para a móvel (M).

c) Representar o EIXO Md no plano VERTICAL

c.1 No gráfico construído para a SITUAÇÃO ATUAL no plano VERTICAL, lançar a


distância Yd sobre o EIXO F, a partir do traço P2, da direita para a esquerda, na
mesma escala usada para L, Y e Z. Pelo ponto obtido traçar uma linha
perpendicular ao EIXO F. Este será o traço do plano Md, perpendicular ao EIXO
F, sobre o plano vertical de alinhamento.

c.2 A partir de Md, da direita para a esquerda, lançar a distância sobre o EIXO F,
na mesma escala usada para L, Y, Z e Yd. Pelo ponto obtido traçar uma linha
perpendicular ao EIXO F. Este será o traço do plano Fd, perpendicular ao EIXO F,
sobre o plano vertical de alinhamento.

c.3 Sobre as linhas Fd e Md, a partir do EIXO F e na mesma escala usada para VF e
VM, lançar os valores VFd e VMd. Valores positivos são lançados acima e negativos
abaixo do EIXO F.

c.4 Pelos pontos obtidos traçar a reta EIXO MVd prolongando-a até interceptar o traço
P1. Esta é a projeção do EIXO Md no plano VERTICAL.
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d) Representar o EIXO Md no plano HORIZONTAL

d.1 No gráfico construído para a SITUAÇÃO ATUAL no plano HORIZONTAL,


lançar a distância Yd sobre o EIXO F, a partir do traço P2, da direita para a
esquerda, na mesma escala usada para L, Y e Z. Pelo ponto obtido traçar uma linha
perpendicular ao EIXO F. Este será o traço do plano Md, perpendicular ao
EIXO F, sobre o plano horizontal de alinhamento.

d.2 A partir de Md, da direita para a esquerda, lançar a distância Ld sobre o EIXO F, na
mesma escala usada para L, Y, Z e Yd . Pelo ponto obtido traçar uma linha
perpendicular ao EIXO F. Este será o traço do plano Fd, perpendicular ao EIXO F,
sobre o plano horizontal de alinhamento.

d.3 Sobre as linhas Fd e Md, a partir do EIXO F e na mesma escala usada para HF e HM,
lançar, respectivamente, os valores HFd e HMd. Valores positivos são lançados
abaixo (à direita) e negativos acima (à esquerda) do EIXO F.

d.4 Pelos pontos obtidos traçar a reta EIXO MHd prolongando-a até interceptar o traço
P1. Esta é a projeção do EIXO Md no plano HORIZONTAL.

C - EXECUÇÃO DO ALINHAMENTO

Nos dois gráficos construídos, um para o plano vertical e outro para o horizontal, foram
representadas as projeções do eixo da máquina móvel na situação atual, EIXO MV e EIXO
MH, e na situação desejada, EIXO MVd e EIXO MHd.

No plano vertical, os valores medidos sobre as linhas P1 e P2 entre o EIXO MV e o EIXO MVd
são os calços a serem colocados ou retirados, respectivamente, nos pedestais P1 e P2 de
forma a trazer o EIXO MV para a posição desejada MVd.

Analogamente, no plano horizontal, os valores medidos sobre as linhas P1 e P2 entre o EIXO


MH e o EIXO MHd são os deslocamentos necessários para trazer o EIXO MH para a posição
desejada MHd.

D - VERIFICAÇÃO DO RESULTADO

Após o alinhamento refaça as leituras e verifique se estão adequadas. Caso não estejam refaça
o alinhamento.

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13.2.3 - CONSIDERAÇÕES SOBRE O MÉTODO

O método reverso apresenta algumas características:

 convive mais facilmente com o deslocamento axial dos eixos;

 exige menos passos na solução gráfica;

 necessita que os dois eixos sejam girados;

 só necessita de correções quanto a deflexões radiais já que não utiliza leituras


axiais;

 quanto maior a distância entre os planos F e M, mais precisa será a leitura


do desalinhamento angular;

 normalmente as leituras podem ser feitas sem que as máquinas sejam


desacopladas;

 tal como no método axial e radial, a solução por cálculo pode ser programada
em máquina de calcular facilitando o trabalho do mecânico.

13.3 - O MÉTODO FACE A FACE

Este método, utilizado quando os espaçadores são longos, é assim denominado por necessitar
apenas de leituras axiais, evitando longas hastes e as grandes deflexões daí decorrentes.

Considera que, em princípio, nos planos de medição, os eixos geométricos da máquina e do


espaçador do acoplamento ou de dois espaçadores são concorrentes. Desta forma, nestes
planos, só há desalinhamento angular bastando eliminá-lo para garantir o alinhamento entre os
dois eixos que ali se cruzam. Eliminados os desalinhamentos angulares em cada acoplamento
o conjunto formado pela máquina fixa, espaçadores e máquina móvel estará alinhado.

Serão apresentadas duas configurações:

® dois acoplamentos com um espaçador longo (FIGURA 24 );

 três acoplamentos com dois espaçadores longos e um mancal intermediário


(FIGURA 25).

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13.3.1 – O MÉTODO FACE A FACE COM APENAS UM ESPAÇADOR LONGO

Observando a FIGURA 26 podemos, numa primeira etapa, tornar paralelas as faces do


acoplamento da máquina fixa (F). Isto pode ser feito girando o conjunto EIXO E / EIXO M
em torno do ponto OF trazendo-o para a posição EIXO E1 / EIXO M1 com o EIXO E1
coincidente com o EIXO F. Isto implica num movimento C1F no pedestal P1 e C2F no
pedestal P2 (EIXO E - representa o espaçador do acoplamento).

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Após a operação anterior, os EIXOS E e F estarão alinhados entre si, mas ainda desalinhados
em relação ao EIXO M. De forma análoga, vamos girar o EIXO M1 em torno do ponto OM1 ,
trazendo-o para a posição EIXO M2 , coincidente com o EIXO F. Isto implica num
movimento C1M no pedestal P1 e C2M no pedestal P2.

Entretanto, caso seja desejado um desalinhamento a frio, o EIXO M deverá coincidir com o
EIXO Md e não com o EIXO F. Isto seria feito de maneira análoga à descrita acima.
Visando encontrar C1F e C2F , identificamos na FIGURA 26 três triângulos retângulos
semelhantes, cujos catetos guardam a seguinte relação:

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ou

Analogamente, para encontrar C1M e C2M, identificamos outros três triângulos retângulos
semelhantes obtendo a seguinte relação:

ou

Os valores aF e aM são obtidos a partir de leituras axiais feitas respectivamente por dois
relógios, colocados no acoplamentos da máquina fixa (F) e da máquina móvel (M).

Os relógios para as leituras axiais serão fixados nos cubos dos acoplamentos ou nos eixos e,
suas pontas, se apoiarão em anteparos fixados da mesma forma (FIGURA 27).

As leituras serão sempre feitas olhando-se da máquina fixa para a máquina móvel.

Os relógios serão lidos na posição axial inferior (I), onde serão zerados, e a cada 90°, ou seja:
esquerda (E), superior (S) e direita (D). Estas leituras axiais serão chamadas de IF, EF, SF e DF
no acoplamento da máquina fixa ( plano F) e de IM, EM, SM e DM no acoplamento da máquina
móvel (plano M).

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O alinhamento compensando dilatações térmicas, não é comum para espaçadores longos.
Apesar disto desenvolveremos o caso geral. Se o mesmo não for desejado, basta considerar
como nulas as parcelas desejadas (sufixo d ).

Analogamente, para a posição desejada a frio, encontramos relações semelhantes às da posição


atual de alinhamento:

a Fd C C1Fd
 2 Fd 
2K d X  Y X  Y  Z

ou
a Fd a Fd
C 2 Fd   X  Y . C1Fd   X  Y  Z .
2K d 2K d
e

a Md C C
 2 Md  1Md
2K d Y Y Z

ou

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a Md a Md
C 2 Md  Y . C1Md  Y  Z .
2k d e 2K d

Supõe-se que os valores aFd , aMd e Kd sejam conhecidos a partir de informações dos
fabricantes das máquinas ou, a partir de registros de manutenções anteriores. As leituras de
alinhamento correspondentes, consistentes e já corrigidas com relação à deflexões de hastes,
seriam:

IFd , EFd , SFd , DFd com IFd = 0

IMd , EMd , SMd , DMd com IMd = 0

Ao invés dos dados acima ou através deles, pode-se simplesmente dispor dos valores do
desalinhamento desejado nos pedestais P1 e P2.

V1d e V2d - desalinhamento desejado no plano vertical nos pedestais P1 e P2

H1d e H2d - desalinhamento desejado no plano horizontal nos pedestais P1 e P2.

Valores positivos de V1d e V2d indicam que o EIXO Md deve ficar acima do EIXO F.
Valores negativos indicam que o EIXO Md deve ficar abaixo do EIXO F.

Valores positivos de H1d e H2d indicam que o EIXO Md deve ficar à direita do EIXO F.
Valores negativos indicam que o EIXO Md deve ficar à esquerda do EIXO F.

13.3.1.1 - MÉTODO FACE A FACE COM APENAS UM ESPAÇADOR LONGO - SOLUÇÃO


POR CÁLCULO

A sequência a seguir, enumera os passos necessários para o alinhamento e considera


conhecidos os dados sobre o desalinhamento desejado a frio. No Formulário 5A temos uma
planilha para facilitar a realização deste tipo de alinhamento (não leva em conta a posição
desejada de desalinhamento a frio, a qual, como já foi dito, não é comum nos tipos de
máquinas que utilizam espaçadores longos). No formulário 5B temos um exemplo resolvido:

a) Medir e anotar os valores de K, X, Y e Z. A unidade pode ser qualquer (mm, cm,


polegada, etc.) desde que seja a mesma para todos os valores. Sugerimos adotar cm.

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K - raio da circunferência que as pontas dos relógios percorrerão

X – distância entre os planos médios dos acoplamentos da máquina fixa (F) e


da máquina móvel (M)

Y – distância entre o plano médio do acoplamento da máquina móvel (M) e o


Plano médio do pedestal P2

Z – distância entre os planos médios dos pedestais P1 e P2

b) Verificar necessidade da correção devido à deflexão das hastes usando um eixo ou um


tubo. É imprescindível utilizar as hastes e os relógios que serão usados no alinhamento.
Como neste processo são utilizadas leituras axiais, as deflexões das hastes usualmente
são pequenas, podendo ser desprezadas;

c) Zerar os relógios na posição inferior (IF = IM = 0). Girar os eixos e anotar EF , SF , DF ,


EM , SM e DM . Verificar se na posição inferior as indicações voltam a zero;

d) Comparar, no plano F e no plano M , as somas algébricas, das leituras,


(Sc + I) e (D + E). Refazer as leituras se a diferença entre as somas ultrapassar 15%
da maior soma ou 0,03 mm, o que for maior ;

e) Se considerarmos a deflexão das hastes, corrigir as leituras superiores com os valores


obtidos no item b, caso :

SFc = SF - correção em F

SMc = SM - correção em M

f) Calcular os calços para o alinhamento no plano vertical:

f.1) caso tenhamos as leituras desejadas a frio:

  X  Y  Z .S Fd  Y  Z .S Md    X  Y  Z .S Fc  Y  Z .S Mc 


Calço em P1    
 2K d   2K 

  X  Y .S Fd  Y .S Md    X  Y .S Fc  Y .S Mc 
Calço em P2    
 2K d   2K 

f.2) caso tenhamos o desalinhamento desejado a frio:

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  X  Y  Z .S Fc  Y  Z .S Mc 
calço em P1  V1d   
 2K 

  X  Y .S Fc  Y .S Mc 
calço em P2  V2 d   
 2K 

Sinal positivo significa colocar calços e negativos retirar. Os valores calculados


estarão na mesma unidade em que estiverem graduados os relógios.

g) Calcular os deslocamentos laterais para o alinhamento no plano horizontal:

g.1) caso tenhamos as leituras desejadas a frio:

  X  Y  Z 
. DFd  E Fd   Y  Z 
. DMd  E Md 
Desloc. em P1   
 2K d 

  X  Y  Z 
. DF  E F   Y  Z 
. D M  E M 
-  
 2K 

  X  Y 
. DFd  E Fd   Y .DMd  E Md 
desloc. em P2   
 2K d 
  X  Y 
. D F  E F   Y .DM  E M 
 
 2K 

g.2) caso tenhamos o desalinhamento desejado a frio:

  X  Y  Z 
. DF  E F   Y  Z 
. DM  E M 
desloc. em P1  H 1d   
 2K 

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61
  X  Y 
. DF  E F   Y .DM  E M 
calço em P2  H 2 d   
 2K 

Sinal positivo significa deslocar para a direita e negativo para a esquerda. Os valores
calculados estarão na mesma unidade em que estiverem graduados os relógios.

h) Após as correções repetir os itens c, d, e, f, g para verificar se o alinhamento ficou


adequado. Caso necessário faça as novas correções.

13.3.1.2 - MÉTODO FACE A FACE COM APENAS UM ESPAÇADOR LONGO -


SOLUÇÃO GRÁFICA

A sequência a seguir, baseada no FORMULÁRIO 6A (no 6B temos um exemplo resolvido),


enumera os passos necessários para o alinhamento. Inicialmente vamos representar a situação
atual, EIXO M, nos planos vertical e horizontal. Em seguida representaremos a situação
desejada a frio, EIXO Md .

Conhecidas as situações atual e desejada poderemos então fazer o alinhamento.

A - REPRESENTAÇÃO DA SITUAÇÃO ATUAL

a) Medir e anotar os valores de K, X, Y e Z. A unidade pode ser qualquer (mm, cm,


polegada, etc.) desde que seja a mesma para todos os valores.

K - raio da circunferência que as pontas dos relógios percorrerão;

X - distância entre os planos médios dos acoplamentos da máquina fixa (F)


e da máquina móvel (M);

Y - distância entre o plano médio do acoplamento da máquina móvel (M)


e plano médio do pedestal interno (P2);

Z – distância entre os planos médios dos pedestais interno e externo (P1 e P2).

b) Determinar se é necessária a correção devido à deflexão das hastes usando um eixo ou


um tubo. É imprescindível utilizar as hastes e os relógios que serão usados no
alinhamento;

c) Zerar os relógios na posição inferior (IF = IM = 0). Girar os eixos e anotar EF , SF , DF ,


EM, SM e DM. Verificar se na posição inferior as indicações voltam a zero;

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d) Corrigir, se necessário, as leituras superiores com os valores obtidos no item b:

SFc = SF -- deflexão haste em F

SMc = SM - deflexão haste em M

e) Comparar no plano F e no plano M, as somas algébricas ( S + I ) e ( D + E ). Refazer


as leituras se, em cada plano, a diferença entre as somas ultrapassar 15% da maior soma
do plano ou 0,03 mm, o que for maior ;

f) Representar o EIXO E e o EIXO M no plano VERTICAL

f.1) Traçar inicialmente a linha horizontal EIXO F que representará o eixo da máquina
fixa no plano vertical de alinhamento;

f..2) Sobre o EIXO F, bem à esquerda, marcar o ponto OF, intercessão do EIXO E
espaçador) com o EIXO F, no plano médio do acoplamento da máquina fixa, o
plano F;

f.3) A partir do OF, lançar sobre o EIXO F, numa escala adequada, as distâncias X, Y e
Z e, pelos pontos obtidos, traçar linhas perpendiculares ao EIXO F obtendo,
respectivamente, os traços dos planos M, P2 e P1, também perpendiculares ao
EIXO F, sobre o plano vertical de alinhamento;

f.4) Novamente a partir de OF lançar sobre o EIXO F, na mesma escala usada para X,
Y e Z, o valor 2K obtendo o ponto O’F;

f.5) Pelo ponto O’F traçar uma reta auxiliar, perpendicular ao EIXO F e, a partir de
O’F, lançar, numa escala adequada e independente da usada para 2K, X, Y e Z, a
leitura SFc obtendo o ponto O”F. Valores positivos são lançados acima de O’F e
negativos abaixo;

f.6) Se 2K e/ou SFc forem muito pequenos, dificultando os passos anteriores, pode-se
usar valores proporcionais multiplicando ambos por um fator adequado;

f.7) Pelos pontos OF e O”F traçar a reta EIXO Ev prolongando-a até interceptar o
traço M obtendo o ponto OM . Este ponto OM é a intercessão do EIXO Ev com o
EIXO Mv, no plano médio do acoplamento da máquina móvel, o plano M. O
EIXO Ev é a projeção do EIXO E no plano vertical de alinhamento;

f.8) A partir de OM, lançar sobre o EIXO Ev, da esquerda para a direita e na mesma
escala usada para X, Y e Z, o valor 2K obtendo o ponto O’M;

f.9) Pelo ponto O’M traçar uma reta auxiliar, perpendicular ao EIXO EV e, a partir de
O’M, lançar, na mesma escala já utilizada anteriormente para SFc, a leitura SMc

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obtendo o ponto O”M. Valores positivos são lançados acima de O’M e negativos
abaixo;

f.10) Da mesma forma que anteriormente, se 2K ou SMc forem muito pequenos


dificultando os passos anteriores, pode-se usar valores proporcionais multiplicando
ambos por um fator adequado;

f.11) Pelos pontos OM e O”M traçar a reta EIXO Mv prolongando-a até interceptar o
traço P1. O EIXO Mv é a projeção do EIXO M no plano vertical de alinhamento.

g) Representar o EIXO E e o EIXO M no plano HORIZONTAL

g.1) Traçar, inicialmente, a linha horizontal EIXO F que representará o eixo da


máquina fixa no plano horizontal de alinhamento;

g.2) Sobre o EIXO F, bem à esquerda, marcar o ponto OF, intercessão do EIXO E do
espaçador longo com o EIXO F no plano médio do acoplamento da máquina fixa,
o plano F;

g.3) A partir de OF, lançar sobre o EIXO F, numa escala adequada, as distâncias X,
Y e Z e, pelos pontos obtidos, traçar linhas perpendiculares ao EIXO F obtendo,
respectivamente, os traços dos planos M, P2 e P1, também perpendiculares ao
EIXO F, sobre o plano horizontal de alinhamento;

g.4) Novamente a partir de OF lançar sobre o EIXO F, na mesma escala usada para X,
Y e Z, o valor 2K obtendo o ponto O’F;

g.5) Pelo ponto O’F traçar uma reta auxiliar, perpendicular ao EIXO F e, a partir de
O’F, lançar sobre esta reta numa escala adequada e independente da usada para 2K,
X, Y e Z, o valor (DF – EF) obtendo o ponto O”F. Valores positivos são lançados
abaixo (à direita) de e negativos acima (à esquerda);

g.6) Se 2K e/ou (DF – EF) forem muito pequenos, dificultando os passos anteriores,
pode-se usar valores proporcionais multiplicando ambos por um fator adequado;

g.7) Pelos pontos OF e O”F traçar a reta EIXO EH prolongando-a até interceptar o
traço M obtendo o ponto OM. Este ponto OM é a intercessão do EIXO EH com o
EIXO MH, no plano médio do acoplamento da máquina móvel, o plano M. O
EIXO EH é a projeção do EIXO E no plano horizontal de alinhamento;

g.8) A partir de OM, lançar sobre o EIXO EH, da esquerda para a direita e na mesma
escala usada para X, Y e Z, o valor 2K obtendo o ponto O’M;

g.9) Pelo ponto O’M traçar uma reta auxiliar, perpendicular ao EIXO EH e, a partir de
O’M, lançar, na mesma escala já utilizada anteriormente para (Df – EF), o valor

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(DM – EM) obtendo o ponto O”M. Valores positivos são lançados abaixo (à direita)
de O’M e negativos acima (à esquerda);

g.10) Da mesma forma que anteriormente, se 2K e/ou (DM – EM) forem muitos
pequenos dificultando os passos anteriores, pode-se usar valores proporcionais
multiplicando ambos por um fator adequado;

g.11) Pelos pontos OM e O”M traçar a reta EIXO MH prolongando-a até interceptar o
traço P1. O EIXO MH é a projeção do EIXO M no plano horizontal de
alinhamento.

B - REPRESENTAÇÃO DA SITUAÇÃO DESEJADA A FRIO

Caso não seja necessário deixar um desalinhamento a frio, a situação desejada, EIXO Md, é o
próprio EIXO F e pode-se partir para as correções.

Entretanto, no caso geral, o EIXO Md não coincide com o EIXO F e, conforme já visto
anteriormente, a situação desejada pode ser expressa de duas maneiras:

® pelos desalinhamentos vertical e horizontal nos planos P1 e P2:

V1d e H1d
V2d e H2d

® pelas leituras axiais e pelas distâncias associadas:

IFd , EFd , SFd , DFd com IFd = 0

IMd , EMd , SMd , DMd com IMd = 0

Kd , X, Y, Z

B.1 - CONHECENDO OS DESALINHAMENTOS DESEJADOS EM P1 e P2


a) Representar o EIXO Md no plano VERTICAL

a.1) No gráfico construído para a SITUAÇÃO ATUAL no plano VERTICAL lançar


sobre os traços P1 e P2, a partir de suas interseções com o prolongamento do EIXO

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F, respectivamente, V1d e V2d. Usar a mesma escala utilizada para SMc e SFc. Valores
positivos são lançados acima do EIXO F e negativos abaixo;

a.2) Pelos pontos obtidos traçar a reta EIXO MVd que representará a posição desejada
a frio no plano vertical.

b) Representar o EIXO Md no plano HORIZONTAL


b.1) No gráfico construído para a SITUAÇÃO ATUAL no plano HORIZONTAL,
lançar sobre os traços P1 e P2, a partir de suas interseções com o prolongamento do
EIXO F, respectivamente, H1d e H2d . Usar a mesma escala utilizada para
(DF – EF) e (DM – EM). Valores positivos são lançados abaixo (à direita) do EIXO
F e negativos acima (à esquerda);

b.2) Pelos pontos obtidos traçar a reta EIXO MHd que representará a posição desejada
a frio no plano horizontal.

B.2 - CONHECENDO AS LEITURAS AXIAIS DESEJADAS

a) Representar o EIXO Md no plano VERTICAL

a.1) No gráfico construído para a SITUAÇÃO ATUAL no plano VERTICAL, lançar


sobre o EIXO F, a partir do ponto OF e na mesma escala usada para X, Y, Z e 2K, o
valor 2Kd obtendo o ponto O’Fd;

a.2) Pelo ponto O’Fd traçar uma reta auxiliar, perpendicular ao EIXO F e, a partir de
O’Fd, lançar, na mesma escala usada para SFc e SMc, a leitura desejada SFd ,
obtendo o ponto O”Fd . Valores positivos são lançados acima de O’Fd e negativos,
abaixo;

a.3) Se 2Kd e/ou SFd forem muito pequenos, dificultando os passos anteriores, pode
se usar valores proporcionais multiplicando ambos por um fator adequado;

a.4) Pelos pontos OF e O”Fd traçar a reta EIXO EVd prolongando-a até interceptar
o traço M obtendo o ponto OMd. Este ponto Omd é a interseção do EIXO EVd com
o EIXO MVd, no plano médio do acoplamento da máquina móvel, o plano M. O
EIXO EVd é a projeção do EIXO Ed no plano vertical de alinhamento;

a.5) A partir de OMd lançar sobre o EIXO EVd, da esquerda para a direita e na mesma
escala usada para X, Y, Z e 2K, o valor 2Kd obtendo o ponto O’Md;

a.6) Pelo ponto O’Md traçar uma reta auxiliar, perpendicular ao EIXO EVd e a partir de
O’Md , lançar, na mesma escala usada para SFc , SMc e SFd , a leitura SMd obtendo o
ponto O”Md. Valores positivos são lançados acima de O’Md e negativos, abaixo;

a.7) Da mesma forma que anteriormente, se 2Kd e/ou SMd forem muito pequenos
dificultando os passos anteriores, pode-se usar valores proporcionais multiplicando
ambos por um fator adequado;

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a.8) Pelos pontos OMd e O”Md traçar a reta EIXO MVd prolongando-a até interceptar o
traço P1. O EIXO MVd é a projeção do EIXO Md no plano vertical de
alinhamento.

b) Representar o EIXO Md no plano HORIZONTAL

b.1) No gráfico construído para a SITUAÇÃO ATUAL no plano HORIZONTAL,


lançar sobre o EIXO F, a partir do ponto OF e na mesma escala usada para X, Y,
Z e 2K, o valor 2Kd obtendo o ponto O’Fd;

b.2) Pelo ponto O’Fd traçar uma reta auxiliar, perpendicular ao EIXO F e, a partir de
O’Fd, lançar, na mesma escala usada para (DF – EF) e (DM – EM), o valor desejado
(DFd – EFd) , obtendo o ponto O”Fd. Valores positivos são lançados abaixo (à
direita) de O’Fd e negativos acima (à esquerda);

b.3) Se 2Kd e/ou (DFd – EFd) forem muito pequenos, dificultando os passos anteriores,
pode-se usar valores proporcionais multiplicando ambos por um fator adequado;

b.4) Pelos pontos OF e O”Fd traçar a reta EIXO EH prolongando-a até interceptar o
traço M obtendo o ponto OMd . Este ponto OMd é a interseção do EIXO EHd com
o EIXO MHd, no plano médio do acoplamento da máquina móvel, plano M. O
EIXO EHd é a projeção do EIXO Ed no plano horizontal de alinhamento;

b.5) A partir de OMd, lançar sobre o EIXO EHd , da esquerda para direita e na mesma
escala usada para X, Y, Z e 2K, o valor 2Kd obtendo o ponto OMd;

b.6) Pelo ponto O’Md traçar uma reta auxiliar, perpendicular ao EIXO EHd e, a partir de
O’Md, lançar, na mesma escala usada para (DF – EF), (DM – EM) e (DFd – EFd), o
valor (DMd – EMd) ,obtendo o ponto O”Md. Valores positivos são lançados abaixo
(à direita) de O’Md e negativos, acima (à esquerda);

b.7) Da mesma forma que anteriormente, se 2Kd e/ou (DMd – EMd) forem muito
pequenos dificultando os passos anteriores, pode se usar valores proporcionais
multiplicando ambos por um fator adequado;

b.8) Pelos pontos OMd e O”Md traçar a reta EIXO MHd, prolongando-a até interceptar o
traço P1. O EIXO MHd , é a projeção do EIXO Md no plano horizontal de
alinhamento.

C - EXECUÇÃO DO ALINHAMENTO

Nos dois gráficos construídos, um para o plano vertical e outro para o horizontal, foram
representadas as projeções do eixo da máquina móvel na situação atual, EIXO MV e
EIXO MH, e na situação desejada, EIXO MVd e EIXO MHd.

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No plano vertical, os valores medidos sobre as linhas P1 e P2 entre o EIXO MV e o EIXO MVd ,
são os calços a serem colocados ou retirados, respectivamente, nos pedestais P1 e P2 de forma
a trazer o EIXO MV para a posição desejada MVd.

Analogamente, no plano horizontal, os valores medidos sobre as linhas P1 e P2 entre o


EIXO MH e o EIXO MHd são os deslocamentos necessários para trazer o EIXO MH para a
posição desejada MHd.

D - VERIFICAÇÃO DO RESULTADO

Após o alinhamento refaça as leituras e verifique se estão adequadas. Caso não estejam refaça
o alinhamento.

13.3.2 - O MÉTODO FACE A FACE QUANDO HÁ DOIS ESPAÇADORES LONGOS E UM


MANCAL INTERMEDIÁRIO

Tal como no caso anterior, observando agora a FIGURA 28 podemos, numa primeira etapa,
tornar paralelas as faces do acoplamento da máquina fixa (F). Isto pode ser feito girando o
conjunto EIXO EF / EIXO EM / EIXO M em torno do ponto O , trazendo-o para a posição
EIXO EF1 coincidente com o EIXO F. Isto implica num movimento C1F no pedestal P1, C2F
no pedestal P2 e C3F no pedestal P3.

Após a operação anterior, os EIXOS F e EF estarão alinhados entre si mas ainda desalinhados
em relação aos eixos EM e M. De forma análoga, vamos girar o conjunto EIXO EM1 /
EIXO M1 em torno do ponto O1 , trazendo-o para a posição EIXO EM2 / EIXO M2 com o
EIXO EM2 coincidente com o EIXO F e com o EIXO EF1. Isto implica num movimento C1c
no pedestal P1, C2c no pedestal P2 e C3c no pedestal P3.

Como última etapa resta alinhar o EIXO M aos EIXOS F, EF e EM. Para isto vamos girar o
EIXO M2 em torno do ponto O’2 , trazendo-o para a posição EIXO M3 , coincidente com o
EIXO F. Isto implica num movimento C1M no pedestal P1 e C2M no pedestal P2.

Entretanto caso seja desejado um desalinhamento a frio, os EIXOS EF , EM e M deverão


coincidir, respectivamente, com os eixos EFd, EMd e Md e não com o EIXO F. Isto seria feito
de maneira análoga à descrita acima.

Visando encontrar C1F , C2F e C3F , identificamos na FIGURA 28a, quatro triângulos
retângulos semelhantes cujos catetos guardam a seguinte relação:

aF C1F C2F C
   3F
2K V  W  X  Y  Z V  W  X  Y V  W

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ou

aF
C1F  V  W  X  Y  Z .
2k

aF
C 2 F  V  W  X  Y .
2K

aF
C3 F  V  W .
2K

Para encontrar C1C , C2C e C3C , identificamos na FIGURA 28a, outros quatro triângulos
retângulos semelhantes cujos catetos guardam a seguinte relação:

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aC C1C C 2C C
   3C
2K W  X  Y  Z W  X  Y W

ou

aC
C1C  W  X  Y  Z .
2K

aC
C 2C  W  X  Y .
2K

aC
C 3C  W .
2K

Finalmente, para encontrar C1M e C2M também identificamos na FIGURA 28a três triângulos
retângulos semelhantes, obtendo:

aM C C
 1M  2 M
2K Y  Z Y

ou

aM
C1M  Y  Z .
2K

aM
C2M  Y .
2K

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Os valores aF, aC e aM são obtidos a partir de leituras axiais feitas respectivamente por
relógios no acoplamento da máquina fixa (F), no acoplamento central (C) e no acoplamento
da máquina móvel (M) .

Os relógios para as leituras axiais serão fixados nos cubos dos acoplamentos ou nos eixos e
suas pontas se apoiarão em anteparos fixados da mesma forma (FIGURA 27).

As leituras serão sempre feitas olhando-se da máquina fixa para a máquina móvel.

Os relógios serão lidos na posição axial inferior (I), onde serão zerados, e a cada 90°, ou seja:
esquerda (E), superior (S) e direita (D). Estas leituras axiais serão chamadas de IF , EF , SF e
DF no acoplamento da máquina fixa, (plano F). No acoplamento central, (plano C), serão
chamadas de IC , EC , SC e DC e, no acoplamento da máquina móvel, (plano M), serão
chamadas de IM , EM , SM e DM.

Analogamente, para a posição desejada a frio, Figura 28b encontramos relações semelhantes
as da posição atual de alinhamento:

® Plano F

a Fd C1Fd C 2 Fd C
   3 Fd
2K d V  W  X  Y  Z V  W  X  Y V  W

ou

a Fd
C1Fd  V  W  X  Y  Z .
2K d

a Fd
C 2 Fd  V  W  X  Y .
2K d

a Fd
C 3 Fd  V  W .
2K d

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® Plano C

aCd C1Cd C 2Cd C


   3Cd
2K d W  X  Y  Z W  X  Y W

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72
ou

aCd
C1Cd  W  X  Y  Z .
2K d

a Cd
C 2Cd  W  X  Y .
2K d

a Cd
C 3Cd  W .
2K d

® Plano M

a Md C C
 1Md  2 Md
2K d Y  Z Y

ou

a Md
C1Md  Y  Z .
2K d

a Md
C 2 Md  Y .
2K d

Supõe-se que os valores aFd , aCd , aMd e Kd sejam conhecidos a partir de informações dos
fabricantes das máquinas, de de registros de manutenções anteriores ou de estimativas de
dilatação. As leituras de alinhamento correspondentes, consistentes e já corrigidas com relação
à deflexões de hastes, seriam:

IFd , EFd , SFd , DFd com IFd = 0

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ICd , ECd , SCd , DCd com ICd = 0

IMd , EMd , SMd , DMd com IMd = 0

Ao invés dos dados acima ou através deles pode-se simplesmente dispor dos valores do
desalinhamento desejado nos pedestais P1 , P2 e P3:

V1d, V2d e V3d - desalinhamentos desejados no plano vertical nos pedestais P1 , P2 e P3;

H1d , H2d e H3d - desalinhamentos desejados no plano horizontal nos pedestais P1 , P2 e P3.

Valores positivos de V1d , V2d e V3d indicam que os eixos Md e EMd devem ficar acima do
EIXO F. Valores negativos indicam que devem ficar abaixo do EIXO F.

Valores positivos de H1d , H2d e H3d indicam que os eixos Md e EMd devem ficar à direita do
EIXO F. Valores negativos indicam que devem ficar à esquerda do EIXO F.

13.3.2.1 - MÉTODO FACE A FACE COM DOIS ESPAÇADORES LONGOS E UM


MANCAL INTERMEDIÁRIO - SOLUÇÃO POR CÁLCULO

A sequência a seguir, enumera os passos necessários para este método de alinhamento. No


FORMULÁRIO 7A , não é levando em conta o desalinhamento a frio, face a compensação
devido a dilatações térmicas, não ser usual nos equipamentos que usam este tipo de
espaçadores. Se a mesma for necessária, deverão ser conhecidos os dados sobre o
desalinhamento desejado a frio e, seguido os passos abaixo, no lugar de usar o
FORMULÁRIO 7A. Seguem os passos: baseada no

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74
a) Medir e anotar os valores de K, V, W, X, Y e Z. A unidade pode ser qualquer (mm, cm,
polegada, etc.) desde que seja a mesma para todos os valores. Sugerimos adotar cm.

K - raio da circunferência que as pontas dos relógios percorrerão;

V - distância entre os planos médios dos acoplamentos central (C) e da máquina


fixa (F);

W - distância entre os planos médios do acoplamento central (C) e do pedestal


do mancal central (P3);

X - distância entre os planos médios do pedestal do mancal central (P3)


e do acoplamento da máquina móvel (M);

Y - distância entre os planos médios do acoplamento da máquina móvel (M) e


do seu pedestal interno (P2);

Z - distância entre os planos médios dos pedestais interno (P2) e externo


(P1) da máquina móvel.

b) Se necessário, determinar as correções necessárias devido à deflexão das hastes usando


um eixo ou um tubo. É imprescindível utilizar as hastes e os relógios que serão usados
no alinhamento. Como o método é baseado em leituras axiais, as deformações
usualmente são pequenas, podendo ser desprezadas;

c) Zerar os relógios na posição inferior (IF = IC = IM = 0 ). Girar os eixos e anotar EF , SF


DF , EC , SC , DC , EM , SM e DM. Verificar se na posição inferior as indicações voltam a
zero;

d) Se for o caso, corrigir as leituras superiores com os valores obtidos no item b:

SFc = SF + correção em F

SCc = SC + correção em C

SMc = SM + correção em M

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e) Comparar nos planos F, C e M as somas algébricas (SC + I) e (D + E). Refazer as
leituras se, em cada plano, a diferença entre as somas ultrapassar 15% da maior soma ou
0,03 mm, considerar o maior dos dois valores;

f) Calcular os calços para o alinhamento no plano vertical:

f.1) Caso tenhamos as leituras desejadas a frio:

Fazendo:
Q1 = Y + Z U1d = DFd - EFd

Q2 = W + X + Y + Z U2d = DCd - ECd

Q3 = V + W + X + Y + Z U3d = DMd - EMd


Q4 = W + X + Y U1 = DF - EF

Q5 = V + W + X + Y U2 = DC - EC

Q6 = V + W U3 = DM - EM

temos:

 Q3 x S Fd  Q 5 x. S Cd  Q1 x .S Md 
Calço em P1   
 2K d 
 Q x .S Fc  Q 5 x S Cc  Q1 .x S Mc 
 3 
 2K 

 Q3 x S Fd  Q 5 x. S Cd  Y x .S Md   Q3 x .S Fc  Q 5 x S Cc  Y.x S Mc 
Calço em P2     
 2K d   2K 

 Q6 x S Fd  W .S Cd   Q6 x S Fc  W .S Cc 
Calço em P3    
 2K d   2K 

f.2) Caso tenhamos o desalinhamento desejado a frio:

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Calço em P1  V1d 
 Q3 x .S Fc  Q 5 x S C c  Q1.x S M c 
 
 2K 

 Q3 x .S Fc  Q 5 x S Cc  Y.x S Mc 
Calço em P2  V2 d   
 2K 

 Q x S Fc  W .SCc 
Calço em P3  V3d   6 
 2K

Sinal positivo significa colocar calços e negativos retirar. Os valores calculados


estarão na mesma unidade em que estiverem graduados os relógios.

g) Calcular os deslocamentos laterais para o alinhamento no plano horizontal:

g.1) Caso tenhamos as leituras desejadas a frio:

desloc. em P1 =
 Q3 x U1d  Q 2 x U 2d  Q1 x U 3d   Q3 x U1  Q 2 x U 2  Q1 x U 3 
  
 2K d   2K 

 Q x U1d  Q 4 x U 2d  Y x U3d   Q5 x U1  Q 4 x U 2  Y x U3 
desloc. em P2   5   
 2Kd   2K 

 Q x U1d  W x U 2d   Q6 x U1  W x U 2 
desloc. em P3   6  
 2Kd   2K 

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g.2) Caso tenhamos o desalinhamento desejado a frio:

 Q3 x U1  Q 2 xU 2  Q1 xU 3 
desloc. em P1  H 1d   
 2K 

 Q x U1  Q 4 x U 2  Y x U 3 
desloc. em P2  H 2 d   5 
 2K

 Q x U1  W x U 2 
desloc. em P3  H 3d   6 
 2K

Sinal positivo significa deslocar para a direita e negativo para a esquerda. Os valores
calculados estarão na mesma unidade em que estiverem graduados os relógios.

h) Após as correções repetir os itens c, d, e, f, g para verificar se o alinhamento ficou


adequado. Caso necessário faça as novas correções.

13.3.2.2 - MÉTODO FACE A FACE COM DOIS ESPAÇADORES LONGOS E UM


MANCAL INTERMEDIÁRIO - SOLUÇÃO GRÁFICA

A seqüência a seguir, baseada nos FORMULÁRIOS 8A (planilha limpa) e 8B (exemplo


resolvido), enumera os passos necessários para o alinhamento. Na parte A, vamos representar
a situação atual, EIXO EF / EIXO EM / EIXO M, nos planos vertical e horizontal. Como já
informado, não é usual compensar dilatações neste tipo de equipamento, razão pela qual não
estão contempladas nas planilhas. Caso a mesma seja desejada, os passos na parte B permitem
sua construção, neste caso estaremos plotando a situação desejada a frio, composta pelos
seguintes eixos: EIXO EFd / EIXO EMd / EIXO Md .

Conhecidas as situações atual e desejada poderemos então fazer o alinhamento.

A - REPRESENTAÇÃO DA SITUAÇÃO ATUAL

a) Medir e anotar os valores de K, V, W, X, Y e Z. A unidade pode ser qualquer (mm, cm,


polegada, etc.) desde que seja a mesma para todos os valores. Sugerimos usar cm.

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K - raio da circunferência que as pontas dos relógios percorrerão;

V - distância entre os planos médios dos acoplamentos central (C) e da máquina


fixa (F);

W - distância entre os planos médios dos acoplamento central (C) e


do pedestal do mancal central (P3);

X - distância entre os planos médios do pedestal do mancal central (P3)


e do acoplamento da máquina móvel (M);

Y - distância entre os planos médios do acoplamento da máquina móvel (M)


e do pedestal interno (P2);

Z - distância entre os planos médios dos pedestais interno (P2) e externo (P1)
da máquina móvel.

b) Se necessário, determinar as correções necessárias devido à deflexão das hastes usando


um eixo ou um tubo. É imprescindível utilizar as hastes e os relógios que serão usados
no alinhamento. Como o método é baseado em leituras axiais, as deformações
usualmente são pequenas, podendo ser desprezadas;

c) Zerar os relógios na posição inferior (IF = IC = IM = 0). Girar os eixos e anotar EF, SF,
DF , EC , SC , DC , EM , SM e DM. Verificar se na posição inferior as indicações voltam a
zero;

d) Se for o caso, corrigir as leituras superiores com os valores obtidos no item b:

SFc = SF + correção em F

SCc = SC + correção em C

SMc = SM + correção em M

e) Comparar nos planos F, C e M as somas algébricas (S + 1) e (D + E). Refazer as leituras


se, em cada plano, a diferença entre as somas ultrapassar 15% da maior soma ou
0,03mm, prevalecendo o maior dos dois valores;

f) Representar os eixos EF, EM e M no plano VERTICAL:

f.1) Traçar inicialmente a linha horizontal EIXO F que representará o eixo da máquina
fixa no plano vertical de alinhamento;

f.2) Sobre o EIXO F, bem à esquerda, marcar o ponto O, interseção do EIXO EF com
o EIXO F, no plano médio do acoplamento da máquina fixa, o plano F;

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79
f.3) A partir de O, lançar sobre o EIXO F, numa escala adequada, as distâncias V, W,
X, Y e Z e, pelos pontos obtidos, traçar linhas perpendiculares ao EIXO F obtendo,
respectivamente, os traços dos planos C, P3, M, P2 e P1, também perpendiculares
ao EIXO F, sobre o plano vertical de alinhamento;

f.4) Novamente a partir de O lançar sobre o EIXO F, na mesma escala usada para V,
W, X, Y e Z, o valor 2K obtendo o ponto O’;

f,5) Pelo ponto O’ traçar uma reta auxiliar, perpendicular ao EIXO F, e, a partir de O’,
lançar, numa escala adequada e independente da usada para 2K, V, W, X, Y e Z, a
leitura SFc obtendo o ponto O”. Valores positivos são lançados acima de O’ e
negativos abaixo;

f.6) Se 2K e/ou SFc forem muito pequenos, dificultando os passos anteriores, pode-se
usar valores proporcionais multiplicando ambos por um fator adequado;

f.7) Pelos pontos O e O” traçar a reta EIXO EFV prolongando-a até interceptar o
traço C obtendo o ponto OC. Este ponto OC é a interseção do EIXO EFV com o
EIXO EMV , no plano médio do acoplamento central, o plano C. O EIXO EFV
é a projeção do EIXO EF no plano vertical de alinhamento;

f.8) A partir de OC , lançar sobre o EIXO EFV , da esquerda para a direita e na mesma
escala usada para V, W, X, Y e Z o valor 2K obtendo o ponto O’C ;

f.9) Pelo ponto O’C traçar uma reta auxiliar, perpendicular ao EIXO EFV e, a partir
de O’C , lançar, na mesma escala já utilizada anteriormente, a leitura SCc obtendo o
ponto O”C . Valores positivos são lançados acima de O’C e negativos abaixo;

f.10) Da mesma forma que anteriormente, se 2K e/ou SCc forem muito pequenos,
dificultando os passos anteriores, pode-se usar valores proporcionais,
multiplicando ambos por um fator adequado;

f.11) Pelos pontos OC e O”C traçar a reta EIXO EMV , prolongando-a até interceptar o
traço M , obtendo o ponto OM. Este ponto OM é a interseção do EIXO EMV com
o EIXO MV , no plano médio do acoplamento da máquina móvel, plano M.
O EIXO EMV é a projeção do EIXO EM no plano vertical de alinhamento;

f.12) A partir de OM , lançar sobre o EIXO EMV , da esquerda para a direita e na mesma
escala usada para V, W, X, Y e Z, o valor 2K obtendo o ponto O’M ;

f.13) Pelo ponto O’M traçar uma reta auxiliar, perpendicular ao EIXO EMV e, a partir
de O’M, lançar, na mesma escala já utilizada anteriormente, a leitura SMc obtendo o
ponto O”M. Valores positivos são lançados acima de O’M e negativos abaixo;

f.14) Novamente, se 2K e/ou SMc forem muito pequenos dificultando os passos


anteriores, pode-se usar valores proporcionais multiplicando ambos por um fator
adequado;

f.15) Pelos pontos OM e O”M traçar a reta EIXO MV prolongando-a até interceptar o
traço P1. O EIXO MV é a projeção do EIXO M no plano vertical de alinhamento.

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g) Representar os eixos EF, EM e M no plano HORIZONTAL:

g.1) Traçar inicialmente a linha horizontal EIXO F que representará o eixo da máquina
fixa no plano horizontal de alinhamento;

g.2) Sobre o EIXO F, bem à esquerda, marcar o ponto OF, interseção do EIXO EF
com o EIXO F, no plano médio do acoplamento da máquina fixa, o plano F;

g.3) A partir de OF, lançar sobre o EIXO F, numa escala adequada, as distâncias V, W,
X, Y e Z e, pelos pontos obtidos, traçar linhas perpendiculares ao EIXO F
obtendo, respectivamente, os traços dos planos C, P3, M, P2 e P1, também
perpendiculares ao EIXO F, sobre o plano horizontal de alinhamento;

g.4) Novamente a partir de OF lançar sobre o EIXO F, na mesma escala usada para V,
W, X, Y e Z, o valor 2K obtendo o ponto O’F;

g.5) Pelo ponto O’F traçar uma reta auxiliar, perpendicular ao EIXO F, e, a partir de
O’F, lançar numa escala adequada e independente da usada para 2K, V, W, X, Y e
Z, o valor (DF – EF) obtendo o ponto O”F. Valores positivos são lançados abaixo
(à direita) de O’F e negativos. acima (à esquerda);

g.6) Se 2K e/ou (DF – EF) forem muito pequenos, dificultando os passos anteriores,
pode-se usar valores proporcionais, multiplicando ambos por um fator adequado;

g.7) Pelos pontos OF e O”F traçar a reta EIXO EFH prolongando-a até interceptar o
traço C obtendo o ponto OC. Este ponto é a intercessão do EIXO EFH com o
EIXO EMH no plano médio do acoplamento central, o plano C. O EIXO EFH
é a projeção do EIXO EF no plano horizontal de alinhamento;

g.8) A partir de OC , lançar sobre o EIXO EFH , da esquerda para a direita e na mesma
escala usada para V, W, X, Y e Z o valor 2K obtendo o ponto O’C ;

g.9) Pelo ponto O’C traçar uma reta auxiliar, perpendicular ao EIXO EFH e, a partir
de O’C , lançar, na mesma escala já utilizada anteriormente, o valor (DC – EC)
obtendo o ponto O”C. Valores positivos são lançados abaixo (à direita) de O’C e
negativos, acima (à esquerda);

g.10) Da mesma forma que anteriormente, se 2K e/ou (DC – EC ) forem muito


pequenos dificultando os passos anteriores, pode-se usar valores proporcionais,
multiplicando ambos por um fator adequado;

g.11) Pelos pontos OC e O”C traçar a reta EIXO EMH prolongando-a até interceptar
o traço M obtendo o ponto OM. Este ponto OM é a interseção do EIXO EMH
com o EIXO MH , no plano médio do acoplamento da máquina móvel, o
plano M. O EIXO EMH é a projeção do EIXO EM no plano horizontal de
alinhamento;

g.12) A partir de OM , lançar sobre o EIXO EMH , da esquerda para a direita e na mesma
escala usada para V, W, X, Y e Z, o valor 2K obtendo o ponto O”;

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g.13) Pelo ponto O’M traçar uma reta auxiliar, perpendicular ao EIXO EMH e, a partir
de O’M , lançar, na mesma escala já utilizada anteriormente, o valor (DM – Em)
obtendo o ponto O”M . Valores positivos são lançados abaixo (à direita) de O’M e
negativos acima (à esquerda);

g.14) Novamente, se 2K e/ou (DM – EM) forem muito pequenos dificultando os passos
anteriores pode-se usar valores proporcionais multiplicando ambos por um fator
adequado;

g.15) Pelos pontos OM e O”M traçar a reta EIXO MH , prolongando-a até interceptar o
traço P1. O EIXO MH é a projeção do EIXO M no plano horizontal de alinhamento.

B - REPRESENTAÇÃO DA SITUAÇÃO DESEJADA A FRIO

Caso não seja necessário deixar um desalinhamento a frio, a situação desejada, EIXO EFd /
EIXO EMd / EIXO Md , é o próprio EIXO F e pode-se partir para as correções.

Entretanto, no caso geral, os EIXO EFd / EMd / Md não coincidem com o EIXO F e, conforme
já visto anteriormente, a situação desejada pode ser expressa de duas maneiras:

® pelos desalinhamentos vertical e horizontal nos planos P1, P2 e P3:

V1d , H1d
V2d , H2d
V3d , H3d

® pelas leituras axiais e pelas distâncias associadas:

IFd , EFd , SFd , DFd com IFd = 0

ICd , ECd , SCd , DCd com ICd = 0

IMd , EMd , SMd , DMd com IMd = 0

Kd , V, W, X, Y, Z

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B.1 - CONHECENDO OS DESALINHAMENTOS DESEJADOS EM P1, P2 e P3
a) Representar os eixos EFd , EMd e Md no plano VERTICAL:

a.1) No gráfico construído para a SITUAÇÃO ATUAL no plano VERTICAL, lançar


sobre os traços P1, P2 e P3 , a partir de suas interseções com o prolongamento do
EIXO F, respectivamente, V1d, V2d e V3d. Usar a mesma escala utilizada para SFc ,
SCc e SMc. Valores positivos são lançados acima do EIXO F e negativos abaixo;

a.2) Pelos pontos obtidos traçar as retas EIXO EFVd , EIXO EMVd e EIXO MVd que
representarão a posição desejada a frio no plano vertical.

b) Representar os eixos EFd , EMd e Md no plano HORIZONTAL:

b.1) No gráfico construído para a SITUAÇÃO ATUAL no plano HORIZONTAL,


lançar sobre os traços P1 , P2 e P3 , a partir de suas interseções com o
prolongamento do EIXO F, respectivamente, H1d , H2d , e H3d. Usar a mesma
escala utilizada para (DF – EF) , (DC – EC) e (DM – EM). Valores positivos são
lançados abaixo (à direita) do EIXO F e negativos acima (à esquerda);

b.2) Pelos pontos obtidos traçar as retas EIXO EFHd , EIXO EMHd e EIXO MHd que
representarão a posição desejada a frio no plano horizontal.

B.2 - CONHECENDO AS LEITURAS AXIAIS DESEJADAS

a) Representar os eixos EFd , EMd e Md no plano VERTICAL:

a.1) No gráfico construído para a SITUAÇÃO ATUAL no plano VERTICAL, lançar


sobre o EIXO F, a partir do ponto OF e na mesma escala usada para V, W, X, Z e
2K, o valor 2Kd obtendo o ponto O’Fd;

a.2) Pelo ponto O’Fd traçar uma reta auxiliar, perpendicular ao EIXO F e, a partir de
O’Fd , lançar, na mesma escala usada para SFc , SCc e SMc, a leitura desejada SFd
obtendo o ponto O”Fd . Valores positivos são lançados acima de O’Fd e negativos
abaixo;

a.3) Se 2Kd e/ou SFd forem muito pequenos, dificultando os passos anteriores, pode-
se usar valores proporcionais multiplicando ambos por um fator adequado;

a.4) Pelos pontos OF e O”Fd traçar a reta EIXO EFVd , prolongando-a até interceptar
o traço C , obtendo o ponto OCd . Este ponto OCd é a interseção do EIXO EFVd
com o EIXO EMVd , no plano médio do acoplamento central, o plano C. O
EIXO EFVd é projeção do EIXO EFd no plano vertical de alinhamento;

a.5) A partir de Ocd , lançar sobre o EIXO EFVd , da esquerda para a direita e na mesma
escala usada para V, W, X, Y e Z , o valor 2Kd obtendo o ponto O’Cd ;

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a.6) Pelo ponto O’Cd traçar uma reta auxiliar, perpendicular ao EIXO EFVd e, a partir
de O’Cd , lançar, na mesma escala já utilizada anteriormente, a leitura SCd, obtendo
o ponto O”Cd. Valores positivos são lançados acima de O’Cd e, negativos abaixo;

a.7) Da mesma forma que anteriormente, se 2Kd e/ou SCd forem muito pequenos
dificultando os passos anteriores, pode-se usar valores proporcionais multiplicando
ambos por um fator adequado;

a.8) Pelos pontos OCd e O”Cd traçar a reta EIXO EMVd , prolongando-a até interceptar
o traço M, obtendo o ponto OMd. Este ponto OMd é a interseção do EIXO EMVd
com o EIXO M Vd , no plano médio do acoplamento da máquina móvel, plano M.
O EIXO EMVd é a projeção do EIXO EMd no plano vertical de alinhamento;

a.9) A partir de OMd , lançar sobre o EIXO EMVd , da esquerda para a direita e na mesma
escala usada para V, W, X, Y e Z, o valor 2Kd , obtendo o ponto O’Md;

a.10) Pelo ponto O’Md traçar uma reta auxiliar, perpendicular ao EIXO EMVd e, a partir
de O’Md, lançar, na mesma escala já utilizada anteriormente, a leitura SMd obtendo o
ponto O”Md. Valores positivos são lançados acima de O’Md e negativos abaixo;

a.11) Novamente, se 2Kd e/ou SMd forem muito pequenos, dificultando os passos
anteriores, pode-se usar valores proporcionais, multiplicando ambos por um fator
adequado;

a.12) Pelos pontos OMd e O”Md traçar a reta EIXO MVd prolongando-a até interceptar o
traço P1. O EIXO MVd é a projeção do EIXO Md no plano vertical de alinhamento.

b) Representar os eixos EFd, EMd e Md no plano HORIZONTAL:

b.1) No gráfico construído para a SITUAÇÃO ATUAL no plano HORIZONTAL,


lançar sobre o EIXO F, a partir do ponto OF e na mesma escala usada para V, W,
X, Y, Z e 2K, o valor 2Kd obtendo o ponto O’Fd;

b.2) Pelo ponto O’Fd , traçar uma reta, auxiliar, perpendicular ao EIXO F e, a partir de
O’Fd, lançar, na mesma escala usada para (DF – EF) , (DC – EC) e (DM – EM), o valor
desejado (DFd – EFd) obtendo o ponto O”Fd. Valores positivos são lançados
abaixo (à direita) de O’Fd e negativos acima (à esquerda);

b.3) Se 2Kd e/ou (DFd – EFd) forem muito pequenos, dificultando os passos
anteriores, pode-se usar valores proporcionais, multiplicando ambos por um fator
adequado;

b.4) Pelos pontos OF e O”Fd traçar a reta EIXO EFHd , prolongando-a até interceptar
o traço C , obtendo o ponto OCd. Este ponto OCd é a intercessão do EIXO EFHd
com o EIXO EMHd , no plano médio do acoplamento central, o plano C. O
EIXO EFHd é a projeção do EIXO EFd no plano horizontal de alinhamento;

b.5) A partir de Ocd , lançar sobre o EIXO EFHd , da esquerda para a direita e na mesma
escala usada para V, W, X, Y, Z e 2K o valor de 2Kd obtendo o ponto O’Cd ;

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b.6) Pelo ponto O’Cd traçar uma reta auxiliar, perpendicular ao EIXO EFHd e, a partir
de O’Cd , lançar, na mesma escala já utilizada anteriormente, o valor (DCd – ECd)
obtendo o ponto O”Cd. Valores positivos são lançados abaixo (à direita) de O’Cd e
negativos acima (à esquerda);

b.7) Da mesma forma que anteriormente, se 2Kd e/ou (DCd – ECd) forem muito
pequenos dificultando os passos anteriores, pode-se usar valores proporcionais
multiplicando ambos por um fator adequado;

b.8) Pelos pontos OCd e O”Cd traçar a reta EIXO EMHd prolongando-a até interceptar o
traço M, obtendo o ponto OMd. Este ponto OMd é a interseção do EIXO EMHd com
o EIXO MHd , no plano médio do acoplamento da máquina móvel, o plano M. O
EIXO EMHd é a projeção do EIXO EMd no plano horizontal de alinhamento;

b.9) A partir de OMd , lançar sobre o EIXO EMHd , da esquerda para a direita e na
mesma escala usada para V, W, X, Y, Z e 2K, o valor 2Kd , obtendo o ponto O’Md ;

b.10) Pelo ponto O’Md traçar uma reta auxiliar, perpendicular ao EIXO EMHd e, a partir
de O’Md , lançar na mesma escala já utilizada anteriormente, o valor (DMd – EMd)
obtendo o ponto O”Md . Valores positivos são lançados abaixo (à direita) de O’Md e
negativos, acima (à esquerda);

b.11) Novamente, se 2Kd e/ou (DMd – EMd) forem muito pequenos dificultando os
passos anteriores, pode-se usar valores proporcionais multiplicando ambos por um
fator adequado;

b.12) Pelos pontos OMd e O”Md traçar a reta EIXO MHd prolongando-a até interceptar o
traço P1. O EIXO MHd é a projeção do EIXO Md no plano horizontal de
alinhamento.

C - EXECUÇÃO DO ALINHAMENTO

Nos dois gráficos construídos, um para o plano vertical e outro para o horizontal, foram
representadas as projeções dos eixos móveis na situação atual - EIXO EFV , EIXO EFH ,
EIXO EMV e EIXO EMH , EIXO MV e EIXO MH - bem como na situação desejada -
EIXO EFVd e EIXO EFHd , EIXO EMVd , e EIXO EMHd , EIXO MVd e EIXO MHd.

No plano vertical, os valores medidos sobre as linhas P1, P2 e P3 entre o EIXO M V e o


EIXO MVd e entre o EIXO EMV e o EIXO EMVd são os calços a serem colocados ou retirados,
respectivamente, nos pedestais P1, P2 e P3 de forma a trazer o EIXO MV e o EIXO EMV
para as posições desejadas EIXO MVd e EIXO EMVd.

Analogamente, no plano horizontal, os valores medidos sobre as linhas P1, P2 e P3 entre o


EIXO MH e o EIXO MHd e entre o EIXO EMH e o EIXO EMHd são os deslocamentos
necessários para trazer, respectivamente, nos pedestais P1, P2 e P3 , o EIXO MH e o
EIXO EMH para as posições desejadas EIXO MHd e EIXO EMHd.

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D - VERIFICAÇÃO DO RESULTADO

Após o alinhamento refaça as leituras e verifique se estão adequadas. Caso não estejam, refaça
o alinhamento.

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14- BIBIBLIOGRAFIA

1- Total Alignment – Ray Dodd

2- Machinery Component Maintenance and Repair - Heinz bloch and Fred K. Geitner

3- Alignment of Turbomachinery – Jack Ensinger –Hidrocarbon Processing- set 1973

4- How to Align Barrel Type Centrifugal Compressor – Charles Jackson – Hydrocarbon


Processing - set 1971

5- Out of Room ? Use Minimum Movement Machinery Alignment – Malcolm Murray –


Hydrocarbon Processing – jan. 1979

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ANEXOS

Anexo A - FORMULÁRIOS

1.a - Método Radial- Axial Solução por Cálculo - planilha limpa


1.b - Método Radial- Axial Solução por Cálculo - probl.
resolvido
2.a - Método Radial- Axial Solução Gráfica - planilha limpa
2.b - Método Radial- Axial Solução Gráfica - problema resolvido
3.a - Método Reverso Solução por Cálculo - planilha limpa
3.b - Método Reverso Solução por Cálculo - probl.
resolvido
4.a - Método Reverso Solução Gráfica - planilha limpa
4.b - Método Reverso Solução Gráfica - problema resolvido
5.a - Método Face a Face - 1 espaçador Solução por Cálculo - planilha limpa
5.b - Método Face a Face - 1 espaçador Solução por Cálculo - probl.
resolvido
6.a - Método Face a Face - 1 espaçador Solução Gráfica - planilha limpa
6.b - Método Face a Face - 1 espaçador Solução Gráfica - problema resolvido
7.a - Método Face a Face - 2 espaçadores Solução por Cálculo - planilha limpa
7.b - Método Face a Face - 2 espaçadores Solução por Cálculo - probl.
resolvido
8.a - Método Face a Face - 2 espaçadores Solução Gráfica - planilha limpa
8.b - Método Face a Face - 2 espaçadores Solução Gráfica - problema resolvido

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