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Fotogafia Multimédia

Professor: Sérgio Ferreira

Composição
A composição fotográfica é uma selecção ou arranjo de assuntos dentro do rectângulo (visor) da
máquina fotográfica. É também a qualidade estética que inclui textura, equilíbrio de cores e
formas entre
outras variáveis
que combinadas
formam uma
imagem
comunicativa e
agradável de se
ver.

Existem diversas
regras
“instituídas”, no
entanto, nenhuma
regra é absoluta!
Um bom conselho
poderá ser –

Desrespeitá-las!

O que é bom para


alguém, pode não
ser bom para outra pessoa.

O fotógrafo deve saber quando seguir uma regra e quando não seguir. Por isso, é vantajoso
conhecer algumas regras básicas de composição fotográfica e… testar.

Algumas regras ….

 Regra dos Terços (espiral de ouro)


 Enquadramentos em enquadramentos
 Composição simétrica
 Composição radial
 Sobreposição
 Composição horizontal
 Composição vertical
 Composição diagonal
 Composição em círculo
 Sombras
 Reflexos
 Plano de fundo

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Regra dos terços


O primeiro passo para aplicar esta regra é dividir a tela em três secções horizontais e verticais
iguais, através do desenho de 2 linhas horizontais e 2 linhas verticais imaginárias (ver imagem).

A regra estipula que devemos posicionar o centro da atenção num dos 4 pontos de intersecção das
linhas verticais e horizontais (assinaladas na imagem), evitando-se assim a zona central da tela.
Regra dos terços simples

Espiral de ouro
A regra dos terços e a do rectângulo constituem
variantes da regra da proporção áurea, mais
complexa.
Esta última regra segue um rácio ou proporção
matemática (número de Fibonacci). A nossa
atração por esta proporcionalidade relaciona-se
muito provavelmente pelo facto da mesma ser
abundante em toda a natureza (podemos observá-
la por exemplo em conchas).
Optar por usar esta regra ajuda-nos assim a criar
fotografias “naturalmente” equilibradas e
atrativas.
Espiral de Ouro

Espiral de ouro na natureza

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Espiral de ouro

Regra dos terços e espiral de ouro

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Jake Garner é um fotógrafo de moda que utiliza a espiral


de ouro em suas composições. Nas imagens em baixo
podemos ver isso mesmo.

Parafraseando Jake em seu artigo “Não quero que você saia


por aí com régua e esquadro tentando medir tudo que
fotografa para garantir que segue esses princípios naturais,
o que recomendo é que você comece a ver o mundo da
mesma maneira que a Mãe natureza vê, numa proporção de
elegância absoluta e beleza matemática. Talvez assim suas
imagens comecem a parecer um pouco mais fortes do que
são!”

Fotos: Jake Garner

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Exemplo da aplicação da regra dos terços

Em fotos de paisagem, um dos pontos-chave de foco é o horizonte.


Temos vantagem em fazer coincidir a linha do horizonte com o primeiro terço do quadro para um
bom equilíbrio. A linha do horizonte dividindo a foto ao meio, dá uma sensação de estática.
Por outro lado, se o céu é mais interessante, inverta a regra e faça o céu ocupar dois terços da
imagem.
O mesmo vale para assuntos verticais.

Observando as
imagens à
esquerda, com a
aplicação das linhas
da regra dos terços,
fez-se coincidir na
1º imagem uma das
linhas com a linha
do horizonte.

Mas o horizonte,
nesta imagem, está
meio nebuloso, não é
um elemento muito
forte na composição.
Ignorou-se a linha do
horizonte optou-se
por aplicar a regra
dos terços com uma
linha vertical - uma das linhas verticais coincide com a maior árvore, que é o ponto focal
principal da cena. Embora se tenha aplicado a regra dos terços existe um equilíbrio entre o
céu e o mar que torna a imagem um pouco estranha.

Nesta imagem,
alinhou-se uma
vertical com a árvore
e uma horizontal
com a base da ilha,
que é uma área de
cor mais intensa,
portanto um
elemento de maior impacto na composição. Como que optando por uma dupla aplicação da
regra dos terços
Qual das três fotos parece ser a mais agradável?

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Regra dos terços em retrato


Nos retratos individuais, os principais elementos
são os olhos.
Para deixar mais rico o enquadramento de
alguém em uma fotografia individual de rosto,
desloque um pouco o rosto da pessoa de forma
que um dos olhos fique próximo à intersecção
entre duas linhas guias.
Fonte da imagem:
.

Isso quer dizer que o rosto estará deslocado um


pouco para o lado e os olhos, um pouco para
cima. Será ainda útil usar os controlos de
profundidade de campo para criar um fundo desfocado e atrair mais a atenção para a pessoa que
está sendo fotografada.
Desta forma, os retratos ficarão com uma
aparência profissional.

Se for retratar uma pessoa só, porém em um


enquadramento mais aberto (isto é,
mostrando partes do corpo, ou o corpo
inteiro), tente colocar o rosto dela na linha
guia em um dos cantos.
Para enriquecer ainda mais a fotografia basta
colocar outro elemento, menos importante e
desfocado, do outro lado da imagem.

Fonte da imagem: Fonte da imagem: CEF3

Quando fotografar várias pessoas,


procure colocar os seus rostos na
linha horizontal superior da
imagem. Se for um grupo pequeno
de pessoas, centralize-o tendo
como base uma linha lateral da
imagem, e não o meio.

Concluído…
Tanto para retratos quanto para
paisagens, o mais importante é
sempre tentar encaixar os objetos
de forma rica na imagem,
formando uma moldura na
fotografia e destacando o que é
principal sem precisar recorrer ao enquadramento centralizado simples, que pode se tornar muito
óbvio e pouco artístico.

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Regra dos terços e o ‘Movimento’

Quando o motivo está em movimento é fundamental deixar espaço no lado para onde ele se
desloca, caso contrário daria a sensação de estar prestes a chocar contra o lado vertical da
fotografia.

Neste exemplo, a foto ganhou muito maior dinamismo ao se utilizar a regra dos terços,
deslocando o motivo para a esquerda baixa do enquadramento de acordo como movimento que se
está a desenvolver.

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Regra dos terços e a ‘Direcção do olhar’

Seguindo a mesma ideia do movimento, quando


fotografamos a pessoas a olhar para o lado ou quando estão
de perfil, temos toda a vantagem em criar espaço para o
lado em que a pessoa está virada ou a olhar. Ao aplicar
assim a regra dos terços, deslocamos o motivo (pessoa) para
o lado oposto ao seu olhar…

Neste último exemplo é notório o ganho de interesse da foto à direita, pela deslocalização da
jovem para o extremo oposto à direção do seu olhar.

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E se não cumprirmos a regra dos terços? Quando centrar o tema?


Como já referimos no início, existem diversas regras “instituídas”, no entanto, nenhuma regra é
absoluta!
Um bom conselho poderá ser – Desrespeite-as!

Existem algumas situações em que colocar o assunto


no centro da imagem resulta bem. Por exemplo nas
seguintes situações: Closeup e Macro fotografia;

Quando fotografamos uma pessoa, animal ou insecto


em close-up, não há mal em colocar o sujeito no
centro.
Fica ao gosto do fotógrafo e funciona bem,
especialmente quando o sujeito (homem ou animal)
está olhando de frente.

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ENQUADRAMENTOS EM ENQUADRAMENTOS
Os enquadramentos dentro de outros enquadramentos é um artifício frequentemente explorado
em fotografia. É uma excelente técnica para atrair a atenção do observador ao motivo. As cores
poderão também fornecer pistas sobre a intenção do fotógrafo.

Embora existam estruturas que compõem


o enquadramentos de primeiro plano, o
nosso olhar é conduzido por ele para o
motivo em segundo plano.

Servem também para outros fins, como


por exemplo, a técnica que pode ser uma
maneira de esconder pormenores em
primeiro plano que distraem, é também
uma maneira de ajudar a criar uma
sensação de profundidade na imagem.

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Composição em Simetria
Uma composição simétrica transmite a sensação de solidez, estabilidade e força, é também
eficaz na organização de imagens com detalhes elaborados.

Podemos encontrar simetria e padrões em tudo.


A simetria geralmente traz simplicidade para a
fotografia e isso é muito valorizado.

A regra da simetria nem sempre é a melhor


escolha para uma composição, como toda regra
na fotografia você deve saber quando usá-la.

O reflexo na água criou uma


perfeita simetria na foto.
Essa fotografia também serve
como exemplo da regra dos
terços.

O segredo é não só saber a


regra, mas também quando
utilizá-la.

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Composição radial
As composições radiais procuram seguir um movimento quando os objectos partem do centro da
imagem e se espalham por ela. Automaticamente, isto traz vida para a foto, mesmo que os
objectos estejam parados. Com isso, transmitem
uma sensação de vida, mesmo que o motivo seja
estático.

Composição com sobreposições


Na fotografia, no desenho ou na pintura só conseguimos ver 2 dimensões da imagem.
É importante que o fotógrafo encontre uma maneira de dar a sensação de profundidade na
imagem original ou criada.
A sobreposição de elementos serve para definir que elementos estão em primeiro plano e quais
ficam no plano de fundo.

Pela sobreposição de
elementos no motivo
consegue-se um aumento da
profundidade e da
perspectiva, à medida que
também convidamos à
observação dos contrastes
nele existentes.

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Composição Horizontal
A escolha de uma composição horizontal, de um enquadramento largo e estreito, procura
conduzir o olhar através das linhas horizontais em direcção ao assunto.
Normalmente a composição horizontal é utilizada para transmitir estabilidade e/ou descanso.
Se desejarmos transmitir calma e
tranquilidade numa fotografia, devemos
elaborar composições na horizontal e
manter sempre o assunto na parte direita da
imagem fazendo com que os olhos corram
da esquerda para a direita.

Em fotos de paisagem, as linhas imaginárias que dividem os terços horizontais servem como guias
para situar o horizonte e podem ser usadas como linhas de ênfase.
Conforme posicionamos o horizonte na linha do terço inferior ou superior, colocamos a ênfase no
céu ou na terra.

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Composição Vertical
A composição na vertical é uma composição alta e estreita que
realça um panorama vertical.

Quando queremos enfatizar tamanho ou profundidade linhas


verticais são uma óptima alternativa.

Linhas verticais têm o poder de transmitir


uma enorme variedade de informações
numa fotografia que vão desde altivez (no
sentido de ter muita altura / ser
majestoso) e força (arranha-céus), até
crescimento e desenvolvimento (árvores).

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Composição em Diagonal
Estudos têm comprovado que a forma como as pessoas normalmente observam as imagens (forma
natural) é: da esquerda para a direita e na diagonal iniciando na esquerda em baixo e movem os
olhos para parte superior direita.

Não quer isto dizer que necessitamos de dividir a imagem em dois com uma linha de canto a
canto, devemos sim procurar deixar as fotos o mais natural possível.

No entanto, podemos
sempre procurar
adicionar um elemento
dramático à foto,
procurando associar
formas segundo linhas
diagonais. Podemos
traçar mentalmente uma
linha de um canto ao
outro da cena, e procure
algum elemento que siga
essa linha. A linha
deverá interceptar, em
algum ponto, o assunto
da foto. Isto deixará a
foto mais dinâmica e
adicionará energia à
cena, como se estivesse
“puxando” o observador
para dentro dela.

A diagonal pode atravessar a imagem inteira, mas isso não é necessário.

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Composição em Círculo
Normalmente, são os motivos mais simples que se encontram numa composição fotográfica que
proporcionam as imagens com maior interesse visual.
Os círculos produzem harmonia
numa imagem, e se incluirmos
numa composição uma forma
redonda dominante, podemos
verificar que ela não só atrai de
imediato a atenção como
também a nossa vista
dificilmente se abstrai dela.

A perfeita simetria de círculos


não pode entrar em conflito
com outros ângulos do próprio enquadramento, por isso, pode ser incluído praticamente em
qualquer enquadramento sem prejudicar a imagem.

Embora a imagem seja estática, um eventual movimento


circular torna a imagem dinâmica.
Compor esta foto fora do centro não resultaria tão bem, pois o
círculo pede um centro.

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Algumas dicas….

Contraste - Utilização de cores para definir a atenção sobre a foto

Ênfase - Destaque ao assunto principal da foto

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Ritmo - Deslocamento do olhar na foto

Repetição - elementos que se repetem de forma harmoniosa na foto

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Proporção - é possível dar mais destaque a um assunto amentando a sua importância na foto

Considere a direção do movimento dos assuntos e, geralmente, deixe espaço à frente, dentro do
qual possam se movimentar
Ao fotografar um carro em movimento, um avião, um bando de pássaros, ou um cachorro
correndo, faça com que o movimento aponte para “dentro” da cena, e não para fora dela

Centralização
Regra #1 - NUNCA CENTRALIZE !!!!!!
Regra #2 - CENTRALIZE !!!!!!
Regra #3 - Esqueça as regras #1 e #2 e…. Clica !!!

Nunca se esqueça que uma foto deve transmitir um sentimento, contar uma história, eternizar um
momento Muito cuidado com a composição !!!!

O mestre disse...
“A composição deve ser uma de nossas preocupações constantes, até nos encontrarmos prestes a tirar
uma fotografia; e então, devemos ceder lugar à sensibilidade...” Henri Cartier-Bresson

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http://wwwbr.kodak.com/BR/pt/consumer/fotografia_digital_classica/p
ara_uma_boa_foto/curso_fotografia/fotografia_tradicional/regras/com
posicao_fotografica.shtml?primeiro=1

http://wiki.eca.luli.com.br/index.php?title=Planos_de_enquadramento

http://www.olhar.com.br/dicas/linguagemfotografica.htm

http://artesvisuales31.blogspot.com/2008/09/en-fotografa-igual-que-
en-cine-se-habla.html

http://stosfot.wordpress.com/2008/12/14/aula-4/

http://www.tv.ufrgs.br/objetoaprendizagem/modulocaptacao/tecnicas
_plan_pplano.html

http://www.fotografiatotal.com/http:/www.fotografiatotal.com/tag/en
quadramento

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