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Fundamentos da medição

industrial
Acabamento superficial (Rugosidade)
Acabamento superficial (Rugosidade)
O termo acabamento superficial é uma referência ao nível de
rugosidade que a superfície de uma peça possui ou necessita ter.
Mas você deve estar se perguntando: o que é rugosidade de
superfície?
Observe que, por mais perfeito que possa parecer o acabamento
de uma peça, sempre existirão deformações, muitas vezes
possíveis de serem vistas apenas com microscópio. Essas
deformações são chamadas de rugosidade superficial e podem ser
medidas em mícrons (μm), unidade de medida que equivale à
milésima parte do milímetro. Por exemplo, Ra = 2,5 μm (lê-se
rugosidade média 2,5 mícrons). Sendo assim, quanto maiores as
deformações existentes na superfície, maior a rugosidade
superficial. Observe na figura a seguir, a representação ampliada
de superfícies metálicas.
Acabamento superficial (Rugosidade)
A determinação da qualidade do acabamento superficial, na
sua grande maioria, se faz necessária nas superfícies que
fazem contato com outras peças, gerando atrito. Com isso,
quanto menor a rugosidade entre as partes, melhor o
deslizamento e rolamento sem causar desgastes excessivos
das peças.

Nesse contexto, são empregadas nos desenhos técnicos


certas simbologias que indicam o acabamento superficial
solicitado. Os símbolos básicos são os demonstrados no
quadro a seguir.
Acabamento superficial (Rugosidade)
As simbologias, mencionadas na figura anterior, precisam ser complementadas com
informações que auxiliem e declarem o processo de fabricação solicitado. O valor da
rugosidade e outras informações relevantes podem ser observados na figura seguinte, que
apresenta os símbolos complementares para estados de superfície.
Acabamento superficial
(Rugosidade)
A forma de declarar o valor da rugosidade
solicitada em uma superfície é através de
indicação da classe de rugosidade,
apresentada pela indicação N1 até N12. Por
exemplo, se a rugosidade Ra de uma
superfície deve variar entre 3,2 μm até 6,3
μm, podemos identificar que as classes de
rugosidade são N8 e N9 e deste modo,
indicar, na simbologia, essas classes conforme
mostra a tabela a seguir.
Acabamento superficial
(Rugosidade)
Importante também é indicar a orientação
das estrias que são formadas através do
processo de usinagem. A ferramenta em
contato com a superfície da peça cria essas
marcas, sendo assim, a depender do processo
de fabricação, essas estrias são obtidas com
forma e orientação diferentes. Utilizando o
quadro seguinte, podemos identificar qual o
símbolo corresponde ao tipo de estrias
solicitadas ao final da usinagem.
Acabamento superficial (Rugosidade)
Como um exemplo de aplicação, a figura a seguir, onde é indicado pela letra “M”,
que a orientação das estrias solicitada é do tipo múltiplas direções.
Acabamento superficial (Rugosidade)
Simbologia empregada no Brasil, até 1984, normalizada pela NBR6402 que
hoje se encontra ultrapassada e não deve ser utilizada em desenhos técnicos
mecânicos.
Exemplo
N9 é a classe de rugosidade predominante, as demais N6 e N7 são
especificas para uma superfície externa e superfície do furo.
Exercício 1
Escreva nas linhas indicadas, a rugosidade das peças em sua grandeza
máxima:
Exercício 2
a)Que classe de rugosidade a maioria da superfície
da peça deverá receber?

b)Que outras classes de rugosidade a peça deverá


receber?

c)Que tratamento térmico ou químico a peça deverá


receber?
Exercício 3
O que significa o símbolo onde está localizada a classe de rugosidade N7?
Exercício 4
Marque com um “x” a representação correta:
N12 N6 N9 N9 N6 N12
( ) ( )

N9 N9

N6 N6

( ) ( )
Exercício 5
Indique qual a função de cada código no símbolo de estado de acabamento superficial:
a.

b.

c.

d.

e.

f.
Exercício 6
Que tratamento térmico a peça deverá receber?

a) ( ) Retificado
b) ( ) Temperado
c) ( ) Usinado
d) ( ) N7
e) ( ) Torneado
Exercício 7
Represente no desenho os sinais de rugosidade indicado
na perspectiva. As demais superfícies são N11.
Tolerância Geométrica
Um desenho técnico é representado da forma mais correta possível, entretanto
quando passamos pelos processos de fabricação, além dos desvios dimensionais,
pode haver alguns desvios geométricos. Contudo, para minimizar os erros podemos
sinalizar o desenho com símbolos que indiquem os desvios aceitáveis. Observe, no
quadro a seguir, as referências para tolerância geométrica.
Tolerâncias de forma
Indicam os desvios de forma aceitáveis através
de símbolos relativos à retitude, planeza,
circularidade, perfil de linha qualquer, perfil de
superfície qualquer. Veja como são feitas
algumas destas anotações na composição
desta figura:
Tolerâncias de forma
a) Planeza: quanto plana uma superfície deve ser;

b) Cilindricidade: quanto cilíndrica uma superfície deve ser;

c) Retitude: quanto reta uma superfície deve ser;

d) Circularidade: quanto circular uma superfície deve ser;

e) Contorno qualquer: quando o contorno da superfície é


incerto;

f) Linha qualquer: quando a linha de contorno da superfície não


segue um padrão.
Tolerâncias de orientação
Quando duas ou mais peças são associadas, muitas vezes é necessário estabelecer
uma relação entre a posição que devem se manter, uma em relação à outra. Para
isto, são determinadas as tolerâncias de orientação. Veja um exemplo a seguir:
Tolerâncias de orientação
Observe que na figura anterior podemos ver qual
deve ser o posicionamento previsto para
funcionamento entre as duas peças; já no objeto
2, é possível perceber um desvio, fazendo com
que esta relação não seja mais de perfeita
perpendicularidade. Para que possamos
determinar os desvios de orientação aceitáveis,
podemos usar a simbologia a seguir:
Tolerâncias de orientação
a)Tolerância de paralelismo: os detalhes
precisam ser paralelos entre si;

b)Tolerância de perpendicularidade: os detalhes


precisam ser perpendiculares entre si;

c)Tolerância de inclinação: indica a inclinação que


deve existir entre as peças.
Tolerância de posição
A tolerância de posição pode ser subdividida em:

A) Tolerância de localização: deve ser indicada quando a


localização de um elemento seja determinante para o
funcionamento da peça;

B) Tolerância de concentricidade ou coaxialidade: deve


ocorrer quando duas figuras geométricas planas têm o
mesmo centro (concêntricas) ou dois sólidos de revolução
possuem o mesmo eixo (coaxiais) e estas são condições
determinantes para o bom funcionamento do conjunto;

C) Tolerância de simetria: indica que deve existir a divisão


exatamente igual entre duas partes de um objeto ou peça.
Tolerância de batimento
d) Tolerância de batimento: é representada
quando um elemento completa uma volta em
torno de seu eixo de rotação, gerando pequenos
desvios, que, caso venham comprometer a
funcionalidade da peça, devem ser determinados
os limites aceitáveis para estes desvios. As
tolerâncias de batimento podem ser classificadas
em dois tipos: axial e radial. Vamos interpretar as
figuras a seguir:

- Axial: a face de referência “A” deve ser mantida


paralela ao eixo, sendo de 0,1 a tolerância de
batimento axial aceitável. Veja:
Tolerância de batimento
- Axial: a face de referência “A” deve ser mantida - Radial: as faces de referência “A e B” são
paralela ao eixo, sendo de 0,1 a tolerância de mantidas perpendicularmente ao eixo, sendo de
batimento axial aceitável. Veja: 0,1 a tolerância de batimento radial aceitável. Veja:
Exercício 1
A planeza é representada pelo símbolo:

a) ( )

b) ( )

c) ( )

d) ( )
Exercício 2
O símbolo de inclinação é:

a) ( )

b) ( )

c) ( )

d) ( )
Exercício 3
O símbolo de paralelismo é:

a) ( )

b) ( )

c) ( )

d) ( )
Exercício 4
Paralelismo, perpendicularidade e inclinação relacionam-se com tolerância de posição por:

a) ( ) forma;
b) ( ) tamanho;
c) ( ) orientação;
d) ( ) direção.

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