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ESTRUTURAS DE AÇO

Caroline Rainha Bubach


ABNT NBR 8800:2008 – BARRAS PRISMÁTICAS SUBMETIDAS À FORÇA AXIAL DE TRAÇÃO (Item 5.2)

1. Peças Tracionadas

Exemplos de peças tracionadas:


• Tirantes e pendurais: transferem cargas gravitacionais de um piso para componentes estruturais situados
em nível superior;
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1. Peças Tracionadas

Exemplos de peças tracionadas:


• Treliças planas que funcionam como vigas de piso e de cobertura (tesouras de cobertura);
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1. Peças Tracionadas

Exemplos de peças tracionadas:


• Treliças espaciais, geralmente empregadas em coberturas de edificações que precisam de grande área livre;
• Treliças de pilares.
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1. Peças Tracionadas

Perfis mais usados nas treliças:

Nós usuais de treliças:


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1. Peças Tracionadas

Detalhes de nós de treliça com perfis I ou H:

Tipos de nós quanto à excentricidade:


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2. Modos de Colapso

Plastificação Instabilidade
Tração Escoamento Não ocorre!

Uma vez que não há problema de instabilidade, qual a propriedade mais importante no dimensionamento à
tração?
Área da seção transversal!

Af y
N t ,k  Af y  N t , Rd 

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2. Modos de Colapso

O primeiro modo de colapso identificado é:

I) Escoamento da seção bruta do elemento


Ag f y
N t , Rd 
 a1
onde Agfy é a força axial resistente nominal (Ag é a área bruta da seção transversal) e a1 é o coeficiente de
ponderação da resistência para escoamento, igual a 1,10.

Barra em escoamento generalizado e sofre


alongamento excessivo.
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2. Modos de Colapso

Qual o outro modo de colapso?

II) Ruptura da seção líquida do elemento


Ae f u onde Aefu é a força axial resistente nominal (Ae é a área líquida
N t , Rd  efetiva da seção transversal) e a2 é o coeficiente de ponderação
 a2 da resistência para ruptura, igual a 1,35.
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2. Modos de Colapso

Por que o escoamento da seção líquida não é um modo de colapso?

Porque no escoamento da seção líquida apenas a região da ligação escoa e a barra como um todo sofre um
alongamento pouco significativo. O mesmo já não ocorre com o escoamento da seção bruta, em que
praticamente toda a barra entra em estado de escoamento, gerando um aumento de comprimento excessivo!
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3. Região da Ligação

Como determinar a área líquida efetiva?


Ae  ???

A presença de furos, no caso das ligações


parafusadas, e também a distribuição não
uniforme das tensões, causada por concentração
de tensões junto aos parafusos e soldas, faz com
que a área de trabalho seja inferior, na maioria das
vezes, à área bruta da seção transversal da barra.
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3. Região da Ligação

Presença de furos → linha de ruptura

Um percurso que passa por um conjunto de furos segundo o qual esse elemento se rompe sob solicitação de
tração.

Para furação com padrão uniforme é


evidente que a linha de ruptura é A-B-C-D.
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3. Região da Ligação

Presença de furos → linha de ruptura


Quando a furação não tem padrão uniforme, é
necessário um estudo mais rigoroso.

1) A-B-C-D
2) A-B-F-C-D
3) A-B-G-C-D
4) A-B-F-G-C-D
5) A-B-F-K-G-C-D
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3. Região da Ligação

Presença de furos → linha de ruptura


1) A-B-C-D
2) A-B-F-C-D
3) A-B-G-C-D Qual a linha de ruptura que
4) A-B-F-G-C-D prevalecerá?
5) A-B-F-K-G-C-D

Na prática, usa-se um processo empírico que fornece resultados compatíveis com os ensaios. Por esse processo,
deve-se determinar uma largura líquida (bn) para cada uma das possíveis linhas de ruptura.

n 2
s
bn  bg   d h   i

i 1 4 g i
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3. Região da Ligação

Presença de furos → linha de ruptura


1) A-B-C-D
2) A-B-F-C-D
3) A-B-G-C-D Qual a linha de ruptura que
4) A-B-F-G-C-D prevalecerá?
5) A-B-F-K-G-C-D
Número de segmentos diagonais (não perpendiculares à linha
de atuação da força de tração).
n 2
s
bn  bg   d h   i Espaçamento entre dois furos do
segmento diagonal, na direção paralela
i 1 4 g i à linha de atuação da força de tração
Largura total da
Espaçamento entre dois furos do
seção transversal
segmento diagonal, na direção
Soma dos diâmetros de todos os furos da perpendicular à linha de atuação da
linha de ruptura considerada força de tração.
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3. Região da Ligação

Presença de furos → linha de ruptura


1) A-B-C-D
2) A-B-F-C-D
3) A-B-G-C-D Qual a linha de ruptura que
4) A-B-F-G-C-D prevalecerá?
5) A-B-F-K-G-C-D

Prevalecerá a linha de ruptura com a menor largura líquida!


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3. Região da Ligação

Presença de furos → linha de ruptura


Observações:

• Considerar, como hipótese simplificadora, que todos os


parafusos submetidos a cisalhamento de uma ligação
trabalham igualmente.
• As linhas de ruptura devem estar submetida ao valor
máximo da força axial atuante (N).
• Devido a isso, todas as linhas de rupturas consideradas
deverão passar pelos furos B e C!
• A linha de ruptura I-J-K-L-M não prevaleceria, ainda que
passe por três furos, pois a força de tração atuante nessa 1) A-B-C-D
2) A-B-F-C-D
linha seria relativamente reduzida (N-4N/7).
3) A-B-G-C-D
• A linha de ruptura A-B-G-C-D não precisaria ser 4) A-B-F-G-C-D
considerada, tendo em vista possuir a mesma largura 5) A-B-F-K-G-C-D
líquida da linha de ruptura A-B-F-C-D.
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3. Região da Ligação

Presença de furos → linha de ruptura


Observações:

• As linhas de ruptura são formadas por um conjunto


de segmentos retos, que podem se situar na seção
transversal (perpendiculares à força N) ou formarem
um ângulo diferente de 90° com essa força
(segmentos diagonais), mas sempre se dirigem de
uma das extremidades longitudinais da chapa
para a outra.
• O primeiro segmento das linhas de ruptura se situa
sempre na seção transversal e une uma extremidade 1) A-B-C-D
2) A-B-F-C-D
longitudinal da chapa a um furo e o último segmento
3) A-B-G-C-D
também se situa na seção transversal e une a outra 4) A-B-F-G-C-D
extremidade longitudinal da chapa a um furo. 5) A-B-F-K-G-C-D
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3. Região da Ligação

Presença de furos → linha de ruptura


Diâmetro dos furos:

1) Por broca: para chapas de


qualquer espessura.

Ponta cônica
2) Por punção: limitados a
espessura de chapas que não
ultrapassam o diâmetro do furo
em mais de 3 mm!
(tch ≤ ffuro+3).
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3. Região da Ligação
n
si2
Presença de furos → linha de ruptura bn  bg   d h  
i 1 4 g i
Diâmetro dos furos (dh):

Na maioria das ligações os furos, chamados furos-padrões, apresentam um diâmetro, dh, 1,5 mm superior ao
diâmetro do parafuso, db.

É comum ocorrer danos no metal, na borda dos furos, quando estes são feitos por punção. Por isso, a ABNT
NBR 8800:2008 prescreve a adição de 2 mm ao diâmetro dos furos para o cálculo da área dos furos. Resumindo:

• Furos broqueados: dh = db + 1,5 mm


• Furos punção: dh = db + 3,5 mm
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3. Região da Ligação

Área Líquida (An)


Para chapas: basta multiplicar a largura líquida (bn) da seção transversal do elemento pela espessura da chapa
(t).
An  bnt
Para perfis: será transformado em um ou mais elementos planos, aplicando a esses elementos a teoria fornecida
anteriormente!

• Cantoneiras

Serão rebatidas
segundo a linha do
esqueleto!

A largura é igual à soma das larguras


das abas menos a espessura.
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3. Região da Ligação

Área Líquida (An)


• Perfis I, H e U
A área líquida do perfil será então a soma das áreas líquidas dos elementos:

𝐴𝑛 𝑝𝑒𝑟𝑓𝑖𝑙 = 𝐴𝑛 𝑒𝑙𝑒𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜𝑠 = 𝐴𝑛 𝑚𝑒𝑠𝑎 𝑠𝑢𝑝𝑒𝑟𝑖𝑜𝑟 + 𝐴𝑛 𝑎𝑙𝑚𝑎 + 𝐴𝑛 𝑚𝑒𝑠𝑎 𝑖𝑛𝑓𝑒𝑟𝑖𝑜𝑟

• Quando a linha de An  Ag  4(d ht f )  2(d ht w ) An  Ag  2(d ht )


ruptura tem todos os seus
segmentos na seção
transversal, a área líquida
pode ser obtida subtraindo-se
da área bruta (Ag) a área dos
furos:
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3. Região da Ligação

Área Líquida (An)


Peças ligadas apenas por meio de solda não sofrem redução de
área em função da presença de furos e, portanto, têm área líquida
(An) igual à area bruta (Ag), ou seja, 𝑨𝒏=𝐀𝐠.
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3. Região da Ligação

Como determinar a área líquida efetiva (Ae)?

Ae  ??? { Presença de furos;


Distribuição não uniforme das tensões.

Distribuição não uniforme das tensões

Resulta da forma como a barra é ligada, quando


apenas alguns de seus elementos componentes da
seção transversal são utilizados.
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3. Região da Ligação

Como determinar a área líquida efetiva (Ae)?

Ae  ??? { Presença de furos;


Distribuição não uniforme das tensões.

• Uma vez que o esforço tem que passar pelos elementos conectados, surge uma distribuição não uniforme
das tensões na região da ligação. Dessa forma, os elementos conectados ficam submetidos a uma tensão
média maior que a dos não conectados (elementos soltos).
• Uma parte da seção trabalha sob tensão uniforme, com a parte restante sendo desprezada!
• A parte da seção que trabalha é denominada área líquida efetiva (Ae), calculada por:

Ae  Ct An , em que Ct é um coeficiente de redução da área líquida An.


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3. Região da Ligação

Como determinar a área líquida efetiva (Ae)?

Ae  Ct An { Presença de furos;
Distribuição não uniforme
das tensões.

A seção 1-1 fica submetida a uma tensão


não-uniforme e, em razão disso, para efeitos
práticos, considera-se apenas uma parte da
seção trabalhando sob tensão uniforme, de
valor igual ao máximo atingido.
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3. Região da Ligação

Distribuição não uniforme das tensões


(a) Barra ligada por todos os elementos componentes da seção transversal:

Coeficiente de redução (Ct)


Quando a força de tração é transmitida
diretamente em cada um dos elementos da
seção transversal da barra, por soldas ou
parafusos (situação em que não existem
elementos não conectados):

Ct  1
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3. Região da Ligação

Distribuição não uniforme das tensões


(b) Barra ligada por soldas transversais:

Coeficiente de redução (Ct)


Quando a força de tração é transmitida
somente por soldas transversais como
mostrado na figura ao lado :

𝐴𝑐
𝐶𝑡 =
𝐴𝑔
Sendo Ac a área da seção transversal dos
elementos conectados e Ag a área bruta da
seção transversal.
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3. Região da Ligação

Distribuição não uniforme das tensões


(c) Barra ligada por apenas alguns de seus elementos componentes da seção transversal:

Coeficiente de redução (Ct) – Seção transversal aberta


Nas barras com seções transversais abertas, quando a força de tração for transmitida somente por parafusos
ou somente por soldas longitudinais ou ainda por uma combinação de soldas longitudinais e transversais para
alguns (não todos) elementos da seção transversal:

ec
Ct  1 
lc
0,60  Ct  0,90
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3. Região da Ligação

Distribuição não uniforme das tensões


(c) Barra ligada por apenas alguns de seus elementos componentes da seção transversal:

Coeficiente de redução (Ct) – Seção transversal aberta ec


Ct  1 
ec é a excentricidade da ligação, igual à distância do centro geométrico
lc
da seção da barra, G, ao plano de cisalhamento da ligação (em perfis 0,60  Ct  0,90
com um plano de simetria, a ligação deve ser simétrica em relação a ele
e consideram-se duas barras separadas e simétricas, cada uma
correspondente a um plano de cisalhamento da ligação, por exemplo,
duas seções T no caso de perfis I ou H ligados pelas mesas ou duas
seções U, no caso desses perfis serem ligados pela alma)
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3. Região da Ligação

Distribuição não uniforme das tensões


(c) Barra ligada por apenas alguns de seus elementos componentes da seção transversal:

Coeficiente de redução (Ct) – Seção transversal aberta ec


Ct  1 
lc é o comprimento efetivo da ligação (esse
lc
comprimento, nas ligações soldadas, é igual ao 0,60  Ct  0,90
comprimento da solda na direção da força
axial; nas ligações parafusadas é igual a
distância do primeiro ao último parafuso da
linha de furação com maior número de
parafusos, na direção da força axial).
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ec
3. Região da Ligação Ct  1 
lc
Distribuição não uniforme das tensões 0,60  Ct  0,90
(c) Barra ligada por apenas alguns de seus elementos componentes da seção transversal:

Coeficiente de redução (Ct) – Seção transversal aberta


• Não é permitido o uso de ligações que resultem em um valor do coeficiente Ct menor que 0,60 (caso isso
ocorra, a ligação é pouco eficiente e deve ser modificada).
• Se o valor obtido pela Equação ultrapassar 0,90, por razões de segurança, deve ser usado nos cálculos esse
valor como limite superior.
• O coeficiente Ct se eleva à medida que o comprimento da ligação (lc) aumenta, e a distância do centro
geométrico da barra ao plano de cisalhamento da ligação (ec) diminui. ec
Ct  1 
lc
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ec
3. Região da Ligação Ct  1 
lc
Distribuição não uniforme das tensões 0,60  Ct  0,90
(c) Barra ligada por apenas alguns de seus elementos componentes da seção transversal:

Coeficiente de redução (Ct) – Seção transversal aberta

• (lc) aumenta ou (ec) diminui → tensão normal mais uniforme na seção 1-1 → menor área a ser desprezada.

ec
Ct  1 
lc
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ec
3. Região da Ligação Ct  1 
lc
Distribuição não uniforme das tensões 0,60  Ct  0,90
(c) Barra ligada por apenas alguns de seus elementos componentes da seção transversal:

Coeficiente de redução (Ct) – Seção transversal aberta

• (lc) aumenta ou (ec) diminui → tensão normal mais uniforme na seção 1-1 → menor área a ser desprezada.

ec
Ct  1 
lc
ABNT NBR 8800:2008 – BARRAS PRISMÁTICAS SUBMETIDAS À FORÇA AXIAL DE TRAÇÃO (Item 5.2)

3. Região da Ligação

Distribuição não uniforme das tensões


(d) Chapas planas:

Coeficiente de redução (Ct)


Se houver solda na transversal, Ct = 1,0.

Ct  1, para lw  2b

Ct  0,87, para 2b  lw  1,5b
C  0,75, para 1,5b  l  b
 t w
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3. Região da Ligação

Distribuição não uniforme das tensões


(e) Seção tubular retangular (NBR 8800):

Coeficiente de redução (Ct)


Quando a força de tração for transmitida por meio de uma chapa de ligação concêntrica ou por chapas de
ligação em dois lados opostos da seção, desde que o comprimento da ligação, lc, não seja inferior à dimensão
da seção na direção paralela à(s) chapa(s) de ligação, o coeficiente deve ser obtido por:

ec
Ct  1 
lc
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3. Região da Ligação

Distribuição não uniforme das tensões


(f) Seção tubular circular (NBR 8800):

Coeficiente de redução (Ct)


Nas barras com seções tubulares circulares, quando a força de tração for transmitida por meio de uma chapa
de ligação concêntrica:

⎯ se o comprimento da ligação, lc, for superior ou igual a 1,30 do diâmetro externo da barra: Ct = 1,00;

⎯ se o comprimento da ligação for superior ou igual ao diâmetro externo da barra e menor que 1,30 vez esse
diâmetro:
ec
Ct  1   0,90
lc
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3. Região da Ligação
Item 5.2.5 - Determinação do coeficiente de redução da área líquida, Ct:
a) FORÇA TRANSMITIDA DIRETAMENTE PARA 𝑪𝒕 = 𝟏, 𝟎𝟎
CADA ELEMENTO DA SEÇÃO
Área das chapas conectadas
b) FORÇA TRANSMITIDA APENAS POR SOLDAS 𝑪𝒕 = 𝑨𝒄 /𝑨𝒈 Área bruta da seção transversal
TRANSVERSAIS

c) SEÇÕES ABERTAS, SOLDAS LONGITUDINAIS Excentricidade da ligação


OU PARAFUSOS, APENAS ALGUNS
ELEMENTOS CONECTADOS 𝒆𝒄
𝑪𝒕 = 𝟏 − 𝟎, 𝟔𝟎 ≤ 𝑪𝒕 ≤ 𝟎, 𝟗𝟎
𝒍𝒄
e) SEÇÕES TUBULARES RETANGULARES Comprimento da ligação

f) SEÇÕES TUBULARES CIRCULARES Comprimento dos cordões de solda

𝑙𝑤 ≥ 2𝑏: 𝟏, 𝟎𝟎
d) CHAPAS PLANAS COM SOLDAS 𝑪𝒕 = 2𝑏 > 𝑙𝑤 ≥ 1,5𝑏: 𝟎, 𝟖𝟕
LONGITUDINAIS 1,5𝑏 > 𝑙𝑤 ≥ 𝑏: 𝟎, 𝟕𝟓
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4. Estados Limites Últimos N t , Sd  N t , Rd


(I) Escoamento da seção bruta do elemento
onde Agfy é a força axial
Ag f y
N t , Rd  resistente nominal e a1 é o
 a1 coeficiente de ponderação da
resistência para escoamento,
igual a 1,10.

(II) Ruptura da seção líquida do elemento

Ae f u onde Aefu é a força axial


N t , Rd  resistente nominal e a2 é o
 a2 coeficiente de ponderação da
resistência para ruptura, igual a
1,35.
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5. Limitação do Índice de Esbeltez

• O índice de esbeltez é a maior relação entre o comprimento destravado Lt e o raio de giração r


correspondente (com exceção das barras redondas rosqueadas que são montadas com pré-tensão).
• Seu limite é dado por:
 Lt 
   300
 r  máx
• A recomendação sobre esse limite evita:
• deformação excessiva;
• vibração de grande intensidade, que pode se transmitir para toda a edificação, quando houver ações
variáveis ou quando existirem solicitações de equipamentos vibratórios.
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5. Limitação do Índice de Esbeltez

Para se determinar (Lt/r)máx é necessário determinar o valor de (Lt/r) no plano da estrutrura analisada e
também no plano perpendicular a esta.

• (Lt/r)x = L/rx (comprimento destravado igual à


distância entre dois nós adjacentes);
• (Lt/r)y = 2L/ry (comprimento destravado igual à
distância entre duas mãos francesas).

Atenção!
Se o ângulo do eixo do raio de
giração mínimo for diferente de 90°,
deve-se calcular (Lt/r) em relação a
esse eixo.
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Exercícios de Aplicação

Exercício 1) Determinar a largura líquida e a área


líquida do elemento plano da figura ao lado, com
dimensões indicadas a seguir, sabendo-se que esse
elemento possui espessura de 8 mm. Os parafusos
usados na ligação têm diâmetro de 19 mm (3/4”),
sendo os furos executados por punção.

Exercício 2) Para o elemento plano do exercício anterior, suponha que se queira substituir a distância de 80
mm entre as linhas de furação ABCD e EFGH por um valor tal que a linha de ruptura A-B-F-G-C-D prevaleça
sobre A-B-C-D. Como se pode obter esse valor?

Exercício 3) Determinar a área líquida do perfil I


soldado mostrado no figura ao lado, com a
furação indicada. Os parafusos têm diâmetro de
16 mm, sendo os furos executados por broca.
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Exercícios de Aplicação

Exercício 4) Na treliça a seguir, submetida à força e cálculo gravitacional Pd indicada, os banzos AB e BCD são
constituídos por um perfil T originado do corte de um perfil W 250x73,0 ao longo de seu eixo longitudinal,
fabricado em aço com resistências ao escoamento e à ruptura de 345 MPa e 450 MPa, respectivamente.

Sabendo-se que o nó B tem contenção contra o deslocamento fora


do plano da treliça, verificar qual o valor máximo da distância s para
que a linha de ruptura predominante passe por 4 furos e, com esse
valor, se o banzo axialmente tracionado está adequadamente
dimensionado (notar que apenas a mesa do T é conectada).
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Exercícios de Aplicação

Exercício 4)
Informações da furação da mesa e da geometria da seção T.
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Exercícios de Aplicação

Exercício 5) Verificar a diagonal da treliça AB da figura abaixo, com comprimento de 2 metros, submetidas a
forças axiais e uso normal da estrutura. A seção é composta por cantoneiras duplas em forma de tê
(2xL50,8x7,94mm), aço ASTM A36 e parafuso com diâmetro de 16,0 mm. O raio mínimo de uma cantoneira
simples, rmín,1, é igual a 0,99 cm.

Valores característicos das ações atuantes:


Aço ASTM A36:
Peso próprio: -40 kN;
fy = 250 MPa;
Sobrecarga na cobertura: -260 kN;
fu = 400 MPa.
Vento: ±200 kN.
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Exercícios de Aplicação

Exercício 6) Na treliça da figura abaixo, a força P é formada pelos seguintes valores característicos: (a) 90 kN,
de carga permanente; (b) 130 kN, de sobrecarga; (c) 80 kN, de carga decorrente de equipamento, apesar de
móvel, permanece no local por longos períodos de tempo. Será verificada a barra AB para força axial de tração,
em perfil duplo U 76,2 x 6,11, para uso normal da estrutura, considerando as ações variáveis agrupadas.
Empregou-se aço estrutural ASTM A572-Gr50 e os parafusos possuem diâmetro de 19 mm (3/4”).

Aço ASTM A572-Gr50: Dados: Ix,1 = 68,9 cm4;


fy = 345 MPa; Iy,1 = 8,2 cm4;
fu = 450 MPa. rmín,1 = 1,03 cm.
ABNT NBR 8800:2008 – BARRAS PRISMÁTICAS SUBMETIDAS À FORÇA AXIAL DE TRAÇÃO (Item 5.2)

Exercícios de Aplicação

Exercício 7) Para o exercício anterior, suponha que o banzos AB e AC sejam soldados a uma chapa parafusada
ao pilar e que a posição da seção transversal do banzo AB é modificada, de modo que o eixo x, perpendicular à
alma, se situe no plano da treliça (ver figuras abaixo). Verifique a situação da barra AB para esse caso,
submetida à mesma carga do exercício anterior.

Aço ASTM A572-Gr50: Dados: Ix,1 = 8,2 cm4;


fy = 345 MPa; Iy,1 = 68,9 cm4;
fu = 450 MPa. rmín,1 = 1,03 cm.
ABNT NBR 8800:2008 – BARRAS PRISMÁTICAS SUBMETIDAS À FORÇA AXIAL DE TRAÇÃO (Item 5.2)

Exercícios de Aplicação

Exercício 8) As barras redondas AB e CD compõem um contraventamento em forma de X, como se vê na figura


a seguir. Supondo a atuação apenas da força característica Hve,k de vento mostrada, que pode ter os dois
sentidos indicados. Determine o diâmetro das barras redondas sabendo que elas serão fabricadas em aço
ASTM A36.

Ação:
Hve,k = 280 kN

Aço ASTM A36:


fy = 250 MPa;
fu = 400 MPa.

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