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Informação Geográfica
Material Teórico
Modelagem da Base Geográfica
Revisão Textual:
Prof.ª Esp. Luciene Santos
Modelagem da Base Geográfica
OBJETIVO DE APRENDIZADO
· Conhecer 8 tópicos básicos que envolvem a modelagem da
base geográfica;
· Compreender cada item de formação, capacitando o aluno a discu-
tir questões que possam envolver a construção, ou análise, utiliza-
ção e compatibilidade da base geográfica.
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua
formação acadêmica e atuação profissional, siga
algumas recomendações básicas:
Conserve seu
material e local de
estudos sempre
organizados.
Aproveite as
Procure manter indicações
contato com seus de Material
colegas e tutores Complementar.
para trocar ideias!
Determine um Isso amplia a
horário fixo aprendizagem.
para estudar.
Mantenha o foco!
Evite se distrair com
as redes sociais.
Seja original!
Nunca plagie
trabalhos.
Não se esqueça
de se alimentar
Assim: e de se manter
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte hidratado.
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e
horário fixos como seu “momento do estudo”;
No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos
e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você
também encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão
sua interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e
de aprendizagem.
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Veja a seguir um exemplo de mapa e a identificação do tema da base geo-
gráfica principal.
Neste exemplo da figura acima, o mapa mostra ao uso do solo da área de en-
torno de uma linha ferroviária. A base geográfica principal carrega o próprio tema
do mapa, ou seja, neste caso, temos uma base geográfica que contempla informa-
ções sobre o uso do solo, no qual cada registro contém uma informação atribuída
sobre qual a feição de uso representa. De forma mais simples, uma determinada
área ou vetor que aparece no mapa tem uma informação atribuída sobre o uso
do solo contido neste espaço que, conforme o mapa, pode ser um tipo de vegeta-
ção ou uma infraestrutura operacional da linha ferroviária (conforme a legenda).
O arquivo, ou base geográfica, de uso do solo, neste caso, é um shapefile.
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de projeção será mais ou menos indicado para aquela região do globo. A seguir,
são apresentados alguns exemplos de projeção cartográfica:
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a) b)
Importante! Importante!
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Escala e Precisão
A escala é um componente que também precisa ser muito bem analisado na
construção de uma base geográfica. Quanto maior a escala, maior o tempo e o
custo envolvidos na criação da base. Deve-se estabelecer qual a escala necessária
para atender às aplicações propostas e qual o nível de precisão requerida para
esta base de dados (ROSA & ROSS, 1999).
Esta é uma afirmação muito perigosa: “Não é necessária uma base de dados per-
feita para se trabalhar com um Sistema de Informações Geográficas”. Principalmente
se for mal explicada ou interpretada. Se o objetivo da aplicação em SIG é localizar as
melhores rotas para distribuição de pizza, por que se investiria em um recobrimento
aerofotogramétrico digital na escala 1:2.000? Isso implicaria em um custo e um tempo
de preparação tão altos que tornariam o projeto inviável. Uma base do arruamento na
escala 1:5.000, sem muita precisão, mas que tenha todas as ruas e endereços cadas-
trados atenderia, da mesma maneira, a esta necessidade com um custo muito menor.
Pode-se dizer que o critério utilizado para a análise da escala em bases geográficas
de vetores é o mesmo para imagens raster. Dessa forma, a figura a seguir apresenta
um exemplo das diferentes escalas para imagens, de um lado Landsat de menor re-
solução, de outro, uma imagem Ikonos de alta resolução. Optou-se por este tipo de
exemplo com imagens por ser, neste momento, uma forma mais fácil e didática de
se compreender tais diferenças. De qualquer forma, ratifica-se que a aplicabilidade
nesse caso das escalas é a mesma tanto para vetores quanto para rasters.
Veja que a aplicação de cada uma é inerente à escala que se quer trabalhar.
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Figura 7a – Em escala menor, na imagem Landsat Figura 7b – Na imagem Ikonos é mais difícil identificar
identifica-se melhor as manchas urbanas as diferenças dessas feições nessa escala
e adensamentos (em rosa e roxo), além
das manchas de vegetação (em verde)
Figura 7c – Conforme se aproxima a imagem Landsat Figura 7d –No caso das imagens Ikonos, a
vai perdendo a resolução apresentando maiores aproximação vai revelando detalhes antes
distorções entre as manchas não observáveis em escalas menores
Figura 7e – A imagem Landsat bem aproximada Figura 7f – A imagem Ikonos mostra a riqueza de
apresenta distorções e perde a detalhes e a melhor proposição de se trabalhar
funcionalidade nessa escala em escalas maiores com essa imagem
Fonte: Embrapa
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Atualização da Base Geográfica
O grau de atualização também é um tópico importante tanto na construção
quanto na avaliação das bases geográficas.
Importante! Importante!
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Além de definir quais atributos devem compor a base geográfica, torna-se ne-
cessária a definição de formato do campo do atributo. Esse procedimento ajuda
a manter a qualidade e integridade das informações da tabela de atributos. Por
exemplo, em uma base geográfica de hidrografia, o campo tipo de corpo hídri-
co pode ser formatado para receber letras e números, mas, com limite de até
cinquenta caracteres. Um atributo de extensão do corpo hídrico para a mesma
base pode estar formatada para receber apenas números decimais.
Formas de Armazenagem
Existem diversas formas de armazenamento dos dados em formato digital,
cada uma com características específicas, mais apropriadas para determinados
elementos e/ou aplicações (ROSA & ROSS, 1999).
Em especial, temos comentado sobre dois formatos mais usuais para as bases
geográficas, sendo:
• Formato Vetorial – Segundo Bertin (1977), uma superfície plana pode conter
três tipos de figuras geométricas utilizadas na representação gráfica: o ponto,
a linha e o polígono;
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• Formato Matricial ou Raster – O modelo matricial, também chamado
de “raster” ou estrutura celular, armazena todas as informações dentro de
uma malha, ou grid, composta por um determinado número de linhas e co-
lunas onde cada célula representa uma porção do documento, denominada
pixel (picture x element). O valor associado a cada pixel é uma potência
de base 2 o qual é denominado nível de cinza, sendo que zero representa
preto e o máximo valor (2 n-1) representa branco, onde “n” é o número
de bits utilizado na representação digital, que varia de 2, 4, 6 ou 8, que
representam 2, 16, 64 e 256 diferentes níveis de cinza respectivamente
(QUINTANILHA, 1995). Este formato de dados é normalmente utilizado
para armazenar, em meio digital, imagens, fotografias aéreas ou imagens
de satélite, ou dados que possuem uma variação contínua, como os mode-
los digitais do terreno.
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Hoje em dia, a mesa digitalizadora foi substituída pelo escaneamento das plantas
e o tratamento diretamente no arquivo digital. Dessa forma, a digitalização pode ser
feita com recursos disponíveis diretamente no software sobre a imagem escaneada.
Figura 8 – GPS
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Figura 11 – Satélite Figura 12 – Drone
Fonte: iStock/Getty Images Fonte: iStock/Getty Images
Rasterização/Vetorização
O processo de rasterização consiste na conversão de elementos do meio analógico
para o formato raster. Realiza-se este processo através de um scanner, equipamento
capaz de criar imagens raster, através da absorção e reflexão de luz por determinado
documento. As partes mais escuras absorvem a luz, enquanto as claras a refletem
(ROSA & ROSS, 1999).
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Topologia
A topologia é uma característica fundamental da base geográfica. Ela é a
capacidade de identificação das relações especiais existentes entre os diversos
elementos gráficos.
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Algumas regras topológicas para polígonos:
• Não devem sobrepor.
• Não devem conter fendas;
• Não devem conter geometrias inválidas;
• Não devem conter duplicatas.
Outras regras podem ser incorporadas pelo operador, buscando maior quali-
dade nos dados produzidos.
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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Sites
Processamento Digital
Na página “Processamento Digital”, canal da internet de conteúdo voltado à geo-
grafia e geoprocessamento, você encontra apostilas com mais informações sobre
regras topológicas.
https://goo.gl/EinPiL
IBGE
Veja no site do IBGE as diferentes pesquisas populacionais (censo demográfico, esti-
mativas, contagem, projeções etc.) e compare os métodos utilizados para calculo de
cada uma.
https://goo.gl/R4uqMQ
EngeSat
A empresa Engesat apresenta em sua página exemplos e descrição dos diferentes
produtos provenientes de imageamento por satélite e suas funcionalidades.
https://goo.gl/bhHeFM
Leitura
Geodatabase Topology Rules
Outra fonte bastante interessante sobre regras topológicas pode ser encontrada no site
da ESRI.
https://goo.gl/jPkhti
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Referências
BERTIN, J. La Graphique et lê Traitement Graphique de L’Information.
Paris, Flammarion, 1977.
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