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Introduçao

O presente trabalho fala das novas tendencias de investigaçao e construçao do


conhecimento.
Tratta-se de uma concepçao que se opoe a ideia a didatica para e ao campo
cientifico para producao de uma nova estrategia que possa auxiliar a construçao de um
novo saber geográfico. Essa concepçao deve produzir algo novo, prático capaz de fazer
a diferença com as estratégias existentes no campo escolar.
Portanto, as novas tendencias de investigaçao e construçao de conhecimento
geográfico, guiam a produçao de um conhecimento prático profissional para o ensino e
sobre a investigaçao escolar no campo disciplinar que esta pertence.
O professor deve reflectir muito na forma de ensinar e, se necessário, adaptar e
actualizar metodologias, evitando que seu aluno não consiga apreender a essência do
saber e, ao final, prejudique a transmissão do conhecimento para futuras gerações.
No entanto, o processo de actualização das metodologias e a busca de novas para
responder as dificuldades encontradas, pressupõe a busca estratégias para a construção
do conhecimento. É nestes pressupostos que os pressupostos que o presente trabalho irá
abordar em torno do tema novas tendências de investigação e construção de
conhecimento geográfico.

Objectivos

Geral

 Conhecer as novas tendencias de investigaçao e construçao do conhecimento


geográfico.

Específicos

 Caracterizar o processo de investigacao na construcao do conhecimento


geografico;
 Identificar as etapas de investigacao para a construcao de conhecimentos;

A questão conceitual para a investigação geográfica

Na especialização (Lato-sensu) como um dos níveis do aprimoramento científico


da Geografia, o pesquisador percorre caminhos para alcançar resultados desejáveis e
confiáveis na elaboração de documentos finais para conclusão do curso pretendido,
como monografias, relatórios e artigos científicos. Para isso, os valores atribuídos ao
conhecimento produzido na pós-graduação são resultantes do sucesso que se estabelece
na clareza exposta pelo pesquisador desde a elaboração da questão central a ser
respondida, dos objetivos claramente expostos e dos delineamentos de pesquisa,
amparados na aplicação das questões conceituais afins, conduzidas e organizadas de
acordo com a temática pretendida para a pesquisa em diferentes situações.
A investigação científica integra o processo constante de construção e
aproximação teoria – evidências empíricas – prática, tendo como foco a relação ensino-
pesquisa. Essa estrutura dos aportes conceituais e também teóricos, tão relevantes, darão
suporte para o entendimento da realidade construída e dos efeitos responsáveis pelas
transformações evidenciadas pelo pesquisador.
Tais caminhos conduzem o profissional, baseando-se em princípios científicos, o
que serve tanto para aqueles que desenvolvem exclusivamente atividades no ensino, na
pesquisa, como gestores e em atividades profissionais que atuam na formulação de
estratégias para o desenvolvimento educacional e científico, o entendimento necessário
capaz de pensar, agir e propor alternativas diante dos eventos da realidade (Andrade et
Schmidt, .

Da teoria à prática: como construir a pesquisa e demonstrar os resultados

Uma investigação científica não pode ser considerada um processo mecânico,


existindo diferentes fases que ora podem percorrer uma sequência, ora uma sequência é
alterada pela outra.
Dobson (1993) reconhece que a atual revalorização da Geografia Quantitativa
tem sido abordada, principalmente, no seu caráter de revolução tecnológica e não como
verdadeira revolução científica. No entanto, não se duvida de um impacto amplo na
disciplina, com ganhos que trasladam a Geografia como ciência até novos limites e,
neste sentido, se há começado a dar maior sustento (e atenção) à base teórica da
tecnologia, desde uma visão centrada nos sistemas de informações com o componente
geográfico (Ferreira, 2006).
Lentamente se começa a considerar que os SIG, como tecnologia, podem
aproveitar-se, em sua verdadeira potencialidade, e seus resultados serem corretamente
interpretados, se maior atenção for dada aos conceitos geográficos, nos quais eles se
baseiam (ibidem).
Neste sentido, apresentam-se diferentes exemplos de aplicações dos Sistemas de
Informações Geográficas diante de uma série de problemáticas territoriais cujos
propósitos, estratégias de investigação e conhecimentos obtidos abrigam-se na
revitalização do paradigma quantitativo e na construção de modelos qualitativos, mapas
mentais, participativos e colaborativos, dentro do Paradigma Humanista.

Os novos paradigmas
Poder-se-ia considerar que a Geografia Automatizada é um novo paradigma da
Geografia. Sua aparição aconteceu 20-25 anos mais tarde que as últimas visões
paradigmáticas já estabelecidas (Buzai, 1999), mas esta automatização, em nosso
entender, não seria uma nova forma de ver a realidade, simplesmente significa que,
mediante o uso das tecnologias digitais, foi possível automatizar muitos dos
procedimentos de análise geográfica, realizados pela abordagem racionalista e
quantitativa (Candeau Dufat, 2009, p. 252).
Embora os Sistemas de Informações Geográficas, isoladamente, não são
considerados como Ciência da Informação Geográfica (Capel, 2005), a presença e
desenvolvimento recente (e crescente) das Tecnologias da Informação Geográfica
indicam que sim, de fato, está acontecendo uma mudança paradigmática que levará,
através do estabelecimento de fundamentos teóricos, conceituais e ontológicos
profundos, à consolidação da Ciência da Informação Geográfica.
O desenvolvimento deste processo beneficiará, muito provavelmente, todas as
expressões do conhecimento geográfico, independentemente de ter uma ênfase maior
nos aspectos físicos ou humanos (Pérez Machado, 2009).

A confecção e uso nos meios computacionais


Atualmente se hão incorporado outros modernos paradigmas à Cartografia que
marcam as novas funções que se atribuem aos mapas, a partir de sua confecção e uso
nos meios computacionais (Candeau Dufat, 2009, pág. 256). Estes são:
 Visualização. Implica o uso das técnicas gráficas para visualizar os objetos de
forma tal que estes sejam mostrados da maneira mais realista possível. Ou seja,
utilizando recursos visuais de volume (terceira dimensão), com texturas, que
realcem a diversidade, e apresentados com apoio de fotografias aéreas, imagens
satelitais e vídeos.
 Conexão com a informação digital disponível. Indica que os elementos ou
feições gráficas do mapa contem com uma ligação a outra informação gráfica ou
alfanumérica não contida nele. Vale dizer, que se vinculem ao acervo digital
disponível para sua consulta e análise nas bases de dados e nos endereços da
WEB, em ambiente Intranet/Internet. Isto significa que já não é suficiente o
desenho cartográfico do mapa, mas também que, adicionalmente, se faz
necessário incorporar os hiper-vínculos de seus elementos a outros dados ou
informações digitais externos para sua consulta.
 Distribuição. Diz respeito ao impacto produzido pela Internet (world wide web),
já que esta tem gerado a possibilidade de que os arquivos cartográficos possam
estar disponíveis para sua consulta, análise, impressão e outras funções
executadas por esta via sem necessidade de contar com a licença de software
especializado. Tem-se visto que tampouco é suficiente dar por terminado o
trabalho no formato proprietário do programa computacional, ou nas impressões
analógicas em papel, ainda é necessário migrá-lo a este novo ambiente, para
garantir seu uso massivo e imediato a muito baixo custo (difusão e
compartilhamento da informação geográfica).

Relação dos SIG com a Cartografia: A modelagem cartográfica

Os mapas são, antes de tudo, abstrações da realidade, pois o mundo real é


demasiado complexo para ser representado em sua totalidade; portanto, se faz
necessário simplificá-lo, utilizando um modelo confiável que permita ganhar, em
clareza e conhecimento, sobre o que existe e se manifesta no espaço geográfico. Os
mapas se caracterizam como modelos complexos da realidade territorial, a partir das
sete propriedades gerais enunciadas: Abstração; Seletividade; Síntese;
Dimensionalidade e Escala; Lei Matemática; Clareza; Semelhança Geométrica e
Correspondência Geográfica (Salitchev, (1979)).
É incontestável a intima relação existente entre os Sistemas de Informação
Geográfica e a Cartografia. Porém, cabe apontar aqui que, em nossa opinião, o principal
objetivo dos SIG é a execução da análise espacial, e consequentemente auxiliar no
entendimento do espaço, na tomada de decisões e no planejamento territorial. É
evidente, também, que os Sistemas de Informação Geográficos são utilizados do mesmo
modo para a execução, ou visualização, de mapas e cartas, principalmente mapas
temáticos, devido às conhecidas facilidades de manipulação gráfica e de grandes
volumes de dados espaciais.
Tal e como afirmara Silvina Quintero (2006), a relação entre a Geografia e a
Cartografia demanda repensar ambos os campos do conhecimento. Desta maneira, se
para alguns enfoques disciplinares, em determinados contextos, os mapas perderam
relevância na geração do conhecimento geográfico, não pode ser estendido para toda a
disciplina, se observarmos a profunda transformação que vem acontecendo nas formas
com que os geógrafos produzem e usam os mapas.

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