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Lurdes Lidia Alfredo

Generalização cartográfica

Universidade Rovuma
Nampula, 2022
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Lurdes Lidia Alfredo

Generalização cartográfica

Trabalho de carácter avaliativo elaborando no


âmbito da cadeira de Fundamentos de
Cartografia. Faculdade de Letras e Ciências
Sociais da Universidade Rovuma – Nampula.
Leccionado pelo docente: Hilário Mucuto.

Universidade Rovuma

Nampula, 2022
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Índice

Introdução....................................................................................................................... 3

1. Generalização cartográfica .......................................................................................... 4

1.1. Contextualização ...................................................................................................... 4

1.1.1. Historial ................................................................................................................ 6

1.1.2. Divisão da Cartografia ........................................................................................... 7

1.2. Tipos de generalização cartográfica .......................................................................... 8

1.3. Generalização dos mapas ....................................................................................... 11

Conclusão ..................................................................................................................... 15

Bibliografia ................................................................................................................... 16
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Introdução

O trabalho em epígrafe tem como tema Generalização Cartográfica, cujo este tem por
objectivo primordial apresentar a operacionalização da generalização cartográfica, e como
objectivos específicos: compreender a generalização cartográfica; identificar os tipos de
generalização cartográfica; apresentar a generalização cartográfica.

A generalização cartográfica é um processo de ajustamento de conteúdo e gráfico, que tem a


finalidade de melhorar o uso de dados geográficos a um nível mais elevado da percepção
visual de entidades espaciais/temporais tal como as suas relações.

O processo de generalização é considerado fundamental tanto para a cartografia de base,


como para cartografia temática, devido ao objectivo principal que é elaboração de mapas,
cujas informações possuam clareza gráfica suficiente para o estabelecimento da comunicação
cartográfica desejada, ou seja, a legibilidade do mapa.

Entretanto, como forma de manter a ordem e a lógica do trabalho, obedeceu-se a seguinte


estrutura: introdução, desenvolvimento da temática em estudo, conclusão e a sua respectiva
bibliografia.
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1. Generalização cartográfica

1.1. Contextualização

A construção de um mapa requer que as feições da superfície terrestre sejam representadas de


forma reduzidas para que o observador tenha uma boa percepção da realidade, onde para isso
é necessário seleccionar os objectos que compõe o mapa, simplificar formas e estruturas e
respeitar critérios de importância (ROBINSON, 1960). Esse processo é conhecido como
Generalização Cartográfica.

A generalização cartográfica define-se como um processo de ajustamento de conteúdo e


gráfico, que tem a finalidade de melhorar o uso de dados geográficos a um nível mais elevado
da percepção visual de entidades espaciais/temporais tal como as suas relações (LOPES,
2005).

O processo de generalização é considerado fundamental tanto para a cartografia de base,


como para cartografia temática, devido ao objectivo principal que é elaboração de mapas,
cujas informações possuam clareza gráfica suficiente para o estabelecimento da comunicação
cartográfica desejada, ou seja, a legibilidade do mapa (MENEZES e FERNANDES, 2013).

Segundo JONNY (1997) a generalização é função dos seguintes factores:

 Escala (considerada a mais importante);


 Finalidade da carta;
 Tema representado;
 Características da região mapeada;
 Natureza das informações disponíveis sobre a região .

A transformação de escala é a operação mais relevante para a generalização, por que


independente de todos os demais fatores (MENEZES e FERNANDES, 2013). Quanto menor
a escala de um mapa, maior será o grau de generalização a que os objectos do mundo real, ali
representados, foram submetidos (TAURA et al, 2008).

O processo de generalização cartográfica envolve muita intuição e pouca formalização.


Devido à redução de escala, o cartógrafo selecciona, classifica e padroniza; executa
simplificações e combinações intelectuais e gráficas; enfatiza, aumenta e reduz ou elimina
feições representadas num mapa, quase sempre de modo predominantemente intuitivo,
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criativo. Generalização cartográfica compreende um processo de selecção de objectos, que


leva em conta uma certa hierarquia de importância, seguido de um outro processo no qual
ocorrem simplificações de forma e estrutura.

A generalização cartográfica deve ser realizada como forma de preservar a comunicação


cartográfica em representações produzidas por derivação de cartas já existentes. A
generalização cartográfica consiste de um conjunto de operações responsáveis pelo
restabelecimento das condições de comunicação que os dados cartográficos perderam pelo
fato de haver redução de escala (KEATES, 1989, Apud CAVALCANTI 2002).

De acordo com TAURA e outros autores, na produção de cartas e mapas, a generalização


cartográfica é um procedimento utilizado para preservar a comunicação cartográfica em
representações produzidas por derivação de cartas já existentes.

A mesma consiste de um conjunto de operações responsáveis pelo restabelecimento das


condições de comunicação que os dados cartográficos perderam pelo fato de haver redução de
escala.

Embora muitos cartógrafos tenham tentado analisar os processos fundamentais que servem de
base à generalização cartográfica, pouco se conseguiu em termos de um conjunto consistente
de regras que indiquem o que fazer em cada caso. É interessante notar quão actual continua
sendo o prognóstico de ROBINSON (1960) de que generalização cartográfica provavelmente
permaneceria como um processo essencialmente criativo, sempre pronto a desafiar a
tendência moderna de padronização que parece reduzir-se a nada mais que um simples
produto de avanços meramente técnicos.

Generalização cartográfica evoluiu de uma fase inicial em que a pesquisa se concentrava no


desenvolvimento de algoritmos para uma fase mais recente que tem envolvido tentativas de
formalização e representação do conhecimento cartográfico através de modelos conceituais
abrangentes e sistemas especialistas.

A s transformações cognitivas são aquelas sofridas pela informação geográfica, para que
possa tanto ser representada cartograficamente quanto reconhecida como a informação
existente no mundo real. Essa transformação pode ser entendida como uma transformação do
conhecimento, uma vez que suas características podem ser alteradas durante o processo,
justamente para poder representar a sua ocorrência no mundo real.
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Para o processo cartográfico, as transformações cognitivas mais importantes são a


generalização e a simbolização. Essas transformações realizam uma adaptação da informação
geográfica, seleccionando, eliminando o que não é importante representar, classificando a
informação e representando-a por uma simbologia apropriada, ou seja, adequando essa
informação aos objectivos propostos para o mapeamento, tema representado, características
da área geográfica, natureza das informações disponíveis e de acordo com a escala do
mapeamento. Uma dessas transformações cognitivas, a generalização, vai ser apresentada e
discutida. Um mapa sempre representa um fenómeno em uma escala reduzida, diante de sua
ocorrência no mundo real.

A informação que o mapa contém pode sofrer perdas, truncamentos e até mesmo não ser
representada por causa das restrições que são impostas pela escala de representação. Em
função da impossibilidade de representação da realidade na escala 1:1, esse processo de
adequação das informações em um documento cartográfico é conhecido como generalização
cartográfica.

Segundo a Associação Cartográfica Internacional (ICA, 1992), a generalização é um processo


de representação seleccionada e simplificada de detalhes apropriados à escala e aos objectivos
do mapa. A generalização pode ser vista como um processo que – com a selecção,
classificação, esquematização e harmonização – reconstitui a realidade da distribuição
espacial a qual se deseja representar (ROBINSON et al., 1995). Então, o processo de
transformação que permite reconstituir em um mapa a realidade – seja de um terreno ou de
uma distribuição espacial – por seus traços essenciais denomina-se generalização cartográfica.

O processo de generalização é essencial tanto para a cartografia de base como para a


cartografia temática, pois tem como objectivo principal a elaboração de mapas, cujas
informações possuam clareza gráfica suficiente para o estabelecimento da comunicação
cartográfica desejada, em outras palavras, a legibilidade do mapa. Assim, a representação
exagerada de elementos, forçosamente irá prejudicar a clareza do documento.

1.1.1. Historial

A cartografia é o estudo que trata da representação da Terra ou parte dela através de mapas,
cartas e outros tipos de documentações. Os primeiros mapas foram traçados no século VI a.C.
pelos gregos, que, em função de suas expedições militares e de navegação, criaram o principal
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centro de conhecimento geográfico do mundo ocidental. O primeiro atlas da história moderna


surgiu no século XVI, em 1570.

A noção de Cartografia enquanto um conjunto de técnicas utilizadas com finalidade de


representar elementos e fenómenos evidenciados no espaço geográfico é tão antiga quanto a
própria humanidade. À medida que os grupos humanos passaram a se organizar
colectivamente, as representações espaciais foram criadas para demarcar os núcleos de
povoamento e os próprios territórios de caça dessas sociedades mais antigas. Ao longo dos
séculos, essas representações, os mapas, foram evoluindo, bem como seus fins foram se
tornando mais complexos (PONTUSCHKA, 2007).

Autores como Erwin Raisz (Raisz, 1969), indicam que a história dos mapas é mais antiga do
que a própria História da humanidade, tendo em vista que a confecção dessas representações
antecede a própria invenção da escrita. Antigos exploradores e estudiosos de povos primitivos
evidenciaram que povos pré-históricos dominavam a habilidade do traçado de mapas muito
antes de tomarem conhecimento da escrita textual. É perceptível que, ao longo dos séculos, as
técnicas de produção dos documentos cartográficos foram se aprimorando, passando de
representações entalhadas em pedras até mapas tridimensionais gerados e visualizados em
ambientes computacionais. A preocupação com o detalhamento e aperfeiçoamento das feições
representadas sempre esteve presente nas pesquisas cartográficas, mas, no entanto, a pesquisa
científica e a preocupação epistemológica foram postergadas.

1.1.2. Divisão da Cartografia

Dividir a Cartografia é tarefa tão difícil quanto classificar tipos de cartas e mapas.
Normalmente é usual caracterizar duas classes de operações para a Cartografia, uma para a
preparação de mapas gerais – utilizados para referência básica e uso operacional, em que se
destaca os mapas topográficos em grande escala, as cartas aeronáuticas e hidrográficas – e
outra para referência geral, propósitos educacionais e pesquisa. Esta última classe inclui os
mapas temáticos de pequena escala, atlas, mapas rodoviários, mapas para uso em livros,
jornais e revistas e mapas de planeamento (ROBBI, 2000:235).

Dentro de cada classe de operação existe uma considerável especialização, que pode ocorrer
nas fases de levantamento, prometo, desenho e reprodução de um documento cartográfico. É
importante salientar que essa especialização pode ocorrer isoladamente em cada fase, em
todas as fases ou em grupos.
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A primeira classe trabalha com base em dados obtidos por levantamentos de campo ou
hidrográficos, por métodos fotogramétricos ou de sensores remotos.

A Cartografia Temática é uma subdivisão da Cartografia, que, por sua vez, pode ser
subdividida conforme a abordagem e a finalidade do mapeamento temático, apresentando-se
como Cartografia de Inventário, Cartografia Analítica e Cartografia de Síntese.

A Cartografia de Inventário é definida por um mapeamento qualitativo, ou seja, estabelece um


levantamento qualitativo dos elementos representados no mapa. Discreta, serve apenas para
representar um tema no mapa, no qual não há respostas possíveis a serem relacionadas com
uma visão geral dos dados. Outra característica peculiar à cartografia de inventário é o fato de
ser eminentemente posicional, ou seja, nominal. Assim, pode ser considerada a parte temática
mais simples, normalmente estabelecida pela superposição ou justaposição, exaustiva ou não,
de temas, permitindo ao usuário saber apenas o que existe em um determinado local. (ROBBI,
2000:235).

Os mapas temáticos de inventário buscam responder apenas a certos tipos de consultas: como
a localização de uma determinada região; como se chega a determinado lugar; qual o tipo de
solo existente em uma bacia hidrográfica, entre outras questões de cunho nominativo. E,
dentre os tipos mais comuns, encontram-se os mapas geológicos, os mapas de distribuição de
vegetação, os mapas de localização de estradas, os mapas pedológicos, os mapas rodoviários,
os mapas de cobertura e uso da terra.

1.2. Tipos de generalização cartográfica

Para SILVA (2013), as generalizações cartográficas são classificadas em três tipos diferentes:
cilíndrica, cónica e plana, polar ou azimutal.

1.2.1. Projecção Cilíndrica


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As projecções cartográficas mais famosas e utilizadas são as cilíndricas. Dentre elas, algumas
merecem destaque especial em razão de suas importâncias e características.

 Projeção de Mercator

Nessa projecção, muito utilizada nos dias aguais, há uma preocupação em se manter as formas
dos continentes, no entanto, as suas áreas são alteradas. Trata-se, portanto, de uma projecção
conformal.

Fonte: Mapa-múndi na projecção de Mercator.

 Projecção de Peters

Ao contrário da anteriormente citada, essa projecção sacrifica as formas em benefício da


conservação da proporção das áreas. É, portanto, um tipo de projecção equivalente. Os
meridianos e os paralelos também são linhas rectas (SILVA, 2013).
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Fonte: Mapa-múndi na protecção de Peters.

 Projecção de Robinson

Essa é a mais utilizada actualmente para representar o mapa-múndi. Ela altera tanto as formas
quanto as áreas dos continentes, entretanto, nem as áreas e nem as formas são tão distorcidas
quanto nas duas projecções anteriores, ficando em uma espécie de “meio-termo”. Nela, os
paralelos são rectos, mas os meridianos são curvados, como se acompanhassem a esfera
terrestre.

Fonte: Mapa-múndi na projecção de Robinson.

 Projecção cónica

As projeções cônicas são elaboradas como se colocassem a Terra em um cone e, em seguida,


ele fosse aberto e colocado em um plano. Com isso, observa-se que os meridianos formam
uma série de linhas rectas que se direccionam aos polos. Esse tipo de projecção é muito
utilizado para representar alguns trechos de continentes ou países.
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 Projecção Plana, polar ou azimutal

Nessa projecção, observa um plano colocado de forma tangente à superfície que será
representada no centro do mapa. Nele, as linhas concentram-se do ponto central e dispersam-
se em direcção às áreas mais afastadas. Essa projecção é muito utilizada para representar os
polos ou para colocar no centro de um mapa qualquer ponto da Terra (SILVA, 2013).

1.3. Generalização dos mapas

A importância dos mapas reside no fato de eles serem utilizados para localização,
comunicação e medição de áreas e pontos. Os mapas são representações cartográficas de uma
dada área do espaço. Eles possuem a função de representar em um plano uma determinada
localidade da superfície, apresentando um ou vários de seus aspectos. Eles são, sobretudo,
uma forma de linguagem e, portanto, de comunicação. Para que a sua função seja plenamente
realizada, são necessária uma boa elaboração e uma correcta interpretação (SILVA, 2013).

A utilização de mapas no PEA é de extrema relevância, estando condicionada à alfabetização


cartográfica dos estudantes.
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Todo professor de Geografia sabe da importância da utilização dos mapas em suas aulas.
Afinal, se o aluno não sabe ler um mapa, ou seja, se ele apresenta problemas na leitura
cartográfica, seu desempenho em diversos assuntos da Geografia – e também de outras
disciplinas, como a História – ficará comprometido.

Por esse motivo, é de vital importância que o (a) professor (a) de Geografia desenvolva uma
metodologia para o ensino de Cartografia em sala de aula, visando, principalmente, à
melhoria por parte dos alunos no processo de leitura e compreensão de cartas e mapas
temáticos.

A importância do mapa para nós se apresenta em vários aspectos, que vão desde a indicação
de localidades até a medição de distâncias.

A primeira grande importância dos mapas é, sem dúvidas, a localização. Por meio deles,
podemos encontrar qualquer ponto da superfície terrestre e deslocar-nos até ele. É claro que
são necessários mapas especificamente voltados para esse intuito, mas as ferramentas
tecnológicas actuais, como o GPS, vêm facilitando esse processo (SILVA, 2013:68).

Outra importante função dos mapas é fornecer informações específicas sobre uma
determinada localidade em uma perspectiva espacial. Assim, quando observamos um mapa
com as regiões de uma cidade separadas conforme a renda, temos uma importante informação
sendo descrita de maneira muito mais fácil e simples do que uma descrição textual. Portanto,
além de comunicar, os mapas também ilustram e facilitam a observação de determinados
fenómenos que ocorrem na superfície terrestre.

Além disso, os mapas são bastante empregados para a medição de distância entre dois pontos.
Isso ocorre com a utilização da escala cartográfica, que indica a relação matemática entre a
área real e a sua representação em forma de mapas.

Os mapas, portanto, são bastante importantes para nós, mas desde que saibamos utilizá-los.
Isso significa que devemos conhecer os seus principais elementos, como a escala, as legendas,
as projecções cartográficas, entre inúmeros outros quesitos.

Os mapas são uma importante ferramenta de trabalho a serem usados pelo professor de
Geografia em suas aulas, e aos alunos afim de melhor compreenderem o conteúdo a ser visto,
pois alguns alunos precisam ter contacto com mapas para assimilar o conteúdo, exigindo que
o professor disponha de variadas metodologias proporcionando aos alunos diferentes
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maneiras de interpretação e incorporando à sua imaginação o fato de poder analisar de forma


concreta, pois estarão em contacto com o objecto de estudo neste caso, os mapas.

A deficiência de muitos alunos em ler e interpretar mapas pode gerar adultos com problemas
de interpretar a cartografia. Enquanto alguns no período escolar mantiveram contacto e
usufruíram de diferentes metodologias de ensino, outros por diversos motivos não o
mantiveram. Dessa forma, essa relação entre o aluno e o instrumento pedagógico de ensino,
neste caso os mapas tornaram-se essenciais, pois para assimilarem o conteúdo esse contacto é
indispensável, seja construindo mapas e maquetes a partir de trabalhos de campo com
reconhecimento do espaço geográfico, seja apenas tendo-o como auxílio para orientação em
actividades escolares.

O aluno deve ter a oportunidade de ter contacto com mapas e a partir daí pensar o espaço de
outra maneira, assimilando aquele objecto à sua realidade ou ao seu espaço. No entanto, não
se têm conseguido abranger todos os alunos a aprenderem na escola como se localizar ou se
orientar através de um mapa, muitos ainda por motivos diversos deixam de usá-los em seu
quotidiano, tampouco tiveram um estudo mais aprofundado sobre como fazer a interpretação
dos mesmos no dia-a-dia, mostrando que [...] “não conseguem ver essa utilidade nos mapas
porque são incapazes de compreendê-los e, por isso mesmo, a eles não atribuem qualquer
importância prática em sua vida quotidiana”. (SILVA, 2013, Apud RUA et al 2005, p. 12).

A aprendizagem sobre mapas na escola deve ser gradativa respeitando a capacidade de cada
aluno, e com a introdução de tecnologias nos ambientes escolares, os alunos deixam de contar
apenas com mapas e atlas impressos passam a contar com alternativas como os mapas
digitais. As tecnologias de informação e comunicação como os celulares e computadores,
estão presentes no quotidiano de professores e alunos podendo ser usadas nas aulas de
Geografia, permitindo ao aluno conhecer e investigar lugares. Para isso é importante e
necessário que saiba interpretar a linguagem cartográfica e assim poder entender os símbolos
representados. (MOURA 2010). A articulação entre a linguagem cartográfica com as
tecnologias facilita a busca por informações sanando curiosidades ou dúvidas que os alunos
possam ter durante o processo de aprendizagem, proporcionando interacção maior entre aluno
e professor.

O professor que utilizar todas as ferramentas disponíveis para as aulas que necessitem o uso
de mapas poderá explicar melhor o espaço geográfico, desde o atlas pronto até os digitais que
apresentam diversas geometrias e atributos de continentes, oceanos, cidades, montanhas, etc.
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tornando mais atraente o ensino dos lugares. (SILVA 2012). Algumas aulas de Geografia
costumam ser elaboradas e os conteúdos explicados apenas usando os mapas impressos em
meio ao livro didáctico. No entanto com o avanço da tecnologia, as escolas contam com os
laboratórios de informática onde os alunos podem ter contacto com os mapas dispostos na
internet, e que podem ser trabalhados ou somente observados sob diferentes formas.

Os mapas enquanto instrumentos pedagógicos devem estar presentes nas aulas de Geografia,
afim de que haja melhor entendimento sobre o espaço geográfico em questão. E o professor
deve usar essa ferramenta para sanar dúvidas e até dificuldades que por ventura os alunos
apresentarem durante a exposição do conteúdo, pois os alunos precisam dela para se localizar
no espaço estudado. Actualmente além da presença de mapas impressos conta-se também com
a tecnologia implantada dentro das salas de aula, proporcionando aos alunos a busca por
conhecimento e em sanar suas dúvidas em tempo real. Isso faz com que esses instrumentos se
tornem indispensáveis ao professor e ao aluno ao analisar o espaço geográfico, uma vez que
são utilizados tanto dentro quanto fora do ambiente escolar.
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Conclusão

Chegados a este ponto, vimos que, o processo de generalização é essencial tanto para a
cartografia de base como para a cartografia temática, pois tem como objectivo principal a
elaboração de mapas, cujas informações possuam clareza gráfica suficiente para o
estabelecimento da comunicação cartográfica desejada, em outras palavras, a legibilidade do
mapa. Assim, a representação exagerada de elementos, forçosamente irá prejudicar a clareza
do documento.

Os mapas são uma importante ferramenta de trabalho a serem usados pelo professor de
Geografia em suas aulas, e aos alunos afim de melhor compreenderem o conteúdo a ser visto,
pois alguns alunos precisam ter contacto com mapas para assimilar o conteúdo, exigindo que
o professor disponha de variadas metodologias proporcionando aos alunos diferentes
maneiras de interpretação e incorporando à sua imaginação o fato de poder analisar de forma
concreta, pois estarão em contacto com o objecto de estudo neste caso, os mapas.
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Bibliografia

ALMEIDA, Rosângela Doin (org.) Cartografia Escolar. São Paulo: Contexto, 2008.

BOS, E. S. Cartographic symbol design. Lecture-notes. ITC, 1984.

CAVALCANTI, Lana de Souza. Geografia e prática de ensino. Goiânia: Alternativa, 2002.

MOURA, Leda M C. Uso de linguagem cartográfica no ensino de Geografia: Os mapas e


Atlas digitais na sala de aula. 2013.

PONTUSCHKA, N.N.; PAGANELLI, T.I.; CACETE, N.H. Para ensinar e aprender


Geografia. São Paulo: Cortez, 2007.

ROBBI, C. Sistema para visualização de informações cartográficas para planeamento


urbano Tese de doutorado, 2000. INPE, Săo José dos Campos SP.

ROBINSON, A. H. Elements of Cartography. New York, John Wiley and Sons, 1960.

SILVA, Christian N. O uso de atlas digitais no ensino de Geografia e Cartografia. 2013.

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