Você está na página 1de 11

CONCEITO DE ESCALA EM

GEOGRAFIA E EM S.I.G
ESCALA NA GEOGRAFIA
• A escala é um dos conceitos-chave de grande parte das pesquisas
geográficas, e mesmo de outras áreas do conhecimento, por envolver
um recorte analítico do problema de investigação, quase sempre em
função de sua dimensão ou extensão, espacial e temporal. Mas para a
Geografia a questão da escala ganha uma relevância maior, em
função de sua histórica associação com os mapas, que têm na escala
um pressuposto básico para a representação do espaço geográfico. E
em função dessa conexão, a escala cartográfica foi e, muitas vezes,
ainda é assumida como “a escala da Geografia”
ESCALA NA GEOGRAFIA
• Inicialmente, a primeira distinção que deve ser levada em
consideração é a das concepções de escala para a geografia e para a
cartográfica, pois ambos são importantes nos estudos geográficos.
Dessa forma, é importante enfatizar que a escala geográfica é
diferente da escala cartográfica. A escala geográfica está relacionada
com a extensão geográfica da área em estudos, logo, representa a sua
espacialidade e seu recorte espacial a ser analisado. Já a escala
cartográfica está associada à representação espacial desse recorte de
forma cartográfica através de mapas; dessa forma, a escala
cartográfica possibilita a associação daquela representação com o
mundo real.
ESCALA NA GEOGRAFIA
• Escala é a proporção matemática entre um dado espaço geográfico e
sua representação cartográfica, designando quantas vezes foi
necessário diminuir aquela área para que ela coubesse no plano onde
foi produzida.  
• Em outras palavras, a escala é um valor empregado para representar
distâncias da paisagem real sobre o papel.
• Um mapa é uma representação “reduzida do mundo real”, e essa
“redução” ocorre de uma forma proporcional, isto é, ocorre através
de uma relação entre as medidas do “mundo real” e a sua
representação num mapa. 
ESCALA NA GEOGRAFIA

Escala numérica, como o próprio nome sugere, é representada por uma


disposição dos números em forma de fração ou razão.
• No numerador dessa divisão estará sempre a área do mapa (geralmente a
medida mínima de 1 cm) e, no denominador, a área real equivalente.
• Exemplo: 1:100.000.
• A vantagem desse tipo de escala é que ela demonstra quanto cada
centímetro do mapa representa na realidade, fornecendo-nos certa
noção do tamanho da área representada isto é ela informa
imediatamente o número de reduções do qual a superfície foi submetida.
ESCALA NA GEOGRAFIA

• Escala gráfica é uma representação usada nos


mapas para expressar as medidas. Trata-se de uma
linha horizontal, com retângulos brancos e negros,
que indica os valores expressos no mapa
equivalentes à paisagem real.

• A vantagem da escala gráfica está em oferecer


uma impressão visual da proporção entre o mapa
e a realidade. Além disso, para ampliar o mapa,
não é necessário recalcular a escala, basta ampliar
a escala gráfica junto, o que torna mais fácil o seu
manuseio.
ESCALA EM S.I.G
• É relevante ressaltar que com o desenvolvimento das geotecnologias,
a perspectiva escalar ganha destaque nas imagens de sensoriamento
remoto, tendo em vista a correlação desse conceito com as
generalizações cartográficas e detalhamento do objeto.
• As novas tecnologias surgidas, notadamente sistemas de informação
geográfica (SIG), sensoriamento remoto e GPS, também introduziram
algumas interpretações próprias sobre o conceito de escala,
envolvendo o problema de multiescalaridade, resolução e
generalização cartográfica.
ESCALA EM S.I.G
• A escala continua sendo uma relação proporcional entre o tamanho
do objeto no mapa e no terreno. Cabe realçar, no entanto, uma das
diferenças básicas entre a manipulação da carta impressa e a digital: a
facilidade de alteração da escala .
• Alguns programas de computador permitem a ampliação e a redução
da carta, ou seja, a constante modificação da escala.
• No meio digital, a variação de escala destaca um novo aspecto: a
diferença entre a escala de elaboração e de visualização.
ESCALA EM S.I.G
• A utilização de múltiplas escalas, entretanto, pode ser gerenciada por
alguns mecanismos do meio digital. Alguns programas,
particularmente os Sistemas de Informações Geográficas (SIG) ,
possibilitam uma alternativa para visualizar dados de escalas distintas
e evitar os problemas de posicionamento e de densidade de
informações. Dependendo da ampliação ou redução da carta, o
usuário visualiza arquivos com escalas de representação distintas. É
possível determinar a escala de visualização de cada um dos arquivos
e minimizar os referidos problemas.
Resoluções de imagens e escala:
• As generalizações são responsáveis pela perda de detalhes e
informações de uma representação, que são realizadas
principalmente através dos mapas.
• As generalizações podem ocorrer na representação dos dados,
podendo estar diretamente associado às imagens de satélite, que são
utilizadas para elaboração de dados espaciais. Dessa forma, a
generalização está correlacionada ao grau de detalhamento que a
imagem possui para a escala que está sendo representada. No
sensoriamento remoto a escala está associada ao tamanho do pixel,
ou seja, à resolução espacial
Considerações finais
• Sobre esse ponto de vista, o sistema de informações geográficas
permite o manuseio de diferentes escalas, resoluções e naturezas dos
dados. O SIG abre uma perspectiva de incorporação à sua base de
dados, de documentos em diferentes escalas e resoluções, através de
mapas, informações e imagens, as vezes bastante diversas uma das
outras
• As potencialidades do SIG revolucionaram as análises geográfica,
sobre os aspetos de escala e natureza dos dados, que antes eram
realizadas em meios analógicos e sem potencialidades de otimização
para os estudos. Um recurso primordial em SIG é a possibilidade de
análise vertical e horizontal.

Você também pode gostar