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IT 501 – Topografia e Cartografia

Prof. Marcelo Sales Moffati


INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA CARTOGRAFIA
A palavra CARTOGRAFIA, etmologicamente, significa descrição de
cartas.
Carta Topográfica - É a representação no plano, em escala média ou
grande, dos aspectos artificiais e naturais de uma área tomada sobre uma
superfície planetária, subdividida em folhas delimitadas por linhas
convencionais - paralelos e meridianos - com a finalidade de possibilitar
a avaliação de pormenores, com grau de precisão compatível com a
escala.
Características:
-Representação plana;
-Escala média ou grande;
-Desdobramento em folhas articuladas de maneira sistemática;
-Limites das folhas constituídos por linhas convencionais,
destinada à avaliação precisa de direções, distâncias e localização de
pontos, áreas e detalhes.
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA CARTOGRAFIA
- GEODÉSIA
- FOTOGRAMETRIA
- TOPOGRAFIA
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA CARTOGRAFIA
- GEODÉSIA
Estuda a forma e a dimensão da Terra e o seu campo de
gravidade.
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA CARTOGRAFIA
- GEODÉSIA

Fig. 02 – Elipsóide de Revolução.


INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA CARTOGRAFIA
- GEODÉSIA

Fig. 04 – Constelação GPS.


Fig. 03 – Receptor GPS.

Fig. 06 – Determinação das Coordendas. Fig. 05 – Marco Geodésico.


INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA CARTOGRAFIA
- GEODÉSIA

Fig. 07 – Relatório de Estação Geodésica (IBGE).


INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA CARTOGRAFIA
- FOTOGRAMETRIA (Aerofotogrametria)

Fig. 08 – Voo Aerofotogramétrico, Recobrimento Longitudinal e Recobrimento Lateral.


INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA CARTOGRAFIA
- FOTOGRAMETRIA (Aerofotogrametria)

Fig. 09 – Fotoindice.

Fig. 10 – Modelo Tridimensional.


INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA CARTOGRAFIA
- TOPOGRAFIA

Fig. 11 – Superfície Física e Planta Topográfica.

Fig. 12 – Estação Total.


TOPOGRAFIA
Etimologicamente a palavra TOPOGRAFIA, tem origem em
dois radicais gregos: TOPOS, que significa lugar e GRAPHEN, que
significa descrição. Assim, de uma forma bastante simples, Topografia
significa descrição detalhada de um lugar.

Algumas definições:

“A Topografia tem por objetivo o estudo dos instrumentos e


métodos utilizados para obter a representação gráfica de uma porção do
terreno sobre uma superfície plana” DOUBEK (1989).

“A Topografia tem por finalidade determinar o contorno,


dimensão e posição relativa de uma porção limitada da superfície
terrestre, sem levar em conta a curvatura resultante da esfericidade
terrestre” ESPARTEL (1987).
De acordo com a NBR 13133 (ABNT, 1991, p. 3), Norma Brasileira para
execução de Levantamento Topográfico, o levantamento topográfico é
definido por:

“Conjunto de métodos e processos que, através de medições de ângulos


horizontais e verticais, de distâncias horizontais, verticais e inclinadas,
com instrumental adequado à exatidão pretendida, primordialmente,
implanta e materializa pontos de apoio no terreno, determinando suas
coordenadas topográficas. A estes pontos se relacionam os pontos de
detalhe visando a sua exata representação planimétrica numa escala
pré-determinada e à sua representação altimétrica por intermédio de
curvas de nível, com equidistância também pré-determinada e/ou pontos
cotados.”
OBJETIVOS DA TOPOGRAFIA
Efetuar o levantamento (executar medições de ângulos,
distâncias e desníveis) que permita representar uma porção da
superfície terrestre em uma ESCALA adequada. Às operações
efetuadas em campo, com o objetivo de coletar dados para a
posterior representação, denomina-se de levantamento topográfico.
Determinação de coordenadas relativas de pontos. Para
tanto, é necessário que estas sejam expressas em um sistema de
coordenadas. São utilizados basicamente dois tipos de sistemas
para definição unívoca da posição tridimensional de pontos:
sistemas de coordenadas cartesianas e sistemas de coordenadas
esféricas.
SISTEMA DE COORDENADAS
Um dos principais objetivos da Topografia é a determinação
de coordenadas relativas de pontos. Para tanto, é necessário que
estas sejam expressas em um sistema de coordenadas. São
utilizados basicamente dois tipos de sistemas para definição
unívoca da posição tridimensional de pontos: sistemas de
coordenadas cartesianas (Plano) e sistemas de coordenadas
esféricas.

Fig. 13 - Sistema de Coordenadas Fig. 14 - Sistema de Coordenadas


Cartesianas. Esféricas.
GRANDEZAS MEDIDAS EM TOPOGRAFIA
Na Topografia trabalha-se com medidas (lineares e
angulares) realizadas sobre a superfície da Terra e a partir destas
medidas calculam--se coordenadas, áreas, volumes, etc. Além
disto, estas grandezas poderão ser representadas de forma gráfica
através de Cartas ou Plantas. Para tanto é necessário um sólido
conhecimento sobre instrumentação, técnicas de medição, métodos
de cálculo e estimativa de precisão (KAHMEN; FAIG, 1988).
UNIDADES DE MEDIDAS UTILIZADO NA TOPOGRAFIA

1) SISTEMA SEXAGESIMAL
A unidade de ângulo utilizado na Topografia é o GRAU,
definido como 1/360 de um círculo. Um grau (1º) é igual a 60
minutos (60’) e 1 minuto é igual a 60 segundos (60”).

2) SISTEMA MÉTRICO DECIMAL


O metro(m) é a unidade de medida básica para o
comprimento no sistema métrico decimal. Os submúltiplos do
metro são: o milímetro (mm), o centímetro (cm) e o decímetro
(dm), iguais a 0,001, 0,01 e 0,1 m, respectivamente. O quilômetro
(km) múltiplo do metro, é igual a 1000 m.
As áreas no sistema métrico são especificadas usando o
metro quadrado (m2) e o volume o metro cúbico (m3).
DIVISÃO DA TOPOGRAFIA
Classicamente a Topografia é dividida em TOPOMETRIA e
TOPOLOGIA.
TOPOMETRIA - Estuda os métodos e instrumentos, utilizados na
medição de distâncias, ângulos e desníveis (método clássico), cujo
objetivo é a determinação de posições relativas de pontos. Pode ser
dividida em Planimetria e Altimetria.
Planimetria – Determinar em um plano horizontal a posição
planimétrica dos pontos de interesse (coordenadas X e Y).
Altimetria – Determinar em um plano vertical a cota ou altitude
dos pontos de interesse (coordenada Z).

TOPOLOGIA - Tem por objetivo o estudo das formas exteriores do


terreno e das leis que regem o seu modelado.
PLANO TOPOGRÁFICO
A representação de um trecho limitado da superfície terrestre
é feita segundo a projeção ortogonal. Esta projeção toma-se por
base um plano horizontal de referênica, Plano Topográfico, cuja a
caracterísitica é ser perpendicular à vertical do lugar e tangente a
superfície física da terra.

Fig. 15 – Plano Topográfico e Vertical do Lugar.


REPRESENTAÇÃO DO TERRENO

Fig. 16 - Desenho representando o resultado de um Levantamento planialtimétrico.


PLANTA TOPOGRÁFICA
A Topografia é a base para diversos trabalhos de Engenharia Civil,
Agronômica e Florestal, Arquitetura e Geologia, onde o conhecimento do
contorno, forma, dimensão e posição relativa do terreno é importante.
Alguns exemplos de aplicação:
• Medição de Áreas;
• Projetos de execução de estradas;
• Grandes obras de engenharia (construção de pontes, viadutos,
túneis, portos, etc);
• Locação de obras;
• Trabalhos de terraplenagem;
• Monitoramento de estruturas;
• Planejamento urbano;
• Irrigação e drenagem;
• Mapeamento Geológico;
• Reflorestamento;
• Etc.
ESCALA
Uma planta é a representação convencional ou digital da configuração da
superfície topográfica. Esta representação consiste em projetarmos esta
superfície, com os detalhes nela existentes, sobre um plano horizontal ou
em arquivos digitais.
Os detalhes representados podem ser:
- Naturais: São os elementos existentes na natureza como os rios,
mares, lagos, montanhas, serras, etc.
- Artificiais: São os elementos criados pelo homem como:
represas, estradas, pontes, edificações, etc.
Esta representação gera dois problemas:
1º) A necessidade de reduzir as proporções dos acidentes à representar, a
fim de tornar possível a representação dos mesmos em um espaço
limitado. Essa proporção é chamada de ESCALA.
2º) Determinados acidentes, não permitem uma redução acentuada, pois
tornar-se-iam imperceptíveis, que por sua importância devem ser
representados. A solução é a utilização de convenções cartográficas.
ESCALA
Escala é definida como a razão ou relação existente entre as
dimensões das linhas de um desenho e as suas homólogas no
terrreno.
Como as linhas do terreno e as do desenho são homólogas, o desenho
que representa o terreno é uma figura semelhante a ele, logo, a razão ou
relação de semelhança é a seguinte:


Onde:
D = comprimento tomado no terreno, que se denomina distância real.
d = comprimento homólogo no desenho, denominado distância prática
ou gráfica.
Duas Figuras semelhantes têm ângulos iguais dois a dois e lados
homólogos proporcionais. Verifica-se portanto, que será sempre possível,
através do desenho geométrico obter-se figuras semelhantes as do
terreno.
ESCALA NUMÉRICA
A escala numérica indica a relação entre o comprimento de uma linha na
planta e o comprimento correspondente no terreno, em forma de fração,
com a unidade no numerador.
ESCALA NUMÉRICA
PRECISÃO GRÁFICA
É a menor grandeza medida no terreno, capaz de ser representada em
desenho (Planta) na mencionada Escala.
A experiência demonstrou que o menor comprimento gráfico que se pode
representar em um desenho é de 1/5 do milímetro ou 0,2 mm, sendo este
o erro admissível.
Fixado esse limite prático, pode-se determinar o erro tolerável nas
medições cujo desenho deve ser feito em determinada escala. O erro de
medição permitido será calculado da seguinte forma:

O erro tolerável, portanto, varia na razão direta do denominador da


escala e inversa da escala, ou seja, quanto menor for a escala, maior será
o erro admissível. Os acidentes cujas dimensões forem menores que o
valor do erro, serão representados por convenções cartográficas.
ESCOLHA DA ESCALA
Da fórmula:

Considerando uma região da superfície da Terra que se queira mapear e


que possua muitos acidentes de 10m de extensão, a menor escala que se
deve adotar para que esses acidentes tenham representação será:

A escala adotada deverá ser igual ou maior que 1:50.000.

Na escala 1:50.000, o erro prático (0,2 mm ou 1/5 mm) corresponde a 10


m no terreno.
ESCALA GRÁFICA
É a representação gráfica de várias distâncias do terreno sobre uma linha
reta graduada.
É constituída de um segmento à direita da referência zero, conhecida
como escala primária e de um segmento à esquerda da origem
denominada de Talão ou escala de fracionamento, que é dividido em sub-
múltiplos da unidade escolhida, graduada da direita para a esquerda.
A Escala Gráfica nos permite realizar as transformações de dimensões
gráficas em dimensões reais sem efetuarmos cálculos. Para sua
construção, entretanto, torna-se necessário o emprego da escala
numérica.
ESCALA GRÁFICA
O seu emprego consiste nas seguintes operações:
1º) Tomamos na planta a distância que pretendemos medir (pode-se usar
um compasso).
2º) Transportamos essa distância para a Escala Gráfica.
3º) Lemos o resultado obtido.
ESCALA DE ÁREA
A escala numérica refere-se à medidas lineares. Ela indica quantas vezes
foi ampliada ou reduzida uma distância.
Quando nos referimos à superfície usamos a escala de área, podendo
indicar quantas vezes foi ampliada ou reduzida uma área.
Enquanto a distância em uma redução linear é indicada pelo
denominador da fração, a área ficará reduzida por um número de vezes
igual ao quadrado do denominador dessa fração.
૚ ࢊ
=
ࡹ૛ ࡰ
CARTOGRAFIA
A palavra CARTOGRAFIA, etmologicamente, significa descrição de
cartas.
Carta - É a representação no plano, em escala média ou grande, dos
aspectos artificiais e naturais de uma área tomada de uma superfície
planetária, subdividida em folhas delimitadas por linhas convencionais -
paralelos e meridianos - com a finalidade de possibilitar a avaliação de
pormenores, com grau de precisão compatível com a escala.
Características:
-Representação plana;
-Escala média ou grande;
-Desdobramento em folhas articuladas de maneira sistemática;
-Limites das folhas constituídos por linhas convencionais,
destinada à avaliação precisa de direções, distâncias e localização de
pontos, áreas e detalhes.
CARTOGRAFIA
É o conjunto de estudos e operações científicas, técnicas e
artísticas que, tendo por base os resultados de observações diretas ou
da análise de documentação, se voltam para a elaboração de mapas,
cartas e outras formas de expressão ou representação de objetos,
elementos, fenômenos e ambientes físicos e sócio-econômico, bem
como a sua utilização. (Associação Cartográfica Internacional – ACI,
1966).
SISTEMAS DE COORDENADAS
Os sistemas de coordenadas são necessários para expressar a posição de
pontos sobre uma superfície, seja ela uma Esfera, um Elipsóide ou um
Plano. É com base em determinado sistema de coordenadas que
descrevemos geometricamente a superfície terrestre nos levantamentos
efetuados.
Para a Esfera e o Elipsóide, usualmente emprega-se um sistema de
coordenadas cartesiano curvilíneo (PARALELOS e MERIDIANOS).
MERIDIANO - Círculo máximo que divide a TERRA em duas
partes iguais. Todos os meridianos se cruzam entre si, em ambos os
pólos. O meridiano principal (origem) é o de GREENWICH (0º).
PARALELO - Círculo que cruza os meridianos com um ângulo
reto. Apenas um é o círculo máximo, o Equador (0º), os outros, tanto no
hemisfério Norte quanto no hemisfério Sul, vão diminuindo de tamanho
a medida que se afasta do Equador, se transformando em cada pólo num
ponto (90º).
MERIDIANO E PARALELO
SISTEMA DE COORDENADAS PLANA

Em um Plano emprega-se um sistema de coordenadas Plano-


retangular, onde as coordenadas cartesianas X e Y é utilizado.
Y

X
COORDENADA GEOGRÁFICA (ESFERA)
LATITUDE GEOGRÁFICA ( ϕ )
É o ângulo formado entre o plano do Equador e a vertical do ponto
considerado, medido sobre o meridiano do lugar. A latitude quando
medida no sentido do pólo Norte é chamada Latitude Norte ou Positiva.
Quando medida no sentido do pólo Sul é chamada Latitude Sul ou
Negativa.
A Latitude varia de:
0º à 90º N ou 0º à + 90º
0º à 90º S ou 0º à - 90º

LONGITUDE GEOGRÁFICA ( λ )
É o ângulo formado entre o meridiano de Greenwich e o meridiano do
ponto considerado, medido sobre o Equador. A Longitude quando é
medida para Oeste de Greenwich, é chamada Longitude Oeste de
Greenwich (W) ou Negativa. Quando é medida para Leste de Greenwich,
é chamada Longitude Leste de Greenwich (E Gr.) ou Positiva.
A Longitude varia de:
0º à 180º W Gr. ou 0º à - 180º
0º à 180º E Gr. ou 0º à + 180º
COORDENADA GEOGRÁFICA – Latitude e Longitude
COORDENADA GEODÉSICA (ELIPSÓIDE)
Modelo matemático que mais se aproxima da forma da Terra é o
Elipsóide de Revolução, que é uma figura geométrica formada pela
rotação de uma Elipse, em torno do seu eixo menor, formando assim um
volume.
É a superfície de referência utilizada nos cálculos que fornecem
subsídios para a elaboração de uma representação cartográfica.
COORDENADA GEODÉSICA

Elipsóide de Revolução

Parâmetros do Elipsóide:
a = Semi-eixo maior (Equatorial)
b = Semi-eixo menor (Polar)
f = Achamento
௔ି௕
݂=

COORDENADA GEODÉSICA

LATITUDE GEODÉSICA ( ϕ )
É o ângulo formado pela normal ao elipsóide e o plano do Equador,
medido sobre o meridiano do lugar.
A Latitude Geodésica varia de:
0º à 90º N ou 0º à + 90º
0º à 90º S ou 0º à - 90º

LONGITUDE GEODÉSICA ( λ )
É o ângulo formado pelo plano meridiano do lugar e o plano Meridiano
de Greenwich, tomado como origem, medido sobre o Equador.
A Longitude Geodésica varia de:
0º à 180º W Gr. ou 0º à - 180º
0º à 180º E Gr. ou 0º à + 180º
COORDENADA GEODÉSICA
DATUM HORIZONTAL OU PLANIMÉTRICO
Em geral, cada país ou grupo de países adota um Elipsóide como
referência para os trabalhos geodésicos e topográficos, que mais se
aproxima do Geóide na região considerada.
DATUM HORIZONTAL OU PLANIMÉTRICO
A forma e o tamanho do Elipsóide, bem como sua posição relativa ao
Geóide, define um sistema geodésico (designado por Datum Horizontal
ou Planimétrico).

O Datum Horizontal oficial do Brasil é o SIRGAS 2000 (Sistema de


Referência Geocêntrico para as Américas 2000).
Parâmetros do SIRGAS 2000:
Elipsóide GRS-80 (Geodetic Reference System de 1980)
Definido por:
a (semi-eixo maior) = 6.378.137,0000m
b (semi-eixo menor) = 6.356.752,31414m
f (achatamento) = 1/298,257222101
DATA HORIZONTAL OU PLANIMÉTRICO UTILIZADOS NO
BRASIL

• SAD-69 (South American Datum)


• WGS-84 (World Geodetic System)
PROJEÇÕES CARTOGRÁFICAS
AS PROJEÇÕES CARTOGRÁFICAS PODEM SER
CLASSIFICADAS QUANTO:
MÉTODO
Geométrica
Analítica
SUPERFÍCIE DE PROJEÇÃO
Plana
Cônica
Cilíndrica
Poli-Superficial
PROPRIEDADE
Equidistante
Conforme
Equivalente
Afilática
TIPO DE CONTATO
Tangente
Secante
PROJEÇÕES CARTOGRÁFICAS

QUANTO AO MÉTODO

Geométrica – Baseia-se em princípios geométricos projetivos.


Podem ser obtidos pela interseção, sobre a superfície de projeção, do
feixe de retas que passa por pontos da superfície de referência partindo
de um centro perspectivo (ponto de vista).

Analítica – Baseia-se em formulação matemática obtida com o


objetivo de atender condições previamente estabelecida (maioria das
projeções).
PROJEÇÕES CARTOGRÁFICAS

QUANTO À SUPERFÍCIE DE PROJEÇÃO


Plana - Este tipo de superfície pode assumir três posições básicas
em relação a superfície de referência: Polar ou Azimutal, Equatorial e
Horizontal (Oblíqua).
Cônica - Embora não seja superfície plana, já que a superfície de
projeção é o cone, ela pode ser desenvolvida em um plano sem que haja
distorções. A sua posição em relação à superfície de referência pode ser:
Normal, Transversal e Horizontal (Oblíqua).
Cilíndrica - A superfície de projeção utilizada é o cilindro, que
pode ser desenvolvida em um plano, suas possíveis posições em relação
a superfície de referência podem ser: Equatorial, Transversal e
Horizontal (Oblíqua).
Poli-Superficial – Se caracteriza pelo emprego de mais do que
uma superfície de projeção, para aumentar a superfície de contato com a
superfície de referência, diminuindo as deformações. Podem ser do tipo:
Plano - Poliédrica, Cone – Policônica ou Cilindro - Policilíndrica.
PROJEÇÕES CARTOGRÁFICAS
PROJEÇÕES CARTOGRÁFICAS

Projeção Cônica Projeção Cilíndrica Projeção Plana Polar


Normal Equatorial
PROJEÇÕES CARTOGRÁFICAS

QUANTO ÀS PROPRIEDADES

É impossível desenvolver uma superfície Esférica ou Elipsóidica sobre


um plano, sem que haja deformação. Adota-se na Cartografia algumas
projeções que mantém algumas propriedades, essas projeções podem ser:
Equidistante - Não apresenta deformação linear para algumas
linhas em especial, isto é, os comprimentos são representados em escala
uniforme.
Conforme - Os ângulos de pequenas áreas ou regiões são
preservados, mantendo sua forma.
Equivalente - Não altera as áreas, conservando assim, uma
relação constante com as suas correspondentes na superfície da Terra.
Afiláticas - Não possui nenhuma das propriedades acima.
PROJEÇÕES CARTOGRÁFICAS

QUANTO AO TIPO DE CONTATO ENTRE A SUPERFÍCIE DE


PROJEÇÃO E A DE REFERÊNCIA

Tangente - A superfície de projeção é tangente à de referência


(Plano - um ponto; Cone e Cilindro - uma linha).

Cilíndrica Plana Cônica


PROJEÇÕES CARTOGRÁFICAS

QUANTO AO TIPO DE CONTATO ENTRE A SUPERFÍCIE DE


PROJEÇÃO E A DE REFERÊNCIA

Secante - A superfície de projeção secciona a superfície de


referência (Plano - uma linha; Cone - duas linhas desiguais; Cilindro -
duas linhas iguais).

Plano secante a esfera Cilindro secante a esfera Cone secante a esfera


SISTEMA UNIVERSAL
TRANSVERSO DE MERCATOR
(UTM)
SISTEMA UNIVERSAL TRANSVERSO DE MERCATOR
(UTM)
Utilizado na produção das cartas topográficas do Sistema Cartográfico
Nacional produzidas pelo IBGE e DSG (Diretoria de Serviço Geográfico
do Exército).

PROJEÇÃO CILÍNDRICA TRANSVERSA DE MERCATOR

- Projeção Cilíndrica.
- Conforme.
- Secante.
- Só o Meridiano Central e o Equador são linhas retas.
CARACTERÍSTICAS BÁSICAS DO SISTEMA UTM

1) O mundo é dividido em 60 fusos (CARTA INTERNACIONAL AO


MILIONÉSIMO - CIM) com 6º de amplitude. Os fusos são numerados
de 1 a 60, começando nas coordenadas geográficas 180º a 174º W Gr.
Cada um dos fusos é gerado a partir da rotação do cilindro, de forma que
o meridiano de tangência divide o fuso em duas partes iguais de 3º.

Fuso UTM
CARTA INTERNACIONAL AO MILIONÉSIMO – CIM

Características da CIM:

1º) As letras N ou S, indica se a folha está localizada ao Norte ou a Sul


do Equador.

2º) As letras A até U - associa a um intervalo de 4º de latitude se


desenvolvendo a Norte e a Sul do Equador e se prestam a indicação da
latitude limite da folha.

3º) Os fusos são numerados de 1 a 60.

O Território Brasileiro é coberto por 8 fusos (18 a 25).


CARTA INTERNACIONAL AO MILIONÉSIMO – CIM
CARTA INTERNACIONAL AO MILIONÉSIMO – BR
SF-22 = S (Hemisfério), F (Zona) e 22 (Fuso)

SF-22
CARACTERÍSTICAS BÁSICAS DO SISTEMA UTM

2) O quadriculado UTM está associado ao sistema de coordenadas plano-


retangular, tal que um eixo coincide com a projeção do Meridiano
Central do fuso (eixo N apontando para Norte) e o outro eixo, com o
Equador. Cada ponto do elipsóide de referência (descrito por latitude e
longitude) estará biunivocamente associado ao terno de valores
Meridiano Central (MC), Coordenada E e Coordenada N.
http://www.carto.eng.uerj.br/cgi/index.cgi?x=geo2utm

3) A cada fuso associa-se um sistema cartesiano métrico de referência,


atribuindo à origem do sistema (interseção da linha do Equador com o
meridiano central) as coordenadas 500km, para contagem de
coordenadas ao longo do Equador e 10.000km ou 0 (zero), para
contagem de coordenadas ao longo do meridiano central, para os
hemisfério sul e norte respectivamente. Isto elimina a possibilidade de
ocorrência de valores negativos de coordenadas.
CARACTERÍSTICAS BÁSICAS DO SISTEMA UTM
CARACTERÍSTICAS BÁSICAS DO SISTEMA UTM

4) Fator de escala k0 = 0,9996 no meridiano central do sistema UTM


(cilindro secante), torna-se possível assegurar um padrão mais favorável
de deformação em escala ao longo do fuso.
CARACTERÍSTICAS BÁSICAS DO SISTEMA UTM

5) Cada fuso deve ser prolongado até 30' sobre os fusos adjacentes
criando-se assim uma área de superposição de 1º de largura. Esta área de
superposição serve para facilitar o trabalho de campo em certas
atividades.

6) O sistema UTM é usado entre as latitudes 84º N e 80º S. Além desses


paralelos a projeção adotada mundialmente é a Estereográfica Polar
Universal.

Aplicações:
Indicada para regiões com predominância da direção Norte-Sul e para o
mapeamento topográfico a grande escala.

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