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QUAL A SUA UTILIDADE

PRÁTICA?
TEM RELAÇÃO COM O
MEU DIA A DIA?

O QUE TEM A VER COM


PARA QUE SERVE? O MEU SMARTPHONE?

CARTOGRAFIA
PROFESSOR: ANTONIO CARLOS B. DE SOUZA
CARTOGRAFIA
A necessidade de conhecer onde habitamos, de forma que possamos nos
localizar e, portanto navegar no meio em que vivemos, estimulou o surgimento
e o desenvolvimento da Cartografia. Com a Cartografia somos capazes de
documentar o conhecimento sobre a superfície terrestre.

Define-se Cartografia como sendo:

“A arte de conceber, de levantar, de redigir e de divulgar os mapas.”

“ A arte, a ciência e tecnologia de mapeamento, juntamente com seus estudos


como documentos científicos e trabalhos de arte.”
O QUE É CARTOGRAFIA?
Cartografia é a ciência da produção e estudo de mapas, tradicionalmente feitos
de papel e que, com o aparecimento dos computadores, passaram por uma
verdadeira revolução e estão sendo feitos com softwares próprios:
- Sistemas de Informação Geográfica (SGIs);
- CAD ou software especializado em ilustração para mapas.
A cartografia utiliza-se de estudos e operações científicas, artísticas e técnicas,
que têm como base os resultados de observação.

É possível viver sem


orientação cartográfica?
PRATICIDADE
PRÉ – HISTÓRIA
Necessidade de localização no espaço;
Desenho dos caminhos em pedra ou nas
paredes de cavernas

Nestas representações eram comuns


figuras relativas ao cotidiano dos grupos
primitivos e registro de locais próximos
as localização das tribos.
IDADE ANTIGA
Colaboração dos mesopotâmios: Mapas em disco de
madeira
Colaboração dos gregos: Noção de esfericidade; Sistema
de latitude e longitude; Mapa esférico e em papel.
Mapa-mundo do grego Ptolemeu - Séc II
IDADE MÉDIA

I. Retrocesso técnico;
II. Anulação do conceito de esfericidade;
III. Coordenadas geográficas desaparecem;
IV. Terra representada num disco plano e
circundado de água;
V. Mapas T - O
Mapa digital - Região Metropolitana de Recife

A CARTOGRAFIA HOJE

I. Mapas digitais;
II. Aerofotogrametria (fotografias aéreas);
III. Sensoriamento remoto.
Aerofotogrametria
Sensoriamento Remoto
EVOLUÇÃO DOS MAPAS

• O mapa é uma construção humana de simplificação do espaço real e, como


uma ferramenta de comunicação, possui modos de transmitir as
mensagens/informações que devem ser entendidas por seus elaboradores e
leitores.
• É uma representação parcial da realidade, pois representa uma esfera em um
plano.
• Os elementos que compõem a paisagem geográfica são representados por
pontos, linhas, texturas, cores e textos, também chamados signos, que são
os símbolos próprios da cartografia.
ELEMENTOS DE UM MAPA

• TÍTULO – Mostra a que o mapa se refere.

• CONVENÇÕES CARTOGRÁFICAS – sãos os símbolos ou cores


utilizados no mapa.

• LEGENDA - parte explicativa do mapa.

• ROSA DOS VENTOS – serve para identificarmos a posição correta do


mapa.

• ESCALA - mostra quantas vezes a área real foi reduzida.


TIPOS DE MAPAS
Mapa Político Mapa Rodoviário
Mapa Físico Mapa Temático
PROJEÇÃO CARTOGRÁFICA
• É a forma pela qual uma superfície esférica no caso, a Terra é representada
num plano, ou seja, no mapa.

CÔNICA
PLANA CILÍNDRICA
PROJEÇÕES CARTOGRÁFICAS E VISÃO DE MUNDO

Projeção de Mercator
• Bastante utilizada na navegação
marítima;
• Os paralelos e meridianos são retos e
perpendiculares;
• Quanto mais perto dos pólos (altas
latitudes) maior a deformação;
• Evidencia o Mundo Desenvolvido
• Conserva a forma dos continentes,
portanto é uma Projeção Cilíndrica e
conforme
PROJEÇÃO PLANA OU AZIMUTAL
• O mapa numa projeção azimutal é construído sobre um plano tangente a um
ponto qualquer da esfera terrestre. Este ponto ocupa sempre o centro do mapa;
• É usada para representar as regiões polares e para localizar um país na posição
central;
PROJEÇÃO CILÍNDRICA
• É obtida com a projeção da superfície terrestre, com os paralelos e os
meridianos, sobre um cilindro em que o mapa será desenhado.
PROJEÇÃO CÔNICA
• Um cone imaginário em contato com a esfera é a base para a elaboração do
mapa;
• Os meridianos formam uma rede de linhas retas convergentes nos polos e os
paralelos formam círculos concêntricos.
Projeção de Peters
• Apresentada em 1973 busca uma projeção politicamente mais adequada, na
qual o Terceiro Mundo fosse fortalecido, mostrando seu tamanho real em
relação ao chamado Primeiro Mundo.
• Mantém a dimensão proporcional das terras emersas, portanto é uma
Projeção Cilíndrica e equivalente.
Projeção de Aitoff Projeção de Goode

Projeção descontínua tem a finalidade


Tem formato elíptico é muito
de mostrar a equivalência das massas
utilizada na confecção de
continentais e oceânicas.
planisfério.
Coordenadas Geográficas
Fusos Horários do Brasil
Escalas
• A escala de um mapa constitui a relação entre a dimensão real e a sua
representação no papel e poderá ser apresentada sob duas formas: gráficas e
numéricas.
ESCALAS
Escala é a relação entre a medida de um objeto ou lugar representado no papel e sua medida real, onde a razão
ou relação de semelhança é a seguinte:
E = d
D
D = um comprimento tomado no terreno, que denominar-se-á distância real natural.
d = um comprimento homólogo no desenho, denominado distância prática ou gráfica.
As escalas mais utilizadas são:

Numérica:

Gráfica:
ESCALAS

Observe o mapa ao lado:

Ele mostra que a cada


1 centímetro no mapa a
realidade corresponde a
50 mil centímetros ou
500 metros
ESCALAS
Comparando os mapas A e B, observamos que há maior riqueza de detalhes no mapa B
e sua escala é duas vezes maior do que no mapa A.

Observe, então, que quanto menor for o denominador da escala, maior ela será e mais
detalhes ela nos dará.
Escalas Numéricas

Escala Numérica: Utiliza-se uma fração ordinária cujo


denominador é a dimensão real ou, então, a unidade aparece
separada da dimensão pelo sinal indicativo da divisão (:).

Ex: 1 _ ou 1 : 500.000
500.000
Escalas Gráficas

Escala Gráfica: Utiliza-se uma linha reta dividida em setores, como se fosse
uma régua.

0 10 20 30 40 50 60
|___|___|___|___|___|___|
quilômetros
Todos os problemas que envolvam escalas podem ser
resolvidos com a utilização da fórmula:
E = d_
D
Onde:
E = Escala
d = distância no mapa.
D = distância no terreno ou distância real.
Quanto à grandeza, as escalas podem ser classificadas em:

1) grande escala: até 1: 250.000;

2) média escala: de 1: 250.000 até 1: 1000.000;

3) pequena escala: acima de 1:1.000.000


UNIDADES DE MEDIDA
SENSORIAMENTO REMOTO
Um sistema sensor pode ser definido como qualquer equipamento capaz de transformar alguma
forma de energia em um sinal passível de ser convertido em informação sobre o ambiente. No caso
específico do Sensoriamento Remoto, a energia utilizada é a radiação eletromagnética.
IMAGEM DE SATÉLITE
Observe uma imagem tirada por um satélite:
IMAGENS DE SATÉLITES DE MANAUS
AEROFOTOGRAMETRIA OU
FOTOGRAFIA AÉREA

É a representação do terreno através de fotografias aéreas, as


quais são expostas sucessivamente, ao longo de uma direção
de vôo.

Essa sucessão é feita em intervalo de tempo tal que, entre


duas fotografias, haja uma superposição longitudinal
formando uma faixa.

Alguns pontos do terreno, dentro da zona de recobrimento,


são fotografados várias vezes em ambas as faixas.
AEROFOTOGRAMETRIA OU FOTOGRAFIA AÉREA

Analisando a fotografia aérea, podemos observar que:

- apresenta, em sua porção setentrional, uso do solo


predominantemente urbano, onde se observam
arruamentos e edificações.

- abriga maior população e maior diversidade de


atividades humanas em sua porção nordeste, onde se
verifica o adensamento da malha urbana.

- é revestida, em sua porção central, por cobertura


vegetal relativamente homogênea, haja vista variação
reduzida de texturas e tonalidades.
É POSSÍVEL VIVER SEM ORIENTAÇÃO
CARTOGRÁFICA?
Após os conceitos apreendidos, voltamos à pergunta inicial acima e concluímos que a orientação é um
procedimento fundamental na localização dos lugares.

Orientar-se é ir à procura do oriente, lugar onde o sol nasce. No sentido geográfico é o mesmo que rumo ou
direção.

No mundo de hoje, não podemos mais ficar alheios a todas as formas de orientação, ainda mais que a tecnologia
se encontra presente, amparando e desenvolvendo todos os meios de orientação.

A economia está sendo amplamente interligada à cartografia através do estudo dos fenômenos climáticos,
delineando desmatamentos, queimadas, formas de relevo, processos de sedimentação, de erosão, ocupações
humanas e até fenômenos que não são visíveis a olho nu, como saúde das grandes formações vegetais e
umidade do solo.

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