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APOSTILA DE ELETIVA 2
TURMA:
ALUNO (A):___________________________________________________________
O que é Cartografia?
A Cartografia, que é ao mesmo tempo ciência e arte, é a ciência responsável pela
representação da realidade, contribuindo para a melhor compreensão do mundo.
"A cartografia é a área do conhecimento que se preocupa em estudar, analisar e
produzir mapas, cartogramas, plantas e demais tipos de representações gráficas do espaço.
Trata-se, portanto, de um conjunto de técnicas científicas e até artísticas que visa à
elaboração de documentos que representem de forma reduzida uma determinada
localidade.
Apesar de contar, atualmente, com avançadas técnicas e modernos
equipamentos, essa é uma prática extremamente antiga, pois existe desde que o homem
aprendeu que seria melhor conhecer os lugares desenhando-os em pedaços de rochas. O
mais antigo mapa que se tem notícia tem 4500 anos e provavelmente foi produzido pelos
povos babilônicos. Ele foi produzido em uma placa de argila e representa, provavelmente,
a área do vale do Rio Eufrates.
Com o passar dos tempos, as técnicas cartográficas foram se aprimorando,
principalmente durante o período das grandes navegações, em que os europeus utilizavam
mapas para encontrar novos caminhos marítimos e descobrir novos territórios. Temos aí
a constituição da Cartografia como ciência moderna. A evolução, no entanto, não parou
por aí, de forma que as técnicas cartográficas tornaram-se mais aprimoradas,
especialmente durante períodos de guerra e de grandes revoluções científicas.
No século XX, uma nova era estabeleceu-se na cartografia com o uso de
fotografias aéreas para auxiliar a produção dos mapas, uma técnica denominada por
aerofotogrametria. Pouco tempo depois, a Terceira Revolução Industrial propiciou o
desenvolvimento de procedimentos ainda mais avançados.
Nos dias de hoje, graças aos avanços realizados no âmbito dos meios
informacionais, a produção de mapas conta com complexas técnicas de elaboração e
representação, envolvendo computadores, satélites, softwares e muitos outros
equipamentos."
"Os problemas da cartografia
Representar uma dada realidade física em um plano não é uma tarefa muito
simples, sobretudo quando essa representação envolve todo o globo terrestre. O primeiro
problema está no fato de a Terra apresentar uma forma esférica, o que torna impossível a
sua representação em plano. O segundo problema está no fato de que essa esfera não é
perfeita, possuindo contornos e traços não muito bem definidos.
O primeiro problema foi, de certa forma, resolvido por Karl F. Gauss (1777-
1855), um notável matemático que elaborou o conceito de Geoide, que considera o
formato da Terra sem considerar os continentes, ou seja, apenas imaginando como ela
seria se houvesse apenas os oceanos. Ao longo dos tempos, os cartógrafos foram
avançando nessa ideia e aproximaram-se da forma que atualmente caracteriza os
globos terrestres.
Já o segundo problema é impossível de ser resolvido totalmente. No entanto,
a melhor solução foi a elaboração das chamadas Projeções Cartográficas, em que a
Terra passa a ser representada em um plano de diferentes maneiras, ora distorcendo
as formas dos continentes, ora distorcendo suas áreas e, às vezes, distorcendo ambos.
Existem inúmeras projeções da Terra atualmente, cada uma atendendo a um
determinado interesse ou aspectos da superfície terrestre."
Elementos de um mapa
Os elementos de um mapa são: título, legenda, escala, orientação e projeção
cartográfica. Todos eles ajudam-nos a ler e a compreender as representações que os
mapas possuem.
"São vários os elementos de um mapa, isto é, aqueles itens e símbolos
necessários para que uma mera figura possa ser diferenciada de um verdadeiro mapa
ou cartograma, que é feito com rigor científico para representar uma determinada área
da superfície terrestre. Em geral, os mapas costumam apresentar as seguintes
composições: título, orientação, legenda, escala e projeção cartográfica.
Conceitos básicos
Escala Cartografica
Nos esquemas acima, podemos perceber que cada intervalo entre um número e
outro representa uma distância específica, que é devidamente apontada pela escala. Esse
tipo de escala possui o mérito de aumentar e reduzir juntamente ao mapa. Assim, se eu
transferir um mapa que estava em um papel menor para um pôster grande, a escala
continuará correta, o que não aconteceria com a escala numérica, que, nesse caso, teria
de ser recalculada.
Escala grande, escala pequena... Qual é a diferença?
Imagine que todo mapa é uma visão aérea sobre o determinado espaço. Dessa
forma, para saber se uma escala é grande ou pequena, ou se ela é maior do que outra,
basta entender que a escala nada mais é do que o nível de aproximação da visão aérea do
mapa. Outra forma é observar a escala numérica, lembrando que ela se trata de uma
divisão. Assim, quanto menor for esse denominador, maior será a escala.
Exemplo. Considere essas duas escalas: a) 1:5000; b) 1:10000. A primeira escala
é uma divisão de 1 para cinco mil que, quando calculada, com certeza dará um número
maior que uma divisão de 1 para dez mil. Portanto, a primeira escala é maior do que a
segunda.
Assim, é possível perceber que, quanto maior for a escala, menor será a área
representada no mapa e vice-versa, pois, quanto maior a escala, maior é a aproximação
da visão aérea do local representado. Isso nos permite, por sua vez, um maior nível de
detalhamento das informações, pois quanto mais próximos estamos de um local, mais
detalhes conseguimos visualizar.
Em resumo, a sentença é:
Quanto maior a escala, menor a área representada e maior é o nível de
detalhamento.
Um mapa-múndi possui uma escala muito pequena, com uma área grande
representada e, com certeza, apresentará menos detalhes do que, por exemplo, um mapa
do estado da Bahia, que teria, nesse caso, uma escala grande.
Cálculo da escala
Para calcular a escala, basta lembrar o seu conceito: Escala (E) é a relação
(divisão) entre a área do mapa (d) pela área real (D). Assim:
E= d
D
Assim, para calcular uma escala de um mapa em que dois pontos estão a 5 cm de
distância um do outro, sendo que, no mundo real, eles estão separados por 1000 cm, basta
aplicar a fórmula:
E = 5/1000 → E = 1/200
A escala, nesse caso, é de 1:200 ou um para duzentos."
Conceitos importantes
Coordenadas Geográficas
As coordenadas geográficas servem para descrevermos a localização de
qualquer ponto da superfície terrestre.
Por esse motivo, tudo o que se encontra exatamente sobre a Linha do Equador
possui uma latitude 0º, aumentando à medida que se desloca para o norte e diminuindo à
medida que se desloca para o sul. Assim, as latitudes são a distância em graus de qualquer
ponto da Terra em relação à Linha do Equador. Suas medidas vão de -90º até 90º."
"Da mesma forma acontece com o Meridiano de Greenwich em relação às
longitudes. Tudo que estiver sobre essa linha possui 0º de longitude, aumentando à
medida que nos deslocamos para leste e diminuindo à medida que nos deslocamos para
oeste. Por isso, as longitudes são a distância em graus de qualquer ponto da Terra em
relação ao Meridiano de Greenwich. Suas medidas vão de -180º até 180º.
Diante desse conceito, podemos concluir que as latitudes negativas estão sempre
se referindo a lugares localizados no Hemisfério Sul, também chamado de Austral ou
Meridional. As latitudes positivas, obviamente, referem-se a lugares posicionados no
Hemisfério Norte, também chamado de Boreal ou Setentrional.
Ponto A:
Latitude: -20º ou 20ºS
Longitude: -60º ou 60ºW
Ponto B:
Latitude: -40º ou 40ºS
Longitude: 0º
Ponto C:
Latitude: -20º ou 20ºS
Longitude: 90º ou 90ºE
Ponto D:
Latitude: 0º
Longitude: 0º
Ponto E:
Latitude: 40º ou 40ºN
Longitude: 120º ou 120ºE
Bússola
Bússola é um instrumento muito antigo utilizado nas navegações e para a
orientação. Sua agulha central funciona como um ímã que interage com o campo
magnético da Terra.
"Bússola é um importante instrumento utilizado na orientação no espaço
geográfico. Com a bússola podemos encontrar as direções para nos deslocarmos pela
superfície terrestre e também conhecer a posição relativa de um referencial. Ela é formada
por uma agulha magnética, que fica apoiada sobre um eixo central e aponta sempre para
o norte geográfico. Em sua base fica a rosa dos ventos, que nos auxilia na identificação
dos pontos cardeais, colaterais e subcolaterais."
É utilizada nos deslocamentos pela superfície e para encontrar direções, bem como
conhecer a posição de determinado ponto com relação a um referencial.
No seu centro fica uma agulha magnética, que funciona como um ímã e aponta
sempre para o polo norte geográfico da Terra.
Características da bússola
A bússola é um instrumento de orientação na superfície terrestre que tem como
um de seus principais elementos a agulha magnética ou imantada. Essa agulha está
posicionada na parte central da bússola, apoiada em um eixo de equilíbrio, sobre o qual
ela se movimenta guiada pelos polos magnéticos do planeta Terra.
Circundando a rosa dos ventos, algumas bússolas apresentam também uma escala
em graus que vai de 0 a 360º, completando o círculo, denominada disco de leitura. Ela é
utilizada na identificação do azimute, que consiste na distância em graus entre um
determinado ponto e o norte.
Envolvendo a bússola, está uma pequena caixa circular (cápsula), coberta por uma
camada de vidro, que auxilia na proteção da agulha e evita que ela seja desmagnetizada
ou sofra interferência de objetos externos compostos por elementos como o ferro, ou
ainda de fios de alta-tensão, por exemplo."
"História da bússola
Os registros históricos encontrados entre os séculos X e XII indicam que a criação
da primeira bússola aconteceu na China, ao final do século I d.C. Ela recebeu o nome de
Si Nan e era composta por um instrumento central no formato de colher, cuja extremidade
não abaulada apontava para o polo sul geográfico do planeta."
"Esse objeto era feito de magnetita, um minério conhecido pelas suas propriedades
magnéticas naturais. A base sobre a qual ela se apoiava tinha formato quadrangular e
representava o planeta Terra, enquanto o círculo central representava o céu.
Posteriormente, os chineses substituíram a colher por hastes.
Algum tempo mais tarde, os chineses começaram a utilizar esse instrumento para
a navegação. Concomitantemente, o mesmo aconteceu com os árabes, que construíram a
bússola com uma base de água. A complementação da bússola com o acréscimo da rosa
dos ventos em sua base foi feita pelo navegador italiano Flavio Gioia, no ano de 1302,
difundindo o seu uso nas viagens de longa distância.
Atividade 1 – ESCALA
QUESTÃO 1 -Considerando que a distância real entre Yokohama e Fukushima, duas
importantes localidades, onde serão realizadas competições dos Jogos Olímpicos de
Verão 2020 é de 270 quilômetros, em um mapa, na escala de 1:1.500.000, essa distância
seria de:
a) 1,8 cm
b) 40,5 cm
c) 18 cm
d) 4,05 cm
QUESTÃO 2 -Escala gráfica, segundo Vesentini e Vlach (1996, p. 50), "é aquela que
expressa diretamente os valores da realidade mapeada num gráfico situado na parte
inferior de um mapa". Nesse sentido, considerando que a escala de um mapa está
representada como 1:25000 e que duas cidades, A e B, nesse mapa, estão distantes, entre
si, 5 cm, a distância real entre essas cidades é de:
a) 25.000 m
b) 1.250 m
c) 12.500 m
d) 500 m
e) 250 m
QUESTÃO 3 -INSTRUÇÃO: Imagine que você tem diante de si dois mapas que
representam a área urbana do Município de Porto Alegre, de acordo com as escalas
seguintes:
• Mapa 1 – escala 1:50.000
• Mapa 2 – escala 1:1.000.000
a) Em ambos os mapas ocorre uma representação rica em detalhes, o que facilita a leitura
dos elementos urbanos que constituem a cidade.
b) A escala do mapa 1 é mais recomendada para planisférios que fazem parte de atlas
escolares.
c) Um mapa na escala 1:500 possibilita a representação da área urbana de Porto Alegre
com mais detalhes que os mapas 1 e 2.
d) O mapa 2, por ser maior que o mapa 1, é mais favorável à representação de detalhes
que este último.
e)A riqueza de detalhes que um mapa pode representar não depende da escala, e sim da
qualidade da legenda.
QUESTÃO 1- Criada em 1884, essa linha imaginária foi fruto de uma convenção para
designar a “hora inicial”, o ponto a partir do qual se medem os fusos horários e as
coordenadas geográficas. Dessa forma, tudo o que se encontra a leste de sua localização
tem horas e longitudes positivas e, consequentemente, tudo o que se encontra a oeste tem
horas e longitudes negativas.
a) à Linha do Equador
c) ao Trópico de Câncer
e) ao Meridiano de Greenwich