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CEEM.

ROSA ALVAREZ REBELO


PROF. ROBSON LEOCADIO DA SILVA

APOSTILA DE ELETIVA 2

TURMA:

ALUNO (A):___________________________________________________________

SENADOR JOSÉ PORFÍRIO-PA


2023
Histórico da cartografia convencional

Acredita-se que, antes mesmo do descobrimento do fogo, o homem já sentia


necessidade de registrar alguns de seus feitos como caçadas, guerras e lugares por
onde passou. A partir desta necessidade surgiram os primeiros e primitivos mapas,
orientados por acidentes naturais: rios lagos, despenhadeiros, entre outros.
O mapa mais antigo que se tem notícia é o de Ga-Sur, feito na Babilônia.Era
um tablete de argila cozida de 7cmx8cm, datado de aproximadamente2400 a
2200 a.C. Representa um vale, presumidamente, o do roio Eufrates.
Atualmente, com a divulgação da tecnologia de geoprocessamento e com a
proliferação dos SIGs (Sistemas de Informações Geográficas) no mercado de
trabalho, a cartografia vem sofrendo profundas modificações, sobretudo na aquisição
e manipulação de dados e confecção de mapas.

O que é Cartografia?
A Cartografia, que é ao mesmo tempo ciência e arte, é a ciência responsável pela
representação da realidade, contribuindo para a melhor compreensão do mundo.
"A cartografia é a área do conhecimento que se preocupa em estudar, analisar e
produzir mapas, cartogramas, plantas e demais tipos de representações gráficas do espaço.
Trata-se, portanto, de um conjunto de técnicas científicas e até artísticas que visa à
elaboração de documentos que representem de forma reduzida uma determinada
localidade.
Apesar de contar, atualmente, com avançadas técnicas e modernos
equipamentos, essa é uma prática extremamente antiga, pois existe desde que o homem
aprendeu que seria melhor conhecer os lugares desenhando-os em pedaços de rochas. O
mais antigo mapa que se tem notícia tem 4500 anos e provavelmente foi produzido pelos
povos babilônicos. Ele foi produzido em uma placa de argila e representa, provavelmente,
a área do vale do Rio Eufrates.
Com o passar dos tempos, as técnicas cartográficas foram se aprimorando,
principalmente durante o período das grandes navegações, em que os europeus utilizavam
mapas para encontrar novos caminhos marítimos e descobrir novos territórios. Temos aí
a constituição da Cartografia como ciência moderna. A evolução, no entanto, não parou
por aí, de forma que as técnicas cartográficas tornaram-se mais aprimoradas,
especialmente durante períodos de guerra e de grandes revoluções científicas.
No século XX, uma nova era estabeleceu-se na cartografia com o uso de
fotografias aéreas para auxiliar a produção dos mapas, uma técnica denominada por
aerofotogrametria. Pouco tempo depois, a Terceira Revolução Industrial propiciou o
desenvolvimento de procedimentos ainda mais avançados.
Nos dias de hoje, graças aos avanços realizados no âmbito dos meios
informacionais, a produção de mapas conta com complexas técnicas de elaboração e
representação, envolvendo computadores, satélites, softwares e muitos outros
equipamentos."
"Os problemas da cartografia
Representar uma dada realidade física em um plano não é uma tarefa muito
simples, sobretudo quando essa representação envolve todo o globo terrestre. O primeiro
problema está no fato de a Terra apresentar uma forma esférica, o que torna impossível a
sua representação em plano. O segundo problema está no fato de que essa esfera não é
perfeita, possuindo contornos e traços não muito bem definidos.
O primeiro problema foi, de certa forma, resolvido por Karl F. Gauss (1777-
1855), um notável matemático que elaborou o conceito de Geoide, que considera o
formato da Terra sem considerar os continentes, ou seja, apenas imaginando como ela
seria se houvesse apenas os oceanos. Ao longo dos tempos, os cartógrafos foram
avançando nessa ideia e aproximaram-se da forma que atualmente caracteriza os
globos terrestres.
Já o segundo problema é impossível de ser resolvido totalmente. No entanto,
a melhor solução foi a elaboração das chamadas Projeções Cartográficas, em que a
Terra passa a ser representada em um plano de diferentes maneiras, ora distorcendo
as formas dos continentes, ora distorcendo suas áreas e, às vezes, distorcendo ambos.
Existem inúmeras projeções da Terra atualmente, cada uma atendendo a um
determinado interesse ou aspectos da superfície terrestre."

Elementos de um mapa
Os elementos de um mapa são: título, legenda, escala, orientação e projeção
cartográfica. Todos eles ajudam-nos a ler e a compreender as representações que os
mapas possuem.
"São vários os elementos de um mapa, isto é, aqueles itens e símbolos
necessários para que uma mera figura possa ser diferenciada de um verdadeiro mapa
ou cartograma, que é feito com rigor científico para representar uma determinada área
da superfície terrestre. Em geral, os mapas costumam apresentar as seguintes
composições: título, orientação, legenda, escala e projeção cartográfica.

Esses são elementos obrigatórios de um mapa, embora nem sempre estejam


presentes em todos os mapas que vemos por aí. De toda forma, para melhor
interpretarmos as informações cartográficas, é preciso conhecer esses instrumentos,
procurando saber o que eles são, o que indicam e quais são as suas funções no
processo de comunicação, haja vista que os mapas também são formas de linguagem.

Observemos, no mapa a seguir, como se apresentam as diferentes partes de


um mapa:
Título: O título, que por vezes vem acompanhado de um subtítulo, é o
indicador do tema retratado, quando se trata de um mapa temático. Em mapas
históricos, o título também costuma indicar o ano ou período do espaço representado.
Para que se faça uma correta leitura de qualquer cartograma, a primeira coisa a se
fazer é sempre ler o título e compreender o que ele indica.

Legenda: As legendas são os significados dos símbolos existentes nos mapas.


Esses símbolos podem apresentar-se em forma de cores, ícones, hachuras, pontos,
linhas e outros. Alguns desses símbolos apresentam padronizações, como o azul para
representar a água; o verde, para as florestas e áreas verdes, linhas com traços para
representar ferrovias; aviões para representar aeroportos, entre outros inúmeros
exemplos."
"Escala: indica a relação matemática entre o espaço real e a representação
desse espaço no mapa. Ela, portanto, aponta a quantidade de vezes que uma área teve
de ser reduzida para caber no local em que o mapa está representado. As escalas
podem ser gráficas ou numéricas (ambas presentes no exemplo acima). A escala
numérica apresenta-se em números de uma divisão, e a escala gráfica apresenta-se
conforme uma representação de linhas e traços.
Orientação: é importante no sentido de apontar a direção do mapa, indicando-
nos para que lado fica o norte e, consequentemente, os demais pontos cardeais. Ela
pode apresentar-se com uma rosa dos ventos completa ou apenas com uma seta
indicando o norte geográfico. A importância da orientação se dá, principalmente, em
mapas que representam áreas muito restritas, quando não conseguimos perceber
facilmente para que lado o mapa está apontando.
Projeção cartográfica: indica a técnica que foi empregada para fazer o mapa.
Como sabemos, as projeções cartográficas são as diferentes formas de representar o
globo terrestre (que é geoide, quase esférico) em um plano. Como essa representação
apresenta distorções, se sabemos qual foi a projeção utilizada em um determinado
mapa, conseguimos ter uma melhor noção sobre elas."

Conceitos básicos

a) Conceito de mapa: apresentação ou abstração da realidade geográfica.


Ferramenta para apresentação da informação geográfica nas modalidades
visual, digital e táctil.
b) Cartografia: é a arte de levantamento, construção e edição de mapas e cartas
de qualquer natureza.
c) Escala: A escala de um mapa é a relação constante que existe entre as
distâncias lineares medidas sobre o mapa e as distâncias lineares
correspondentes, medidas sobre o terreno. As escalas podem ser:

➢ numérica: normalmente é expressa por uma fração cujo numerador é a


medida no mapa e denominador a medida correspondente no terreno,
mantendo-se a mesma unidade. A escala de um mapa será, portanto, tanto
menor quanto maior for o denominador da referida fração ou vice-versa
(Por exemplo: a escala 1:50000 é maior que a escala 1:100000). Assim a
escala 1:50000 significa que:
• 1 cm na carta corresponde a 50000 cm (500 m ou 0,5 km) no terreno;
• 1 mm na carta corresponde a 50000 mm (50 m) no terreno.
➢ Gráfica: é um ábaco formado por uma linha graduada, dividida em partes
iguais, cada uma delas representando a unidade de comprimento escolhida para
o terreno ou um dos seus múltiplos (Figura 1).

Figura 1. A escala gráfica.

Escala Cartografica

A escala cartografica é fundamental para entendermos a proporção entre o


tamnaho real e a representação no mapa.
"A escala cartográfica é um importante elemento presente nos mapas, sendo
utilizada para representar a relação de proporção entre a área real e a sua representação.
É a escala que indica o quanto um determinado espaço geográfico foi reduzido para
“caber” no local em que ele foi confeccionado em forma de material gráfico.
Sabemos que os mapas são reproduções reduzidas de uma determinada área. Mas
essa redução não ocorre de forma aleatória, e sim de maneira proporcional, ou seja,
resguardando uma relação entre as medidas originais e suas representações. A expressão
numérica dessa proporção é a escala.
Por exemplo: se uma escala de um determinado mapa é 1:500, significa que cada
centímetro do mapa representa 500 centímetros do espaço real. Consequentemente, essa
proporção é de 1 por 500.
Existem, dessa forma, dois tipos de escala, isto é, duas formas diferentes de
representá-la: a escala numérica e a escala gráfica. A numérica, como o próprio nome
sugere, é utilizada basicamente por números; já a gráfica utiliza-se de uma
esquematização.
A escala numérica representa em forma de fração a proporção da escala, havendo,
dessa maneira, o seu numerador e o seu denominador. Confira:
No esquema acima, podemos notar que o numerador representa a área do mapa e
o denominador a área real. Convém, geralmente, deixar o numerador sempre como 1, para
assim sabermos quanto cada unidade do mapa equivale. Quando ela não possui a medida
indicada (cm, m, km) em sua notação, significa, por convenção, que ela está em
centímetros. Caso contrário, essa unidade de medida precisa ser apontada."
"Já a escala gráfica representa diretamente o espaço relacional e suas medidas.

Nos esquemas acima, podemos perceber que cada intervalo entre um número e
outro representa uma distância específica, que é devidamente apontada pela escala. Esse
tipo de escala possui o mérito de aumentar e reduzir juntamente ao mapa. Assim, se eu
transferir um mapa que estava em um papel menor para um pôster grande, a escala
continuará correta, o que não aconteceria com a escala numérica, que, nesse caso, teria
de ser recalculada.
Escala grande, escala pequena... Qual é a diferença?
Imagine que todo mapa é uma visão aérea sobre o determinado espaço. Dessa
forma, para saber se uma escala é grande ou pequena, ou se ela é maior do que outra,
basta entender que a escala nada mais é do que o nível de aproximação da visão aérea do
mapa. Outra forma é observar a escala numérica, lembrando que ela se trata de uma
divisão. Assim, quanto menor for esse denominador, maior será a escala.
Exemplo. Considere essas duas escalas: a) 1:5000; b) 1:10000. A primeira escala
é uma divisão de 1 para cinco mil que, quando calculada, com certeza dará um número
maior que uma divisão de 1 para dez mil. Portanto, a primeira escala é maior do que a
segunda.
Assim, é possível perceber que, quanto maior for a escala, menor será a área
representada no mapa e vice-versa, pois, quanto maior a escala, maior é a aproximação
da visão aérea do local representado. Isso nos permite, por sua vez, um maior nível de
detalhamento das informações, pois quanto mais próximos estamos de um local, mais
detalhes conseguimos visualizar.
Em resumo, a sentença é:
Quanto maior a escala, menor a área representada e maior é o nível de
detalhamento.
Um mapa-múndi possui uma escala muito pequena, com uma área grande
representada e, com certeza, apresentará menos detalhes do que, por exemplo, um mapa
do estado da Bahia, que teria, nesse caso, uma escala grande.
Cálculo da escala
Para calcular a escala, basta lembrar o seu conceito: Escala (E) é a relação
(divisão) entre a área do mapa (d) pela área real (D). Assim:
E= d
D

Assim, para calcular uma escala de um mapa em que dois pontos estão a 5 cm de
distância um do outro, sendo que, no mundo real, eles estão separados por 1000 cm, basta
aplicar a fórmula:
E = 5/1000 → E = 1/200
A escala, nesse caso, é de 1:200 ou um para duzentos."

Conceitos importantes

a) Meridianos: são círculos máximos que, em conseqüência, cortam a Terra em


duas partes iguais de pólo a pólo. Sendo assim, todo os meridianos se cruzam
entre si em ambos os pólos. O meridiano de origem é o de Greenwich (0o);
b) Paralelos: são círculos que cruzam os meridianos perpendicularmente, isto é,
em ângulos retos. Apenas um é um círculo máximo, o Equador (0o);
c) Latitude ( ): é o arco contado sobre o meridiano do lugar e que vai do
Equador até o lugar considerado. Sua variação é de:
➢ 0o à 90o N ou 0o à +90o ;
➢ 0o à 90o S ou 0o à -90o ;
d) Longitude ( ): é o arco contado sobre o equador e que vai de
Greenwich até o meridiano do referido lugar. A Longitude pode ser
contada no sentido Oeste, quando é chamada Longitude Oeste de
Greenwich (W Gr.) ou negativa. Se contada no sentido Este, é
chamada Longitude Este de Greenwich (W Gr.) ou positiva. Sua
variação é a seguinte:
➢ 0o à 180o W Gr. ou 0o à -180o;
➢ 0o à 180o E Gr. ou 0o à +180o;

Coordenadas Geográficas
As coordenadas geográficas servem para descrevermos a localização de
qualquer ponto da superfície terrestre.

"As Coordenadas Geográficas formam um sistema de localização que se estrutura


através de linhas imaginárias, traçadas paralelamente entre si nos sentidos norte-sul e
leste-oeste, medidas em graus. Com a combinação dessas linhas, criam-se “endereços”
específicos para cada ponto do mundo, permitindo a sua identificação precisa.

Essas linhas imaginárias são chamadas de paralelos e meridianos, e suas medidas


em graus são, respectivamente, as latitudes e as longitudes. Os paralelos cortam a Terra
horizontalmente, no sentido leste-oeste, enquanto os meridianos cortam a Terra
verticalmente. A junção dessas linhas é o fator responsável pela existência das
coordenadas geográficas.

O principal paralelo é a Linha do Equador, pois representa a faixa da Terra que se


encontra a uma igual distância dos polos norte e sul. Já o principal meridiano é o de
Greenwich e foi escolhido a partir de uma convenção, realizada na cidade de Washington
D.C., nos Estados Unidos, no ano de 1884. Essas duas linhas representam o marco inicial
da contagem das latitudes e das longitudes.

Por esse motivo, tudo o que se encontra exatamente sobre a Linha do Equador
possui uma latitude 0º, aumentando à medida que se desloca para o norte e diminuindo à
medida que se desloca para o sul. Assim, as latitudes são a distância em graus de qualquer
ponto da Terra em relação à Linha do Equador. Suas medidas vão de -90º até 90º."
"Da mesma forma acontece com o Meridiano de Greenwich em relação às
longitudes. Tudo que estiver sobre essa linha possui 0º de longitude, aumentando à
medida que nos deslocamos para leste e diminuindo à medida que nos deslocamos para
oeste. Por isso, as longitudes são a distância em graus de qualquer ponto da Terra em
relação ao Meridiano de Greenwich. Suas medidas vão de -180º até 180º.

Observação: É a partir das longitudes que são traçados os fusos horários.

Diante desse conceito, podemos concluir que as latitudes negativas estão sempre
se referindo a lugares localizados no Hemisfério Sul, também chamado de Austral ou
Meridional. As latitudes positivas, obviamente, referem-se a lugares posicionados no
Hemisfério Norte, também chamado de Boreal ou Setentrional.

Já as longitudes negativas fazem referência a pontos posicionados no Hemisfério


Oeste ou Ocidental, enquanto as longitudes positivas são relativas a pontos localizados
no Hemisfério Leste ou Oriental.

O mapa a seguir fornece as coordenadas geográficas globais estabelecidas a partir


da combinação das latitudes e das longitudes.

As coordenadas geográficas permitem a localização dos diferentes pontos no


mapa
Acima, temos a representação de cinco pontos diferentes. Observando as suas
latitudes e longitudes, podemos, então, descrever as coordenadas geográficas de cada um
deles, indicando os seus hemisférios (Norte: N. Sul: S. Leste: E. Oeste: W).

Ponto A:
Latitude: -20º ou 20ºS
Longitude: -60º ou 60ºW

Ponto B:
Latitude: -40º ou 40ºS
Longitude: 0º

Ponto C:
Latitude: -20º ou 20ºS
Longitude: 90º ou 90ºE

Ponto D:
Latitude: 0º
Longitude: 0º

Ponto E:
Latitude: 40º ou 40ºN
Longitude: 120º ou 120ºE

Observe que todos os pontos da superfície localizam-se em pelo menos dois


hemisférios. O território brasileiro, nesse caso, encontra-se em três hemisférios: uma
pequena parte no norte, uma grande parte no sul e todo ele no oeste."

Bússola
Bússola é um instrumento muito antigo utilizado nas navegações e para a
orientação. Sua agulha central funciona como um ímã que interage com o campo
magnético da Terra.
"Bússola é um importante instrumento utilizado na orientação no espaço
geográfico. Com a bússola podemos encontrar as direções para nos deslocarmos pela
superfície terrestre e também conhecer a posição relativa de um referencial. Ela é formada
por uma agulha magnética, que fica apoiada sobre um eixo central e aponta sempre para
o norte geográfico. Em sua base fica a rosa dos ventos, que nos auxilia na identificação
dos pontos cardeais, colaterais e subcolaterais."

"A bússola é um instrumento de orientação no espaço geográfico.

É utilizada nos deslocamentos pela superfície e para encontrar direções, bem como
conhecer a posição de determinado ponto com relação a um referencial.

No seu centro fica uma agulha magnética, que funciona como um ímã e aponta
sempre para o polo norte geográfico da Terra.

Foi desenvolvida pelos chineses, no século I da era atual, e aperfeiçoada à medida


que seu uso foi difundido e incorporado às viagens de longa distância.

Características da bússola
A bússola é um instrumento de orientação na superfície terrestre que tem como
um de seus principais elementos a agulha magnética ou imantada. Essa agulha está
posicionada na parte central da bússola, apoiada em um eixo de equilíbrio, sobre o qual
ela se movimenta guiada pelos polos magnéticos do planeta Terra.

A estrutura descrita se fixa em uma superfície plana, na posição horizontal, onde


fica o desenho da rosa dos ventos, figura que consiste na representação gráfica dos pontos
cardeais, colaterais e subcolaterais. Com a agulha magnética, a rosa dos ventos nos auxilia
na identificação das direções com maior facilidade e precisão.

Circundando a rosa dos ventos, algumas bússolas apresentam também uma escala
em graus que vai de 0 a 360º, completando o círculo, denominada disco de leitura. Ela é
utilizada na identificação do azimute, que consiste na distância em graus entre um
determinado ponto e o norte.

Envolvendo a bússola, está uma pequena caixa circular (cápsula), coberta por uma
camada de vidro, que auxilia na proteção da agulha e evita que ela seja desmagnetizada
ou sofra interferência de objetos externos compostos por elementos como o ferro, ou
ainda de fios de alta-tensão, por exemplo."

"Para que serve a bússola?


A bússola funciona como um instrumento de localização e orientação no espaço
geográfico. A agulha magnetizada aponta sempre para o norte, e, com base nessa
informação, é possível identificar a posição dos demais pontos de referência. Dessa
forma, a leitura da bússola permite não somente realizar deslocamentos de um ponto A
até um ponto B, mas também conhecer a posição de determinado objeto, local ou pessoa
com relação a um referencial. Para que esse processo seja mais preciso, é comum a
utilização combinada de uma bússola e um mapa do local onde nos encontramos ou que
se deseja explorar."
"Como funciona a bússola?
O principal mecanismo da bússola é a sua agulha magnetizada, que funciona como
um ímã. Esse pequeno ímã interage com o campo magnético do planeta Terra, formado
em decorrência da composição interna do planeta, e faz com que ele próprio se comporte
como um ímã gigante. O polo norte magnético se encontra próximo do polo sul geográfico
do planeta, enquanto o polo sul magnético fica perto do polo norte geográfico."

"Pelo princípio do magnetismo, polos iguais se repelem, enquanto polos diferentes


exercem atração. Não é diferente quando se trata das bússolas. O polo norte da bússola,
comumente representado como uma seta na cor vermelha, aponta para o polo sul
magnético da Terra. Tratando-se dos pontos cardeais, portanto, ele está indicando a
posição do norte geográfico do planeta.

Na medida em que caminhamos ou deslocamos a bússola, a agulha oscila e se


move em busca da posição de equilíbrio novamente, apontando sempre para o norte
geográfico. É importante, por essa razão, que o instrumento esteja sempre na posição
horizontal, sem qualquer inclinação."

"História da bússola
Os registros históricos encontrados entre os séculos X e XII indicam que a criação
da primeira bússola aconteceu na China, ao final do século I d.C. Ela recebeu o nome de
Si Nan e era composta por um instrumento central no formato de colher, cuja extremidade
não abaulada apontava para o polo sul geográfico do planeta."

"Esse objeto era feito de magnetita, um minério conhecido pelas suas propriedades
magnéticas naturais. A base sobre a qual ela se apoiava tinha formato quadrangular e
representava o planeta Terra, enquanto o círculo central representava o céu.
Posteriormente, os chineses substituíram a colher por hastes.

Algum tempo mais tarde, os chineses começaram a utilizar esse instrumento para
a navegação. Concomitantemente, o mesmo aconteceu com os árabes, que construíram a
bússola com uma base de água. A complementação da bússola com o acréscimo da rosa
dos ventos em sua base foi feita pelo navegador italiano Flavio Gioia, no ano de 1302,
difundindo o seu uso nas viagens de longa distância.

Em meados do século XVI, o cartógrafo português d. João de Castro percebeu a


interferência externa de objetos metálicos no comportamento da agulha, levantando assim
à necessidade de se isolar essa estrutura com a utilização de um envolto protetor.

As bússolas dividem espaço atualmente com aplicativos de localização e outros


instrumentos modernos de navegação, como o GPS. Elas, no entanto, não perderam a sua
importância e continuam a representar uma das principais ferramentas já inventadas de
orientação no espaço geográfico."

GPS – Sistema de Posicionamento Global

O aparelho de GPS é um sistema de navegação que permite encontrar localizações


geográficas.
"O GPS (Sistema de Posicionamento Global) é formado por três segmentos: o
espacial, de controle e utilizador.
O espacial é composto por 24 satélites distribuídos em seis planos orbitais. O
segmento de controle é responsável pelo monitoramento das órbitas dos satélites. Por fim,
o segmento do utilizador é o receptor GPS, responsável pela captação dos sinais
fornecidos pelos satélites.
Esse sistema de navegação permite, através de satélites artificiais, a obtenção de
informações sobre a localização geográfica em qualquer lugar da superfície terrestre e em
qualquer hora do dia.
A localização geográfica ocorre em razão da emissão de rádio dos satélites, que
são captadas por receptores GPS na Terra, onde são decodificadas as informações e
fornecidos a latitude, longitude e altitude.
Na história da humanidade sempre foram utilizadas técnicas de localização,
muitas delas através de fatores naturais como estrelas, sol, vento, formações rochosas,
entre outras. No entanto, o Sistema de Posicionamento Global apresenta extrema eficácia
na obtenção de informações referentes à localização e orientação geográfica. Proporciona
a posição geográfica em qualquer ponto do planeta."
"O Sistema de Posicionamento Global é um programa que foi desenvolvido pelo
Departamento de Defesa dos Estados Unidos, com o custo aproximado de 10 bilhões de
dólares. O primeiro receptor foi testado em 1982. O objetivo era de que esse se tornasse
o principal sistema de navegação das forças armadas estadunidense.
Atualmente existem dois sistemas de posicionamento por Satélite em pleno
funcionamento, o GPS desenvolvido e mantido pelos Estados Unidos e o Glonass,
desenvolvido na Rússia. A China está desenvolvendo um sistema denominado Compass.
Outro sistema em fase de implantação é o Galileo europeu.
O desenvolvimento de outros sistemas de posicionamento por satélites é de
fundamental importância para os usuários, pois o GPS, tecnologia desenvolvida e
controlada pelo Departamento de Defesa dos Estados Unidos, limita informações
destinadas aos civis, e, em caso de guerras envolvendo esse país, a emissão de sinal pode
ser ainda mais restrita."
ATIVIDADES

Atividade 1 – ESCALA
QUESTÃO 1 -Considerando que a distância real entre Yokohama e Fukushima, duas
importantes localidades, onde serão realizadas competições dos Jogos Olímpicos de
Verão 2020 é de 270 quilômetros, em um mapa, na escala de 1:1.500.000, essa distância
seria de:
a) 1,8 cm
b) 40,5 cm
c) 18 cm
d) 4,05 cm
QUESTÃO 2 -Escala gráfica, segundo Vesentini e Vlach (1996, p. 50), "é aquela que
expressa diretamente os valores da realidade mapeada num gráfico situado na parte
inferior de um mapa". Nesse sentido, considerando que a escala de um mapa está
representada como 1:25000 e que duas cidades, A e B, nesse mapa, estão distantes, entre
si, 5 cm, a distância real entre essas cidades é de:
a) 25.000 m
b) 1.250 m
c) 12.500 m
d) 500 m
e) 250 m
QUESTÃO 3 -INSTRUÇÃO: Imagine que você tem diante de si dois mapas que
representam a área urbana do Município de Porto Alegre, de acordo com as escalas
seguintes:
• Mapa 1 – escala 1:50.000
• Mapa 2 – escala 1:1.000.000

Com base nesses dados, é correto afirmar que:

a) Em ambos os mapas ocorre uma representação rica em detalhes, o que facilita a leitura
dos elementos urbanos que constituem a cidade.
b) A escala do mapa 1 é mais recomendada para planisférios que fazem parte de atlas
escolares.
c) Um mapa na escala 1:500 possibilita a representação da área urbana de Porto Alegre
com mais detalhes que os mapas 1 e 2.
d) O mapa 2, por ser maior que o mapa 1, é mais favorável à representação de detalhes
que este último.
e)A riqueza de detalhes que um mapa pode representar não depende da escala, e sim da
qualidade da legenda.

Atividade 2 – COORDENADAS GEOGRÁFICAS

QUESTÃO 1- Criada em 1884, essa linha imaginária foi fruto de uma convenção para
designar a “hora inicial”, o ponto a partir do qual se medem os fusos horários e as
coordenadas geográficas. Dessa forma, tudo o que se encontra a leste de sua localização
tem horas e longitudes positivas e, consequentemente, tudo o que se encontra a oeste tem
horas e longitudes negativas.

O texto acima faz referência:

a) à Linha do Equador

b) à Linha Internacional de Data

c) ao Trópico de Câncer

d) à Linha Internacional dos Fusos Horários

e) ao Meridiano de Greenwich

QUESTÃO 2- Com base na figura a seguir, assinale a alternativa correta.

a) O ponto B situa-se no paralelo 40º N e 80º W de Greenwich.


b) O ponto C está situado a 20º de latitude Sul e a 40º de longitude oeste.

c) Os pontos A e B estão situados nos hemisférios oriental e setentrional.

d) O ponto D está situado a 10º ao sul do Equador e 20º do hemisfério ocidental.

e) Os pontos A e C situam-se nos hemisférios ocidentais e os pontos C e D


encontram-se nos hemisférios boreais ou austrais.

QUESTÃO 3 - Observe as coordenadas geográficas apontadas no mapa a seguir e julgue


as afirmativas:

Os pontos A e B encontram-se nos mesmos hemisférios.

II. As coordenadas do ponto D são 60º e -120º.

III. As coordenadas do ponto C são -20º e -30º.

IV. O ponto B possui 0º de latitude.

V. O ponto D encontra-se apenas no Hemisfério Norte.

Sobre as afirmativas acima:

a) Todas estão corretas

b) Apenas II e III estão corretas

c) Apenas a V está incorreta

d) Apenas I e IV estão incorretas

e) Todas estão incorretas

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