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Curso Básico e Intermediário

de QGIS

Data de Elaboração/Revisão: DEZEMBRO/2016

FRANCISCO TOMAZ LIMA BEZERRA


CTO
bureaugis@gmail.com
www.bureaugis.com.br
Sumário
Introdução ..................................................................................................................................... 3
2 – Visão Geral sobre GIS (SIG) e QGIS .......................................................................................... 3
2.1 Dados vetoriais: ................................................................................................................... 4
2.2 Dados matriciais: ................................................................................................................. 5
3 – Termos principais, menus e toolbars ...................................................................................... 5
3.1 - Menus e Toolbars .............................................................................................................. 6
4 Cartografia para Geoprocessamento ......................................................................................... 7
4.1 conceitos básicos................................................................................................................ 7
5 – Aula 01 – Configuração de mapa básico ................................................................................. 9
NOTA: falando um pouco sobre projeção "on the fly" ............................................................. 9

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Introdução

O presente Material foi desenvolvido para treinamento de Alunos de Geoprocessamento


básico da BUREAU GIS. As informações, exercícios e práticas foram desenvolvidas baseadas em
estudos de caso de maiores dificuldades de múltiplos usuários classificados como usuários
iniciantes ou básicos.

Este material faz parte de um conjunto de ferramentas que a empresa emprega em seus
treinamentos através do Investimento em P&D em todas as áreas de geoprocessamento.

Aos estudantes, agradecemos a preferência, aos professores que queiram adotar o material
agradecemos mais ainda e nos dispomos a conversar e desenvolver materiais para casos
específicos de todos os cursos de Engenharias, Geociências, Ciências Biológicas e Ecológicas,
áreas de Saúde e Segurança, Humanas e demais áreas.

Nossos Instrutores são altamente qualificados e são criadores de aplicações diversas em


Geoprocessamento. Queremos sempre colaborar e mais uma vez ficamos a disposição de
todos.

Cordialmente.

Francisco Tomaz Lima Bezerra


CTO BUREAU GIS

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2 – Visão Geral sobre GIS (SIG) e QGIS
Podemos iniciar nosso treinamento falando um pouco sobre SIG (Sistema de informação Geográfica)
ou GIS (Geographic Information System) no que tange a conhecimento do que vem a ser um SIG e
diferenças básicas entre o que costumeiramente se pensa e o que realmente é.

O SIG é constituído por, pelo menos, quatro itens:

1. Hardwares
2. Recursos humanos
3. Metodologias
4. Softwares
E embora, costumeiramente, se generalize a nomenclatura apenas para os softwares de SIG ou para
SIG, temos que ter o cuidado ao limitarmos o SIG a apenas programas, que fazem parte – muito
importante, do processo de implementação de SIG, mas que são um braço de uma estrutura maior.

Com um programa ou aplicativo SIG podemos visualizar, editar, abrir e salvar mapas digitais, criar
novas informações e adicionar as que já temos como base e obtermos mapas impressos,
personalizarmos por profissionais para empresas ou órgãos públicos, tendo como base suas
instruções normativas que se adequem as suas necessidades em mapas simples, assim como em
análises mais complexas.

Abaixo verificamos um pequeno exemplo de como o SIG pode se mostrar útil e eficaz em situações
diversas. Supondo que tenhamos que apresentar informações anuais de quantidade de chuvas no
estado e realizar a análise dessas chuvas em função das zonas climáticas de todo o estado para que
se possa determinar a situação atual do mesmo em relação às chuvas anuais e a situação crítica de
determinadas regiões em função de ano ou anos para tomadas de decisões administrativas e
governamentais.

Podemos gerar, em um primeiro momento, um mapa de localização de áreas e informações


pontuais sobre a pluviometria ao longo do estado. Mas antes de qualquer coisa, o que temos, são
informações pontuais, dentro de uma tabela (excel, Access, Acquire e etc) que podem ser vistas
como na abaixo demonstrado:

NOME LONGDD LATDD CHUVA- MM


SERRA JOAO DO VALE -37.15000 -6.01670 745.00
LAGOA NOVA -36.46670 -6.10000 700.00
MARTINS -37.91670 -6.08330 645.00
PORTALEGRE -37.98330 -6.03330 642.00
CORONEL EZEQUIEL (JERICO) -36.21670 -6.38330 610.00
SAO MIGUEL -38.50000 -6.21670 605.00
SERRA DE SAO BENTO -35.63330 -6.41670 600.00
CERRO CORA -36.35000 -6.05000 590.00
SERRA DO DOUTOR -36.25000 -6.18330 520.00
EQUADOR -36.71670 -6.95000 500.00
FAZENDA RIACHO FUNDO -36.50000 -6.55000 500.00
ACUDE BONITO (SUDENE) -38.42560 -6.21280 500.00

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Observando bem a tabela acima podemos identificar alguns lugares onde a média anual de chuvas
para um determinado ano foi muito positiva, entretanto em determinados locais (não amostrados)
em outras localidades, não houve a mesma média e consequentemente temos uma área média
atingida por secas ou por acentuação de problemas em decorrência de alguns anos de poucas
chuvas e seca se prolongando. Se formos basear qualquer planejamento em amostragens de
tabelas, sem sabermos ou determinarmos uma zona de influência para as regiões que tem maiores
índices de chuvas assim como para as que não tiveram a mesma sorte, podemos pecar por não
espacialização dessas informações e por consequência disso, o não entendimento completo de raio
de influência positiva ou negativa para cada situação.

Para que possamos entender um pouco melhor isso, adicionamos os dados que estavam nessa
tabela que continha coordenadas geográficas de locais onde se registraram essas chuvas e suas
respectivas quantidades e realizamos uma análise simples por símbolos graduados, que realizam a
amostragem das quantidades de chuvas anuais relacionando o tamanho do ponto a quantidade de
chuvas.

Exemplo mostrado de quantidade de chuva – em mm, e zonas climáticas ao longo do estado do Rio Grande
do Norte.

Uma característica normal de um SIG é que ele possibilita a associação de informações, mesmo as
informações não geográficas, com regiões ou lugares que contém informações geográficas.
Dispomos de algumas possibilidades com a utilização de programas que vão da armazenagem,
edição e adição de novas variáveis a análises integradas e temporais.

Dentre os tipos de informações, destacaremos e falaremos um pouco sobre dados vetoriais e


matriciais de forma mais ampla.

2.1 Dados vetoriais:


Geralmente são salvos com base em uma quantidade de pares de coordenadas X, Y ou LAT e LONG
na memória do computador, juntamente com descrições e outros dados armazenados na tabela de
atributos, que são lidos e amostrados no view do programa. Em via de regra, as informações
vetoriais são representadas como pontos (points), linhas (polylines) ou áreas (polygons). Na imagem
abaixo, mostramos os três diferentes tipos de Feature class.

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2.2 Dados matriciais:
São armazenados baseados em matrizes que contém informações via grade de valores (grid) e são
obtidos através de dados de satélites em diferentes tipos de amostragem e precisão (qualidade) de
dados. Esses dados são visualizados em um SIG somente adicionando a camada. Um exemplo de
camada raster segue abaixo:

Cada parte de grid ou grade dessa imagem contém uma informação que pode ser identificada
inicialmente clicando-se no botão Identify Features e pode ser visualizado no canto direito inferior,
nesse caso em metros (m).

3 – Termos principais, menus e toolbars


Os principais termos e suas descrições encontram-se na tabela abaixo:

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3.1 - Menus e Toolbars
Ao abrir o QGIS, somos apresentados ao layout do programa e este pode ser dividido em 6 áreas
distintas que apresentamos abaixo e que podem ser visualizadas na imagem posterior.

TERMO DEFINIÇÃO
CLASSE DE FEIÇÃO Grupo de feições geográficas com o mesmo tipo de geometria (como ponto, linha ou
polígono), os mesmos atributos, e a mesma referência espacial.
CONJUNTO DE Grupo de classes de feições armazenadas em conjunto que compartilham a mesma
DADOS DE FEIÇÕES referência especial, ou seja, compartilham um sistema de coordenada, e as suas
feições estão incluídas em uma área geométrica comum.
TABELA Conjunto de elementos de dados organizados em linhas e colunas. Cada linha
representa um único registro. Cada coluna representa um campo do registro Linhas e
colunas se cruzam para formar células, que contêm um valor específico para um capo
de um registro.
GEODATABASE Banco de dados ou estrutura de arquivos usados principalmente para armazenar,
consultar e manipular dados espaciais. O Geodatabase armazena geometria, um
sistema de referência espacial, atributos e regras de comportamento dos dados.
REDE Feições borda de junção que representam uma rede linear, como um sistema
GEOMÉTRICA hidrológico ou utilitário, no qual a conectividade das feições é baseada em sua
coincidência geométrica.
CONJUNTOS DE Modelo de dados espaciais raster que é armazenado em disco ou em um
DADOS RASTER Geodatabase.
CLASSE DE Item no Geodatabase que armazena informações sobre um relacionamento.
RELACIONAMENTO
Em um Geodatabase é a disposição que limita como as feições de um ponto, linha e
polígono compartilham geometria. Por exemplo, as linhas centrais de Streets e os
TIPOLOGIA quarteirões do censo compartilham geometria, e os polígonos do solo adjacente
compartilham geometria. A tipologia define e impõe regras de integridade de dados)
por exemplo, não deve haver vazios entre polígonos).
1. Barra de Status;
2. Arvore de Camadas;
3. Visualização do Mapa (View Model);
4. Barras de ferramentas;
5. Barra de Menus;
6. Painel de Navegação;

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4 Cartografia para Geoprocessamento
4.1 conceitos básicos

Cartografia é um Conjunto de estudos e operações científicas, artísticas e técnicas, baseado nos


resultados de observações diretas ou de análises de documentação, visando à elaboração e
preparação de cartas, projetos e outras formas de expressão, bem como a sua utilização
(INTERNATIONAL CARTOGRAPHIC ASSOCIATION, 2014).

Em outras palavras, é a ciência que trata da concepção, da produção, da difusão, da utilização e do


estudo dos mapas. Na literatura (OLIVEIRA, 1993; INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E
ESTATÍSTICA, 2014 e outros), há a distinção entre os termos mapa, carta e planta ao se referir a uma
representação cartográfica. Essas denominações estão associadas à escala de levantamento e a sua
representação, ou seja, para escalas menores utiliza-se o termo mapa; para escalas médias, carta;
e para escalas locais, planta.

As obras de engenharia (rodovias, ferrovias, barragens, canalizações e dutos, edificações em geral,


loteamentos, etc.) são concebidas, muitas vezes, até onde a vista alcança, ou seja, na superfície
física da Terra. Em outras palavras, não temos uma noção da curvatura do planeta, a não ser que
consigamos ver uma ligeira tendência dessa curvatura no horizonte a partir do sobrevoo em uma
aeronave ou da observação do pôr do sol na linha do horizonte em uma praia, por exemplo.

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Segundo Freitas (1980), do ponto de
vista físico, um sistema de
referência de coordenadas é o
conjunto de um ou mais eixos com
orientação definida no espaço e com
uma escala adequada, por meio do
qual uma posição e uma orientação
possam ser definidas sem
ambiguidade.

As coordenadas geográficas são


dadas por um par de ângulos para
determinar um ponto na superfície
esférica terrestre: um ângulo de
latitude e um ângulo de longitude,
conhecidos também como
coordenadas LAT/LONG.

Valores negativos (-) são usados para coordenadas sul e oeste, e positivos (+) para norte e leste. As
latitudes variam de 90°S a 0° e de 0° a 90°N (ou -90° a + 90°), e as longitudes variam de 180°W a 0°
e 0° a 180°E (ou -180° a + 180°).

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5 – Aula 01 – Configuração de mapa básico

No nosso primeiro exercício trabalharemos com a elaboração de um mapa político. Falaremos


um pouco de noções básicas sobre introdução de informações no ambiente de trabalho do QGIS,
edições de gradientes de cor – visando o melhoramento da amostragem de informações para
aqueles que lerão nossos mapas, introdução de labels, informações como ajuste de página, no
modo layout, para impressão, inserção de informações complementares como: Norte, Legenda,
escalas, Grids e elaboração correta de layout. Sejam bem vindos ao nosso treinamento Básico e
Intermediário de QGIS.

NOTA: falando um pouco sobre projeção "on the fly"


Os dados alocados por uma reprojeção On the fly partem da premissa de que mesmo que alguns
dados estejam em um sistema de projeção diferente ou em outro CRS (tipo dados que estão em
WGS no projeto podem receber dados em SAD 69) eles serão projetados como se fosse um CRS
de sua escolha de padrão de trabalho.

Em detrimento disto, nós aconselhamos a, independente de dar um pouco de mais trabalho ou


não, realizar a reprojeção através do menu prossessing - toolbox e navegar até a opção reproject
layer e realizar a reprojeção de todos os dados.

Informações adicionais
Vídeo aula e material para a construção de mapa mostrado abaixo no link que segue:
https://youtu.be/ykWeO3NJCpI

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