Desporto Escolar - Um Retrato

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DESPORTO E S C O L A R —— UM RETRATO
DESPORTO
ESCOLAR
UM RETRATO
MINISTÉRIO da EDUCAÇÃO
Direcção-Geral de Inovação e de Desenvolvimento Curricular DADOS
Av. 24 de Julho, 140 1399-025 Lisboa
ESTATÍSTICOS
www.dgidc.min-edu.pt
PRINCIPAIS
EVENTOS
BOAS
PRÁTICAS
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DESPORTO
ESCOLAR
UM RETRATO
Jorge de Sousa (DGIDC)
Jorge Magalhães (SI – Comunicação)

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FICHA TÉCNICA

Coordenação: Luís Capucha (Director-Geral da DGIDC)

Autores:

Jorge de Sousa (“Dados Estatísticos” e “Principais Eventos”)


Jorge Magalhães, SI Comunicação (“Boas Práticas”)

Colaboração:
José Serrador, Sérgio Seixo, Sandra Monteiro e Alberto Saraiva (Tabelas e Figuras)

Design Gráfico:
Manuela Lourenço

Edição:
Maio 2006

Tiragem:
2 500 exemplares

Execução Gráfica:
Editorial do Ministério da Educação

Depósito Legal n.º:


245 408/06

ISBN:
972-742-229-2
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ÍNDICE

NOTA PRÉVIA ............................................................................................................................................................. 5


INTRODUÇÃO GERAL ................................................................................................................................................ 7
DADOS ESTATÍSTICOS 2001/02-2004/05 ................................................................................................................ 9
1. Introdução ........................................................................................................................................................... 11
2. Conceitos ............................................................................................................................................................. 12
3. Análise de Resultados .......................................................................................................................................... 15
3.1. Evolução do número de alunos-praticantes ...................................................................................................... 15
3.2. Evolução do número de grupos/equipas ......................................................................................................... 26
3.3. Evolução do número de Clubes de Desporto Escolar ........................................................................................ 27
3.4. Evolução do número de professores-responsáveis por grupos/equipas ............................................................... 28
3.5. Número de alunos-árbitros/juízes (2004/05) ................................................................................................... 29
3.6. Evolução do financiamento ............................................................................................................................ 30
PRINCIPAIS EVENTOS ................................................................................................................................................. 31
1. Introdução ........................................................................................................................................................... 33
2. As competições Internacionais ............................................................................................................................ 34
2.1. A ISF Jean Humbert Cup 2005 em Atletismo ................................................................................................... 34
3. As Competições Nacionais .................................................................................................................................. 36
3.1. A Taça Luís Figo ............................................................................................................................................. 36
3.2. Os Corta-Matos ............................................................................................................................................ 38
3.3. O MegaSprinter ............................................................................................................................................. 40
3.4. Os Campeonatos Nacionais de Iniciados e de Juvenis ..................................................................................... 43
BOAS PRÁTICAS ......................................................................................................................................................... 47
Introdução .................................................................................................................................................................. 49
Escola EB 2,3 Mestre Domingos Saraiva – Algueirão ...................................................................................................... 51
Escola EB 2,3 Nossa Senhora da Luz – Arronches ........................................................................................................... 55
Escola Secundária Carlos Amarante – Braga .................................................................................................................. 59
Escola EB 2,3 do Cerco – Porto .................................................................................................................................... 63
Colégio de Gaia – Gaia ............................................................................................................................................... 67
Escola Secundária Afonso de Albuquerque – Guarda ..................................................................................................... 71
Escola EB 2,3 Dr. José Ferreira Pinto Basto – Ílhavo ........................................................................................................ 75
Escola EB 2,3 Dr. João das Regras – Lourinhã ................................................................................................................ 79
Escola EB 2,3 de Medas – Medas ................................................................................................................................. 83
Escola Básica Integrada Infante D. Pedro – Penela .......................................................................................................... 87
Escola EB 2,3 do Parchal – Lagoa ................................................................................................................................. 91
Escola Salesiana de Manique – Sintra ............................................................................................................................ 95
A Formação de Árbitros na Coordenação Educativa da Lezíria e Médio Tejo – Santarém .................................................. 99
ANEXOS ..................................................................................................................................................................... 103
ANEXO I – Organograma Estrutural e Funcional do Desporto Escolar .............................................................................. 105
ANEXO II – Direcções Regionais e Coordenações Educativas do Ministério da Educação/Desporto Escolar ....................................... 106
ANEXO III – Critérios de Funcionamento do Desporto Escolar ......................................................................................... 107
ANEXO IV – Tipologias de Modalidades do Desporto Escolar .......................................................................................... 108
ANEXO V – Âmbito dos Quadros Competitivos .............................................................................................................. 109
ANEXO VI – Escalões Etários no Desporto Escolar .......................................................................................................... 110

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QUADROS ESTATÍSTICOS .......................................................................................................................................... 111


Alunos-Praticantes ..................................................................................................................................................... 113
Em Clubes de Desporto Escolar .............................................................................. 113
Quadro 1 .................................................................................. 113
Quadro 2 .................................................................................. 114
Quadro 3 .................................................................................. 115
Quadro 4 .................................................................................. 116
Quadro 4.1 ............................................................................... 117
Quadro 4.2 ............................................................................... 118
Quadro 4.3 ............................................................................... 119
Quadro 4.4 ............................................................................... 120
Quadro 4.5 ............................................................................... 121
Em Centros de Formação Desportiva ...................................................................... 122
Quadro 5 .................................................................................. 122
Grupos/Equipas ......................................................................................................................................................... 123
Em Clubes de Desporto Escolar .............................................................................. 123
Quadro 6 .................................................................................. 123
Quadro 7 .................................................................................. 124
Quadro 8 .................................................................................. 125
Quadro 9 .................................................................................. 126
Quadro 9.1 ............................................................................... 127
Quadro 9.2 ............................................................................... 128
Quadro 9.3 ............................................................................... 129
Quadro 9.4 ............................................................................... 130
Quadro 9.5 ............................................................................... 131
Em Centros de Formação Desportiva ...................................................................... 132
Quadro 10 ................................................................................ 132
Clubes de Desporto Escolar e Centros de Formação Desportiva .............................................................................. 133
Quadro 11 .................................................................................................................................................................. 133
Quadro 12 .................................................................................................................................................................. 134
Quadro 13 .................................................................................................................................................................. 135
Implantação Geográfica das Modalidades Desportivas ............................................................................................. 136
Quadro 14 .................................................................................................................................................................. 136
Professores-Responsáveis por Clubes de Desporto Escolar ....................................................................................... 137
Quadro 15 .................................................................................................................................................................. 137
Quadro 16 .................................................................................................................................................................. 138
Alunos-Árbitros/Juízes ............................................................................................................................................... 139
Quadro 17 .................................................................................................................................................................. 139
Receitas ...................................................................................................................................................................... 140
Quadros 18 ................................................................................................................................................................. 140

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NOTA PRÉVIA

Cerca de 100.000 alunos de mais de 1.200 escolas envolvidos cada ano em actividades desportivas,
5.000 grupos-equipa e outros tantos treinadores participando em mais de 1.000 torneios, campeonatos e
outros quadros competitivos para oito escalões etários em 40 modalidades diferentes, eis alguns números
revelados pelo estudo estatístico realizado sobre o Desporto Escolar entre os anos lectivos de 2001/2002
e 2004/2005 e que, conjuntamente com a análise de alguns aspectos qualitativos (“os principais eventos”
e “as boas práticas”), são apresentados nesta publicação.

Números e informações estas que traduzem o modo como o Desporto Escolar tem vindo a desempenhar
um papel de maior importância do que visibilidade enquanto importante meio educativo ao serviço das
nossas crianças e jovens.

A informação que agora se publica era por muitos esperada havia algum tempo, pois permite ter pela pri-
meira vez uma visão de conjunto do que tem sido na prática esta componente do nosso sistema educati-
vo. Sabia-se que milhares de alunos e professores se movimentavam nas actividades internas das escolas,
as quais se projectavam em competições externas de que se tinha a noção de serem em quantidade rele-
vante e capazes de revelar talentos traduzidos quer na conquista de prémios internacionais, quer no pros-
seguimento de carreiras desportivas de alta competição. Ficamos agora todos munidos de um retrato mais
nítido das metas alcançadas.

O trabalho agora publicado foi realizado sendo a Dra. Cristina Paulo Directora-Geral da Direcção-Geral
da Inovação e Desenvolvimento Curricular. A ela e a todos os que produziram esta obra quero deixar reco-
nhecido o meu agradecimento.

O momento da publicação não podia ser mais oportuno. Porque novos objectivos estão já definidos. Trata-
-se, acima de tudo, de sublinhar a importância do desporto enquanto componente de uma educação equi-
librada, que vale por si mesmo e principalmente pelos contributos que pode dar para o processo educati-
vo. Um desporto escolar cujo sucesso se medirá, portanto, pelos resultados desportivos mas também pela
promoção de estilos de vida saudáveis e, principalmente, pelos resultados escolares para os quais consti-
tui uma ferramenta insubstituível.

O Director-Geral da DGIDC
Luís Capucha

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INTRODUÇÃO GERAL

Definindo como finalidades próprias a promoção da saúde, o desenvolvimento da cidadania e a forma-


ção de bons candidatos a praticantes desportivos, o Desporto Escolar é o único serviço do Ministério da
Educação que desenvolve actividades pedagógicas num domínio educativo predominantemente relacio-
nado com a motricidade humana e que organiza actividades inter-escolas com um carácter sistemático,
em todo o território nacional.

Sendo uma actividade de complemento curricular, de carácter voluntário, o Desporto Escolar (regulado
pelo Decreto-Lei n.º 95/91, de 26 de Fevereiro), consagra uma excelente oportunidade para que os jovens
em idade escolar possam começar a praticar uma modalidade desportiva.

Não obstante a significativa actividade local, regional, nacional e internacional participada pelos Clubes
de Desporto Escolar, esta é global e especificamente pouco conhecida, devido à inexistência de publica-
ções relativas a dados estatísticos anuais e, também, a outros aspectos da sua execução.

Com esta publicação sobre o Desporto Escolar, a Direcção-Geral de Inovação e de Desenvolvimento


Curricular (DGIDC), através da sua Direcção de Serviços de Desporto Escolar e das Actividades de
Promoção da Saúde (DSDEAPS) pretende contribuir para colmatar esta lacuna, por forma a que a situa-
ção desportiva nacional possa ser melhor conhecida, estudada e desenvolvida, no que diz respeito ao sec-
tor escolar, na sua indispensável relação com os restantes sectores do sistema desportivo nacional.
Destaque-se que este relatório se constitui como o primeiro documento publicado, com um conjunto
abrangente de indicadores estatísticos sistematizados, sobre o Desporto Escolar, abrangendo diversos anos
lectivos.

O conteúdo do presente relatório compõe-se de três partes:


i. A primeira, relativa aos “Dados Estatísticos dos anos lectivos de 2001/02, 2002/03, 2003/04
e 2004/05”;
ii. A segunda, referindo-se a “Os Principais Eventos do Desporto Escolar”;
iii. A terceira, descrevendo alguns exemplos de “Boas Práticas” desenvolvidas em Clubes e
Centros de Formação Desportiva de Desporto Escolar.

Ao publicar este instrumento de divulgação da realidade desportiva escolar, a DGIDC não pode deixar de
expressar o seu reconhecimento relativamente a todos os professores, funcionários, pais/encarregados de
educação e restantes elementos da comunidade educativa que contribuem para o desenvolvimento das
actividades do Desporto Escolar, por forma a que os alunos, em Portugal, possam ter as melhores condi-
ções de acesso e de sucesso, nesta importante prática educativa.

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DADOS
ESTATÍSTICOS

Introdução

Conceitos

Análise de Resultados

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DADOS
ESTATÍSTICOS
1. INTRODUÇÃO

Os dados estatísticos apresentados, relativos aos anos lectivos de 2001/02 a 2004/05, foram obtidos a
partir dos elementos constantes nos projectos anuais dos Clubes de Desporto Escolar, anualmente inseri-
dos pelos respectivos responsáveis, numa base de dados constituída para o efeito. Esses indicadores refe-
rem-se aos Clubes de Desporto Escolar das Escolas dos 2.º e 3.º Ciclos do Ensino Básico e do Ensino
Secundário, do sector público e do sector privado, do Continente.

A inexistência de orientações metodológicas para a produção estatística relativa ao sistema desportivo


nacional e a recente publicação das primeiras “Estatísticas do Associativismo Desportivo (1996-2003)”,
pelo Instituto de Desporto de Portugal e, também, a publicação da “Caracterização da Prática Desportiva
Juvenil Federada” (1998-2004), favoreceram a opção por um modelo de apresentação o mais possível
coerente com os dados apresentados nesses documentos, no sentido de facilitar a realização dos diversos
estudos e análises que se impõem, tendo em conta a indissociável complementaridade entre o sector esco-
lar e o sector federado.

Dadas as dificuldades verificadas na obtenção de alguns dados homogéneos relativos a anos anteriores e
considerado o carácter inadiável de publicação de elementos estatísticos sobre o Desporto Escolar, verifi-
ca-se um maior aprofundamento da informação relativa ao ano lectivo 2004/05, deixando para um
momento posterior a recolha e a publicação similar, via Internet*, dos elementos disponíveis de anos lec-
tivos antecedentes. No entanto, a maioria dos dados serão comparados aos dados dos anos lectivos de
2001/02, 2002/03 e 2003/04, que se encontram disponíveis.

Nesta publicação serão apresentados, assim, dados estatísticos referentes aos seguintes elementos carac-
terizadores da prática desportiva de 2001/0 a 2004/05, no âmbito da participação das Escolas do 2.º e
3.º Ciclos do Ensino Básico e do Ensino Secundário, do Continente, na “actividade externa” (v. Capítulo
“2. Conceitos”), relativos a:
I. Alunos-Praticantes;
II. Grupos/Equipas;
III. Clubes de Desporto Escolar e Centros de Formação Desportiva;
IV. Implantação Geográfica de Modalidades Desportivas (apenas 2004/05);
V. Professores-Responsáveis por Grupos/Equipas de Clubes de Desporto Escolar/ Centros de
Formação Desportiva;
VI. Alunos-Árbitros/Juízes (apenas 2004/05);
VII. Financiamento.

∗ Vide “Desporto Escolar” em www.dgidc.min-edu.pt


NOTA: Os dados estatísticos contidos nesta publicação encontram-se disponíveis nesta página da Internet, em ficheiros “Excel”.

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2. CONCEITOS

O Desporto Escolar é “(…) o conjunto de práticas lúdico-desportivas e de formação com objecto despor-
tivo, desenvolvidas como complemento curricular e ocupação dos tempos livres, num regime de liberdade
de participação e de escolha, integradas no plano de actividade da escola e coordenadas no âmbito do
sistema educativo” (Artigo 5.º – “Definição”, Secção II – “Desporto Escolar”, do Decreto-Lei n.º 95/91, de
26 de Fevereiro). Mais, ainda, como refere o preâmbulo deste diploma legislativo, “(…) o desporto esco-
lar deve basear-se num sistema aberto de modalidades e de práticas desportivas que serão organizadas
integrando de modo harmonioso as dimensões próprias desta actividade, designadamente o ensino, o trei-
no, a recreação e a competição”. Em síntese, poderemos dizer que o Desporto Escolar é o ensino do
Desporto através da realização de competições e dos processos que antecedem a sua preparação (activi-
dades recreativas e treinos, com objecto desportivo).

Os indicadores estatísticos disponíveis que em seguida se apresentam e analisam, referem-se ao desenvolvi-


mento dos Programas de Actividades Desportivas do Desporto Escolar entre os anos lectivos de 2001/02 a
2004/05*, que consagram orientações nacionais, de acordo com o referido no parágrafo anterior.

Esses Programas de Actividades Desportivas são desenvolvidos pelos Clubes de Desporto Escolar, de acor-
do com uma lógica de funcionamento opoiada em escolas de um agrupamento vertical 1 ou em escolas
de um agrupamento horizontal 2 (v. ANEXO 1), na área de intervenção das 5 Direcções Regionais de
Educação e respectivas 21 Coordenações Educativas (v. ANEXO 2).

A Direcção de Serviços de Desporto Escolar da Direcção-Geral de Desenvolvimento Curricular e das


Actividades de Promoção da Saúde, no que ao Desporto Escolar diz respeito, desenvolve as competências
referidas no pontos 5. da Portaria n.º 597/2004, de 3 de Junho, relativamente às alíneas c), h), i), m), p)
e r), do n.º 3 e ao n.º 4, do Art.º 14.º do Decreto-Lei n.º 208/2002, de 17 de Dezembro. Conforme refe-
rido no ponto 1 do artigo 14.º do Decreto-Lei n.º 95/91 de 26 de Fevereiro, cada uma das Direcções
Regionais de Educação dispõe de um Coordenador Regional do Desporto Escolar, sendo que em cada uma
das Coordenações Educativas existe um Coordenador de Desporto Escolar de uma equipa técnica de pro-
fessores de Educação Física e Desporto, que coordenam a operacionalização dos diversos programas do
Plano de Actividades (essencialmente: o “Programa de Actividades Desportivas”, o “Programa de
Formação” e o “Programa de Planeamento, Avaliação e Comunicação”).

O “Programa de Actividades Desportivas” desenvolve-se em torno de 42 modalidades (v. ANEXO 3), de


acordo com um conjunto de critérios relacionados com o “nível de prática”, os “grupos-alvo”, a “gestão
do ensino”, a “prioridade das modalidades” e os “níveis de competição” (v. ANEXO 4).

Os quadros competitivos das modalidades desenvolvem-se em dois âmbitos: um “Quadro Competitivo


Nacional” e um “Quadro Competitivo Local** e Regional”, realizando-se aquele, em sequência destes (v.
ANEXO 5), ao longo do ano lectivo, de acordo com quatro escalões etários básicos, cada um deles no
sexo masculino e no sexo feminino (v. ANEXO 6). Existem modalidades cujos grupos/equipas se organizam
em “Vários Escalões”, do sexo masculino ou do sexo feminino ou de um misto dos dois sexos (designados
apenas como “Misto”, quando se trata de uma análise “por sexo”, nos subcapítulos do capítulo 3. “Análise
de Resultados”, desta Parte I).


Vide exemplo em “Programa”, “Desporto Escolar”, em www.dgidc.min-edu.pt
1
Uma Escola do 2.º Ciclo e/ou 3.º Ciclo do Ensino Básico e um conjunto de Escolas do 1.º Ciclo do Ensino Básico.
2 Um conjunto de Escolas do 2.º Ciclo e/ou 3.º Ciclo do Ensino Básico e/ou do Ensino Secundário.
∗∗ Ao nível interno de cada Clube de Desporto Escolar e ao nível de cada Coordenação Educativa.

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Outros conceitos e terminologia utilizados, relativamente aos dados estatísticos apresentados, são os
seguintes:

I. Direcções-Regionais de Educação (DRE)


São serviços regionais do Ministério da Educação (ME), que desempenham, no‚ âmbito da sua circunscri-
ção territorial, funções de administração desconcentrada, relativas às atribuições do ME e às competências
dos seus serviços centrais, e nas quais o Desporto Escolar dispõe de um Coordenador Regional (existem 5
Direcções Regionais de Educação: DRENorte, DRECentro, DRELisboa, DREALEntejo e DREALgarve).

II. Coordenações Educativas (CE)


São serviços criados em cada Direcção Regional de Educação, de âmbito interconcelhio, dirigidos por
coordenadores educativos, que exercem as competências delegadas ou subdelegadas pelo director regio-
nal de educação, nas quais o Desporto Escolar dispõe de um Coordenador e de uma equipa técnica.

III. Modalidade Desportiva


É uma actividade desportiva praticada por alunos, de acordo com regras comuns, no essencial, às esta-
belecidas pela Federação dessa modalidade.

IV. Clube Desportivo Escolar (CDE)


É a unidade nuclear do Desporto Escolar, numa Escola do 2.º e/ou 3.º Ciclo do Ensino Básico e/ou do
Ensino Secundário, envolvendo, eventualmente, um conjunto de Escolas do 1.º Ciclo (Agrupamento
Vertical).

V. Centro de Formação Desportiva (CFD)


É uma forma organizativa de um Clube de Desporto Escolar, que se constitui na sede deste, através de um
protocolo com outras Escolas do(s) mesmo(s) nível(is) de ensino (agrupamento horizontal de Desporto
Escolar) envolvendo, numa modalidade, os respectivos alunos-praticantes, visando potencializar e disponi-
bilizar os recursos humanos e físico-materiais da Escola-sede, que não existem nas outras Escolas.

VI. Grupo/Equipa
É um conjunto de alunos-praticantes de uma modalidade desportiva, num CDE ou num CFD, num esca-
lão/sexo ou num escalão misto, técnica e pedagogicamente orientado por um Professor-Responsável, refe-
rindo-se “Equipa” a modalidades que consagrem este formato na sua organização competitiva (por ex. o
Andebol, o Atletismo, o Voleibol, etc.) e “Grupo” a todas as outras modalidades (por ex. a Escalada, o
Ténis, a Vela, etc.).

VII. Actividade Interna


É a actividade desportiva realizada internamente a cada escola, com alunos da mesma, podendo revestir-
-se de diversas formas, nomeadamente: torneios inter-turmas, outras competições internas (por ex. Corta-
-Matos, Estafetas, etc.), dia(s) ou semana(s) de modalidade(s) desportiva(s), encontros/convívios interesco-
las, formação de dirigentes, árbitros/juízes ou outra, actividades para alunos portadores de deficiência, etc.

VIII. Actividade Externa


É a actividade desportiva desenvolvida por grupos/equipas, num escalão/sexo ou num escalão misto, com
um carácter representativo da sua escola, na maioria dos casos assente em competições interescolas,
revestindo diversas formas, com um nível de competitividade crescente, nomeadamente: Campeonatos

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Locais (CE), Campeonatos Regionais (DRE), Campeonatos Nacionais (DGIDC), Campeonatos Federados,
Campeonatos Internacionais (ISF-International Schoolsport Federation e FISEC – Fédèration Internationale
Sportive de l´Enseignement Catholique).

IX. Aluno-Praticante
O conceito de aluno-praticante deve ser cruzado com os conceitos de actividade interna e de actividade
externa.
Por aluno-praticante de actividade interna entende-se aquele que realiza uma prática não-sistemática de
uma ou de várias modalidades desportivas, participando em actividades e quadros competitivos informais
e não-formais, para além das respectivas aulas curriculares de Educação Física.
Por aluno-praticante de actividade externa entende-se aquele que realiza uma prática regular e sistemática
de uma modalidade desportiva, em ambiente escolar ou extra-escolar (no caso das equipas escolares fede-
radas), participando num número mínimo de dois treinos semanais e, com continuidade, em quadros com-
petitivos formais.

X. Aluno-Árbitro/Juiz
É o aluno que desempenha funções de decisão, consulta ou fiscalização do cumprimento das regras numa
determinada modalidade, num jogo/encontro competitivo com a participação de alunos-praticantes de
Desporto Escolar.

XI. Professores do Clube de Desporto Escolar


Estes Professores desempenham diversas funções, designadamente:
• Professor Coordenador do Clube de Desporto Escolar – é o gestor e dinamizador principal das activida-
des do Clube;
• Professor com Actividade Interna – é aquele que dinamiza e operacionaliza este tipo de actividade;
• Professor Responsável por Grupo/Equipa – exerce as funções de orientação de treinos e de competições
dos alunos-praticantes de um Grupo/Equipa;
• Professor Responsável de Centro de Formação Desportiva – é o gestor e dinamizador principal das acti-
vidades do Centro;
• Professor de Centro de Formação Desportiva – exerce as funções de orientação de treinos e de compe-
tições dos alunos-praticantes de um Grupo/Equipa de um Centro.

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3. ANÁLISE de RESULTADOS

No presente capítulo, serão analisados e comentados os indicadores caracterizadores da “actividade externa”


do Desporto Escolar em 2001/02, 2002/03, 2003/04 e 2004/05 (v. “QUADROS ESTATÍSTICOS”, na parte
final desta publicação), analisados nos seguintes subcapítulos:

3.1. Evolução do número de alunos-praticantes;


3.2. Evolução do número de grupos/equipas;
3.3. Evolução do número de Clubes de Desporto Escolar;
3.4. Evolução do número de professores-responsáveis;
3.5. Alunos-árbitros/juízes (2004/05);
3.6. Evolução do financiamento.

Duas dificuldades importa assinalar, quanto ao apuramento do número de alunos-praticantes, nomeadamente:


• Relativamente ao período de quatro anos considerado, não se dispõem de indicadores homogeneizados
sobre a participação dos alunos na “actividade interna”;
• Estar consignada a participação dos alunos em grupos/equipas organizados em escalões de participa-
ção mista, em relação ao sexo, não tendo sido possível o apuramento do número de praticantes do sexo
masculino e do sexo feminino, nestes casos.

3.1. Evolução do número de alunos-praticantes

A análise dos quatro anos lectivos considerados, do número de alunos-praticantes por sexo, a partir dos
QUADROS I.a e I.b e da FIGURA I, a seguir apresentados, permite-nos verificar a existência de um valor
absoluto de 110 021 praticantes, em 2004/05, e observar um crescimento médio negativo do número de
aluno-praticantes de Desporto Escolar (-2,7%), ao longo do período considerado. Esta taxa tem um valor
muito próximo do nulo, sendo que à grande variação percentual negativa verificada entre 2001/02 e
2002/03 (24,3%) se seguiu um aumento na ordem dos dez por cento, em cada um dos dois anos subse-
quentes.

SEXO 2001/02 2002/03 2003/04 2004/05


Masculinos 47 223 25 200 44 004 44 894
Femininos 28 214 16 635 26 658 26 863
Misto 43 952 48 520 29 118 38 264
TOTAL 119 389 90 355 99 780 110 021

QUADRO I.a – Número de alunos-praticantes, por sexo (2001/02 a 2004/05)

Taxa de
2001/02- 2002/03- 2003/04-
SEXO crescimento
-2002/03 -2003/04 -2004/05
médio
Masculinos -46,6% 74,6% 2,0% -1,7%
Femininos 41,0% 60,3% 0,8% -1,6%
Misto 10,4% -40,0% 31,4% -4,5%
TOTAL -24,3% 10,4% 10,3% -2,7%

QUADRO I.b –Taxa de crescimento de alunos-praticantes, por sexo (2001/02-2004/05)

15
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FIGURA I – Taxa de crescimento de alunos-praticantes, por sexo

100,0%
80,0%
60,0%
Percentagem

40,0%
20,0%
0,0%
2001/02 - 2002/03 2002/03 - 2003/04 2003/04 - 2004/05
-20,0%
-40,0%
-60,0%
Ano-lectivo
Masculinos Misto
Femininos Taxa Cresc. Médio

Quanto às taxas de crescimento médio, no sexo masculino e no sexo feminino, verifica-se um gran-
de equilíbrio entre as mesmas. No somatório destes dois sexos verificou-se uma enorme variação negati-
va, entre 2001/02 e 2002/03 (um total de menos 33.602 alunos-praticantes), seguida de uma maior
variação, ainda, mas de sinal contrário, entre este último ano e 2003/04 (mais 28.827 alunos-praticantes
no conjunto do sexo masculino e do sexo feminino) e uma diminuição de 19.402 em “Misto”.

Estas variações estão, claramente, relacionadas com a opção pela criação de “Grupos de Formação”3
(uma forma organizativa de alunos-praticantes, estabelecida em 2002/03, em grupos englobando vários
escalões/sexo, e extinta no ano lectivo posterior), cujo número de inscritos, apresentou um valor na razão
directa do valor da diminuição acima assinalada, no conjunto dos dois sexos (v. QUADRO 2, em “Quadro
Estatísticos”). Esta modalidade organizativa foi extinta no ano lectivo seguinte (2003/04), porque a lógica
de funcionamento dos “Grupos de Formação” era circunscrita, apenas, ao âmbito interno das Escolas,
excluindo a participação dos alunos em actividades competitivas interescolas externas, pelo que diminuía
significativamente o número de competições que cada um desses Grupos/Equipas realizava anualmente.
A esta extinção correspondeu, como já referido, um grande aumento de alunos-praticantes, nos
grupos/equipa do sexo masculino e do sexo feminino repondo, praticamente, os valores observados em
2001/02.

Quanto à importância relativa entre os sexos, ao longo do período de quatro anos considerado
(v. QUADRO II e FIGURA II), verifica-se um percentual dos mesmos relativamente estável (à excepção de
2002/03, pelas razões acima aduzidas, quanto aos “Grupos de Formação”), apresentando o sexo mas-
culino um peso próximo do dobro do sexo feminino e um pouco superior ao misto dos dois sexos.

3 “Os Grupos de Formação devem ser entendidos como o pólo gerador e dinamizador do Grupo/Equipa de Competição, de
acordo com uma lógica de criação e/ou promoção e desenvolvimento de uma cultura desportiva de escola (…)”, in Programa
do Desporto Escolar 2002/03, p.16.

16
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QUADRO II – Número e percentagem de alunos-praticantes, por sexo (2001/02-2004/05)

SEXO 2001/02 2002/03 2003/04 2004/05


Masculinos 47 223 39,6% 25 200 27,9% 44 004 44,1% 44 894 40,8%
Femininos 28 214 23,6% 16 635 18,4% 26 658 26,7% 26 863 24,4%
Misto 43 952 36,8% 48 520 53,7% 29 118 29,2% 38 264 34,8%
TOTAL 119 389 100,0% 90 355 100,0% 99 780 100,0% 110 021 100,0%

FIGURA II – Número e percentagem de alunos-praticantes, por sexo (2001/02 a 2004/05)

60,0%
53,7% Masculinos
2001/02
50,0%
2002/03
44,1%
40,8% 2003/04
39,6% 2004/05
40,0% 36,8%
34,8% Femininos
Percentagem

2001/02
27,9% 29,2%
30,0% 26,7% 2002/03
23,6% 24,4% 2003/04
2004/05
20,0% 18,4%
Mistos
2001/02
2002/03
10,0%
2003/04
2004/05
0,0%
Masculinos Femininos Mistos

Sobre o número de alunos-praticantes por Direcção-Regional de Educação, em 2004/05 (v. QUA-


DRO III e FIGURA III), verificamos existir um equilíbrio de participação nas duas regiões mais populosas do
País – Norte e Lisboa as quais reúnem, respectivamente, 33,0% e 32,6% do total de praticantes, logo
seguidas pela região Centro, com 24,1%. O Alentejo e o Algarve apresentam valores muito distantes das
outras regiões.

QUADRO III – Número e percentagem de alunos-praticantes, por DRE (2004/05)

DIRECÇÃO 2004/05
REGIONAL
DE EDUCAÇÃO n %
Norte 36 255 33,0
Centro 26 493 24,1
Lisboa 35 864 32,6
Alentejo 7 002 6,4
Algarve 4 407 4,0
TOTAL 110 021 100,0%

FIGURA III – Percentagem de alunos-praticantes, por DRE 2004/05)

33,0 32,6
35,0
30,0
24,1 Norte
25,0
Percentagem

20,0 Centro
Lisboa
15,0
Alentejo
10,0 Algarve
6,4
4,0
5,0
0,0
Direcções Regionais de Educação

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No QUADRO IV observa-se que a taxa de praticantes regulares* de Desporto Escolar é de 13,4% em


2004/05, não se verificando, praticamente, qualquer variação em relação a quatro anos atrás. Este valor per-
centual, tem de se considerar insatisfatório, quando comparado com a taxa de praticantes regulares global,
de outros Estados-membros da União Europeia. Não estando ainda disponíveis os dados, relativos aos alu-
nos matriculados em 2004/05, por sexo, não é possível apurar a taxa de praticantes regulares, do sexo mas-
culino e do sexo feminino mas, o valor percentual constante verificado, também, em relação ao misto de mas-
culinos e femininos (de 4,8% para 4,9%), permite inferir que a mesma situação se verifica para o caso dos
dois sexos, em separado, entre os dois anos lectivos considerados (v. FIGURA IV).

QUADRO IV – Número e percentagem de população escolar praticante de Desporto Escolar, por sexo (2001/02 e 2004/05)

SEXO 2001/02 2004/05


APDE (1) 47 223 10,5% 44 894 —
Masculinos (2)
AM 450 764 100,0% n. d. 100,0%
APDE (1) 28 214 6,3% 26 863 —
Femininos (2)
AM 448 515 100,0% n.d. 100,0%
APDE (1) 43 952 4,9% 38 864 4,8%
Misto (2)
AM 899 279 100,0% 818 071 100,0%
APDE (1) 119 389 13,3% 110 021 13,4%
TOTAL (2)
AM 899 279 100,0% 818 071 100,0%
n.d. – não disponível.
(1)
APDE – Alunos-praticantes de Desporto Escolar.
(2)
AM – Alunos matriculados, do Continente, no ensino regular, público e privado, do 2.º e 3.º Ciclos do Ensino Básico e do Ensino Secundário.

FIGURA IV – Percentagem de população escolar praticante de Desporto Escolar, por sexo (2001/02 e 2004/05)

16%
13,3% 13,4% Masculinos
14%
2001/02
12% Femininos
10,5%
10% 2001/02
Percentagem

Mistos
8%
6,3% 2001/02
4,9% 4,8%
6% 2004/05
4% Total
2001/02
2%
2004/05
0%
Masculinos Femininos Mistos TOTAL

* Praticantes regulares – alunos-praticantes de actividade externa (v. ponto ix, de capítulo 2. “Conceitos”).

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Analisando o crescimento médio dos alunos-praticantes, por escalão, de 2001/02 a 2004/05


(v. QUADRO V e FIGURA V), verifica-se que, quanto à respectiva taxa, o único crescimento positivo é no
escalão de “Iniciados” (se bem que com um valor quase nulo). A média mais baixa de crescimento situa-
se no escalão de “Juvenis” (-7,6%), verificando-se um equilíbrio de decréscimo nos restantes escalões, se
bem que reduzido (em torno dos três por cento). Estes factos parecem indiciar que a prática de Desporto
Escolar atinge o seu zénite no escalão de Iniciados, não havendo continuidade de participação nos esca-
lões seguintes. A confirmar-se, esta situação surge como claramente desajustada, dado que os alunos se
encontram no início da sua formação desportiva, ou seja, apenas no segundo “degrau” (escalão) da sua
participação no Desporto Escolar, indiciando a necessidade de implementação de soluções que garantam
a referida continuidade.

QUADRO V.a – Número de alunos-praticantes, por escalão (2001/02 a 2004/05)

ESCALÃO 2001/02 2002/03 2003/04 2004/05


Infantis 21 891 10 950 20 182 19 760
Iniciados 28 872 15 825 29 391 29 202
Juvenis 17 121 10 380 14 629 13 511
Juniores 7 553 4 680 6 460 6 834
Vários escalões 43 952 48 520 29 118 40 714
mistos

QUADRO V.b – Taxa de crescimento de alunos-praticantes, por escalão (2001/02-2004/05)

Taxa de
2001/02- 2002/03- 2003/04-
ESCALÃO crescimento
-2002/03 -2003/04 -2004/05
médio
Infantis -50,0% 84,3% -2,1% -3,4%
Iniciados -45,2% 85,7% -0,6% 0,4%
Juvenis -39,4% 40,9% -7,6% -7,6%
Juniores -38,0% 38,0% 5,8% -3,3%
Vários escalões 10,4% -40,0% 39,8% -2,5%
mistos

FIGURA V – Taxa de crescimento por escalão (2001/02 a 2004/05)

1
Infantis
0,8
Taxa de crescimento

0,6
Iniciados

0,4 Juvenis
0,2
Juniores
0

-0,2 2001/02 - 2002/03 - 2003/04 - Vários


2002/03 2003/04 2004/05
-0,4 T. Cres. Médio
-0,6

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Sobre a importância actual (2004/05) do número de alunos-praticantes de cada escalão/sexo (v. QUA-
DRO VI e FIGURA VI), o maior peso observado é em “Vários Escalões Mistos” (37,0%). Não contando com
este escalão, observa-se que é o de “Iniciados” aquele que apresenta o maior peso relativo (26,5%), logo
seguido do de “Infantis” (18,0%), escalão introdutório no Desporto Escolar actual. Os escalões “Juvenis” e
“Juniores” apresentam valores decrescentes, 12,3% e 6,2%, respectivamente, em relação ao valor imedia-
tamente anterior, observado no escalão de Infantis. Estes aspectos confirmam o que referimos anterior-
mente, quanto à falta de continuidade verificada a partir do escalão de “Iniciados”. O escalão de
“Iniciados Masculinos” (16,2%) apresenta a maior importância relativa, seguido pelo escalão de “Infantis
Masculinos” (13,1%) e pelo escalão de “Iniciados Femininos” (10,3%). Os restantes escalões apresentam
um valor percentual bastante inferior a estes. O valor percentual total dos escalões masculinos (39,9%) é
sensivelmente o dobro do valor total dos escalões femininos, o que não corresponde ao equilíbrio dos valo-
res absolutos apresentados no Quadro IV, para os alunos matriculados em 2001/02, do sexo masculino
(450764) e do sexo feminino (448515).

QUADRO VI – Número e percentagem de alunos-praticantes, por escalão/sexo (2004/05)

Número de alunos-
ESCALÃO/SEXO Percentagem
-praticantes

Infantis Masculino 14 392 13,1%


18,0%
Feminino 5 368 4,9%
Iniciados Masculino 17 818 16,2%
26,5%
Feminino 11 384 10,3%
Juvenis Masculino 8 107 7,4%
12,3%
Feminino 5 404 4,9%
Juniores Masculino 3 595 3,3%
6,2%
Feminino 3 239 2,9%
Vários escalões mistos 40 714 37,0% 37,0%
TOTAL 110 021 100,0%

Figura VI – Percentagem de alunos-praticantes, por escalão/sexo (2004/05)

40,0%

35,0%

30,0%

25,0%
Masculino
20,0%
Feminino
15,0%

10,0%

5,0%

0,0%
Infantis Iniciados Juvenis Juniores Vários
escalões
mistos

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Da análise do QUADRO VII e da FIGURA VII.a e VII.b, quanto à média do número de alunos-prati-
cantes, por modalidade, verificamos que as 10 modalidades mais praticadas, de um total de 42, repre-
sentam 84% do total dos alunos-praticantes do Desporto Escolar. Destas, o Futsal (a modalidade mais pra-
ticada) e o Voleibol, com um valor de 40% do total da média dos praticantes, ao longo dos quatro anos
considerados, representam quase metade daquele valor. Atendendo a que, todas as modalidades deste
grupo de dez, à excepção das Multiactividades de Ar Livre/Aventura apresentam, uma maior facilidade de
espaços, tempos e materiais didácticos disponíveis para a respectiva prática no espaço escolar, relativa-
mente à maioria das restantes 20 modalidades, parece-nos que este facto poderá ser uma das razões que
justifique o grau de expressão claramente maioritário que apresentam.

QUADRO VII – Número e percentagem de alunos praticantes, por modalidade (2001/02 a 2004/05)

Número Percentagem
médio de do total da Modalidades 2001/02 2002/03 2003/04 2004/05 TOTAL MÉDIA
participantes média

> 10 000 40% Futsal 29 477 21 940 28 751 31 418 111 586 27 897
Voleibol 16 871 13 065 13 251 13 866 57 053 14 263
Basquetebol 10 747 8 575 8 154 8 141 35 617 8 904
10 000- Desportos Gímnicos 11 060 6 030 6 828 6 897 30 815 7 704
28%
-5 000 Ténis de Mesa 7 535 7 200 6 621 7 150 28 506 7 127
Andebol 5 590 4 335 5 014 5 735 20 674 5 169
Natação 5 741 4 040 4 137 5 721 19 639 4 910
5 000- Actividades Rítmicas Expressivas 3 903 4 010 4 926 5 329 18 168 4 542
16%
-2 500 Badminton 4 210 3 450 4 839 5 440 17 939 4 485
Multiactividades de Ar Livre/Aventura 4 566 2 360 2 795 3 367 13 088 3 272
Atletismo 2 566 1 880 2 338 2 959 9 743 2 436
Ténis 2 558 1 935 1 911 2 392 8 796 2 199
2 500- Xadrez 1 543 1 405 1 567 2 202 6 537 1 634
10%
-1 000 Orientação 1 768 1 690 1 242 1 288 5 988 1 497
Perícia e Corrida de Patins 1 897 1 240 890 898 4 925 1 231
Golfe 1 475 1 270 1 049 1 047 4 841 1 210
BTT 1 116 950 768 700 3 534 884
Tiro com Arco 709 700 566 602 2 577 644
5 000- Escalada 1 219 440 384 446 2 489 622
4%
-1 000 Canoagem 864 430 385 645 2 324 581
Jogos Tradicionais e Populares 756 295 501 455 2 007 502
Vela 682 565 427 329 2 003 501
Judo 680 365 427 323 1 795 449
Corfebol 475 305 333 256 1 369 342
Outras 0 125 890 342 1 357 339
Râguebi 571 280 200 249 1 300 325
Esgrima 261 235 160 291 947 237
Luta 250 190 116 17 573 143
Boccia 63 135 114 239 551 138
Basebol e Softbol 129 100 117 169 515 129
Karting 0 90 16 248 354 89
Prancha a Vela 92 115 50 95 352 88
Equitação/Hipismo 0 80 0 202 282 71
< 500 2% Actividades Náuticas 0 0 0 256 256 64
Surf/Bodyboard 0 15 0 163 178 45
Aeromodelismo 0 75 0 98 173 43
Capoeira 0 115 0 50 165 41
Bilhar 0 65 0 55 120 30
Goalball 15 55 13 10 93 23
Squash 0 25 0 63 88 22
Remo 0 65 0 0 65 16
Bridge 0 30 0 15 45 11
Ciclismo 0 45 0 0 45 11
BMX 0 25 0 16 41 10
Hóquei de Sala/Patins 0 15 0 17 32 8

100% TOTAL GLOBAL 119 389 90 355 99 780 110 021 419 545 104 886

21
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FIGURA VII.b – Média de alunos-praticantes, por modalidade, superior a 2.500

Futsal
Voleibol
Basquetebol
Desportos Gímnicos
Ténis de Mesa
Andebol
Natação
Actividades Rítmicas Expressivas
Badminton
Multiactividades de Ar Livre

0 5.000 10.000 15.000 20.000 25.000 30.000

FIGURA VII.b – Média de alunos-praticantes, por modalidade, inferior a 2.500

Atletismo

Ténis
Xadrez
Orientação
Perícia e Corrida de Patins
Golfe
BTT
Tiro com Arco
Escalada
Canoagem
Jogos Tradicionais e Populares
Vela
Judo
Corfebol
Outras
Râguebi
Esgrima
1
Luta
Boccia
Basebol e Softbol
Karting
Prancha a Vela

Equitação/Hipismo
Actividades Náuticas
Surf/Bodyboard
Aeromodelismo
Capoeira
Bilhar

Goalball
Squash
Remo
Bridge
Ciclismo
BMX
Hóquei de Sala/Patins

0 500 1.000 1.500 2.000 2.500 3.000

22
128_06_MIOLO1_To 05.07.07 15:09 Página 23

Quanto ao número médio de alunos-praticantes, por tipologia de modalidades, no período de qua-


tro anos considerado (v. QUADRO VIII e FIGURA VIII), observamos que as “Modalidades Colectivas” repre-
sentam mais de metade dos alunos-praticantes (54,4%). Logo a seguir, é o subconjunto da tipologia
“Outras Modalidades”, relativo às “Actividades Rítmicas Expressivas”, aos “Desportos Gímnicos” e à
“Natação”, que surge com o maior peso percentual (16,4%). Em terceiro lugar, encontram-se os
“Desportos de Raquetas”, com 13,2%. Neste plano de análise, parece confirmada a predominância quan-
to aos desportos colectivos praticados em instalações desportivas localizadas na Escola, à excepção do
caso da Natação (o que talvez possa ser explicado pela elevada valoração social atribuída à prática desta
modalidade, na sua relação com o forte apoio disponibilizado pelas Autarquias).

QUADRO VIII – Número e percentagem médios de alunos praticantes, por tipologia de modalidades (2001/02 a 2004/05)

PERCENTAGEM EM PERCENTAGEM EM
TIPO DE MODALIDADES MODALIDADES MÉDIA RELAÇÃO AO RELAÇÃO AO
SUBTOTAL DO TIPO TOTAL DOS TIPOS
Andebol 5 169 9,1%
Basebol e Softbol 129 0,2%
Basquetebol 8 904 15,6%
Modalidades Corfebol 342 0,6%
54,4%
Colectivas Futsal 27 897 48,9%
Râguebi 325 0,6%
Voleibol 14 263 25,0%
Subtotal 57 029 100,0%
BTT 884 11,8%
Canoagem 581 7,7%
Escalada 622 8,3%
Multiactividades de Ar Livre 3 272 43,6%
Actividades Náuticas
Orientação 1 497 19,9%
e de Exploração Prancha a Vela 88 1,2% 7,2%
da Natureza Remo 16 0,2%
Surf/Bodyboard 45 0,6%
Vela 501 6,7%
Subtotal 7 505 100,0%
Capoeira 41 6,5%
Desportos de Judo 449 70,9%
Luta 143 22,6% 0,6%
Combate
Subtotal 633 100,0%
Badminton 4 485 32,5%
Desportos de Ténis 2 199 15,9%
Ténis de Mesa 7 127 51,6% 13,2%
Raquetas
Subtotal 13 810 100,0%
Modalidades para Boccia 138 85,6%
Alunos Portadores Goalball 23 14,4% 0,2%
de Defeciência Subtotal 161 100,0%
Actividades Rítmicas Expressivas 4 542 17,6%
Desportos Gímnicos 7 704 29,9% 16,4%
Natação 4 910 19,1%
Actividades Náuticas 64 0,2%
Aeromodelismo 43 0,2%
Atletismo 2 436 9,5%
Bilhar 30 0,1%
BMX 10 0,0%
Bridge 11 0,0%
Ciclismo 11 0,0%
Outras Equitação 71 0,3%
Esgrima 237 0,9% 24,5%
Modalidades
Golfe 1 210 4,7% 8,1%
Hóquei de Sala/Patins 8 0,0%
Jogos Tradicionais e Populares 502 1,9%
Karting 89 0,3%
Outras 339 1,3%
Perícia e Corrida de Patins 1 231 4,8%
Squash 22 0,1%
Tiro com Arco 644 2,5%
Xadrez 1 634 6,3%
Subtotal 25 748 100,0%
TOTAL 104 886

23
128_06_MIOLO1_To 05.07.07 15:09 Página 24

FIGURA VIII – Percentagem média de alunos praticantes, por tipologia de modalidades (2001/02 a 2004/05)

54,4%

Modalidades Colectivas

7,2% Actividades Náuticas e de


Exploração da Natureza

Desportos de Combate
0,6%
Desportos de Raquetas

Modalidades para Alunos


13,2% Portadores de Deficiência

Outras Modalidades

0,2%

24,5%

0,0% 10,0% 20,0% 30,0% 40,0% 50,0% 60,0%

Sob o ponto de vista do número de alunos-praticantes, por tipo de quadro competitivo (v. QUADRO
IX e FIGURA IX), verifica-se que as modalidades com “Quadro Competitivo Nacional”, representam cerca
de quatro quintos das restantes modalidades. Esta observação coincide com a análise anteriormente efec-
tuada, ou seja, a prática destas modalidades é mais participada porque realizada em instalações despor-
tivas escolares, para além do factor motivador de que a continuidade competitiva regional, nacional e,
eventualmente, internacional, possa representar para os alunos.

24
128_06_MIOLO1_To 05.07.07 15:09 Página 25

Quadro IX – Número e percentagem médios de alunos-praticantes, por tipo de quadro competitivo (2001/02 a 2004/05)

PERCENTAGEM EM PERCENTAGEM EM
QUADRO COMPETITIVO MODALIDADES MÉDIA RELAÇÃO AO RELAÇÃO AO
SUBTOTAL DO TIPO TOTAL DOS TIPOS
Andebol 5 169 6,2%
Atletismo 2 436 2,9%
Badminton 4 485 5,4%
Basquetebol 8 904 10,7%
Nacional Desportos Gímnicos 7 704 9,3% 79,0%
Futsal 27 897 33,7%
Natação 4 910 5,9%
Ténis de Mesa 7 127 8,6%
Voleibol 14 263 17,2%
Subtotal 82 893 100,0%
Actividades Náuticas 64 0,3%
Aeromodelismo 43 0,2%
Basebol e Softbol 129 0,6%
Bilhar 30 0,1%
BMX 10 0,0%
Boccia 138 0,6%
Bridge 11 0,1%
BTT 884 4,0%
Canoagem 581 2,6%
Capoeira 41 0,2%
Corfbol 342 1,6%
Actividades Rítmicas Expressivas 4 542 20,7%
Equitação/Hipismo 71 0,3%
Escalada 622 2,8%
Esgrima 237 1,1%
Goalball 23 0,1%
Golfe 1 210 5,5%
Regional e Local Hóquei de Sala/Patins 8 0,0% 21,0%
Jogos Tradicionais e Populares 502 2,3%
Judo 449 2,0%
Karting 89 0,4%
Luta 143 0,7%
Multiactividades Ar Livre/Aventura 3 272 14,9%
Orientação 1 497 6,8%
Outras 339 1,5%
Perícias/Corridas Patins 1 231 5,6%
Prancha à Vela 88 0,4%
Remo 32 0,1%
Rugby 325 1,5%
Surf/Bodyboard 45 0,2%
Ténis 2 199 10,0%
Tiro com Arco 644 2,9%
Vela 501 2,3%
Xadrez 1 634 7,4%
Subtotal 21 976 100,0%
Total 104 869

FIGURA IX – Percentagem média de alunos-praticantes, por tipo de quadro competitivo (2001/02 a 2004/05)

90,00%
80,00%
70,00%
Percentagem

60,00%
50,00% Nacional
40,00% Regional e Local
30,00%
20,00%
10,00%
0,00%

25
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3.2. Evolução do número de grupos/equipas

A taxa de crescimento médio total, do número de grupos/equipas, por escalão, ao longo dos quatro
anos considerados (v. QUADRO Xb e FIGURA X), é pouco significativa (4,0%). O escalão com o valor de
crescimento médio mais alto é o de “Iniciados” (10,3%), seguido pelos escalões de “Infantis” (7,6%) e de
Juniores (7,5%), embora aquele apresente um valor absoluto cerca de duas vezes e meia superior a este,
em 2004/05 (1.005 para 397 grupos/equipas). A única taxa de crescimento médio negativa é a da cate-
goria “Vários Escalões Mistos”, o que não acompanha o verificado com a taxa de crescimento médio dos
alunos-praticantes, em que em todos os escalões se verificaram valores negativos. Este aspecto permite
concluir que o crescimento médio de grupos/equipa não é acompanhado pelo aumento médio de alunos-
praticantes, em cada um desses grupos/equipas.

QUADRO X.a – Número de grupos/equipas, por escalão (2001/02-2004/05)

ESCALÃO 2001/02 2002/03 2003/04 2004/05


Infantis 807 730 873 1 005
Iniciados 1 160 1 055 1 324 1 555
Juvenis 683 692 694 738
Juniores 320 312 306 397
Vários Escalões 1 570 2 388 1 648 1 415
mistos
TOTAL 4 540 5 177 4 845 5 110

QUADRO X.b – Taxa de crescimento de grupos/equipas e taxa de crescimento médio, por escalão (2001/02 a 2004/05)

Taxa de
2001/02- 2002/03- 2003/04-
ESCALÃO crescimento
-2002/03 -2003/04 -2004/05
médio
Infantis -9,5% 19,6% 15,1% 7,6%
Iniciados -9,1% 25,5% 17,4% 10,3%
Juvenis 1,3% 0,3% 6,3% 2,6%
Juniores -2,5% -1,9% 29,7% 7,5%
Vários Escalões 52,1% -31,0% -14,1% -3,4%
mistos
TOTAL 14,0% -6,4% 5,5% 4,0%

FIGURA X – Taxa de crescimento de grupos/equipas, por escalão (2001/02-2004/05)

60,0%

50,0% Infantis
40,0%
Iniciados
30,0%

20,0% Juvenis
Percentagem

10,0%
Juniores
0,0%
2001/02 - 2002/03 - 2003/04 - Vários
-10,0% 2002/03 2003/04 2004/05 escalões
-20,0% Taxa Cresc.
Médio
-30,0%

-40,0%
Ano escolar

26
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3.3. Evolução do número de Clubes de Desporto Escolar

A elevada percentagem de estabelecimentos de ensino com Clubes de Desporto Escolar, ao longo


do período de quatro anos considerado (v. QUADRO 11 e QUADRO 12, em “QUADROS ESTATÌSTICOS”,
na parte final desta publicação, leva-nos a optar por uma análise sobre a situação do ano lectivo 2004/05,
no que se refere ao sector público e ao sector privado. Assim, verificamos que apenas 7,9% dos estabele-
cimentos de ensino públicos não tem Clubes de Desporto Escolar, enquanto que, relativamente às escolas
privadas, cerca de 60,2% estão fora da participação neste sector desportivo. No sector público, observa-
mos que na região de Lisboa está atingido o pleno das Escolas e que a região Centro está muito próxima
de o conseguir. Em relação ao sector privado, destaca-se com 82% de taxa de cobertura, um valor já pró-
ximo da média do sector público, a Direcção Regional de Educação do Centro, sendo que nas outra
regiões, as percentagens de escolas com Clube de Desporto Escolar, são inferiores à média nacional. Uma
das interpretações possíveis para este facto, poderá estar relacionada com uma maior disponibilidade de
instalações desportivas disponíveis para a prática de Desporto Escolar, na terceira região com maior núme-
ro de escolas privadas, não situadas em zonas de tão grande urbanidade, como Lisboa e Porto (em que se
sabe existirem um elevado número de “Externatos” sem condições para a oferta de Desporto Escolar).

QUADRO XI – Número e percentagem de Estabelecimentos de Ensino* com Clube de Desporto Escolar, por DRE

2004/05
DRE PÚBLICO PRIVADO TOTAL
N.º % N.º % N.º %
CDE (1) 381 87,4% 31 35,2% 412 78,6%
Norte
EE (2) 436 88 524
CDE (1) 253 97,7% 41 82,0% 294 95,1%
Centro
EE (2) 259 50 309
CDE (1) 345 100,0% 26 25,7% 371 83,2%
Lisboa
EE (2) 345 101 446
CDE (1) 93 74,4% 2 25,0% 95 71,4%
Alentejo
EE (2) 125 8 133
CDE (1) 64 92,8% 1 14,3% 65 85,5%
Algarve
EE (2) 69 7 76
CDE (1) 1 136 92,1% 101 39,8% 1 237 83,1%
TOTAL
EE (2) 1 234 254 1 488

* Do Sector Público e do Sector Privado, do 2.º e do 3.º ciclos do Ensino Básico e do Ensino Secundário
(1) CDE – Clubes de Desporto Escolar
(2) EE – Estabelecimentos de Ensino

FIGURA XI – Número de estabelecimentos de ensino com CDE (2004/05)

1 800

1 600

1 400
Número de estabelecimentos

1 200

1 000 Total

800 CDE

600

400

200

0
Norte Centro Lisboa Alentejo Algarve Total

27
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A taxa de crescimento médio total, do número de Clubes de Desporto Escolar, por Direcção Regional
de Educação no período considerado (v. QUADRO XII e FIGURA XII), apresenta um valor positivo de 1,9%.
Em relação a cada uma das Direcções Regionais de Educação, apenas o Algarve apresenta um decresci-
mo (menos três escolas). Esta redução não é significativa, face à percentagem muito elevada de participa-
ção global das Escolas no Desporto Escolar, quer no âmbito nacional, quer a nível regional.

QUADRO XII – Evolução do número de Clubes de Desporto Escolar, por Direcção Regional de Educação (2001/02 a 2004/05)

DRE 2001/02 2002/03 2003/04 2004/05


Norte 410 414 438 412
Centro 268 293 286 294
Lisboa 334 400 390 371
Alentejo 88 91 94 95
Algarve 69 67 68 65
TOTAL 1 169 1 265 1 276 1 237

FIGURA XII – Evolução do número de CDE por DRE (2001/02 a 2004/05)

500
450
400
350
2001/02
300
2002/03
250
2003/04
200
2004/05
150
100
50
0
jo

e
tro
te

oa

rv
te
or

en

ga
sb

en
N

Li
C

Al
Al

3.4. Evolução do número de professores-responsáveis por grupos/equipas

A taxa de crescimento médio total, do número de professores-responsáveis por grupos/equipas, de


2002/03 a 2004/05 (v. QUADRO XIII e GRÁFICO XIII), iguala, naturalmente, o valor encontrado em rela-
ção ao crescimento médio desses grupos/equipas. Relativamente às regiões educativas, apenas a
DREAlgarve apresenta uma variação significativa (5,3%). A DRELisboa apresenta tambem uma taxa positi-
va, se bem que tanto este aumento (1,8 %), como os decréscimos nas restantes regiões, sejam pouco sig-
nificativos.

QUADRO XIII – Número e taxa de crescimento de professores-responsáveis de grupos/equipas, por DRE

Taxa de
DRE 2002/03 VARIAÇÃO 2003/04 VARIAÇÃO 2004/05 VARIAÇÃO crescimento
médio
Norte 1 656 n.d. 1 527 -7,8% 1 551 1,6% -3,2%
Centro 1 277 n.d. 1 132 -11,4% 1 237 9,3% -1,6%
Lisboa 1 694 n.d. 1 625 -4,1% 1 754 7,9% 1,8%
Alentejo 346 n.d. 319 -7,8% 342 7,2% -0,6%
Algarve 204 n.d. 242 18,6% 226 -6,6% 5,3%
TOTAL 5 177 14,0% 4 845 -6,4% 5 110 5,5% 4,0%
n.d. – não disponível a nível regional, mas disponivel Total nacional

28
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FIGURA XIII – Taxa de crescimento de professores-responsáveis de grupos/equipas, por DRE (2004/05)


6,0% 5,3%
5,0%
4,0%
4,0%

3,0%
1,8%
2,0%
Percentagem

1,0%
Norte Centro Alentejo
0,0%
Lisboa Algarve TOTAL
-1,0%
-0,6%
-2,0%
-1,6%
-3,0%
-3,2%
-4,0%

3.5. Número de alunos-árbitros/juízes (2004/05)

Relativamente ao número de alunos-árbitros/juízes, apenas estão disponíveis dados relativamente ao ano


lectivo de 2004/05. Para um valor absoluto de 3 267 juízes/árbitros, a DRENorte é a região que apresen-
ta um maior contributo neste domínio, com uma percentagem de 42,3% (v. QUADRO XIV e FIGURA XIV)
do total de alunos-árbitros/juízes.

QUADRO XIV – Número e percentagem de alunos-árbitros/juízes, por DRE (2004/05)

DRE 2004/05
Norte 1 381 42,3%
Centro 909 27,8%
Lisboa 608 18,6%
Alentejo 209 6,4%
Algarve 160 4,9%
TOTAL 3 267 100,0%

FIGURA XIV – Percentagem de alunos-árbitros/juízes, por DRE (2004/05)

45,0%
42,3%

40,0%

35,0%

30,0%
27,8%

25,0%

18,6%
20,0%

15,0%

10,0%
6,4%
4,9%
5,0%

0,0%
Norte Centro Lisboa Alentejo Algarve

29
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3.6. Evolução do financiamento

Actualmente, mais de 98% das receitas do desporto Escolar são provenientes dos resultados da explora-
ção do jogo social denominado “Totoloto” (promovido pela Santa Casa da Misericórdia de Lisboa –
Decrecto-Lei n.º 317/2002, de 27 de Dezembro), apresentando-se a evolução das receitas, no período
compreendido entre 2001/02 a 2004/05 (v. QUADRO 18, em “QUADROS ESTATÍSTICOS”).

De acordo com o que se verifica no QUADRO XV, a taxa de crescimento médio do total das receitas do
Desporto Escolar, sofreu uma redução de 4,7% (sem entrarmos em linha de conta com os valores da infla-
ção), sendo esta diminuição resultado, principalmente, da variação verificada entre 2003/04 e 2004/05
(- 30,3%). Actualmente, mais de 98% das receitas do Desporto Escolar são provenientes dos resultados da
exploração do jogo social denominado “Totoloto“ (promovido pela Santa Casa da Misericórdia de Lisboa
– v. Decreto-Lei n.º 317/2002, de 27 de Dezembro), tornando-se evidente que a elevadíssima diminuição
de receita verificada no período referido, está directamente relacionada com a diminuição de apostas, que
foram transferidas para o jogo social denominado “Euromilhões”.

QUADRO XV – Taxa de crescimento das receitas do Desporto Escolar (2001/02 a 2004/05)

Taxa de
2001/02 – 2002/03 2002/03 – 2003/04 2003/04 – 2004/05 crescimento
médio
-8,0% 34,8% -30,3% -4,7%

FIGURA XV – Taxa de crescimento das receitas do Desporto Escolar (2001/02 a 2004/05)

40,00%
30,00%
20,00%
10,00% 2001/02 - 2002/03
0,00% 2002/03 - 2003/04
2003/04 - 2004/05
-10,00% Taxa de crescimento médio
-20,00%
-30,00%
-40,00%

30
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PRINCIPAIS
EVENTOS
Campeonatos Nacionais

Taça Luís Figo

Corta-Matos

MegaSprinter

Campeonatos Nacionais,
de Iniciados e de Juvens
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PRINCIPAIS
EVENTOS
1. INTRODUÇÃO

O programa “Actividades Desportivas” da DSDEAPS, constitui o cerne das actividades desenvolvidas pelo
Desporto Escolar, envolvendo um conjunto de competições internacionais e de competições nacionais.

No ano lectivo de 2004/05, a nível internacional, este programa contemplou a participação portuguesa
nos 57.os Jogos de Verão da Fédèration Internationale Sportive de l´Enseignement Catholique (FISEC), em
Madrid para os quais não foi possivel recolher dados estatísticos significativos e, também, a organização
da ISF (International Schoolsport Federation) Jean Humbert Cup 2005, em Atletismo, realizada em Portugal
(Vila Real de Santo António).

Abrangeu, também, um conjunto de competições nacionais, que enquadraram um leque de competições


regionais, realizadas ao nível das Direcções Regionais de Educação, por sua vez resultantes de competi-
ções locais, disputadas no âmbito geográfico (interconcelhio) das Coordenações Educativas, a saber:

A Taça Luís Figo;


Os Corta-Matos;
O MegaSprinter;
Os Campeonatos Nacionais de Iniciados e de Juvenis.

33
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2. AS COMPETIÇÕES INTERNACIONAIS

2.1. A ISF Jean Humbert Cup 2005, em Atletismo

A ISF, fundada em 1972, constitui a principal organização internacional de Desporto Escolar, contando com
a participação de cerca de 70 países dos cinco continentes. Organiza Encontros/Campeonatos Mundiais
de Desporto Escolar, em variadas modalidades, num calendário projectado a quatro anos, nos quais
Portugal tem tomado parte, como participante e como organizador. Mais recentemente, será de salientar
a organização, no nosso País, do Campeonato Mundial de Voleibol – 2000, em Matosinhos, do
Campeonato Mundial de Orientação – 2002, na Marinha Grande e a ISF Jean Humbert Cup, em Atletismo
(Campeonato Mundial de Pista) – 2005, em Vila Real de Santo António, a que se refere este sub-capítulo.

Nesta prova internacional, disputada na pista do moderno Complexo Desportivo de Vila Real de Santo
António, de 25 a 30 de Junho, estiveram presentes 22 países, com 375 atletas (v. QUADRO XVI), dos 15
aos 17 anos de idade, sendo a competição disputada em “masculinos” e em “femininos”, em dois âmbi-
tos: ”Equipas de Escola” e “Equipas de Selecção”, cuja classificação final (1.º, 2.º e 3.º lugares) se apre-
senta no QUADRO XVII.

Quadro XVI – Países e número de participantes na ISF Jean Humbert Cup 2005, em Atletismo

Número de
PAÍS Participantes
Alemanha 12
Andorra 12
Áustria 12
Bélgica (Flandres) 24
Bélgica (Francesa) 6
Bulgária 6
China Taipé 24
Espanha 24
Estónia 12
França 12
Inglaterra 24
Irão 12
Israel 12
Itália 24
Letónia 6
Macedónia 9
Nigéria 12
Polónia 24
Portugal 24
República Checa 12
República Eslovaca 24
República Popular da China 24
Turquia 24
TOTAL 375

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QUADRO XVII – Classificações finais da ISF Jean Humbert Cup 2005 em Atletismo

Equipas de Escola Equipas de Selecção


CLASSIFICAÇÃO
Femininos Masculinos Femininos Masculinos
Nº4 Middle School High School Attached
1.º of Wuhan to Tsinghua University Polónia Inglaterra
– R. P. China – R. P China
Sportchule “Friendrich Staatliches “Pierre-de-
2.º Ludwig Jahn” -Coubertin” Gymnasium Itália R. P. China
– Alemanha – Alemanha
3.º Rozenberg S.O. Mol Mayrettin Duran Lises Inglaterra Itália
– Bélgica – Flanders – Turquia

Como é norma nas organizações da ISF, cada evento é constituído não só pela sua componente central,
a competição, mas também por uma Cerimónia de Abertura, por uma Noite Cultural, por uma Estafeta da
Amizade e pela Cerimónia de Encerramento, programa este que possibilitou o desenvolvimento de momen-
tos assinaláveis de convívio internacional da juventude presente.

Será de sublinhar o elevado nível organizativo atingido no evento, publicamente salientado na respectiva
Cerimónia de Encerramento, quer pelos mais altos responsáveis da ISF, quer pelos Chefes de Delegação
dos países participantes. Para tal, muito contribuiu a qualidade das instalações do Complexo Desportivo
de Vila Real de Santo António, o extraordinário apoio da respectiva Câmara Municipal, bem como da
Federação Portuguesa de Atletismo e da Associação de Atletismo do Algarve. Indispensável será, ainda,
assinalar a colaboração, no apoio à alimentação, da Escola Básica 2/3 José I e da Escola Secundária de
Vila Real Santo António.

35
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3. AS COMPETIÇÕES NACIONAIS

3.1. A Taça Luís Figo

A Taça Luís Figo constituiu uma das formas organizativas da actividade inter-
na dos Clubes de Desporto Escolar, de adesão voluntária, sendo criada no
ano lectivo 2004/05, a partir de um protocolo entre a DGIDC e a Fundação
Luís Figo. A DGIDC estabeleceu uma parceria com esta Fundação (cujas
finalidades, em síntese, visam a valorização pessoal e o desenvolvimento
dos jovens, como cidadãos plenos, através da educação, formação e da
prática desportiva) com o objectivo de desenvolver a actividade interna nos
Clubes de Desporto Escolar. Foi, assim, definido um Regulamento da Taça,
circunscrevendo as regras de participação dos Clubes, em torno de um con-
junto de modalidades, a saber: o Andebol, o Atletismo, o Basquetebol, o
Ciclismo, o Judo, o Karting, a Natação, o Ténis, o Triatlo e o Voleibol.

Sobre os aspectos principais deste regulamento, diremos que a participação


na Taça Luís Figo obrigou:

Ao compromisso de realização de torneios inter-turmas nas


modalidades de Andebol, Basquetebol e Voleibol, de acordo
com algumas regras específicas;

À organização de um Corta-Mato da Escola e de um Torneio


Individual de Atletismo com as seguintes provas: velocidade (40
metros), salto em altura, salto em comprimento e lançamento do
peso. Em cada uma das provas referidas, o número de alunos
participantes deverá ser igual ou superior a cinco vezes o núme-
ro de turmas da escola;

A que, em relação às restantes modalidades (Ciclismo, Judo,


Karting, Natação, Ténis e Triatlo), as escolas escolhessem duas,
de acordo com as suas preferências (das modalidades seleccio-
nadas deveriam ser obrigatoriamente realizadas uma actividade
no 2.º período e outra, no 3.º período).

Inscreveram-se na Taça Luís Figo 410 Clubes de Desporto Escolar, nas


modalidades que se apresentam no Quadro XVIII Estes Clubes foram apoia-
dos pela Fundação com material desportivo, no valor de 750 Euros cada,
de acordo com as necessidades específicas que expressaram.

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Coordenações N.º de MODALIDADES


Educativas/DRE Escolas Judo Karting Ténis Triatlo Natação Ciclismo Total
Bragança 6 2 0 3 1 0 6 12 QUADRO XVIII – Número e tipo de
modalidades seleccionadas pelos
Vila Real 11 4 3 6 1 5 3 22
Clubes de Desporto Escolar
Braga 15 2 0 8 2 9 9 30
Douro Sul 4 0 0 3 0 3 2 8
Entre D. e Vouga 15 5 3 6 3 9 4 30
Porto 17 5 0 12 1 10 6 32
Tâmega 12 7 0 4 0 7 6 24
Viana do Castelo 23 6 1 6 5 14 14 46
Vila Real 11 4 3 6 1 5 3 22
DREN 103 31 7 48 13 57 50 204
Aveiro 13 5 1 6 2 4 8 26
Castelo Branco 22 7 4 12 5 6 10 44
Coimbra 34 9 2 20 3 16 18 68
Guarda 5 1 0 4 0 2 3 10
Leiria 21 3 3 13 1 13 9 42
Viseu 33 11 1 19 6 18 11 66
DRECentro 128 36 11 74 17 59 59 256
Lisboa 39 19 1 26 3 14 15 78
Lezíria e MT 29 5 4 13 2 18 16 58
Oeste 17 6 1 11 3 8 5 34
Setúbal 41 17 8 30 5 12 11 84
DRELisboa 126 47 14 80 13 52 47 254
Alentejo Central 7 1 1 1 1 6 4 14
Alto Alentejo 17 3 1 5 0 10 15 34
Baixo Alentejo 7 2 0 6 1 5 0 14
DREAlentejo 31 6 2 12 2 21 19 62
DREAlgarve 22
17 10 0 14 4 8 10 44
Total 410 130 34 228 49 197 185 820

As actividades desenrolaram-se ao longo do ano lectivo, de acordo com a


lógica descrita para o funcionamento da actividade interna (v.“vii.
Actividade interna”, no Capítulo “2. Conceitos”).

No final do ano lectivo, foi organizada a fase nacional, realizada na Maia,


de 27 a 29 de Maio, com a presença de 277 Escolas e 1.662 alunos de
todo o País, que competiram, durante esses três dias, nas modalidades da
sua preferência.

Esta forma de organização da actividade interna, no seu primeiro ano de


concretização, obteve resultados muito positivos, em termos do desenvolvi-
mento da dinâmica interna dos Clubes de Desporto Escolar aderentes que,
se espera, possa vir a ser intensificada, nos anos subsequentes, como estra-
tégia relevante para a generalização da prática desportiva escolar.

37
128_06_MIOLO2_to 05.07.07 15:14 Página 38

3.2. Os Corta-Matos

Os Corta-Matos são um dos eventos desportivos com maior tradição e sig-


nificado no Desporto Escolar. Organizados em diversas fases – de Escola,
de Coordenação Educativa* (inter-concelhia), nacional e internacional –
são uma competição que, no seu conjunto, envolve um muito significativo
de participantes (mais de 200 000 alunos, em cada ano). Praticamente
todas as Escolas com Clube de Desporto Escolar organizam a sua prova
interna, apurando os respectivos alunos para o Corta-Mato da sua
Coordenação Educativa (a equipa vencedora da Fase “Escola” ou
“Concelhia” e/ou os 6 melhores classificados individualmente, por esca-
lão/sexo). Também, todas as 21 Coordenações Educativas organizam o seu
Corta-Mato (v. QUADRO XIX), durante os meses de Fevereiro e Março, con-
figurando-se provas de 1.000 a 5.000 participantes, em dez escalões:
“Infantis A”, “Infantis B”, “Iniciados”, “Juvenis” e “Juniores”, do sexo mascu-
lino e do sexo feminino. Em cada um destes Corta-Matos é apurado um
conjunto de alunos para uma prova de nível nacional (na mesma lógica da
forma de apuramento anterior, acima citado) e deste, para o Corta-Mato da
ISF (prova mundial, organizada de dois em dois anos).

No entanto, o significado do Corta-Mato não está apenas relacionado com


a sua elevada expressão quantitativa. Objectivamente, estas provas, reali-
zadas a nível das Coordenações Educativas, são o único momento, anual-
mente vivido, considerando todas as vertentes do sistema educativo, em que
um número muito significativo de alunos e de professores de Educação
Física e Desporto – de, praticamente, todas as Escolas do País, de todos os
concelhos, de cada uma dessas Coordenações Educativas – se encontram
numa jornada de competição e convívio, no âmbito do Desporto Escolar.
Estabelece-se, assim, no todo do território nacional, um conjunto de tempos
e espaços de comunhão, que ultrapassam o mero acto desportivo e que, uti-
lizando o Desporto Escolar como pretexto e meio, orientando-se pelos ele-
vados valores que consagra e persegue, se constituem como um acto edu-
cativo de grande relevância.

* Existem Coordenações Educativas onde é organizada uma fase concelhia.

38
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QUADRO XIX – Calendário de realização dos Corta-Matos 2004/05

DRE Coordenação Educativa Datas


Algarve – 29-Jan.
Alto Alentejo e Alentejo Litoral 01-Fev.
Alentejo Alentejo Central 02-Fev.
Baixo Alentejo 03-Fev.
Aveiro 14-Fev.
Coimbra 15-Fev.
Leiria 16-Fev.
Centro
Castelo Branco 17-Fev.
Guarda 18-Fev.
Viseu 19-Fev.
Bragança 21-Fev.
Vila Real 22-Fev.
Douro Sul 23-Fev.
Tâmega 24-Fev.
Norte
Braga 25-Fev.
Porto 26-Fev.
Entre Douro e Vouga 28-Fev.
Viana do Castelo 01-Mar.
Oeste 02-Mar.
Lisboa 03-Mar.
Lisboa
Península de Setúbal 04-Mar.
Lezíria e Médio Tejo 05-Mar.
NACIONAL SANTARÉM 12-Mar.

39
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3.3. O MegaSprinter

O MegaSprinter é um projecto plurianual (quatro anos), organizado a par-


tir do ano lectivo 2004/05, no âmbito de um protocolo estabelecido entre
a DGIDC e a Federação Portuguesa de Atletismo (FPA), com o apoio do
Comité Olímpico de Portugal (COP) e com o patrocínio da Solidariedade
Olímpica Internacional (COI) e de Francis Obikwelu, expoente máximo da
velocidade, em Portugal, e medalha de prata nos Jogos Olímpicos de
Atenas, em 2004.

Este projecto é realizado no âmbito da disciplina de velocidade, em


Atletismo e pretende sensibilizar os jovens para a prática específica desta
especialidade e para a modalidade, em geral, desenvolvendo a velocidade,
como capacidade física transversal à prática dos desportos. Por último, visa
a detecção de talentos desportivos na velocidade, em Atletismo.

O MegaSprinter é dirigido a todos os alunos, do sexo masculino e do sexo


feminino, de todas as Escolas do 2.º e 3.º Ciclos do Ensino Básico e do
Ensino Secundário, sendo operacionalizado a partir de um teste de veloci-
dade, em 40 metros, realizado nas aulas de Educação Física, na distância
codificada pelo comprimento de um campo de Andebol, de acordo com um
conjunto de outros critérios, simples e claramente definidos.

São considerados cinco escalões etários, por sexo (v. QUADRO XX), sendo
o formato organizativo considerado o que se apresenta no (QUADRO XXI).

Escalões 2004/2005 2005/2006 2006/2007 2007/2008


Infantis A 94/95 95/96 96/97 97/98
QUADRO XX – Escalões etários/da-
tas de nascimento dos participan- Infantis B 92/93 93/94 94/95 95/96
tes no MegaSprinter Iniciados 90/91 91/92 92/93 93/94
Juvenis 88/89 89/90 90/91 91/92
Juniores* 86/87 87/88 88/89 89/90

* Só na fase escola e com carácter facultativo

Sistema Locais Sistema


Nacional Organização
de Participação de Actividade de Apuramento
QUADRO XXI – Formato organiza- Clube de Desporto
1.a Fase Escola ou Pista 2 melhores alunos
tivo do MegaSprinter Escolas Aderentes Escolar/Grupo
Escola de Ar Livre por Sexo/Escalão
de Educação Física
Associação Distrital
Pista a designar pela
2.a Fase Alunos seleccionados (Competição) 2 melhores alunos
Associação Distrital
CE* da Fase Escola Desporto Escolar por Sexo/Escalão
de Atletismo
(Transportes)
Participam os 2
Alunos seleccionados melhores alunos por
3.aFase Pista a designar pelo
da Fase CE e das FPA e DE Escalão/Sexo por
Nacional Desporto Escolar
Regiões Autónomas CE + Regiões
Autónomas
Pista a designar pela Participam os 2
4.a Fase Alunos seleccionados Federação melhores alunos por
FPA e DE
Estágio da Fase Nacional Portuguesa Escalão/Sexo da
de Atletismo Fase Nacional

* Coordenação Educativa

40
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Durante o ano lectivo 2004/05, 526 Escolas participaram na 1.ª Fase, não
se encontrando disponível o número de participantes, por dificuldades asso-
ciadas à recolha de informação. Este é, no entanto, o projecto mais abran-
gente jamais realizado pelo Desporto Escolar, visando o todo dos alunos das
Escolas do 2.º e 3.º Ciclos do Ensino Básico e do Ensino Secundário (um
público-alvo de mais de 800 000 alunos), cuja ambição, no que diz respeito
ao quantitativo de participação perspectivada, no final dos quatro anos do
projecto, é directamente proporcional à simplicidade de operacionalização
da actividade pretendida, ao nível da Escola.

Na 2.ª fase, disputada no âmbito das Coordenações Educativas, participou


o referido conjunto de 526 Escolas (v. QUADRO XXII) e de 5.878 alunos,
dos dois sexos. Na região Centro observou-se a maior participação (176
Escolas), sendo a média de participação, por Coordenação Educativa,
superior à média total, na região de Lisboa e na região do Algarve.
Registou-se, ainda, um claro equilíbrio entre a participação masculina e a
participação feminina (v. FIGURA XVI). A participação de alunos, por esca-
lão etário e por Direcção Regional de Educação, é a que se apresenta na
FIGURA XVII e XVIII, respectivamente.

N.o Total de Escolas


DRE/CE Datas Local da Prova
no MegaSprinter
DREALG Algarve 19-Abr Quarteira 40 40 QUADRO XXI – Número de Escolas
participantes na 2.ª Fase/Coorde-
Alto Alent./Alent. Litoral 08-Abr Beja 23
nação Educativa do MegaSprinter
DREALE Alentejo Central 10-Mar Évora 5 53
Baixo Alentejo??? 13-Abr Castelo de Vide 25
Oeste 16-Mar C. da Rainha 15
Lisboa 08-Abr Massamá 42
DREL 115
Setúbal 16-Mar Seixal 24
Lezíria 06-Abr Alpiarça 34
Aveiro 25-Fev Espinho 26
02-Mar
Coimbra Coimbra 30
09-Mar
DREC Leiria 15-Mar Marinha Grande 27 176
C. Branco 17-Mar Valongo 34
Guarda 07-Mar Guarda 13
Viseu 06-Abr Viseu 46
Bragança 05-Mar Bragança 21
Vila Real 16-Abr UTAD 13
Douro Sul 16-Abr UTAD 4
Tâmega 23-Abr Maia 19
DREN 142
Braga 06-Abr o 14
1. Maio
Porto 05-Mar Maia 34
EDV 23-Fev Espinho 23
Viana 08-Abr Viana 14
TOTAL 526

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FIGURA XVI – Número de alunos Masc.


2.858
participantes na 2.ª Fase/Coorde- 3.020 Fem.
nação Educativa do MegaSprinter,
por sexo (2004/05)

1750 1.654
FIGURA XVII – Número de alunos 1.514
1500 1.356 1.354
participantes na 2.ª Fase/Coorde-
nação Educativa do MegaSprinter, 1250
por escalão etário (2004/05) 1000
750
500
250
0
Inf. A Inf. B Inic. Juv.

2500 2.273
FIGURA XVIII – Número de alunos
participantes na 2.ª Fase/Coorde- 2000
nação Educativa do MegaSprinter, 1.436
Nº de alunos

por DRE (2004/05) 1500


1.130
1000 673
559
500

0
DREAlg DREAle DREL DREC DREN

O MegaSprinter foi concluído em 2004/05 com a realização da 3.ª Fase –


Nacional, com a participação dos dois alunos mais velozes de cada esca-
lão etário e sexo, de cada Coordenação Educativa (352 alunos), a que se
juntaram 16 alunos de cada uma das Regiões Autónomas dos Açores e da
Madeira, perfazendo um total de 384 finalistas. Esta 3.ª Fase foi disputada
na pista do Complexo Desportivo Municipal de Óbidos, com a presença de
Francis Obikwelu.

42
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3.4. Os Campeonatos Nacionais


de Iniciados e de Juvenis

Os Campeonatos Nacionais do Desporto Escolar são o corolário e expres-


são máxima das competições escolares realizadas em Portugal. Em cada
ano, durante três dias do mês de Maio, em modalidades de um quadro
competitivo nacional previamente definido, os grupos/equipas e os alunos-
-praticantes campeões de cada uma das cinco Direcções Regionais de
Educação do Continente e das Regiões Autónomas dos Açores e da
Madeira, encontram-se numa capital distrital, para disputarem os títulos de
campeões nacionais do Desporto Escolar. Este evento constitui, assim, o
leitmotiv de muitos milhares de jovens que se dedicam ao desporto, como
fonte de prazer saudável e de desenvolvimento pessoal e social. De referir,
que os eventos nacionais procuram corresponder, plenamente, às finalida-
des definidas para o Desporto Escolar, pelo que os respectivos programas
consagram, para além do formalismo das competições, momentos culturais
e de festa, de expressão colectiva (v. exemplo em QUADRO XXIII), essenciais
para a plena assumpção dos valores de integração sócio-cultural que o
Desporto Escolar e, o desporto em geral, podem proporcionar.

Sexta-Feira, 13 de Maio 2005

13 – 15.00 h Recepção das comitivas ............. Locais de Alojamento


15.30 h Reunião Técnica ........................ Locais de Alojamento
QUADRO XXIII – um exemplo de
17.00 h Início das Competições .............. Pavilhões
Programa Geral: os Campeonatos
19.30 h Jantar ....................................... Cantinas Nacionais de Juvenis, em Viana do
21.30 h Cerimónia de Abertura .............. Praça da Republica – Viana do Castelo Castelo – 2005
23.00 h Regresso ao Alojamento ............ Locais de Alojamento

Sábado, 14 de Maio 2005

07.30 – 08.30 h Pequeno-Almoço ....................... Cantinas


09.00 h Reinício das Competições .......... Pavilhões
12.00 – 14.00 h Almoço ..................................... Cantinas
14.30 h Reinício das Competições .......... Pavilhões
19.30 h Festa Convívio .......................... Quinta do Santoínho – Darque
23.30 h Regresso ao Alojamento ............ Locais de Alojamento

Domingo, 15 de Maio 2005

07 30 – 08.30 h Pequeno-Almoço ....................... Cantinas


09.00 h Reinício das Competição ........... Pavilhões
11.30 Fim da Competição ................... Pavilhões
11.35 h Entrega de Troféus ..................... Pavilhões
12.30 h Almoço ..................................... Cantinas
15.00 h Regresso das Comitivas ............. Locais de Embarque (Comboio)

Em 2004/2005, foram organizados o Campeonato Nacional de Juvenis, de


13 a 15 de Maio, em Viana do Castelo e o Campeonato Nacional de
Iniciados, de 20 a 22 de Maio, em Leiria,estes veventos contaram com a
presença de 3.361 alunos campeões regionais das diversas modalidades
com quadro competitivo nacional e de dezenas de professores-responsáveis
(treinadores) dos respectivos grupos/equipas e de organizadores de eventos.

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Número
Modalidades Escalões
de participantes
Quadro XXIV – Número de partici- Iniciados 120
Andebol
pantes nos Campeonatos Nacio- Juvenis 120
nais de Iniciados e de Juvenis – Iniciados 210
2005, por modalidades e por esca- Atletismo
Juvenis 210
lões
Iniciados 100
Badmigton
Juvenis 100
Iniciados 120
Basquetebol
Juvenis 120
Acrobática Trios
Acrobática Pares 69
Acrobática Pares Mistos
Vários
Desportos Aeróbica 120
Escalões
Gímnicos Artística 20
Mistos
Grupo 200
Rítmica 38
Trampolins 15
Vela (Optimist) 48
Vários
Desportos Prancha à Vela 44
Escalões
Náuticos Canoagem 64
Mistos
Surf 48
Iniciados 26
Escalada
Juvenis 26
Iniciados 16
Esgrima
Juvenis 16
Iniciados 120
Futsal
Juvenis 120
Golfe Vários Escalões 48
Iniciados 36
Judo
Juvenis 36
Multiactividades de Ar Livre Vários Escalões 120
25 M. Mariposa
50 M. Costas
Iniciados 64
100 M. Livres
4 × 50 M. Livres
Natação
50 M. Livres
50 M. Bruços
Juvenis 64
100 M. Estilos
4 × 25 M. Estilos
Iniciados 98
Orientação
Juvenis 98
Iniciados 81
Ténis de Mesa
Juvenis 90
Iniciados 32
Ténis
Juvenis 32
Iniciados 120
Voleibol
Juvenis 120
Vários Escalões
Actividades Rítmicas Expressivas 232
Mistos
Iniciados 1 143
Juvenis 1 152
Total Vários Escalões
1 066
Mistos
3 361

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No plano dos resultados qualitativos das competições, numa sintética aná-


lise global, será de salientar que se observou a necessidade de uma evolu-
ção técnico-táctica, a nível individual e colectivo, factor ainda muito rela-
cionado com o reduzido número de horas de treino semanal, em média,
face aos padrões de referência.

Não menos importante, do ponto de vista social e do espírito desportivo,


constatou-se um comportamento global condizente com os valores defini-
dos para a prática do Desporto Escolar, verificando-se, também, o cumpri-
mento generalizado das regras de funcionamento estabelecidas, o que é
sempre de salientar, face aos mais de três milhares de alunos presentes.

Por último, é essencial referir que, ao longo dos anos, o papel desempe-
nhado pelas Autarquias no apoio a estes eventos se revela completamente
decisivo. De facto, deverá ser salientado, só para citar o ano em apreço,
como exemplo, que o apoio prestado pela Câmara Municipal de Viana do
Castelo, no Campeonato Nacional de Juvenis e pela Câmara Municipal de
Leiria, no Campeonato Nacional de Iniciados, foi a todos os títulos funda-
mental, para assegurar os aspectos logísticos de suporte ao desenvolvimen-
to adequado das competições, num clima de bem-estar e segurança que
são indispensáveis garantir, quando se movimentam milhares de jovens.

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BOAS
PRÁTICAS
Introdução

Apresentação de Casos
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BOAS
PRÁTICAS
INTRODUÇÃO

Referir exemplos de boas práticas no Desporto Escolar não se torna difícil,


dado a relação entre o ecletismo patente no Desporto Escolar e o empe-
nhamento e capacidade de superação das dificuldades que se reconhece
em muitos dos profissionais de Educação Física e Desporto, os quais se res-
ponsabilizam pela formação dos seus alunos-praticantes.

A questão, entenda-se, assim, não é a falta de bons exemplos, mas antes,


a capacidade de ultrapassagem de algumas dificuldades reais, para que
seja possível a sua generalização. Temos de ter em conta que o Desporto
Escolar constitui um sistema que agrega um conjunto de cerca de 42 sub-
sistemas (as modalidades desportivas), cada um deles possuidor de carac-
terísticas muito próprias como, por exemplo, os espaços e materiais especí-
ficos para a sua prática, muito diferenciados entre si. A esta complexidade
agregam-se limitações no plano da capacidade espacial e temporal insta-
lada, relacionadas com a oferta e com a procura, para o desenvolvimento
das actividades desportivas.

De todo o modo, parece-nos imprescindível que se conheçam referências


de qualidade, no que concerne aos modelos de funcionamento dos Clubes
de Desporto Escolar, como uma forma de contribuir para a superação dos
problemas e para a objectivação de critérios de êxito gerais, pelo que se
apresentam um conjunto exemplificativo de treze casos de boas práticas,
identificadas no Desporto Escolar.

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Escola EB 2,3 Mestre Domingos Saraiva – Algueirão

um final feliz
A vida na EB 2,3 Mestre Domingos Saraiva, no Algueirão, não é

Guião para
fácil. Há razões sociais, económicas e familiares para que assim
seja. «Cerca de metade destes alunos não tem uma família comple-
ta», avança Paulo Barrigana, professor responsável pelo Centro de
Formação de Atletismo da escola. O que não impede este estabele-
cimento de ensino de produzir atletas empenhados e vencedores.

Os bairros sociais vizinhos, enormes blocos de betão, fornecem


boa parte dos alunos. «Somos a freguesia com mais casos no
Tribunal de Menores», garante o mesmo professor. Mais palavras
para quê? O dia está triste e cinzento. Chove. Não haja enganos:
a vida é assim para a esmagadora maioria dos alunos.

Pode um ambiente destes criar bons desportistas? Aparentemente,


a resposta seria negativa. A realidade, porém, é diferente. O
Centro de Formação de Atletismo – recebe também alunos de
outras escolas (Leal da Câmara, Gama Barros, Mem Martins,
Matias Aires, Escola Básica integrada do 1.º Ciclo da Tapada das
Mercês, Cavaleira, António Sérgio e 1.º Ciclo da Ouressa) – em
funcionamento há seis anos, tem conseguido ultrapassar as dificul-
dades. Paulo Barrigana explicará como é possível o milagre.

O início não foi fácil. Quem aparecia, por norma, era admitido.
Mas rapidamente a estratégia mudou. A aposta virou-se para os
mais novos. O trabalho deu os primeiros passos com os alunos do
2.º Ciclo. Não demorou muito até os resultados aparecerem. A
argúcia e experiência dos docentes (na Escola trabalham três neste
projecto) ajudou a encaminhar os alunos para as diferentes discipli-
nas do atletismo. Eram e são feitos testes físicos, mas a captação
funciona melhor através da oralidade. É o aluno que diz ao amigo
e este ao outro amigo. Depois, há muitas hipóteses de escolha: cor-
ridas de barreiras, salto em altura, triplo salto, salto em comprimen-
to, salto com vara (as varas são de bambu), corta-mato, lançamen-
to do dardo, do peso e do disco. Actualmente, cerca de centena e
meia de jovens estão integrados neste projecto do Desporto Escolar.

Face aos bons resultados obtidos, a necessidade de crescer tornou-se


imperiosa. Há quatro anos nasceu a parceria com a Associação de
Desporto Escolar de Sintra (ADE Sintra). Formou-se o Clube Escola
Mestre Domingos Saraiva/Associação Desporto Escolar de Sintra. A
escola possui agora vários alunos federados, em diversas modalidades,
em diferentes escalões etários. A parceria tem sido fundamental. A ADE
Sintra tem fornecido material diverso, que vai desde o simples fato de
treino até ao indispensável (e caro) colchão para os saltos em altura e
ao dinheiro para o transporte para as provas. Que são muitas. Paulo
Barrigana garante que os seus alunos vão a todas as provas do calen-
dário da Associação de Atletismo de Lisboa e a muitas outras organi-
zadas na região. Como se trata de uma escola, as preocupações de
índole pedagógica não são colocadas de parte: alunos com negativas,
alunos em véspera de testes, ficam, por norma, em casa.

51
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Escola EB 2,3 Mestre Domingos Saraiva – Algueirão

Não há pista, o campo é de cimento! Apenas


dois corredores de 40 metros de tartan. É onde
os miúdos treinam as provas de velocidade. Há
pedras pelo chão, os muros têm sinais visíveis de
degradação. «Faz-nos falta uma pista», lamenta
Paulo Barrigana, homem de palavra fácil e rápi-
da. «Mas o que digo aos professores é que é pos-

e a sardinha
sível fazer corridas sem pista. Como? Eu próprio

O tubarão
faço as pistas com marcadores dentro ou fora do
pavilhão. Outras vezes, utilizamos um campo
que existe próximo daqui.» É a velha rábula des-
portiva das omeletes sem ovos. O professor con-
corda e avança com um exemplo curioso: «Temos
de usar a imaginação. Por exemplo, em cada um
destes corredores coloco dois alunos, um à fren-
te do outro. Um é o tubarão, o outro a sardinha.
Para sobreviver é preciso que o primeiro não
apanhe a segunda. Ou seja, é preciso que quem parte à frente não
se deixe ultrapassar.» O método, pelos resultados obtidos, parece
resultar.

Do pavilhão não há razões de queixas. Seria bom que também não


existissem dos seus utilizadores, mas não é bem assim. Os cacifos
são disso testemunha. O recinto tem boas condições, tem mesmo
um pequeno ginásio para musculação, que é exibido com orgulho.
Não é para menos. Está bem apetrechado, tem o que é essencial.
Bolas medicinais, discos, pesos, dardos, as já referidas varas de
bambu do salto em altura. Tudo bem arrumado, tudo certinho, tudo
estimado. «Estes dardos trouxe-os do Estádio Nacional. Iam deitá-
-los fora e aproveitei-os», revela Paulo Barrigana que se dirige
depois para um dos topos do pavilhão onde o armário dos ténis
está também trancado. «Muito do que está a ver é oferecido. Há
atletas meus amigos, como o Rui Silva, que dão algum material.»

A escola agradece, os alunos também. Porque para muitos deles,


o desporto e o centro de formação de atletismo «é uma garantia de
integração, é uma forma de não abandonar a escola. Temos aqui
muitos alunos que vieram de outros países e o facto de praticarem
desporto, de participarem em provas, em campeonatos, dá-lhes
mais confiança.»

Esse é um dos pontos fortes que ajuda a manter acesa a chama dos
docentes. Mas há mais. «O brilho nos olhos dos miúdos, a alegria,
a certeza de que mesmo saindo da escola continuarão a ela liga-
dos por causa do atletismo.»

Num meio difícil, desfavorecido, onde incentivar os jovens a fre-


quentarem o ensino é complicado, onde o aproveitamento escolar
é mau e obriga a alterar, muitas vezes, os planos de treinos, a famí-
lia pouco ou nada acompanha os miúdos. Paulo Barrigana explica:
«Com os problemas sociais que existem e que nem é razoável con-

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Escola EB 2,3 Mestre Domingos Saraiva – Algueirão

tar, com o desemprego, com as carências de toda a ordem que


muitos miúdos têm, torna-se quase impossível dizer aos pais para
acompanharem os seus filhos.» E é por isso que criar bons atletas
num meio assim acaba por ter o seu quê de espanto. Como se cati-
va um jovem para praticar desporto? «Não sei. Se calhar é pelo
meu tom de voz, pela confiança que lhes transmito.» Talvez por isso,
pela simplicidade e abertura com que expõe as suas ideias, o pro-
jecto cresceu imenso. Cresceu tanto que agora Paulo Barrigana
avança com a necessidade de ter uma outra estrutura. «Temos
imenso trabalho. Fazemos de tudo, falta-nos tempo para muitas
coisas. Como, por exemplo, para dar a conhecer melhor, dentro da
própria escola, as nossas actividades.»

Enquanto esse futuro não vem, os miúdos do Centro de Formação


de Atletismo da EB 2,3 Mestre Domingos Saraiva continuarão a
treinar diariamente e a fazer pequenos milagres. De forma a que o
guião preveja também um final feliz.

Montra
de sucessos
Final feliz têm muitas provas onde participam os alunos da EB
2,3 Mestre Domingos Saraiva. Final feliz é aqui, por norma,
sinal de vitória ou de resultados bem acima do esperado. É Ano de início das actividades do
uma montra de sucessos que se vê na longa lista de presen- Desporto Escolar na Escola/Agru-

ças nas mais diversas provas. No ano lectivo de 2004/05 pamento:

Paulo Barrigana e os seus pupilos andaram por todo o lado. 1997


Consigo trouxeram muitos resultados de pódio, muitas ale- Modalidades praticadas:
grias para contar. Uma forma de esquecer, por instantes, rea-
Atletismo, golfe, natação,
lidades difíceis.
ténis de mesa; dinamização
interna
Para que conste, eis alguns dos principais sucessos obtidos no
ano passado: campeões regionais em masculinos e femininos N.º de alunos abrangidos pelas
actividades em 2004/2005:
de iniciados; aluna campeã regional de barreiras, salto em
comprimento e estafeta; primeira posição no lançamento do 250
peso; 1.º e 2.º lugar no salto em altura; 1.º e 2.º lugar nos N.º de docentes abrangidos pelas
80 metros. Nos campeonatos nacionais do Desporto Escolar actividades em 2004/2005:
as equipas masculinas e femininas de iniciados obtiveram o
9
título de vice-campeãs nacionais; aluna campeã no salto em
comprimento; 2.º e 3.º lugares no lançamento do peso; 2.º e
3.º lugares no salto em altura; e por aí fora...

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Escola EB 2,3 Nossa Senhora da Luz – Arronches

ao ritmo da escola
Algures no Norte Alentejano há uma terra que vive de forma muito
própria o Desporto Escolar. Num concelho com pouco mais de três
mil habitantes, a meio caminho entre Estremoz e Portalegre, as acti-
vidades desportivas são vividas intensamente por todos os alunos e
apreciadas pela população. Não será muito fácil encontrar um
concelho como Arronches.

Conceito
O Desporto Escolar tem na EB 2,3 de Nossa Senhora da Luz raízes
bem profundas. As quase duas décadas que leva de implementação
foram mais do que suficientes para incutir na população e em toda
a escola um espírito diferente. «Aqui sente-se que a Educação Física
tem a mesma importância que a Matemática, a Língua Portuguesa
ou as Ciências», garante José Monteiro, vice-presidente do
Conselho Executivo e coordenador do Desporto Escolar. Prova de
tanta dinâmica foi a atribuição pelo Ministério da Educação do
Prémio «Escola» na Gala do Desporto Escolar, referente ao ano lec-
tivo 2003/2004. «Deixa-nos envaidecidos, não vou esconder isso.
Mas não trabalhamos para obter esses reconhecimentos, trabalha-
mos para os nossos alunos», garante o mesmo responsável.

A localidade é pequena e sofre dos mesmos males que muitas


outras aldeias e vilas do interior: população envelhecida, pouca
juventude, desertificação imparável. Os números ajudam a descre-
ver esta realidade: o agrupamento de escolas e jardins de infância
do concelho de Arronches tem 316 alunos. «Gostaríamos de ter
mais alunos, não tenho dúvidas que esse é um dos pontos fracos
de tudo isto», sustenta com um travo de amargura José Monteiro.
Os números são arrasadores, mas não o suficiente para abalar a
forte dinâmica que o Desporto Escolar impôs na escola.

Como é que tudo se processa? Neste ano lectivo existem três moda-
lidades à escolha: natação, desportos gímnicos e
futsal. Os grupos/equipa são de continuidade, ou
seja, um professor cria um grupo que assim se
manterá durante os quatro anos em que permane-
cer na escola. No ano transacto, por exemplo,
existiu também basquetebol feminino, que chegou
mesmo à fase nacional do Desporto Escolar, mas
todo o trabalho acabou por não ter continuidade.
Terminado o terceiro ciclo, as alunas dispersaram-
se por várias escolas e tudo ficou por aí. É um
Envolvência

aspecto que José Monteiro lamenta mas que não


o preocupa em demasia: «Damos aos alunos uma
formação integral dentro daquilo que é o espírito
desportivo e tentamos dotá-los dos meios técnicos,
de tal forma que se optarem por seguir uma car-
total

reira desportiva têm já na bagagem uma forma-


ção de base que os deixa felizes.»
Em Arronches, não há qualquer tradição despor-
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Escola EB 2,3 Nossa Senhora da Luz – Arronches

tiva. Desporto é mesmo sinónimo de escola. Na natação, por


exemplo, as lições começam logo no pré-escolar. Não admira, por
isso, que os alunos olhem para o Desporto Escolar de forma muita
positiva e leve a que os índices de participação sejam elevadíssi-
mos. Como as tardes das quartas-feiras são livres e dedicadas ao
desporto, José Monteiro garante que a escola é, nesses dias, bas-
tante concorrida. Os pais olham para tudo isto com bons olhos e
sempre que podem marcam presença e mostram-se interessados.

Mas a envolvência não se estende só a pais e alunos. Também funcio-


nários e professores se mobilizam de forma voluntária. «Pretendemos
que o Desporto Escolar seja transversal e por isso há outros departa-
mentos como as Ciências ou a Educação Visual envolvidos.»

Para melhor se perceber tudo isto, avança-se com um exemplo. Dia


17 de Novembro é o “Dia do não Fumador”. A escola marcou pro-
positadamente para essa data uma prova de corta-mato. Os alu-
nos correm com faixas e camisolas de sensibilização, alertando a
população para os malefícios do tabaco. «Iniciativas deste género
são comuns na escola», garante José Monteiro. Os habitantes de
Arronches apreciam estas iniciativas e apesar das provas se reali-
zarem em dia de trabalho, fazem questão de assistir.

A actividade desportiva externa existe, até porque a escola marca pre-


sença nos quadros competitivos do Desporto Escolar, mas a grande
aposta reside na dinamização interna. Há torneios inter-turmas a decor-
rer ao longo de todo o ano em diversas modalidades, jogos tradicionais
e actividades de exploração da natureza. Esta última é outro bom exem-
plo da feliz conjugação de esforços entre vários departamentos. Os pas-
seios decorrem, sobretudo, na Primavera, por norma no Parque Natural
de S. Mamede e são aproveitados para um bom intercâmbio entre des-
porto e ciências. Há orientação, rappel, escalada, mas também obser-
vação de plantas e animais, bem como recolha de materiais para pos-
terior estudo. Um método que tem dado bons resultados.

O apoio da Autarquia
Para que tudo isto seja possível, há um parceiro fundamental: a
Câmara Municipal. É ela que cede a piscina, o pavilhão e até
mesmo o auditório, uma vez que as instalações da escola resu-
mem-se a um polivalente descoberto e um pequeno ginásio. As
deslocações são também asseguradas por viaturas da autarquia.
Por isso, «as verbas do Desporto Escolar não são canalizadas para
transportes», assegura José Monteiro. «É uma parceria que até ao
momento tem funcionado muito bem. Há situações em que a
Câmara também nos auxilia financeiramente», prossegue o
Coordenador do Desporto Escolar. Em troca, a autarquia exige…
nada. «Há uma certa sensibilidade para estas questões. Apesar de
ser um concelho pequeno, Arronches tem boas infra-estruturas e o
facto de os alunos as utilizarem é uma boa garantia da sua renta-

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Escola EB 2,3 Nossa Senhora da Luz – Arronches

bilização.» A Associação de Pais, «apesar de não ser muito activa»


também dá uma ajuda quando para tal é solicitada.

Sem estes auxílios seria impossível suportar um projecto como o de


Arronches. Porque não há possibilidades de arranjar patrocínios
efectivos numa região pobre onde indústria e serviços são quase
inexistentes.

Com este cenário, bom está de ver que o Desporto Escolar é um


forte dinamizador do interesse dos alunos pela escola. «Os alunos
gostam disto, desta actividade constante e ficam tristes quando
sabem que alguma coisa é cancelada. O Desporto Escolar e toda
a dinâmica que existe na escola são factores que fixam os alunos»,
sustenta José Monteiro, que avança ainda com um dado curioso: o
abandono escolar quase não existe. Um ou dois alunos por ano,
não mais. Estes são alguns dos pontos fortes que aquele responsá-
vel enumera.

Há também o reverso da medalha. Por exemplo, a mobilidade


excessiva do corpo docente. O Departamento de Educação Física
tem quatro professores mas só José Monteiro está colocado em
definitivo na escola. Todos os anos chegam novos professores,
todos os anos partem. Uma realidade que em Arronches parece
difícil de contornar mas que não afecta o desenrolar normal das
actividades. «Este não é um projecto que esteja dependente de uma
ou duas pessoas. Está de tal forma enraizado na escola que é difí-
cil fazê-lo parar.» Os alunos agradecem.

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Escola EB 2,3 Nossa Senhora da Luz – Arronches

Jogos
Ano de início das actividades do
tradicionais
Desporto Escolar na Escola/Agru-
pamento:

1987/88 Uma das particularidades da actividade desportiva nas esco-


las de Arronches reside na promoção dos jogos tradicionais.
Modalidades praticadas:
Há dois professores de Educação Física que têm parte do seu
Desportos gímnicos, futsal e
horário ocupado com aquilo que José Monteiro disse chamar-
natação
-se de “dinamização das escolas”. Todos os dias, após o
N.º de alunos abrangidos pelas almoço, estes docentes estão junto dos alunos do primeiro
actividades em 2004/2005:
ciclo a dinamizar os jogos tradicionais. Por questões de horá-
52 rio, o segundo e terceiro ciclos podem apenas usufruir dessa
N.º de docentes abrangidos pelas dinamização nos intervalos. José Monteiro garante que os
actividades em 2004/2005: alunos apreciam e aderem em massa.
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Escola Secundária Carlos Amarante – Braga

Cada caso é um caso. A frase é redundante mas aplica-se na per-

de variações
feição ao trabalho desenvolvido no Centro de Formação de
Desporto Adaptado de Braga. «Privilegiamos a área motora», reve-
la Luís Marta, o professor responsável pelo projecto, «mas para cada
situação tentamos ir de encontro às limitações de cada aluno.»

Mundo
Esclarecimento prévio: só é possível a um aluno portador de defi-
ciência participar no desporto adaptado se tiver um voluntário que
o auxilie. Doutra forma, nada feito. É aqui que entra a solidarieda-
de da juventude. Luís Marta traz consigo a Joana e a Marta. A pri-
meira tem 15 anos e está numa cadeira de rodas. Tem pouca força
muscular, «uma miopatia». A segunda é voluntária e auxilia a pri-
meira. Não só no desporto, porque os laços criados vão muito para
além disso. Na higiene, nas refeições, nos pequenos pormenores
do dia-a-dia.

Cada caso é um caso, nunca é demais repeti-lo, porque cada


aluno representa um universo que é preciso saber conjugar. Por
exemplo, na prática do boccia, há quem tenha de utilizar um capa-
cete e uma calha para lançar a bola e há quem consiga fazê-lo sem
o auxílio de tais instrumentos. Tudo é variável, tudo tem de ser
adaptado às funcionalidades de cada um.

Na Escola Secundária Carlos Amarante, Luís Marta lida com várias


situações distintas e, por isso mesmo, difíceis agrupar e gerir.
«Trabalhamos com universos reduzidos», esclarece o professor que
lamenta não vislumbrar solução possível para os cerca de 95 casos
que recenseou só no concelho de Braga. O desporto escolar não
tem estrutura para comportar tanta gente. Para se ter uma ideia da
dimensão do problema, o centro de formação envolve um pouco
mais de três dezenas de alunos (entre portadores de deficiência e
voluntários).

Recentemente foi introduzida na escola uma nova modalidade: o


futebol em cadeira de rodas eléctricas. A Joana é uma das prati-
cantes da modalidade. «A adaptação não tem sido difícil, apesar
de ainda não conhecer todas as regras», confessa. As equipas são
formadas por quatro elementos e é usado o campo de basquete-
bol. A bola é a deste desporto e, preferencialmente, deve estar já
gasta. A cadeira é adaptada com um pára-choques frontal para
permitir os passes e remates e uma zona de impacto mais firme e
uniforme com a bola. A modalidade dá os primeiros passos em
Portugal, tem apenas dois anos e três equipas, mas há países,
como a França, onde o seu desenvolvimento é fenomenal. Os gau-
leses têm 68 clubes e campeonatos que integram já três divisões.
Para além do boccia e do futebol em cadeira de rodas eléctricas,
Luís Marta tem em curso o projecto de judo. O grande objectivo é
fazer chegar este desporto a alunos com deficiência visual, auditi-
va e mental. É uma modalidade individual mas que não dispensa
também a presença do aluno voluntário.

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Escola Secundária Carlos Amarante – Braga

A dependência dos alunos voluntários é um dos


grandes problemas do desporto adaptado. Sem
voluntariado não há possibilidade de receber os
alunos com deficiências. Talvez por isso, e por
outras razões que aqui se adiantam, Marta não

dos transportes
está arrependida de ser o grande auxílio de
Joana: «Não é complicado. Gosto de ser útil, e
neste caso demonstro isso para com a Joana.» A
leitura que o professor Luís Marta faz sobre as
O drama motivações dos alunos voluntários não difere
muito: «Os jovens têm necessidade de serem
úteis, gostam de fazer algo pelo mundo que os
rodeia. Em termos de formação esta é uma expe-
riência excepcional.»

Mas há outro obstáculo que não é fácil de ser


vencido: «Temos conhecimento de que existem
vários alunos noutras escolas do concelho que só não estão inte-
grados no desporto escolar porque não há transporte. O que vai
valendo, em muitas destas situações, é o esforço dos pais», admite
Luís Marta.

Uma das formas encontradas para contornar este e outros proble-


mas foi a tentativa de dinamizar pólos nas escolas onde existem alu-
nos portadores de deficiência e integrados no desporto escolar. Luís
Marta avança com mais pormenores: «A escola Carlos Amarante
recebia alunos de todo o concelho com determinadas deficiências e
características. Outras escolas faziam o mesmo. Era uma maneira
de racionalizar custos e ultrapassar o problema dos equipamentos
específicos.» Só que, este ano, a “táctica” mudou. «Propus-me eu
mesmo ir às escolas e tentar dinamizar o grupo de Educação Física.
O facto de não ser necessário ao aluno ter de mudar de escola é
logo um benefício, porque é importante que o desporto escolar se
desenvolva dentro da comunidade de cada um.»

E de tal forma assim é que, para muitos destes jovens, o desporto


escolar é a «única forma» de os manter na escola e «evitar que
desistam», explica Luís Marta «porque há muitos casos em que os
jovens, face às deficiências de que são portadores, não têm objec-
tivos de vida, porque sabem que vão ficar sempre numa cadeira de
rodas, por exemplo. Ora, muitos destes alunos acabam por encon-
trar o suporte que lhes falta no desporto. O desporto vai dar-lhes
incentivo para a luta, porque todos os dias eles querem superar os
seus próprios limites, todos os dias querem ir um pouco mais
longe.»

Luís Marta fala com entusiasmo incontido. Mas o professor sabe


que há ainda um infindável caminho pela frente: «Em termos de
recursos humanos e material estamos quase na idade da pedra. Se
não for a escola a oferecer a estes jovens a possibilidade de expe-

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Escola Secundária Carlos Amarante – Braga

rimentarem coisas novas, não há mais ofertas na comunidade.»


Porque esta é uma sociedade que teima em esquecer quem mais
dela precisa: «Gostaria de ter aqui um centro de recursos, mas sei
que não posso pedir mais à escola. Ainda o ano passado, por
exemplo, tivemos uma equipa de goalball para cegos. Éramos a
única escola no país a fazê-lo. Só que depois colocou-se este pro-
blema: estes miúdos iam competir com quem? Tivemos de terminar
com a modalidade e os alunos foram integrados no judo, o que
sempre lhes dá alguma garantia de competição.»

Outras garantias são dadas pelo trabalho de sensibilização que tem


vindo a ser feito por Luís Marta. Os funcionários chegam a abdicar
dos seus fins de semana para acompanhar os jovens nas provas des-
portivas. Os próprios professores estão atentos à situação. Por exem-
plo, na Escola Secundária Carlos Amarante o grupo de professores
de inglês e alemão faz o trabalho de angariação de verbas para a
compra de material. A nível externo existem também parcerias com
a APPC (Associação para a Promoção Cultural da Criança) de
Braga e a ACAPO Associação de Cegos e Amblíopes de Portugal),
que apoiam na questão dos transportes e material desportivo.

Tudo junto é bem vindo, tudo junto é ainda pouco. Porque estes são
alunos especiais. Mas é esse cariz de excepção que parece fazer
correr Luís Marta há já 15 anos: «Sinto que estamos a dar uma
oportunidade e sei que se não for na escola, estes alunos nunca
mais a terão. Por isso tento sempre ter outros colegas a trabalhar
comigo. Se me for embora não gostaria de ver o projecto desmo-
ronar-se.» Joana está atenta à conversa e abana a cabeça em sinal
de confirmação. Ela, melhor do que ninguém, entende o alcance
das palavras do professor.

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Escola Secundária Carlos Amarante – Braga

Trabalhar
para os alunos
Situada na zona central de Braga, a Escola Secundária Carlos
Amarante tem um corpo docente estável e é frequentada por
cerca de dois mil alunos. Muita gente que não é suficiente para
retirar às instalações o ar de tranquilidade e sossego. As situa-
ções problemáticas são raras e Hortense Santos, presidente do
Conselho Executivo, fala das linhas matrizes que orientam a
política da escola: «Somos uma escola que se preocupa com os
alunos. Por exemplo, com a vinda da Joana, criámos algumas
rampas e temos um projecto para a construção de uma outra
junto à entrada principal. Não fazemos distinções entre projec-
tos. Aqui, os projectos são de toda a escola.»

Ano de início das actividades do


Desporto Escolar na Escola/Agru-
pamento: Como assim é, Hortense Santos orgulha-se do trabalho que
1999 é feito a nível do desporto adaptado e do ambiente geral
Modalidades praticadas: existente: «Os funcionários lidam de forma exemplar com os
Boccia, futebol em cadeiras alunos com deficiência. É verdade que é um encargo grande
eléctricas e judo
para a escola, mas nós funcionamos para os alunos. E o facto
N.º de alunos abrangidos pelas do professor Luís Marta colocar todo este entusiasmo naqui-
actividades em 2004/2005:
lo que faz, leva a que as pessoas se disponibilizem e seja
35
quase impossível dizer-lhe “não”.» Haverá sempre quem
N.º de docentes abrangidos pelas
actividades em 2004/2005:
agradeça.
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Escola EB 2,3 do Cerco – Porto

São quase cinco dezenas de jovens, na sua esmagadora maioria

de acrobacias
raparigas. As aulas terminaram, a grande maioria das colegas está
em casa. Naquele final de tarde de Outono, há sérias ameaças de
chuva. No pavilhão da EB 2,3 do Cerco, no Porto, as quase cinco
dezenas de jovens fazem os exercícios de aquecimento. É assim três
vezes por semana. Com paixão e voluntariado dedicam-se a uma
modalidade exigente: ginástica acrobática. Mas nesta escola, o
Desporto Escolar é mais que isso, é uma tábua de salvação. Num

Vida
meio difícil, de graves carências económicas e sociais, há um nome
que vale a pena destacar: Sérgio Silva, o professor que há 15 anos
se lançou nesta aventura sem fim à vista.

Fala-se aqui de aventura porque é mesmo disso que se trata. Os


problemas que as jovens trazem para o pavilhão são, por si só, sufi-
cientes para atribuir aquela classificação. Por questão de ciúmes,
de penteado, de roupa, nasce um fogo que, não fosse a visão aten-
ta e experiente do professor teria quase sempre consequências
nefastas. O que não deixa de acontecer, diga-se. Por isso, Sérgio
Silva destaca, desde logo, uma das grandes prioridades deste pro-
jecto: «Para além das competências técnicas na ginástica, interes-
sa-me também uma atitude mais pedagógica ensinando as miúdas,
a modificar comportamentos e atitudes.»

Tudo começou, em 1990, com os Saraus de Ginástica.


Rapidamente toda a escola começou a mexer. A tradição mantém-
-se. De tal forma que é comum ver-se nos tempos livres alunos a
ensaiarem o pino ou outras habilidades acrobáticas. No final de
cada ano, são organizados saraus que deixam sobretudo as alunas
entusiasmadas. Sarau é sinónimo de isco. A sua eficiência é tal que
no início do novo ano lectivo, Sérgio Silva sabe, tal como sucedeu
este ano, que receberá largas dezenas de interessadas nesta disci-
plina do Desporto Escolar. De tal forma que não é possível inscre-
ver toda a gente. Até porque o professor é o único a trabalhar na
Ginástica e tem quase cinco dezenas de alunos, que vão desde a
primária até ao 12.º ano, não é fácil. Ou melhor, só muita expe-
riência e saber conseguem contornar as dificuldades.

A referência a alunos da primária e do secundário não é despro-


positada porque, há três anos, foi criado o centro de formação.
Como a escola secundária é contígua à EB 2,3, a criação do
Centro foi a forma que Sérgio Silva encontrou de não desperdiçar
o trabalho realizado, pelo menos até ao final do ensino secundá-
rio. A admissão dos mais novos começou apenas este ano. É a
idade ideal para começar o trabalho.

Paralelamente, para além do Clube de Desporto Escolar, existe tam-


bém na escola um clube federado: o Clube Desportivo Escola
Preparatória do Cerco. Porquê? «A competição que temos na zona é
pouca. Precisávamos de algo mais.» Os resultados a nível federado
têm sido animadores, mas nada que chegue, por enquanto, ao títu-

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Escola EB 2,3 do Cerco – Porto

lo de campeão nacional de ginástica acrobática na variante de trios


obtido há dois anos ou aos terceiros lugares em pares mistos e pares
femininos no mesmo ano. Os êxitos correspondem a reconhecimen-
to, este a convites e solicitações para viagens, estas a um momento
aguardado com ansiedade pelas alunas, o que as leva a aperfei-
çoarem cada vez mais o seu trabalho. Um ciclo virtuoso. Só no ano
lectivo 2004/2005 foram 25 deslocações de Norte a Sul do país.

Viajar é bom, pois claro, mas tal só é conseguido à custa da von-


tade e querer daqueles pequenos adultos. Porque a vida, no Cerco,
assim os transforma. A esmagadora maioria dos pais mostra pouco
interesse por aquilo que os seus filhos praticam. Os alunos, esses,
parecem já estar habituados à ausência, garante Sérgio Silva.
Acrescente-se a este cenário o convívio quase diário com toxicode-
pendes, vendedores de droga, gente próxima do abismo. A ginás-
tica é o único elo e incentivo que os faz atravessar, diariamente, o
portão da escola. Uma realidade que valeu, ainda no ano transac-
to, um louvor pedagógico a Sérgio Silva.

Se se olhar para a estória seguinte mais facilmente se perceberá o


uso de palavras como salvação ou louvor: no final do primeiro
período do último ano lectivo (2004-2005) uma das ginastas de
Sérgio Silva tinha sete negativas e despediu-se das colegas, da
turma, do professor. Ia embora, trabalhar num circo. A situação
chocou a escola. Sérgio Silva mobilizou tudo e todos. As intenções
dos pais recuaram e a miúda acabou por ficar. Continuou a prati-
car ginástica e a estudar. E de tal forma o fez que acabou por recu-
perar e passar de ano. O episódio enche o professor de orgulho e
é elucidativo. Há realidades que não se podem esconder.

Sérgio Silva não tem fins-de-semana, o que nem sempre é enten-


dido pela família da melhor forma. É o preço a pagar por ter esse
vício de ensinar no corpo. «Foi o gosto pela
ginástica, o carinho com que abracei esta moda-
lidade que me fez criar estratégias e métodos de
de muitas incógnitas

trabalho.

Ver as miúdas crescer, superar novos limites todos


os dias é recompensador», confessa o professor,
para quem a exigência é também um dos segredos
para o êxito do seu programa, quando garante que
a dificuldade dos exercícios que propõe é tal que
não há mais nenhuma escola no país a praticá-los.

O material que existe na EB 2,3 do Cerco tam-


Futuro

bém ajuda. Por ter sido uma zona de intervenção


prioritária, através do projecto «Boa Esperança,
Boas Práticas», a escola ganhou uma cama elás-
tica, uma parede escalada das «melhores que

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Escola EB 2,3 do Cerco – Porto

existem no país», entre outro material. Por outro lado, o Conselho


Executivo também olha para o trabalho de Sérgio Silva com muita
atenção: «Às vezes dão-me aquilo que nem eu estou à espera. Não
me posso queixar.»

Por tudo isto, o projecto está para ficar, ou melhor, essa é a vonta-
de firme de Sérgio Silva. Exemplo disso é a parceria que será feita
com o Ginásio Clube da Maia, por exemplo. Mas há factores que
não é possível controlar. O futuro é também um gigantesco mar de
dúvidas. «Não sei se haverá alguém que tenha a força de vontade
e gosto pela ginástica que eu tenho.» Como o projecto subsiste gra-
ças a muitas horas de voluntariado não se afigura nada fácil
encontrar substituto à altura, quando Sérgio Silva se aposentou.
Um problema complicado. Maria José Gomes, presidente do
Conselho Executivo e Jorge Martins, coordenador do Desporto
Escolar estão cientes da dificuldade de encontrar alguém com as
qualidades do professor Sérgio. Entretanto a realidade é manifesta
na alegria contorcionista das jovens espalhadas pelo pavilhão:
enquanto a ginástica dura não há perigo que as assuste ou tenta-
ção que as atraia.

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Escola EB 2,3 do Cerco – Porto

Desporto contra
as barreiras sociais
Na EB 2,3 do Cerco o programa do Desporto Escolar não se
resume à ginástica acrobática. Os 600 alunos do estabeleci-
mento podem optar por modalidades tão díspares como o
Ano de início das actividades do
Desporto Escolar na Escola/Agru-
badminton, ténis de mesa, basquetebol, orientação, patina-
pamento: gem e... golfe. Golfe? Assim mesmo. «O Desporto Escolar
1989/90
tem destas vantagens. Consegue fazer chegar às escolas
modalidades consideradas elitistas. Neste caso, usa-se o
Modalidades praticadas:
material devidamente adaptado às condições existentes.
Desportos gímnicos, patina- Num meio como este, onde os miúdos são bastante irrequie-
gem, escalada, golfe, orienta-
tos, o golfe poderá ajudar os alunos a serem mais sociáveis,
ção, badminton e basquetebol
mais calmos e concentrados», explica Jorge Martins.
N.º de alunos abrangidos pelas
actividades em 2004/2005:
Mas há outras razões para uma aposta deste género, como
140 sustenta a Presidente do Conselho Executivo, Maria José
N.º de docentes abrangidos pelas Gomes: «Como estamos num meio muito carenciado, temos
actividades em 2004/2005: como política fazer subir a fasquia e dar o máximo de qualida-
5 de aos nossos alunos. Sempre que é possível tentamos dar-lhes
todas as referências éticas, culturais e sociais que não conse-
guem ter em casa. E por vezes temos surpresas agradáveis.»

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Colégio de Gaia – Gaia

Trata-se de um caso muito sério de sucesso. De catadupas de títulos

de vencer
em todos os escalões etários. De uma escola que se movimenta ao
sabor das mais variadas modalidades. De largas centenas de alunos

Hábito
envolvidos. De ex-alunas que continuam a dar o seu suor e esforço em
nome do colégio. O andebol feminino é o ex-libris. «É uma escola
quase anormal», afiança Jorge Tormenta, coordenador do Desporto
Escolar do Colégio de Gaia. Afirmação surpreendente? Nada disso.

Vamos por partes: há cerca de 25 anos o Colégio de Gaia tinha


como instalações desportivas um campo de futebol e um ringue. O
futebol tinha grande aceitação mas, por essa altura, o colégio tor-
nou-se misto. Era necessário encontrar uma alternativa para as alu-
nas. Apareceu assim a aposta no andebol feminino. A evolução foi
positiva. De tal forma que, pelo facto de não existirem adversários
competitivos, o andebol acabou por se federar. Estávamos no iní-
cio dos anos 80.

Jorge Tormenta aponta três factores decisivos para o desenvolvi-


mento do andebol: a região do Porto tem sido a mais importante
do país na modalidade; a evolução do complexo desportivo do
colégio (hoje possui dois pavilhões, uma piscina, um campo de
futebol e campos de ténis) e o lançamento, há cerca de 10 anos,
do curso de “Animação e Gestão Desportiva”, que ajudou a poten-
ciar todo o desporto. Este curso confere um diploma de fim de
estudos secundários e que permite o prosseguimento dos estudos
ou um diploma de Técnico de nível III da União Europeia, que per-
mite o ingresso no mercado de trabalho.

Apontados alguns dos mentores do sucesso, convém não esquecer


outros factores relevantes que ajudam a explicar o êxito do Desporto
Escolar e, muito em particular, do andebol feminino no Colégio de
Gaia, nas palavras de Jorge Tormenta: «O Colégio de Gaia não faz
desporto por publicidade. O nosso projecto educativo tem uma visão
global da formação humana e daí termos uma componente forte de
actividades de enriquecimento do currículo. Como o desporto ofere-
ce um conjunto de valores educacionais, temos a perspectiva que a
prática desportiva é um meio para educar e não conquistar títulos.»

De qualquer forma, títulos e triunfos é algo que abunda no Colégio


de Gaia. O andebol surge à cabeça, já se vê: é normal todas as
equipas ficarem nos quatro primeiros lugares dos respectivos cam-
peonatos; há 16 anos consecutivos que o Colégio, nos seniores,
marca presença nas competições europeias, o que o torna o clube
mais regular num período de tempo tão grande. A nível de esca-
lões mais jovens, os títulos são infindáveis. Dos infantis aos senio-
res todas as equipas são federadas.

Tanto êxito assenta em algumas particularidades pouco habituais:


«Todo o desporto escolar funciona a partir das 17 horas. Como
temos muitas instalações, isto permite-nos envolver um número

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Colégio de Gaia – Gaia

grande de alunos. Temos um projecto ideal do desporto escolar.


Todas as escolas deveriam ter estes horários. Como os alunos ficam
até às 19 horas, dá também jeito aos pais, que assim sabem onde
estão os seus filhos.»

O trabalho desenvolvido no Colégio foi reconhe-


cido pelo Ministério da Educação que em 2004
lhe atribuiu o prémio anual «Escola» do Desporto
Escolar. Uma distinção que enche de orgulho os
responsáveis do estabelecimento de ensino.
Antes, em 1995, o colégio inscrevera já no currí-
culo o prémio «Clube do Ano» atribuído pela
à camisola
Câmara Municipal de Gaia e que coincidiu com
Por amor

a conquista da Taça de Portugal em andebol.

Mas o mais espantoso em tudo isto é a fidelida-


de que as atletas mantêm à escola, mesmo
depois de a abandonarem. Jorge Tormenta utili-
za uma imagem curiosa: «O escalão sénior é a
universidade do andebol onde as ex-alunas con-
solidam a aprendizagem dos restantes escalões.
Seria um crime não oferecer o laboratório.» Instalações, transpor-
tes e pouco mais, porque o colégio não se pode dar ao luxo de
pagar às atletas: «Elas sabem isso. Mas é um grande orgulho para
nós ver que gostam de continuar a representar a escola e que esta-
mos também a contribuir para a sua auto-realização. É a beleza do
desporto.» Ou o chamado “amor à camisola”, porque não raras
vezes são as próprias atletas a pagarem do seu bolso algumas das
despesas relativas às deslocações.

Ao contrário do que alguns possam pensar, a prática desportiva não


tem interferências negativas no aproveitamento escolar. Jorge
Tormenta lembra, por exemplo, o ano de 1991, em que o Colégio
se sagrou campeão nacional e todas as atletas eram licenciadas. «O
nosso projecto é tão educativo que acontecem situações dessas. Por
norma, mais de 80 por cento das jogadoras são licenciadas ou fre-
quentam a universidade.» É o caso de Marta Loureiro, actual capitã
de equipa, internacional e estudante do 5.º ano de medicina e que
no final de 2004 foi distinguida pelo Comité Olímpico Português
com a Menção Honrosa da Medalha Olímpica.

Que segredos ajudam a manter tudo isto? No gabinete do coor-


denador do Desporto Escolar há quadros com reportagens de jor-
nais e revistas expostos na parede, dando destaque às vitórias e tra-
balho desenvolvido no colégio. É um manancial de informação
considerável. Jorge Tormenta sorri. «Nas diversas modalidades tudo
está organizado com uma estrutura vertical, como se fossem disci-
plinas e com os conteúdos devidamente articulados. Há uma con-
tinuidade no trabalho, ano após ano.»

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Colégio de Gaia – Gaia

Mas o modelo esconde outros pormenores. O grupo de Educação


Física é constituído por 18 professores e, por exemplo, há nove
anos que os infantis são entregues à mesma professora. Um por-
menor revelador de um dos grandes pontos fortes do Colégio de
Gaia, instituição pertencente à Diocese do Porto. «A estabilidade do
corpo docente é fundamental», garante Jorge Tormenta.

Apesar da vocação do colégio não ser a de suportar o desporto


com a dimensão que o andebol feminino já atingiu, a verdade é
que «também não tem sido fácil descomprometer-se. A qualidade
tem obrigado o colégio a esforçar-se financeiramente.» Há jogos
que são transmitidos pela televisão e o andebol feminino é presen-
ça assídua em diversos meios de comunicação social. Por isso, há
um conjunto de patrocinadores que não se importam nada de o ser.
Junta-se a isto alguns apoios da comunidade local. É o caso da
Câmara Municipal de Gaia e da Junta de Freguesia de Mafamude.
«Não tenho dúvidas de que a escola faz um esforço significativo
para suportar as despesas remanescentes. E faz isso porque acre-
dita no seu próprio projecto mas, sobretudo, porque assiste à feli-
cidade das jovens.»

Um milhar
em movimento
O Desporto Escolar no Colégio de Gaia não se restringe ao
Ano de início das actividades do
andebol feminino e tem já tradições profundas. Numa escola Desporto Escolar na Escola/Agru-
que vai desde o pré-escolar até ao 12.º ano e que conta com pamento:
cerca de 1500 alunos, a máquina colocada em funcionamento 1978
há mais de 20 anos e de forma ininterrupta não tem parado de
Modalidades praticadas:
crescer. Hoje, a nível de desporto escolar, o colégio oferece as
mais variadas escolhas: andebol, basquetebol, voleibol, nata- Andebol, basquetebol, volei-
bol, natação, ginástica de
ção, ginástica de grupo e artística, ginástica aeróbica, xadrez,
grupo e artística, ginástica
ténis de campo, futsal feminino e corfebol. Há quatro projectos aeróbica, xadrez, ténis de
verticais, nos quais todos os escalões etários estão abrangidos: campo, futsal feminino e cor-
andebol feminino, voleibol masculino, natação e xadrez. febol.

N.º de alunos abrangidos pelas


As restantes modalidades são para alunos do ensino secundá- actividades em 2004/2005:
rio, uma vez que é nesse nível que se encontram dois terços 700
dos alunos. Para se ter uma ideia da dimensão e da impor-
N.º de docentes abrangidos pelas
tância do Desporto Escolar nesta escola, acrescente-se que
actividades em 2004/2005:
existem competições a nível interno e externo. Esta compo-
20
nente envolve cerca de 500 alunos. Quase outros tantos estão
envolvidos na competição interna, através dos torneios inter-
turmas e da Taça Luís Figo. Muita gente em movimento.

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Escola Secundária Afonso de Albuquerque – Guarda

na montanha
A cidade da Guarda situa-se num planalto a 1056 metros de alti-
tude, num dos flancos da serra da Estrela. É o interior profundo do
país. Mas esta localização geográfica não foi obstáculo para a
criação de um Centro de Formação para desportos náuticos: vela,
canoagem e natação estão ao acesso de todos os alunos da

Velejar
região. É um daqueles casos em que apetece dizer que quando o
homem sonha, a obra nasce, independentemente do local e das
dificuldades que tal possa acarretar.

A região não tinha qualquer tradição náutica. Está bom de perce-


ber porquê. Não tinha mas com a criação do Centro de Formação
Desportiva e do Clube Náutico Escola Secundária Afonso de
Albuquerque (CNESAA), a situação pode inverter-se. Carlos
Bombas, coordenador e responsável técnico pela formação dos
alunos, é o “engenheiro” de toda esta obra.

O Centro de Formação tem origem escolar. Em 2002/2003 for-


maram-se jovens velejadores que emprestaram nova vida às bar-
ragens do Caldeirão e Vascoveiro e realizou-se canoagem em
águas bravas no rio Mondego e na ribeira de Meda.
Paralelamente, foi também divulgado o caiaque-pólo em piscina
coberta. No ano seguinte foram criadas as escolas de vela e
canoagem, que prepararam os alunos para o quadro competitivo
do Desporto Escolar. Em 2004/2005, acentuou-se a participação
do CNESAA em várias provas de vela, canoagem e natação e teve
lugar a 1.ª edição do Taça CNESAA, ou seja, um torneio de pólo
aquático (5x5). Ao mesmo tempo, deu-se a implementação da
escola de natação.

Os resultados obtidos, apesar de não serem o motor de um pro-


jecto desta natureza, deixaram desde logo antever um futuro pro-
missor. Carlos Bombas garante que a nível da região Centro tem
já alguns dos melhores canoístas, face aos últimos resultados
obtidos.

O Centro de Formação, acrescente-se, não está apenas voltado


para os alunos. Permite a formação também de professores, no
sentido de lhes proporcionar orientação e formação técnica nas
áreas náuticas. Tratando-se de uma região interior, esta é uma
excelente forma de dinamizar e levar as actividades náuticas a todo
o distrito. Actualmente, cerca de 25 professores do ensino básico e
secundário recebem formação contínua. Na continuidade deste
projecto foi proposto para creditação um curso de 50 horas para
aperfeiçoamento técnico e pedagógico da vela e canoagem no
contexto educativo.

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Escola Secundária Afonso de Albuquerque – Guarda

e lagoas aproveitados
Pode parecer estranho, mas a verdade é que a
região da Guarda tem um conjunto de locais
apropriados e apetecíveis para a prática dos des-
portos náuticos. A natação usufrui das excelentes
instalações que as piscinas municipais da
Guarda oferecem. Para a prática da canoagem e
vela, são exigidos espaço abertos e deslocações
constantes. Como no distrito correm os rios
Mondego, Côa e Zêzere e seus afluentes, as suas
Barragens águas são drenadas para várias barragens:
Caldeirão, Vascoveiro, Sabugal, Trancoso e
Santa Maria de Aguiar. Juntem-se ainda as
lagoas Comprida, em Seia e Vale do Rossim, em
Manteigas, e fica-se com um conjunto vasto de
hipóteses para diversos desportos náuticos.

É claro que nem tudo é assim tão fácil e linear.


Há barreiras a transpor. Desde logo, as baixas temperaturas, sobre-
tudo para quem anda fora de recintos fechados. «Por norma, as
temperaturas aqui são baixas. Imagine o que é treinar no Inverno
numa barragem com temperaturas negativas. Mas os alunos gos-
tam e já sabem o que têm de fazer. Temos um pouco mais de cui-
dado, e não estamos tanto tempo na água, para evitar problemas
de hipotermia», revela Carlos Bombas, que desde os oito anos está
ligado à vela e aos desportos náuticos, não fosse ele natural de
uma terra de mar e praia: Peniche.

Por outro lado, há ainda um longo caminho a percorrer no sentido


de sensibilizar as autarquias e os diversos poderes locais para as
potencialidades que os desportos náuticos podem trazer para a
região. Por isso Carlos Bombas justifica por que é que tem optado
pela dinamização das várias barragens da Beira Alta com activida-
des de formação, estágios e competição. «É uma forma de mostrar
às autarquias as potencialidades dos seus recursos naturais e cultu-
rais», sustenta o professor. Às autarquias e não só, porque o próprio
país tem tomado conhecimento da «exequibilidade de projectos
desta natureza fora das zonas de excelência da vela e canoagem.»

E já que se fala de poder autárquico, aqui ficam mais algumas


notas que Carlos Bombas não quer deixar passar em claro. As con-
dições de acessibilidade aos planos de água são, regra geral,
muito deficitárias. Por outro lado, faltam infra-estruturas para guar-
dar o material, acomodar as pessoas. «A água é cada vez mais um
bem fundamental e é urgente que as autarquias repensem com
urgência a sua relação com estes recursos», sustenta o professor.

Existe ainda o problema dos transportes. «O dinheiro do Desporto


Escolar é insuficiente e num projecto como este, em que é neces-
sário muito material, obriga a que repensemos tudo. Por exemplo,
facilitar a aquisição por parte da escola de uma viatura. Porque não

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Escola Secundária Afonso de Albuquerque – Guarda

eliminar a carga fiscal sobre esses veículos? Se é para servir a


população escolar, porque não oferecer o melhor que temos? Esses
alunos são o futuro do país.»

Enquanto soluções do género não chegam, há que recorrer à ima-


ginação. O que foi feito para ajudar a cimentar todo este projecto,
que envolve actualmente cerca de 100 pessoas? Foram celebradas
parcerias com a Empresa das Águas do Zêzere e Côa, responsável
pela exploração das barragens e com diversas autarquias. A ideia
base era promover os espaços e sensibilizar as populações para as
práticas desportivas não poluentes. O Centro teve como oferta um
“Raquero” e quatro “Optimist” para a vela. A partir daí, explica
Carlos Bombas, foram criados diversos projectos necessários para
angariar verbas para reforçar a frota. Torneios de pólo aquático,
descidas dos rios e ribeiros em águas bravas e regatas são alguns
bons exemplos.

Como bom exemplo é também o envolvimento que existe com a


comunidade. O Centro de Formação tem um núcleo de vela em
Manteigas que ocupa cerca de 20 alunos. Por outro lado, existe um
projecto com a Escola Básica do Bairro da Luz: «É um pouco levar
a vela à escola», explica Carlos Bombas. Com a CERCI
(Cooperativa para a Educação e a Reabilitação das Crianças
Inadaptadas) da Guarda foi lançado um outro projecto e que
envolve também cerca de 20 pessoas, designado «Vela e canoa-
gem sem fronteiras» para crianças portadoras de deficiência, até
porque, confessa o professor, «tenho um carinho muito especial
pela vela adaptada.»

Auto-construção de embarcação

O Centro de Formação ocupa actualmente cerca de 100 pessoas,


já se disse, um crescimento notável e que preocupa já o seu prin-
cipal mentor. Há alunos de diversas escolas. Para velejadores e
canoístas os treinos são às terças e quartas-feiras. Se o tempo não
o permitir, então faz-se treino na piscina para desenvolver as suas
competências natatórias. Os nadadores, por seu lado, treinam às
segundas e quintas-feiras. Carlos Bombas pretende ainda lançar
um projecto de auto-construção de uma embarcação Metro, «uma
forma interessante de fazer com que os alunos ocupem alguns dos
seus tempos livres, desenvolvendo projectos pessoais.»

Com tanta actividade e ideias, Carlos Bombas não tem razão para
acreditar que o seu projecto seja mal visto junto dos pais e da
comunidade em geral. «As pessoas têm uma ideia de que tudo isto
é uma mais-valia. Doutra forma não dariam autorização aos seus
filhos para participarem até porque se trata de espaços abertos e
naturais, com riscos acrescidos para os praticantes.» Numa tentati-
va de minimizar eventuais dissabores, acrescente-se que são exigi-
dos atestados médicos de aptidão e robustez física, bem como um

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Escola Secundária Afonso de Albuquerque – Guarda

termo de responsabilidade assinado pelos pais quanto ao trans-


porte dos alunos nas viaturas dos docentes.

Dentro da escola é reconhecido também que o Centro de


Formação acaba por ser «uma mais-valia na formação global dos
alunos, no processo educativo e na inovação do próprio ensino»,
adianta Carlos Bombas que vai ainda mais longe quando não tem
dúvidas em referir que tudo isto «ajuda a fixar os alunos à escola.
Há alunos com dificuldades de aprendizagem que vão criando
hábitos de trabalho e que percebem que a escola é algo mais do
que instruir. Percebem que podem aprender de uma forma mais
espontânea e livre.»

Tudo isto «é recompensador. Doutra forma não estaria aqui», asse-


gura Carlos Bombas. É verdade que exige muitas horas de traba-
lho, em prejuízo da família, dos amigos, de si próprio. Mas, con-
clui este professor, «vale a pena olhar para os alunos e vê-los cres-
cer, perceber que se esforçam todos os dias para irem um pouco
mais longe e saber que através do Desporto Escolar terão uma
visão diferente da realidade.»

Windsurf
na Guarda
Se a prática da vela numa região interior como a Guarda
Ano de início das actividades do
pode ser surpreendente, esse espanto não diminuirá se se
Desporto Escolar na Escola/Agru-
pamento: acrescentar uma outra disciplina: windsurf. O centro de for-
mação de desportos náuticos da Guarda para além do solitá-
1998/99
rio na classe “Optimist”, do Laser e Raquero está já dar os pri-
Modalidades praticadas:
meiros passos para poder oferecer também windsurf aos seus
Desportos náuticos (natação,
alunos.
vela, canoagem e windsurf);
desportos gímnicos (ginástica
artística, ginástica acrobática, É verdade que não existem ventos marítimos nem ondas, mas
trampolins, ginástica de grupo e não há nada que não se consiga ultrapassar. «Nesta região
actividades rítmicas expressi-
temos barragens com vários tipos de vento. Há barragens
vas); futsal, basquetebol, volei-
bol e atletismo. com vento muito inconstante, que muda com frequência de
N.º de alunos abrangidos pelas
direcção e outras mais certas, como a barragem do
actividades em 2004/2005: Vascoveiro», explica Carlos Bombas. Por isso, este local a
300 quase 40 quilómetros da cidade da Guarda recebe a visita
assídua dos alunos para treinar e competir, devido aos seus
N.º de docentes abrangidos pelas
actividades em 2004/2005: ventos regulares. Agora é bem provável que em breve rece-
8
ba também pranchas e outro género de velas.

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Escola EB 2,3 Dr. José Ferreira Pinto Basto – Ílhavo

Comecemos pelos números. A EB 2,3 Dr. José Ferreira Pinto Basto

Em permanente
tem cerca de 550 alunos. Cerca de 180 estão em permanente
movimento, o mesmo é dizer que praticam actividades desportivas
proporcionadas pelo Desporto Escolar. Há mais. A Semana do

movimento
Atletismo, por exemplo, faz mexer toda a escola e nela participam
todos os alunos. O Sarau de Ginástica arrasta consigo quase duas
centenas de jovens, os Jogos sem Fronteiras, centena e meia. Para
tanto movimento existe o grupo de sete professores de Educação
Física. João Vieira e Anabela Mateus são os grandes responsáveis
pela «agitação».

Agitação saudável, já se vê. Agitação que rima com imaginação.


É que para além das três actividades inseridas no âmbito do
Desporto Escolar (ténis de mesa, futsal e actividades rítmicas
expressivas, ou seja, aeróbica e danças de salão), João Vieira e
Anabela Mateus têm a seu cargo originalidades como a Semana
do Atletismo, Torneio de Basquetebol «Compal Air» , Prevenção
Rodoviária, Jogos sem Fronteiras, Torneio inter-turmas de futebol,
Jogos de Praia (futebol, voleibol e andebol de praia), Sarau de
Ginástica ou o Acampamento de uma semana no final do ano
lectivo no parque de campismo da Vagueira e que proporciona
também a prática de actividades diferentes, como a canoagem ou
a pesca.

Perante tanta oferta, a palavra imaginação começa a ganhar sen-


tido. Mas atinge a plenitude quando se fala de angariar os meios
materiais e financeiros para desenvolver todas estas actividades.
Anabela Mateus, dinamizadora da escola nas actividades internas
repete-o várias vezes: tudo isto é possível graças ao empenho do
professor João Vieira. Ele sorri em sinal de concordância. Perceba
porquê: é ele quem, junto das mais variadas marcas de produtos
alimentares consegue algumas dádivas, é ele que convence
alguns dos fornecedores da escola a serem igualmente genero-
sos, é ele que, através de um sem número de estratégias junta
mais algumas centenas de euros úteis para ajudar às despesas de
tanto movimento. «Se não fosse isso, não tínhamos hipóteses de
suportar tanta actividade», frisa João Vieira. Actividade que é
«uma marca muito forte desta escola. Mas é muito cansativo. De
tal forma que quando chegamos ao final do ano, dizemos que
não voltaremos a repetir a brincadeira. Só conversa. No ano
seguinte cá estamos, e cada vez com mais ideias e actividades»
revela João Vieira. O sorriso de Anabela diz tudo. Para que fique
registado, refira-se também o apoio do Illiabum, emblemático
clube da região, através da cedência de espaços e de um auto-
carro para transporte dos miúdos, a abertura da Câmara
Municipal às iniciativas propostas e, esporadicamente, alguns dos
fornecedores da escola.

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Escola EB 2,3 Dr. José Ferreira Pinto Basto – Ílhavo

A escola é nova. Tem seis anos, não há sinais de


degradação, apesar dos problemas vividos no
último ano lectivo, motivados pela integração de
alunos mais velhos e problemáticos. As tardes
das quartas-feiras são dedicadas ao desporto
escolar. Não há aulas, é altura de cuidar do
corpo. No campo estão as equipas de futsal. Há
dois pavilhões de 30 por 20 metros, mas só um

O desenvolvimento
está ocupado. É o que tem o piso sintético e que
adiante voltará a ser notícia. O recinto está divi-

do ténis de mesa
dido em dois. De um lado, a música e as danças
das actividades rítmicas expressivas, do outro seis
das onze mesas para os praticantes do ténis de
mesa.

Esta é, aliás, a grande modalidade da escola.


João Vieira não consegue encontrar uma expli-
cação satisfatória. «Esta é uma região com gran-
des tradições no basquetebol. Mas temos dificul-
dades em arranjar equipas para a prática da
modalidade e, contra todas as expectativas,
temos vindo a assistir a uma grande procura pelo
ténis de mesa.» Face ao êxito registado, foi este
ano criado um centro de formação para os alunos do quarto ano
do primeiro ciclo das escolas pertencentes ao agrupamento de
Ílhavo. Para começar, estão 31 inscritos.

Meia dúzia de anos tem a escola, meia dezena toda esta dinami-
zação. Os pais agradecem. «Eles sabem que os filhos estão bem
aqui. São controlados por nós e só vem para aqui quem quer, devi-
damente autorizado pelo encarregado de educação. Se faltarem,
os pais são avisados e, após um determinado número de faltas,
esse aluno é retirado do programa», explica João Vieira. A quanti-
dade de alunos envolvidos é, provavelmente, «o melhor indicador
de que os pais apreciam esta experiência», assegura Anabela
Mateus para revelar ainda que ninguém é colocado de parte por
ser mau aluno. Apenas as atitudes e valores são fundamentais para
a avaliação. A violência, por exemplo, não é tolerada.»

Os rostos de felicidade

João Vieira e Anabela Mateus falam com orgulho da sua escola,


dos projectos. É fácil perceber isso. Como fácil é também perceber
o que os move. O professor confessa não gostar de ver as escolas
vazias, fala da necessidade dar aos alunos «o sentido de grupo,
dar-lhes a maior variedade possível de modalidades». A professora
apresenta-se como defensora da actividade interna porque «só
assim é que se promove o desporto na escola», apresentando aos
alunos «um leque de soluções de forma a irmos ao encontro das
suas aspirações.»

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Escola EB 2,3 Dr. José Ferreira Pinto Basto – Ílhavo

Com motivação e boas condições, começam também a surgir


alguns resultados interessantes. O ano lectivo 2004/2005 foi o
melhor de sempre em termos de resultados. O ténis de mesa che-
gou até aos nacionais, o basquetebol qualificou-se para os regio-
nais, o atletismo produziu um vice-campeão nacional, numa esco-
la que, de facto, se move ao ritmo do desporto. Não há queixas
quanto às instalações e equipamento disponível, resolvido que foi
o inferno de infiltração de água no piso do pavilhão. Um problema
que durante anos atrapalhou a vida de alunos e professores. Nada
que não seja compensado, no final, «pelo sorriso de satisfação dos
miúdos, pela sua cara de felicidade», como assegura Anabela
Mateus. Problema, mesmo, é o transporte dos alunos para as acti-
vidades realizadas fora da escola. Um assunto sem solução à vista.
A não ser que João Vieira use a sua imaginação…

Ariana
e o número 5

Tem 12 anos e é já um caso de sucesso. No seu primeiro ano


como praticante de ténis de mesa, Ariana Almeida não fez a
coisa por menos: campeã dos distritais por equipas e segunda
nos nacionais do Desporto Escolar, com os mesmos pontos da
Ano de início das actividades do
primeira classificada. A evolução é de tal forma rápida que a
Desporto Escolar na Escola/Agru-
jovem é agora atleta federada, repartindo os treinos pela pamento:
escola e pela Casa do Povo de Oliveirinha. «Não é difícil con-
1999/2000
ciliar desporto e estudos, pelo menos para já.» Perceba agora
porquê: as notas de Ariana só conhecem um número: 5. Modalidades praticadas:

Ténis de mesa, danças de


O culpado há muito que está identificado: o professor João salão, aeróbica, futebol infan-
Vieira, que colocou duas mesas na sala dos alunos. Os til; actividades internas.

recreios são arduamente disputados para arranjar uma vaga. N.º de alunos abrangidos pelas
Ariana começou aí a tomar gosto à mão e raquete. Inscreveu- actividades em 2004/2005:

-se e nunca mais parou. 350

N.º de docentes abrangidos pelas


Foi o que se passou também com Pedro Pires, de 13 anos. O actividades em 2004/2005:
início foi semelhante. Pedro participa nos torneios da escola, 4
confessa que o seu gosto por esta modalidade reside no facto
de se estar perante «um desporto individual» mas este jovem
tem outra faceta interessante: Pedro é também árbitro de
ténis de mesa. «Gosto mais de jogar, mas como o professor
João Vieira me incentivou a tirar o curso acabei por aceitar.
Mas fui também porque era uma aventura.»

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Escola EB 2,3 Dr. João das Regras – Lourinhã

Um docente que chegue à EB 2,3 Dr. João das Regras, na

espaço e tempo
Lourinhã, tem de adaptar-se, desde logo, a uma premissa há
muito definida: o Desporto Escolar faz parte do projecto educati-

Em busca de
vo da escola e, como tal, é para ser respeitado. Todos têm de
aprender a viver com isso. Para o bem e para mal. Pelas palavras
de Carlos Segadães, membro do Conselho Executivo e professor
de Educação Física, e de Luís Carvalho, coordenador do
Desporto Escolar desde 2001, percebe-se que é quase uma tra-
dição. «A diferença entre ter ou não ter o Desporto Escolar no
projecto educativo é levar toda a gente a participar», sintetiza Luís
Carvalho.

Há cerca de duas décadas que o Desporto Escolar faz parte da


vida da escola. Tudo começou com apenas três modalidades:
andebol, atletismo e ténis de mesa. Os tempos mudaram, os
gostos e as mentalidades também. Hoje os alunos podem optar
também pelo basquetebol, badminton, râguebi, esgrima e
canoagem. Porquê esta última modalidade numa terra onde não
há condições para a sua prática? Luís Carvalho, com o jeito
repentino que o parece caracterizar, dá a explicação: «Quisemos
fugir ao óbvio. Para isso, tivemos que propor outras actividades,
mas com o passar dos anos já são todas consideradas tradicio-
nais.» Milagres do tempo, esse grande modelador. Para os espí-
ritos mais curiosos, acrescente-se que a modalidade é praticada
em Atouguia da Baleia, Peniche, apesar «de ser muito complica-
do em termos logísticos», como faz questão de salientar Luís
Carvalho.

Voltemos à Lourinhã. A escola Dr. João das Regras tem cerca de


500 alunos e uma percentagem elevadíssima está envolvida no
Desporto Escolar. De tal forma que Carlos Segadães e Luís
Carvalho têm dificuldade em quantificar. A razão é simples: as
competições dentro de cada turma e, mais tarde, interturmas, para
apurar quem representa a escola nas actividades externas, torna
arriscado avançar com um número. Até porque, apesar de não
existir nenhuma modalidade federada, todas elas competem exter-
namente. O que requer, por outro lado, alguma disponibilidade
financeira. E a escola não a tem.

79
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Escola EB 2,3 Dr. João das Regras – Lourinhã

Face às modalidades existentes as deslocações


ao longo do ano são muitas. Para se ter uma
pequena ideia das verbas necessárias, refira-se
que o aluguer de um autocarro de 50 lugares
ultrapassa os 200 euros diários. O suporte para
toda esta actividade reside na boa articulação
com as forças vivas da terra. Cada equipa que
compete externamente tem o seu patrocinador.

Patrocinadores
«Doutra forma, seria incomportável. As verbas do
Desporto Escolar são claramente insuficientes»,
assegura Carlos Segadães, que salienta ainda a
e lamentos ajuda fornecida pela autarquia com a disponibili-
zação de um autocarro, sempre que tal é possível.

Por outro lado, é da mais elementar justiça refe-


rir outro pequeno segredo: a escola tem feito um
grande esforço para publicitar, «sem grande ala-
rido», avisa Luís Carvalho, toda a sua actividade
junto da comunidade: «Toda a gente sabe aquilo
que fazemos. Os patrocinadores gostam disso, mas não só. Damos
também conhecimento aos pais. Somos, tanto quanto nos é possí-
vel, uma escola aberta.»

Mas o Desporto Escolar na EB 2,3 Dr. João das Regras apresenta


também alguns problemas. A conciliação de todas as actividades
com os horários escolares é um processo labiríntico. Transferi-las
para os fins-de-semana ou para horas mais tardias torna-se impos-
sível, devido à inexistência de transportes. Apesar das dificuldades,
Carlos Segadães prefere destacar os aspectos positivos: «O
Desporto Escolar é uma forma importante de valorizar os alunos.
Não tenho dúvidas de que se não fosse isso, muitos deles já cá não
andariam. Muitos destes jovens poucas vezes teriam saído da sua
terra. Assim, podem abrir um pouco os seus horizontes, conhecer
outras pessoas, outras realidades.»

Nesta luta contra o tempo, Luís Carvalho vai mais longe e exem-
plifica com o “seu” badminton: os treinos são marcados em cima
da hora de almoço. Doutra forma, garante, «seria impossível».

Numa escola onde não há registos de grandes problemas e que é


um bom espelho da sociedade, ou seja, com alunos de todos os
estratos sociais, os resultados não são o mais importante.
«Colocamos a tónica no saber fazer», esclarece Luís Carvalho, ex-
-seleccionador nacional de badminton de Portugal e do… México.
Coincidência ou não, esta modalidade já deu à escola o título de
campeã nacional.

Na Lourinhã, o mais espantoso nem é a falta de material ou de pro-


fessores. Há de tudo em quantidade suficiente. «Espaços físicos e
tempos próprios para o desporto são as nossas grandes dificulda-

80
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Escola EB 2,3 Dr. João das Regras – Lourinhã

des», confessa Luís Carvalho. Espaço porque a escola não tem por
onde crescer, está cercada de betão e não tem um pavilhão. Utiliza
o que é da Casa do Povo. Só que «é pequeno, chove lá dentro, está
muito degradado.» Tempo, pelas razões já invocadas.

Lamentos que não fazem esmorecer os responsáveis. Porque, asse-


gura Luís Carvalho, «há trabalho, há muita dedicação. Tudo isto
subsiste graças aos professores efectivos da escola que não deixam
morrer esta ideia. Tudo isto se mantém devido aos intérpretes e aos
seus orientadores.»

E enquanto assim for, os actuais e futuros alunos da EB 2,3 Dr. João


das Regras, poderão ter a garantia de muita actividade física. «O
desporto é útil e ajuda nos aspectos formativos, dá pistas para um
estilo de vida saudável. E como acreditamos em tudo isto, o
Desporto Escolar é fundamental.»

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Escola EB 2,3 Dr. João das Regras – Lourinhã

Para mais
tarde recordar
Ano de início das actividades do
Desporto Escolar na Escola/Agru- Uma das particularidades do Desporto Escolar na E,B. 2,3 Dr.
pamento: João das Regras reside na publicação anual de um Anuário
1992/93
do Desporto Escolar. O exemplar que Luís Carvalho nos exibe
não é uma edição luxuosa ou cheia de requintes técnicos,
Modalidades praticadas:
mas tem o essencial. Todos os grupos/equipas de todas as
Andebol, basquetebol, esgri- modalidades, todas as fotografias de alunos e professor res-
ma, badminton, ténis de
ponsável, todos os locais das provas, todos os resultados obti-
mesa, atletismo e canoagem.
dos por cada aluno. E claro, o logotipo do patrocinador de
N.º de alunos abrangidos pelas
cada modalidade. A escola vende a publicação a um preço
actividades em 2004/2005:
quase simbólico. É um livro extenso, prova efectiva da activi-
300 dade desenvolvida ao longo de todo o ano. É uma daquelas
N.º de docentes abrangidos pelas obras para mais tarde recordar...
actividades em 2004/2005:

11

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Escola EB 2,3 de Medas – Medas

Pode um Centro de Formação Desportiva de Vela subsistir longe do

para a vida
mar, das ondas e do vento? Pode um centro de formação de vela
criar raízes num meio carenciado? Em Medas, freguesia de conce-
lho de Gondomar, a lógica parece ter sido invertida. Para bem da

Lições
comunidade e dos alunos. A professora Rosa Rosa é a grande res-
ponsável por essa “distorção”.

Tudo começou há mais de 10 anos. Na altura aproveitou-se a boa


onda da Expo-98, cujo tema central era os oceanos. A professora
Rosa Rosa apresentou um projecto e recebeu em troca alguns barcos
da Federação Portuguesa de Vela: 10 “Optimist”, 2 “L’Équipe” e um
semi-rígido com motor de 15 cavalos. Em 1998, a Federação anun-
ciou que os clubes que quisessem continuar a trabalhar com os bar-
cos poderiam fazê-lo desde que não cessassem a actividade. «Nós
nunca parámos. Já tivemos que reparar estes barcos várias vezes e
devemos ser o único local onde esse material continua em activida-
de. Não temos dinheiro para mais e nem estamos associados a
nenhum clube, por isso tudo o que temos tem que ser muito bem
conservado.» Posteriormente, a Federação ofereceu mais dois barcos
“L’Équipe” que juntamente com os três barcos emprestados de vela
adaptada, completam a “frota” do Centro de Formação de Vela da
EB 2,3 de Medas. Tudo junto leva Rosa Rosa a não se queixar do
material que tem ao seu dispor, apesar de ter o sonho de um dia
poder adquirir algumas pranchas de windsurf. Em segunda mão.

Se a vela arrancou em 1994, o Centro de Formação é bem mais jovem


(2002/2003). É uma maneira de garantir que os alunos que saem da
escola encontrem alguma continuidade no trabalho e aprendizagem:
«Doutra forma, os alunos que completam o 9.º ano não teriam qual-
quer hipótese de continuar a praticar vela.» Actualmente, o centro
conta com cerca de 30 alunos e como as inscrições ainda estavam
abertas, havia a possibilidade de chegar à meia centena. Um número
que assusta Rosa Rosa porque os recursos humanos disponíveis (três
professores) são insuficientes. A professora explica porquê: «Não pode-
mos ter muitos alunos porque há normas de segurança que têm de ser
cumpridas. As boas práticas dizem que por cada 10 velejadores e
embarcações deve existir um treinador e um barco de apoio.»

Medas fica situada junto ao Rio Douro. Naquelas paragens, o ar


majestoso e imperial do curso de água impõe respeito. Não muito
longe está a barragem Crestuma-Lever e é a enorme massa de
água formada por essa barreira que serve de campo de treino para
os alunos. Sempre ao final da tarde, altura em que normalmente o
vento se faz anunciar de forma mais pronunciada.

O ideal seria os miúdos começarem naquela lide aos oito ou nove


anos. Seria o ideal, sublinha Rosa Rosa, porque na prática começam
com 11 ou 12 anos. Foi a idade com que Miguel Lixa arrancou. Já lá
vão sete anos. «Hoje não consigo passar sem a vela», confessa. Para
ele nunca foi difícil conciliar estudos e desporto e garante que é só

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Escola EB 2,3 de Medas – Medas

necessário «saber conciliar os horários». Porque as vantagens são mui-


tas: «Por exemplo, quando ando mais agitado ou nervoso por causa
das aulas, a vela ajuda-me a relaxar. E não podemos esquecer que a
vela é uma escola de vida.» Miguel possui já a carta de marinheiro e
espera que a Federação o reconheça em breve como monitor.

Medas situa-se numa região carenciada. Baixos


ordenados, problemas socio-familiares complica-
dos. A escola EB 2,3, com os cerca de 600 alunos,
é um bom campo de observação dessa realidade.
Há miúdos a quem a escola, os professores ou até
mesmo os pais de outros alunos suportam as refei-
competir no mar
ções. Doutra forma, não comem. «Há carências
de toda a ordem e isso reflecte-se também na vela,
Treinar no rio,

no equipamento pessoal de cada um», adianta


Rosa Rosa que avança com dados mais objectivos.
«Muitos dos miúdos da vela não têm colete nem
fato. Vão para a água de calções, t-shirt e chine-
los. Mas vão sempre, mesmo de Inverno. E nor-
malmente não são esses que adoecem.»

Com ou sem equipamentos, os miúdos de Medas


continuam a enfrentar o destino e a medir forças
com o rio. O mar é já outra história e fica longe,
muito longe. «Saímos poucas vezes, porque não
há verbas para isso. É claro que é um factor de desmotivação, mas
tentamos contornar isso convidando algumas escolas a virem até
cá. O nacional é realizado no mar, como é natural, e os nossos
alunos têm sempre alguma dificuldade e medo nesse primeiro con-
tacto. Precisavam de ter a noção das correntes, de aprender a subir
e descer as ondas, de saber lidar com o vento. Doutra forma é
complicado enfrentar o mar.» É verdade que há pais que ajudam
nas viagens e acompanham os filhos (o inverso também acontece),
é verdade que a parceria com a empresa PortoGen (explora a cen-
tral da Tapada do Outeiro) tem dado bons resultados, através da
cedência de algum material, mas nada substitui a presença do mar.

Com estas condicionantes, os resultados não são o mais importante.


Até porque se trata de Desporto Escolar. Mesmo assim, há marcas
muito positivas. E até medalhas de mérito: «Foi no nacional, há dois
anos. Na água, qualquer embarcação é obrigada a prestar auxílio.
Ainda na linha de partida, uma embarcação virou e o nosso aluno foi
em seu socorro. Ficou ferido, partiu um dente e teve que ir para o hos-
pital, ficando assim impedido de competir. A medalha vem daí.»

Mais do que os galardões, há outros valores a defender. Os objec-


tivos centrais são outros. «Provamos que a vela pode ser praticada
por ricos e pobres. Vemos a vela como um meio de educação e de
formação. Para aqueles que têm menos posses e que de outra forma

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Escola EB 2,3 de Medas – Medas

nunca teriam acesso a este desporto, esta é a possibilidade que têm


de conhecer algo de bom.. Porque muitos destes miúdos sabem
que, terminada a escola, dificilmente poderão prosseguir com a
vela. Aqui somos todos iguais. E todos sentimos orgulho nisso.»

Orgulho que Rosa Rosa sente também quando fala da vela, do cen-
tro de formação, das novas instalações que em breve serão inaugu-
radas: «Até agora tínhamos os barcos em contentores que a
PortoGen nos cedeu. Com as novas instalações passamos a dispor
de uma rampa, um pontão, casas de banho, chuveiros. Algo que
nunca tivemos.» E que bem falta faziam. Visita-se o local e percebe-
-se porquê. A colocação de um simples barco na água transformava-
-se numa penosa aventura e que valeu mazelas várias à professora.

Não muito afastadas da escola estão as novas instalações, bem


junto ao Douro, com a barragem como pano de fundo. Os alunos
fazem o percurso a pé, apesar do declive acentuado. Rosa Rosa
mostra o espaço com orgulho. Custou-lhe três anos de trabalho e
insistência. Mas valeu a pena, confessa, porque assim continuará a
ter força para velejar em frente. Os alunos agradecem. Porque «a
vela cria regras, hábitos e ensina-lhes que ninguém pode fazer
nada sozinho. Ensina-lhes que a ajuda e cooperação com o próxi-
mo são fundamentais. E isso é uma grande lição de vida.»

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Escola EB 2,3 de Medas – Medas

Vela
adaptada
Uma das particularidades do centro de formação de vela de
Ano de início das actividades do
Desporto Escolar na Escola/Agru-
Medas é o facto de admitir alunos com deficiência motora,
pamento: graças à parceria celebrada com a APDM (Associação
Portuguesa de Deficientes Motores) de Gaia. Na escola já
1990/91
existia um aluno deficiente motor praticante de vela mas
Modalidades praticadas: agora o projecto ganha novas dimensões. Para atender a
Vela, prancha à vela, natação estes casos existem três barcos próprios, disponibilizados pela
e basquetebol. Associação Portuguesa de Vela Adaptada, modalidade na
N.º de alunos abrangidos pelas
qual Portugal é campeão do mundo. «Estes barcos são uma
actividades em 2004/2005: classe nova criada por um australiano. As alterações introdu-
zidas garantem que qualquer pessoa pode andar de barco.
700
Nunca vira», explica Rosa Rosa.
N.º de docentes abrangidos pelas
actividades em 2004/2005: Nunca? «É verdade. A retranca é mais alta, o patilhão é mais
9 comprido e no fim deste estão 25 quilos de chumbo.» Palavra
de quem sabe.

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Escola Básica Integrada Infante D. Pedro – Penela

a natureza
Cercada de montanhas, rodeada de natureza, Penela (distrito de

Aproveitar
Coimbra) vive os dias com serenidade, sem pressas do futuro. No
entanto, num dos seus extremos, com os seus cerca de 300 alunos,
a EBI esconde um mundo de agitação. Não se trata de alunos pro-
blemáticos ou indisciplinados, nada disso. A causa de tanto fervi-
lhar é bem mais saudável: actividades desportivas. Ao longo de
todo o ano, elas estão sempre presentes, dentro e fora da escola,
para competição interna e externa, para satisfação de toda a
comunidade.

Comecemos por dentro. Por aquilo que abrange praticamente toda


a comunidade escolar. Ana Marta, coordenadora do Desporto
Escolar no último ano lectivo e Ana Paula Ferreira, coordenadora
do Departamento de Educação Física, explicam como é que tudo
se processa. Para os alunos do segundo ciclo existem “furos “ no
horário que lhes permitem, três horas por semana, desenvolverem
as mais diversas actividades: futebol, voleibol, patinagem… enfim,
um leque variado.

Para os mais crescidos o sistema é diferente. As responsáveis opta-


ram por agendar torneios em dias estratégicos, de forma a não pre-
judicar o rendimento escolar dos alunos. A oferta é variada: ténis,
natação, voleibol, basquetebol, futsal, street-hockey, corta-mato. A
tudo isto junte-se ainda a presença em provas exteriores como o
“Compal Basket” ou o “Mega Sprinter” e tem-se uma ideia mais
aproximada do movimento que a actividade desportiva gera em
Penela. De tal forma que a quase totalidade dos alunos é abrangi-
da por ela.

Ainda bem que assim é. O meio é pobre, há problemas sociais gra-


ves, o povoado é muito disperso, o que obriga à manutenção de
uma residência para estudantes desde o primeiro ciclo. «Se não for
a escola a oferecer-lhes estas actividades, boa parte destes alunos
nunca teriam hipótese de ter contacto com elas e de as praticar.
Sem a escola, não teriam nada», sustenta Ana Marta. Os pais,
esses, pouco seguem a actividade dos seus filhos.

Num meio assim, é claro que o desporto marca positivamente os


seus participantes. E o entusiasmo é tanto que algumas das moda-
lidades, como a escalada ou as multiactividades de aventura, não
raras vezes, contam com a presença de outros professores que
nada têm a ver com Educação Física. Sublinhe-se, com a presença
e participação, pois a curiosidade e vontade de exercitar o corpo
parecem falar mais alto.

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Escola Básica Integrada Infante D. Pedro – Penela

Em Penela, para além do vasto leque de activida-


des que é desenvolvido internamente ao longo do
ano, existem três modalidades inseridas no âmbi-
to do Desporto Escolar: multiactividades aventu-
ra, escalada e natação. Para que não exista
sobrecarga de horários ou excesso de vontade
participativa, os alunos só podem inscrever-se em
duas delas. Ana Marta e Ana Paula Ferreira são

Comunidade
as responsáveis pelos grupos/equipa das duas
primeiras modalidades.

envolvida A importância que é atribuída a estes desportos é


grande, de tal forma que fazem parte do projec-
to curricular da escola. As multiactividades aven-
tura têm vindo mesmo a ganhar espaço na
região, o que leva a que o CAE de Coimbra seja
o único com «quadro competitivo a nível do
Desporto Escolar», assegura Ana Marta.

O segredo do sucesso das multiactividades aventura, como o pró-


prio nome indica, parece residir na vasta panóplia de opções que
oferece. Por isso, monotonia ou rotina não fazem parte da modali-
dade. Os alunos, confessa Ana Marta, adoram isso.

Os treinos são às quartas-feiras. A tarde é livre, não há aulas e


assim o tempo pode ser gerido de forma mais conveniente. O qua-
dro competitivo é aos sábados, tal como a natação, o que acarre-
ta sempre alguns problemas em termos de transporte e mobilidade
e exige aos professores muitas horas de trabalho voluntário. Face
ao material envolvido, às distâncias que é necessário percorrer,
uma vez que muitos dos treinos se desenrolam nas serras vizinhas,
a logística é complicada. Pior: seria incomportável para a escola
não fosse o apoio incansável que a autarquia tem fornecido.
Transportes de alunos e professores para treinos e provas, bem
como do material, fica sempre a cargo da Câmara Municipal. «É
uma facilidade que nos é concedida e que boa parte das escolas
não tem. Doutra forma, era impossível manter isto, porque não
teríamos dinheiro para os transportes», garante Ana Paula Ferreira.

O apoio da autarquia não termina aqui. A piscina municipal é


cedida também à escola para a prática da natação. O envolvi-
mento da comunidade estende-se também à associação de jovens
local, que empresta dois caiaques, aos Bombeiros Voluntários e à
GNR, que normalmente marcam presença quando há provas que
justifiquem alterações na rotina diária da localidade ou quando as
boas práticas de segurança e prevenção o aconselham. Como em
tudo isto existe «boa dose de amor à camisola», como faz questão
de lembrar Ana Paula Ferreira, os alunos e professores cedem sem-
pre algum material, como é o caso das bicicletas. Tudo somado dá
diversão, alegria, momentos inesquecíveis.

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Escola Básica Integrada Infante D. Pedro – Penela

Falta de tempo

Tudo começou em 1999 pela mão do professor Alberto Cruz,


com acampamentos e multiactividades, aproveitando assim as
potencialidades da região. Foi formado o Clube da Floresta. Em
2003 foi criado o grupo/equipa das multiactividades aventura,
ainda sem quadro competitivo. Eram apenas organizadas pro-
vas com outras escolas convidadas. Em 2003/2004 surge o
quadro competitivo e no ano seguinte a escalada segue-lhe as
pisadas.

Passos importantes que ajudaram a cimentar definitivamente


estas duas modalidades complementares em Penela e que
garantem a satisfação dos alunos. «Optámos pelas multiactivi-
dades porque queríamos dar algo de diferente. Por outro lado,
oferecem uma formação global aos alunos e obriga-os a saber
um vasto número de regras e técnicas. As multiactividades têm
uma oferta muita atractiva e não dá para cair na rotina», sus-
tenta Ana Marta. Ao lado, a colega acrescenta: «Por exemplo, na
escalada, é curioso verificarmos a vontade que eles têm em
superar-se, de tentarem ir sempre mais longe. Isso é um dos pon-
tos que nos dá confiança e força para continuar.» Isso e «a satis-
fação, a alegria que vemos nos alunos», acrescenta Ana Paula
Ferreira.

Pode não parecer, mas multiactividades e escalada exigem muito


tempo e dinheiro. «O tempo não chega, é muito curto. E já não
falo de quando somos nós a organizar alguma prova. Só o
tempo que é necessário para ir reconhecer o terreno e fazer mar-
cações…», revela Ana Marta. Quanto ao dinheiro, só é possível
manter tais actividades porque a escola não gasta verbas com os
transportes. «Aproveitámos esse dinheiro para comprar mate-
rial», diz Ana Marta. Vamos a um exemplo concreto dado por
Ana Paula Ferreira: «Uma corda de escalada custa cerca de 150
euros. Tem que estar sempre em boas condições, porque a segu-
rança é fundamental. A meio do ano, por norma, temos de
trocá-la.»

De qualquer forma, há outras compensações materiais. O pavi-


lhão é recente, a piscina é da autarquia e serve bem os propósi-
tos. Fica só um lamento: a parede escalada é exterior. Quando a
chuva cai, não há subida para ninguém.

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Escola Básica Integrada Infante D. Pedro – Penela

Contra
a rotina
A base das multiactividades aventura é a orientação. Cada
equipa é constituída por cinco elementos mais um suplente,
sendo que a distribuição em termos de sexos terá de ser sem-
pre dois/três, ou seja, dois de um sexo e três de outro. Antes
Ano de início das actividades do
de cada prova, os alunos recebem um mapa actualizado da
Desporto Escolar na Escola/Agru-
zona que irão percorrer. Em Penela, como se trata de serras
pamento:
e vales, as docentes têm o cuidado de fornecer excertos de
1990/91 cartas militares, sempre que tal é possível. Os locais a visitar
Modalidades praticadas: e as tarefas a efectuar estão devidamente assinalados.
Natação, multiactividades de
Depois, os alunos ficam entregues a si próprios.
ar livre e escalada.
Em média, uma prova tem sete a oito quilómetros e pode
N.º de alunos abrangidos pelas
demorar entre três a quatro horas. «È um desafio», avisa Ana
actividades em 2004/2005:
Marta por entre sorrisos. Para que tudo se processe dentro da
330 legalidade, existem cartões de controlo que os alunos deve-
N.º de docentes abrangidos pelas rão preencher conforme vão passando pelos postos de visto-
actividades em 2004/2005: ria. Ao longo do percurso, os alunos podem ser solicitados a
4 colocar à prova muitos dos seus dotes: tiro, BTT, rappel,
canoagem, escalada para dar só alguns exemplos mais
comuns. Num desporto com características assim não se pode
falar em rotina.

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Escola EB 2,3 do Parchal – Lagoa

de família
Não é novidade para ninguém: o Algarve é um local privilegiado para
a prática do golfe. Tem excelentes campos e este desporto é uma boa

Reunião
fonte de atracção e de receitas turísticas. Aproveitar a disponibilização
gratuita das infra-estruturas existentes e dar aos alunos a possibilida-
de de iniciação e aprendizagem no mundo do golfe, é juntar o útil ao
agradável. O Centro de Formação do Rio Arade, agora com sede na
EB 2,3 do Parchal, em Lagoa, concilia essas vertentes.

Em quatro anos de vida, o centro de formação já conheceu três


sedes: Albufeira, Portimão e, nos últimos dois anos, no Parchal, em
Lagoa e o seu grande impulsionador é o professor Hugo Pinto.
Como as mudanças têm sido todas dentro da mesma zona, a con-
tinuidade foi assegurada.

O Centro de Formação do Rio Arade serve as escolas básicas dos


1.º, 2.º e 3.º ciclos e as secundárias dos concelhos de Lagoa,
Portimão e Lagos. A sua actividade desenvolve-se dentro de duas
vertentes: actividades pontuais e sistemáticas.

Vamos por partes. Nas actividades pontuais Hugo Pinto desloca-se


uma ou duas vezes por ano a escolas da zona para fazer um tra-
balho de divulgação da modalidade. Por norma, pratica-se o golfe
dentro do pavilhão. «É o golfe condicionado no espaço, mas em
termos técnicos é a mesma coisa. Num pavilhão consegue-se
reproduzir um campo de golfe, basta adaptar o material». Palavra
de Hugo Pinto, palavra de quem sabe.

A actividade sistemática é diferente. Os alunos treinam todas as


quartas-feiras e sábados e participam mesmo nos quadros compe-
titivos do Desporto Escolar. Três dos 20 alunos do centro (6 rapari-
gas e 14 rapazes) estão federados. Treinam sempre que possível em
campos verdadeiros. A importância das parcerias com os campos
de golfe é aqui vital para todo o projecto: Herdade dos Salgados
(Albufeira), Grupo Pestana (Carvoeiro), campo da Penina
(Portimão) e Quinta da Boavista (Lagos), são utilizados sem gran-
des entraves pelo centro de formação. Foram estabelecidos proto-
colos que permitem ao centro usufruir sempre do campo de práti-
cas e, desde que marcado com antecedência, não é difícil arranjar
um espaço para os alunos no campo de jogo.

À primeira vista, os responsáveis dos campos nada têm a ganhar


com isto. Mas não é bem assim: «Acabam por ter retorno porque
ao investirem na formação de futuros golfistas, estão também a
garantir o seu próprio futuro.» Esta é a visão de Hugo Pinto que
lamenta, contudo, não existir na região mais gente a pensar assim.
«No Algarve só existem meia dúzia de campos que têm a preocu-
pação de promover o golfe numa perspectiva desportiva, ao con-
trário do que sucede, por exemplo, com os campos no Norte do
País, que estão mais voltados para a competição e para o despor-
to. Aqui, o objectivo é mais o turismo.»

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Escola EB 2,3 do Parchal – Lagoa

Sendo um desporto que exige grande dose de

para alunos problemáticos


concentração, nada melhor do que começar de
pequenino a cultivar tais dotes. Hugo Pinto con-
sidera que a idade perfeita para o início da
modalidade ronda os oito anos «o que não quer
dizer que não se comece mais cedo». Talvez por
isso o professor deseje baixar já este ano o nível
médio das idades do centro de formação nos
alunos que estão envolvidos nas actividades sis-
temáticas. O objectivo final é fazer com que os
Bom remédio jovens aprendizes se iniciem, regra geral, no ter-
ceiro ou quarto ano do primeiro ciclo.

E a concentração, factor fundamental no golfe?


Hugo Pinto dá a explicação: «O golfe tem um
envolvimento e um conjunto de procedimentos que
fazem com que um jogador, logo à partida, esteja
mais concentrado. O ambiente do campo, o ves-
tuário, o facto de não se correr ou gritar são regras
que induzem, desde logo, à concentração.»

Mas há pormenores mais interessantes. O golfe, garante Hugo


Pinto, tem ajudado alunos problemáticos a melhorarem o seu ren-
dimento e comportamento escolar. «Ficam mais serenos, mais con-
centrados», assegura o professor. «É uma boa estratégia. Há sinais
que indicam que a prática do golfe ajuda na concentração e no
saber estar dentro de uma sala de aula.»

Até, porque, ao contrário do que se possa pensar, há alunos pratican-


tes provenientes de todos os estratos sociais. Afinal, o Algarve é uma
zona privilegiada para a prática da modalidade e quase toda a gente
tem alguém na família que trabalha ou está ligada a este desporto.

A relação estreita que existe com o desporto pode ajudar também


a explicar o interesse que os pais demonstram pelas actividades dos
filhos. Acompanham-nos de forma exemplar, o que facilita, desde
logo, a logística do centro em termos de transportes. É verdade que
a Câmara de Lagoa «tem prestado um precioso auxílio nos trans-
portes para treinos e competições» mas com os pais por perto,
ganha-se outra mobilidade.

A presença do centro de formação nos diversos campos de golfe


tem outra vantagem: o fornecimento de material. Há uma verba
anual que é atribuída ao centro para aquisição do que for neces-
sário, mas muito do que existe é oferecido pelos campos de golfe.
Por outro lado, a maioria dos alunos “sistemáticos” tem já o seu
próprio conjunto. Dispendioso? Não tanto como se poderia imagi-
nar. Com 100 euros, numa loja da localidade que oferece condi-
ções especiais, consegue-se comprar o material básico necessário
e suficiente para a prática da modalidade.

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Escola EB 2,3 do Parchal – Lagoa

Como o grande objectivo do centro é levar o golfe ao maior núme-


ro possível de alunos, todas estas ajudas acabam por ser preciosas.
Como precioso seria encontrar um clube que desse continuidade
ao trabalho desenvolvido na escola. «A partir de um determinado
ponto, estes jovens precisam de outras referências desportivas. É
necessário oferecer-lhes um horizonte de continuidade», sustenta
Hugo Pinto para quem é bem possível que esse sonho se torne em
breve realidade, dado o bom andamento do processo com o Clube
de Golfe da Quinta da Boavista.

Numa escola com cerca de 300 alunos e sem problemas graves


de carácter disciplinar, existem contudo queixas a registar. Hugo
Pinto lembra, por exemplo, que o grande ponto fraco de todo
este projecto é a falta de formação dos professores: « Os pro-
fessores têm de ser uma espécie de autodidactas. Estudamos e
tentamos manter-nos actualizados sem qualquer orientação
pedagógica.»

Mas o outro prato da balança fornece o necessário equilíbrio: «O


golfe é uma actividade cativante e acaba por conquistar os miúdos.
Nas outras escolas por onde passei isso deixou marcas, de tal
forma que ainda hoje continuam a praticar.» E a motivação parece
ser de tal forma intenso que Hugo Pinto não se contém:
«Funcionamos como uma família que todas as quartas-feiras e
sábados se reúne religiosamente para a prática da modalidade.» E
quando assim é...

No berço
do golfe

Um dos pontos altos do Centro de Formação do Rio Arade,


que ficou na memória de todos os praticantes, foi a visita, em
2004 e durante uma semana, a St. Andrews, na Escócia. Para
os leigos este nome pouco ou nada significa, mas para quem
tem um mínimo de luzes sobre a matéria, a conversa já é

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Escola EB 2,3 do Parchal – Lagoa

Ano de início das actividades do


outra. St. Andrews é o berço do golfe tal como hoje é conhe-
Desporto Escolar na Escola/Agru- cido a nível mundial. É em St. Andrews que se situa o campo
pamento: mais antigo do mundo, as competições mais conceituadas.
1995/96; St. Andrews funciona quase como se fosse uma Federação
centro de formação do golfe: Internacional de Golfe.
2002/2003

Modalidades praticadas: Face ao descrito, ter o prazer e o privilégio de poder pisar


Golfe, futsal, voleibol, grupo aqueles relvados escoceses e usufruir ali da prática do golfe
de actividades aquáticas e tornou-se, nas palavras de Hugo Pinto, uma «viagem ines-
badminton. quecível» para os 14 alunos e cinco professores que lá esti-
N.º de alunos abrangidos pelas veram. O mais curioso é que a deslocação implicou pouco
actividades em 2004/2005: esforço financeiro por parte dos intervenientes. Ao longo do
250 ano foram feitos chapéus, rifas, torneios de golfe abertos a
N.º de docentes abrangidos pelas todos os interessados que permitiram amealhar boa parte do
actividades em 2004/2005: dinheiro necessário. E assim o que parecia uma miragem
5 acabou por ter contornos bem reais.

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Escola Salesiana de Manique – Sintra

As instalações são de fazer inveja. Não é preciso ser especialista em

Duas escolas
atletismo para perceber isso mesmo, quando se entra na zona des-
portiva da Escola Salesiana de Manique, algures entre Sintra e
Cascais. «Não tenho dúvidas de que temos as melhores instalações

numa só
do país», garante o professor Fernando Pereira, coordenador do
Centro de Formação e responsável pelo escalão juvenil de atletismo
da escola. Ao seu lado, Paulo Mota, hoje professor e coordenador
do Desporto Escolar, bem mais jovem e seu ex-aluno, abana a cabe-
ça em sinal de concordância. Ao ver o pavilhão, a qualidade do
pavimento, o campo de treinos e a pista em tartan, não é difícil acre-
ditar na garantia de Fernando Pereira.

Mas nem sempre foi assim. Longe disso. Se a escola é hoje reconhe-
cida como um centro de formação de atletas de alto nível, o percur-
so teve os seus ziguezagues até que o estado actual fosse atingido. É
preciso olhar atentamente para as duas últimas décadas, precisa-
mente o mesmo tempo que Fernando Pereira tem de escola, para
perceber como é que se constrói um projecto sólido.

E foi assim: nos primeiros dez anos, o atletismo, basicamente corta-


mato, funcionou quase como brincadeira e fora do desporto escolar.
Era uma boa forma de convívio. Apenas isso. Entre 1996 e 2002
assistiu-se ao apetrechamento das instalações. É neste período que
surgem a pista de alcatrão e o pavilhão. E é também por esta altura
que nasce o projecto do Desporto Escolar. O atletismo de pista passa
a ser uma realidade e a cerca de uma centena de alunos que estão
actualmente no projecto, podem escolher entre as diversas provas de
velocidade, salto em altura, salto em comprimento, triplo salto, lan-
çamento do peso e corridas de meio fundo. Um leque variado. Com
a aposta em melhores instalações surgiram os primeiros jovens a dar
nas vistas. E com eles a vontade de muitos outros em os imitar.

Laura Santos, Rodrigo Dionísio, Marisa Anselmo, Catarina Bastos e


Marcos Caldeira são alguns desses nomes de relevo. Só para exempli-
ficar: Marisa Anselmo, recordista nacional do salto em altura ao ar livre
nos escalões de infantis, iniciados e juvenis tem resultados que lhe per-
mitem atingir o Estatuto de Atleta de Alta Competição. Os 1,79 metros
obtidos em 2002 no Funchal são a quinta melhor marca de sempre!
Bom sinal, mas melhor ainda é se se disser que, por exemplo, a par da
excelência desportiva, Marisa Anselmo e Catarina Bastos são alunas
exemplares. Hoje, ambas frequentam a Faculdade de Medicina.

Em Fevereiro de 2003 é inaugurada a pista de tartan. Com ela che-


gou o desenvolvimento de um trabalho com mais qualidade e bem
mais do agrado dos atletas e professores. Patamares que só foram
possíveis graças à abertura e apoio demonstrados pela direcção da
escola. Mas não só. Fernando Pereira e Paulo Mota não esquecem a
contribuição da Câmara Municipal de Cascais e da Federação
Portuguesa de Atletismo, que tem proporcionado estágios quer aos
jovens, quer aos professores.

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Escola Salesiana de Manique – Sintra

Situada num local isolado, a Escola Salesiana de


Manique apela à calma e tranquilidade. Os alu-
nos envolvidos no atletismo treinam todos os
dias, a partir das 16.30 horas, altura em que ter-
minam as aulas, até às 19 horas. O isolamento
é o principal problema porque os transportes são

o comodismo
escassos, o que obriga os pais a deslocarem-se à
escola a horas tardias. Mas há vantagens inegá-
veis. Fernando Pereira explica porquê: «Qualquer
actividade que esteja bem organizada é funda-
mental para ligar os alunos à escola. O despor-
Contra
to tem uma contribuição decisiva no rendimento
escolar: obriga os jovens a serem auto-discipli-
nados, organizados, a aprenderem a gerir
melhor o seu tempo.»

Apesar do ambiente tranquilo sugerir que tudo se


processa sem grandes dificuldades, a realidade tem outras estórias
para contar. Por exemplo, um dos grandes problemas foi a sensibi-
lização dos pais. No início foram feitos almoços e jogos numa ten-
tativa de os seduzir. Fernando Pereira remata: «Hoje já não temos
tempo para isso, mas continua a haver resistências. Os pais são
comodistas. Porquê? O atletismo tem provas ao sábado e, por
vezes, ao domingo. Não é fácil motivá-los.»

Mas também há quem tudo faça para transportar o filho até onde
for necessário e não perder uma oportunidade para o apoiar. «Há
pais com expectativas muito elevadas, sentem que os filhos podem
chegar longe e gostam de marcar presença», avança Paulo Mota.
Para completar o quadro, acrescente-se que, por exemplo, Marcos
Caldeira e Marisa Anselmo sonham com a presença nos Jogos
Olímpicos de Pequim, em 2008.

As instalações são excelentes mas, por si só, não fazem campeões.


«Não temos segredos. Fazemos simplesmente as coisas com pai-
xão. A entrega e dedicação dos miúdos fazem-nos acreditar que
estamos no bom caminho», acrescenta Fernando Pereira.

Num meio onde tudo parece fazer sentido, onde a limpeza e arru-
mação são bem visíveis, há também lamentos a registar. Por exem-
plo, a falta de material para a prática do salto à vara. «Nunca
estamos satisfeitos, mas também temos consciência que não pode-
mos pedir mais à escola.»

Apesar de ser um estabelecimento de ensino privado, a Escola


Salesiana de Manique, que conta quase com dois mil alunos repar-
tidos pelos 2.º e 3.º ciclos e secundário, tem um contrato de asso-
ciação com o Ministério da Educação. O centro de formação fun-
ciona há três anos e as portas estão abertas aos alunos do ensino
público, através de protocolos estabelecidos com as escolas.

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Escola Salesiana de Manique – Sintra

«Normalmente os alunos que chegam de fora já por cá passaram.


Só que devido às escolhas curriculares que fizeram vão para o ensi-
no público», precisa Paulo Mota que, enquanto atleta chegou a
campeão distrital de corta-mato e vice-campeão nacional.

Fernando Pereira é o grande dinamizador de todo o atletismo na esco-


la. É assim há duas décadas. E assim promete continuar: «Se nos dei-
xarem, este é um projecto para dar frutos, até porque antevejo a pos-
sibilidade de termos resultados que nos irão orgulhar. Se as condições
se alterarem, obviamente que o projecto corre o risco de acabar».

De qualquer forma, as aspirações elevadas de alguns atletas, o


apoio dado pela escola, pais e alunos continuam a «fazer-me acre-
ditar e a sentir-me mais responsabilizado», confessa o professor.
Mas não só. Os resultados, obviamente, são estimulantes mas mais
importante que isso é a «formação dos jovens. Porque estas activi-
dades são de extrema relevância não só no desporto como, futura-
mente, no mercado de trabalho.» O desporto como escola de vida
ou duas escolas numa só.

Lista de
títulos extensa

Os resultados obtidos pelo centro de formação de atletismo


da Escola Salesiana de Manique são impressionantes. A sala
de troféus também. As vitrinas só com muita imaginação e
esforço comportarão mais troféus. Um bom problema.

A lista de títulos conquistados é de tal forma extensa que o


melhor é apresentar apenas alguns. E apenas referentes ao
último ano lectivo. Por exemplo, no que se refere ao despor-
to escolar distrital, regional e nacional eis parte da lista: 3
títulos distritais colectivos, 2 títulos regionais colectivos, dois
títulos nacionais colectivos, 18 títulos individuais distritais, 13
títulos individuais regionais, 7 títulos individuais nacionais.

No desporto escolar internacional registe-se: 4 medalhas de


ouro individuais nos Jogos da Federação Internacional do
Desporto Escolar Católico (FISEC) em Madrid, 5 medalhas de
prata individual no mesmo certame, bem como uma medalha
de bronze.

A nível do desporto federado, em campeonatos nacionais e


internacionais, a lista é igualmente extensa. Alguns exem-
plos: primeiro lugar individual na taça nacional de saltos, dois

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Escola Salesiana de Manique – Sintra

segundos lugares nos campeonatos nacionais de pista cober-


ta, campeão nacional de clubes no triatlo técnico jovem, cam-
peão nacional de clubes do Atleta Completo Nacional, uma
Ano de início das actividades do
Desporto Escolar na Escola/Agru-
medalha de ouro nas Jornadas Olímpicas da Juventude
pamento: Europeia, uma medalha de prata nos I Jogos Euro-Asiáticos
em Banguecoque. E fiquemos por aqui…
1982

Modalidades praticadas:

Andebol, atletismo, desportos


aquáticos (surf e bodyboard),
futsal, ténis, ténis de mesa.

N.º de alunos abrangidos pelas


actividades em 2004/2005:

200

N.º de docentes abrangidos pelas


actividades em 2004/2005:

10

98
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A Formação de Árbitros na Coordenação Educativa


da Lezíria e Médio Tejo – Santarém

de árbitro…
Ponto prévio: sem árbitros não há espectáculo. Tal como os prati-
cantes, eles são essenciais. A Coordenação Educativa da Lezíria e
Médio Tejo (CELMT), em Santarém, todos os anos dá formação a

Esta vida
cerca de cinco centenas de jovens árbitros, através do Desporto
escolar. Muita gente, é verdade. Muito poucos chegarão a ver as
luzes da ribalta. Mas há quem as alcance. André Gralha, actual-
mente árbitro de futebol da II Divisão, é um desses casos. Um
exemplo que enche de orgulho os responsáveis.

Andebol, basquetebol, futsal, voleibol, desportos gímnicos, nata-


ção, atletismo, ténis de mesa, ténis de campo, xadrez e badminton.
Onze modalidades, onze hipóteses de escolha para quem deseje
ser juiz de campo. Inês Barroso, Coordenadora do Desporto
Escolar da CELMT, e João Mourinha, Professor de Apoio à modali-
dade Futsal, explicarão como tudo se processa. É simples, pelo
menos nas palavras.

Fala-se aqui, sobretudo, de alunos das escolas do segundo e ter-


ceiro ciclos, ou seja, de jovens dispostos a embarcar na aventura
do apito a partir dos dez anos. Muito cedo? Talvez não. «Os miú-
dos têm uma grande noção de justiça. Não há malícia, são bas-
tante zelosos na aplicação das normas», desvenda João
Mourinha.

Cada escola, no primeiro período, faz a sua triagem. Por norma,


pode escolher dois alunos por modalidade que representarão o seu
estabelecimento de ensino na fase seguinte. É a fase da CE que, em
Santarém, de há oito anos a esta parte, ocorre sempre em Torres
Novas e sempre em Janeiro «antecedendo o início dos quadros
competitivos entre escolas». Os melhores desta fase são escolhidos
para representar a Direcção Regional a nível nacional. Os mais
capazes serão chamados a dirigir os diversos campeonatos nacio-
nais. Em cada ano lectivo, um aluno pode apitar cerca de 15/20
jogos inter-escolas. Um bom início.

Inês Barroso avança com outros números interessantes. «Temos


65 escolas a participar e cerca de 400 a 500 alunos em cada
ano lectivo.» Falamos apenas da fase intermédia, porque nas
escolas já muitos ficaram para trás. O que leva tantos alunos a
seguirem esta via? «Ao contrário do que se possa pensar, os miú-
dos gostam. E temos também muitas raparigas. A figura do árbi-
tro não está mal vista entre eles. Mas no ensino secundário já se
torna mais difícil. Porquê? São mais velhos, é diferente…», avan-
ça João Mourinha.

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A Formação de Árbitros na Coordenação Educativa


da Lezíria e Médio Tejo – Santarém

O dia da formação é longo, apesar de muito tra-


balho ter sido já desenvolvido nas escolas. A cida-
de de Torres Novas acolhe alunos de todo o distri-
to. É assim há oito anos. Há facilidades concedidas

todas as modalidades
pelas cinco escolas da localidade e pela autarquia.
Doutra forma, seria muito complicado montar todo
este sistema. Grosso modo, o dia divide-se em três
partes: sessão teórica, exame de avaliação teórica

Candidatos para
e exame de avaliação prática. Tudo num dia, tudo
numa «correria louca», garante Inês Barroso. «O
ideal seria pelo menos dois dias de formação, mas
isso implicaria ou dormirmos todos nas escolas,
com mais refeições pelo meio, ou regressarmos a
casa e o preço dos transportes, no mínimo, dupli-
caria. Como não há verba para isso…»

Seja como for, os alunos não vêm de mãos


vazias. Recebem camisolas de árbitro, cartões,
apitos, certificado, brochura com as regras do
jogo. Enfim, dádivas para que o ânimo juvenil
não esmoreça.

Apesar do leque de modalidades ser extenso, a verdade é que


nesta questão da arbitragem há um conjunto de normas que a
todos são ensinadas. João Mourinha, que é também formador
de árbitros de futsal, fala do perfil, do comportamento, das
características físicas e psicológicas, da preparação física, das
condutas éticas, da forma como dialogar com os praticantes.
Tudo igual para todas as modalidades. O que difere são as
regras, obviamente, e a sinalética. Porque os alicerces, já se vê,
são comuns.

O futsal é a modalidade que mais gente atrai, cerca de uma cen-


tena por edição. Não surpreende, mas não faltam voluntários para
todas as outras modalidades. Mais complicado só mesmo o atletis-
mo. A variedade de disciplinas ajuda a explicar porquê.

Numa região sem grandes tradições a nível desportivo, onde o


basquetebol é, provavelmente, a modalidade com mais expres-
são, e onde no futebol «é mais a quantidade do que a qualida-
de», para usar a expressão de Inês Barroso, houve alguns árbitros
de futebol que chegaram a internacionais: António Rola, Mário
Luís, Augusto Abreu, Manuel Lousada. Esta restrita lista pode já
bem ser o espelho do longo rol de problemas que a formação de
árbitros arrasta consigo. Vejamos: «O grande problema é a falta
de acompanhamento. Por exemplo, nos últimos oito anos formá-
mos 800 árbitros de futsal. Onde é que eles estão, se a
Associação de Futebol de Santarém se queixa que não tem árbi-
tros suficientes para os seus campeonatos?» interroga-se João
Mourinha.

100
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A Formação de Árbitros na Coordenação Educativa


da Lezíria e Médio Tejo – Santarém

Anualmente, a CELMT envia para todas as associações do distrito


que o solicitem, a lista dos alunos melhor classificados. Só que, nas
associações, «não existem recursos humanos capazes de acompa-
nharem estas fornadas de jovens que saem das escolas», avança
Inês Barroso. O que é pena. Casos como o de André Gralha são,
pois, a excepção.

«Na escola, os miúdos são mais protegidos, porque nos interessa,


antes de mais, a parte pedagógica. Quando algum vai para as
associações, como existe falta de árbitros são logo lançados às
feras, o que pode provocar algum desgaste e desânimo», adianta
ainda João Mourinha que avança com o caso do futebol: «Os miú-
dos têm de passar pela fase de auxiliares que pode demorar até
quatro anos. E é aí que boa parte deles desiste porque a desmoti-
vação é grande. São os auxiliares que sofrem mais pressão e mui-
tos não estão para isso.»

Mas há mais problemas: as associações não têm dinheiro para


pagar o que quer que seja. Mesmo os equipamentos são por conta
do jovem árbitro. «Se os pais não tiverem condições para tal, não
é qualquer miúdo que consegue seguir essa carreira. Só a questão
dos transportes é complicadíssima. Por outro lado, já imaginou o
que é os pais levantarem-se cedo, fazerem o sacrifício de levar o
filho para chegarem a determinado local e ouvirem chamar-lhe
nomes?» pergunta Inês Barroso.

Com tantos entraves e factores de desmotivação, continuar a


apostar na formação de árbitros ganha contornos de trabalho de
Sísifo. Para Inês Barroso e João Mourinha, contudo, há questões
que ultrapassam esses pontos negativos: «Os potenciais árbitros
do país estão nas escolas. O Desporto Escolar tem a capacidade
de os descobrir e dizer quem são os melhores. Mas depois é
necessário dar continuidade ao trabalho», adianta João
Mourinha.

Por tudo isso, carreiras como as de André Gralha enchem de satis-


fação estes dois responsáveis. «Ficamos contentes em ver casos
como o dele. O nosso projecto visa criar condições para que cada
um possa ter sucesso. No caso do futebol, por exemplo, ser árbitro
é praticamente uma profissão. Por isso, quanto mais cedo os alu-
nos começarem, quantas mais vivências tiverem, mais preparados
estarão para enfrentar o futuro. Não há espectáculo de qualidade
se o árbitro também não o for», remata João Mourinha. E todos os
desportistas concordarão com ele.

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A Formação de Árbitros na Coordenação Educativa


da Lezíria e Médio Tejo – Santarém

O exemplo
de André Gralha
André Gralha é um caso que merece estudo para a CELMT e
não só. E uma bandeira que bem pode ser içada aos quatro
ventos. Aos 29 anos, este jovem árbitro de futebol passou já
uma época na I Divisão, ou seja, no restrito grupo dos que
dirigem encontros da Superliga e Liga de Honra. Em
2003/2004, dirigiu sete encontros do escalão principal e 13
da Liga de Honra. Nada mau para um «caloiro». Acabou por
descer porque «só havia lugar para um. Subimos três e
alguém teria que voltar para a II Divisão». É lá que actual-
mente se encontra.

Tudo começou por volta dos 15 anos. Na altura, quando não


Modalidades praticadas: havia mais ninguém, ajudava o pai como árbitro auxiliar nos
Andebol, atletismo, basquete- jogos do INATEL de Santarém. O bichinho da arbitragem
bol, badminton, desportos tinha raízes na família e André Gralha deu-lhe continuidade.
gímnicos, futsal, natação, O Desporto Escolar abriu-lhe as portas. «Aos 15 anos, uma
ténis, ténis de mesa, voleibol professora falou-me da possibilidade de ir a Torres Novas
e xadrez. tirar o curso de árbitro. Como não tinha muito jeito para
N.º de alunos abrangidos pelas jogar futebol, ou melhor, era um jogador normalíssimo, aca-
actividades em 2004/2005: bei por ir. Fui seleccionado e segui para a fase nacional.»
412
O gosto pela arbitragem e os antecedentes familiares fizeram
N.º de docentes abrangidos pelas o resto. Entre os 15 e 16 anos foi ajuda assídua do pai nos
actividades em 2004/2005:
jogos como árbitro assistente. Entre os 16 e os 17 anos,
25 começou a apitar as suas primeiras partidas no INATEL.
Seguiu-se o curso de árbitros na A.F. Santarém e um percur-
so sempre em crescendo até ao escalão máximo da arbitra-
gem nacional.

Agora, de aluno passou a professor. André Gralha deu já


algumas palestras como convidado nos cursos de formação
de árbitros da CELMT. «Digo aos miúdos que ser árbitro não
é fácil e que se não gostarem realmente da arbitragem estão
ali a perder tempo.»

Volvidos cerca de 15 anos, André Gralha não esquece o


empurrão que o Desporto Escolar lhe ofereceu e olha para o
futuro com optimismo: «Faço o que gosto e sinto-me bem
comigo mesmo. Tento ser o mais justo possível e dar sempre
o meu melhor. O resto há-de vir naturalmente…»

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ANEXOS
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ANEXO I
Organograma Estrutural e Funcional do Desporto Escolar

DGIDC
DSDEAPS*

IDRE
Coordenações Regionais do Desporto Escolar

ICE
Coordenações Locais do Desporto Escolar

I
ESCOLAS
Clubes de Desporto Escolar

I
I I
AGRUPAMENTOS VERTICAIS/ AGRUPAMENTOS HORIZONTAIS/
DESPORTO ESCOLAR DESPORTO ESCOLAR

I
I I
I
Actividade Actividade Centros de Formação
Interna Externa Desportiva

I
Dinamização
de Escolas
I
Grupos-Equipas
I
Grupos-Equipas

* Diminuição de Serviços de Desporto Escolar e das Actividades de Promoção de Saúde

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ANEXO II
Direcções Regionais e
Coordenações Educativas do Ministério da Educação/Desporto Escolar

DRE NORTE
————————————————————————
CE BRAGA
CE BRAGANÇA
CE DOURO SUL
CE ENTRE DOURO E VOUGA
CE PORTO
CE TÂMEGA
CE VIANA DO CASTELO
CE VILA REAL

DRE CENTRO
————————————————————————
CE AVEIRO
CE CASTELO BRANCO
CE COIMBRA
CE GUARDA
CE LEIRIA
CE VISEU

DRE LISBOA
————————————————————————
CE LISBOA
CE LEZÍRIA E MÉDIO TEJO
CE OESTE
CE SETÚBAL

DRE ALENTEJO
————————————————————————
CE BAIXO ALENTEJO E ALENTEJO LITORAL
CE ALENTEJO CENTRAL
CE ALTO ALENTEJO

DRE ALGARVE
————————————————————————

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ESPE- CAMP.
CIALIZA- INTERN.
ÇÃO
CAMP.
MODALIDADES NACIONAIS
CA

ORIENTAÇÃO FORMAL
M

GRUPOS-EQUIPAS PRIORITÁRIAS
P

CAMPEONATOS
. FE

REGIONAIS
DE
RA

INICIAÇÃO
DO
S

CAMPEONATOS LOCAIS
GRUPOS-TURMA NÃO-FORMAL E INFORMAL MODALIDADES NÃO-PRIORITÁRIAS

RECREAÇÃO
CAMPEONATOS INTER-TURMAS

NÍVEIS DE PRÁTICA GRUPOS-ALVO GESTÃO DE ENSINO PRIORIDADE DAS MODALIDADES NÍVEIS DE COMPETIÇÃO
ANEXO III
Critérios de Funcionamento do Desporto Escolar

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ANEXO IV
Tipologias de Modalidades do Desporto Escolar

MODALIDADES COLECTIVAS
———————————————————————
Andebol
Basebol e Softbol
Basquetebol
Corfebol
Futsal
Râguebi
Voleibol
ACTIVIDADES NÁUTICAS E DE EXPLORAÇÃO DA NATUREZA
————————————————————————
BTT
Canoagem
Escalada
Multiactividades de Aventura*
Orientação
Prancha à Vela
Remo
Surf/Bodyboard
Vela
DESPORTOS DE COMBATE
————————————————————————
Capoeira
Judo
Luta

DESPORTOS DE RAQUETAS
————————————————————————
Badminton
Ténis
Ténis de Mesa

MODALIDADES PARA ALUNOS PORTADORES DE DEFICIÊNCIA


————————————————————————
Boccia
Goalball

OUTRAS MODALIDADES
————————————————————————
Actividades Náuticas
Actividades Rítmicas Expressivas**
Aeromodelismo
Atletismo
Bilhar
BMX
Bridge
Desportos Gímnicos***
Equitação
Esgrima
Golfe * São uma modalidade desportiva consignada,
Hóquei de Sala/Patins regulamentarmente, no Desporto Escolar (desig-
nadas de “Ar Livre” até 2003/04), que se caracte-
Jogos Tradicionais e Populares riza pela prática do seguinte conjunto de activi-
Karting dades de aventura e de exploração da natureza
(BTT, Canoagem, Corrida, Escalada/Rappel,
Natação Jogos de Dinâmica de Grupo, Manobras de
Perícia e Corrida de Patins Corda, Orientação e Tiro com zarabatana e com
arco), tendo como base um percurso de orienta-
Tiro com Arco ção.
Xadrez ** Danças Aeróbicas, Danças Modernas, Danças
Sociais, Danças Tradicionais e Danças Urbanas.
Outras *** Ginástica Acrobática, Ginástica Aeróbica,
Ginástica Artística, Ginástica de Grupo, Ginástica
Rítmica e Trampolins.

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ANEXO V
Âmbito dos Quadros Competitivos

QUADRO COMPETITIVO MODALIDADES

Nacional Andebol
Atletismo
Badminton
Basquetebol
Desportos Gímnicos
Futsal
Natação
Ténis de Mesa
Voleibol

Regional e Local Actividades Náuticas


Actividades Rítmicas Expressivas
Aeromodelismo
Basebol e Softbol
Bilhar
BMX
Boccia
Bridge
BTT
Canoagem
Capoeira
Corfebol
Equitação/Hipismo
Escalada
Esgrima
Goalball
Golfe
Hóquei de Sala
Jogos Tradicionais e Populares
Judo
Karting
Luta
Multiactividades Ar Livre
Orientação
Perícias/Corridas Patins
Prancha à Vela
Râguebi
Remo
Surf/Bodyboard
Ténis
Tiro com Arco
Vela
Xadrez

109
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ANEXO VI
Escalões Etários no Desporto Escolar*

INFANTIS INICIADOS JUVENIS JUNIORES


A B

9-10 Anos 11-12 Anos 13-14 Anos 15-16 Anos 17-18 Anos

* Existem, ainda, grupos/equipas organizados em “Vários Escalões”, Masculino ou Feminino e em “Vários Escalões Misto” (dos dois sexos).

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QUADROS
ESTATÍSTICOS
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QUADROS ESTATÍSTICOS

Ano lectivo 2001/2002


QUADRO 1 – Alunos-praticantes em Clubes de Desporto Escolar
Por escalão etário/sexo e por modalidades, no âmbito nacional

Infantil Iniciado Juvenil Júnior Total


ESCALÕES
Vários
masc. fem. masc. fem. masc. fem. masc. fem. masc.. fem. Escalões Global
Misto
Actividades Rítmicas Expressivas 0 82 0 45 0 0 0 38 0 165 3 738 3 903
Aeromodelismo 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Andebol 1 597 605 1 111 563 1 140 355 163 40 4 011 1 563 16 5 590
Atletismo 415 136 402 190 418 166 14 36 1 249 528 789 2 566
Badminton 109 131 286 31 26 15 17 0 438 177 3 595 4 210
Basebol e Softbol 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 129 129
Basquetebol 2 489 1 467 2 004 1 899 1 140 712 648 224 6 281 4 302 164 10 747
Bilhar 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
BMX 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Boccia 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 63 63
Bridge 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
BTT 0 0 23 0 28 0 0 0 51 0 1 065 1 116
Canoagem 0 0 13 0 0 0 0 0 13 0 851 864
Capoeira 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Ciclismo 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Corfebol 0 20 0 0 0 0 0 0 0 20 455 475
Desportos Gímnicos 24 196 15 276 0 147 0 41 39 660 10 361 11 060
Equitação/Hipismo 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Escalada 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 219 1 219
MODALIDADES

Esgrima 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 261 261


Futsal 8 087 1 504 7 029 4 979 3 483 3 028 695 629 19 294 10 140 43 29 477
Goalbal 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 15 15
Golfe 16 0 0 0 0 0 0 0 16 0 1 459 1 475
Hóquei de Sala/Patins 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Jogos Tradicionais e Populares 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 756 756
Judo 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 680 680
Karting 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Luta 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 250 250
Multiactividades de Ar Livre 102 63 422 208 409 57 468 75 1 401 403 2 762 4 566
Natação 63 70 0 0 0 0 0 0 63 70 5 608 5 741
Orientação 147 23 348 75 277 75 49 22 821 195 752 1 768
Perícia e Corrida de Patins 26 43 20 0 0 0 0 0 46 43 1 808 1 897
Prancha à Vela 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 92 92
Remo 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Râguebi 0 0 0 0 16 0 0 0 16 0 555 571
Surf/Bodyboard 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Ténis 32 17 211 42 52 16 0 0 295 75 2 188 2 558
Ténis de Mesa 1 677 184 2 662 198 1 114 102 259 11 5 712 495 1 328 7 535
Tiro com Arco 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 709 709
Vela 0 0 0 0 0 0 12 0 12 0 670 682
Voleibol 1 1300 1 436 2 370 3 450 1 861 2 484 2 104 2 008 7 465 9 378 28 16 871
Xadrez 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 543 1 543

Total Global 15 914 5 977 16 916 11 956 9 964 7 157 4 429 3 124 47 223 28 214 43 952 119 389

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Ano lectivo 2002/2003


QUADRO 2 – Alunos-praticantes em Clubes de Desporto Escolar
Por escalão etário/sexo e por modalidades, no âmbito nacional

Grupos
de Infantil Iniciado Juvenil Júnior Total
Formação*
ESCALÕES
Vários
Misto Masc. Fem. Masc. Fem. Masc. Fem. Masc. Fem. Masc. Fem. Escalões Global
Misto
Actividades Rítmicas Expressivas 2 375 0 0 0 0 0 0 0 15 0 15 1 620 4 010
Aeromodelismo 75 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 75
Andebol 1 350 540 300 780 330 465 195 165 15 1 950 840 195 4 335
Atletismo 350 270 210 300 120 165 135 15 0 750 465 315 1 880
Badminton 825 135 165 195 120 105 60 15 0 450 345 1 830 3 450
Basebol e Softbol 100 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 100
Basquetebol 2 575 1 260 720 1 080 1 170 675 450 390 210 3 405 2 550 45 8 575
Bilhar 50 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 15 65
BMX 25 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 25
Boccia 75 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 60 135
Bridge 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 30 30
BTT 650 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 300 950
Canoagem 250 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 180 430
Capoeira 100 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 15 115
Ciclismo 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 45 45
Corfebol 200 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 105 305
Desportos Gímnicos 2 325 0 0 195 60 15 15 0 0 210 75 3 420 6 030
Equitação/Hipismo 50 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 30 80
Escalada 200 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 240 440
Esgrima 100 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 135 235
MODALIDADES

Futsal 4 975 3 375 1 125 4 275 2 475 2 565 1 995 570 570 10 785 6 165 15 21 940
Goalbal 25 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 30 55
Golfe 325 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 945 1 270
Hóquei de Sala/Patins 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 15 15
Jogos Tradicionais e Populares 175 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 120 295
Judo 275 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 90 365
Karting 75 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 15 90
Luta 175 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 15 190
Multiactividades de Ar Livre 1 700 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 660 2 360
Natação 2 150 15 0 0 0 0 0 0 0 15 0 1 875 4 040
Orientação 400 90 0 225 75 180 105 30 15 525 195 570 1 690
Outras 125 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 125
Perícia e Corrida de Patins 1 000 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 240 1 240
Prancha à vela 100 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 15 115
Remo 50 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 15 65
Râguebi 175 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 105 280
Squash 25 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 25
Surf/Bodyboard 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 15 15
Ténis 1 125 15 0 15 0 0 0 45 0 75 0 735 1 935
Ténis de Mesa 1 875 750 345 1 515 210 705 150 180 0 3 150 705 1 470 7 200
Tiro com Arco 400 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 300 700
Vela 175 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 390 565
Voleibol 3 825 600 1 035 1 050 1 635 1 080 1 320 1 155 1 290 3 885 5 280 75 13 065
Xadrez 925 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 480 1 405
Total Global 31 750 7 050 3 900 9 630 6 195 5 955 4 425 2 565 2 115 25 200 16 635 16 770 90 355
* Forma de organização da Actividade Interna em 2002/2003.

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Ano lectivo 2003/2004


QUADRO 3 – Alunos-praticantes em Clubes de Desporto Escolar
Por escalão etário/sexo e por modalidades, no âmbito nacional

Infantil Iniciado Juvenil Júnior Total


ESCALÕES
Vários
Masc. Fem. Masc. Fem. Masc. Fem. Masc. Fem. Masc. Fem. Escalões Global
Misto
Actividades Rítmicas Expressivas 6 61 6 184 7 50 7 10 26 305 4 595 4 926
Aeromodelismo 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Andebol 1 050 463 1 665 566 681 274 225 39 3 621 1 342 51 5 014
Atletismo 440 312 552 315 196 162 17 16 1 205 805 328 2 338
Badminton 691 453 1 383 951 573 439 154 162 2 801 2 005 33 4 839
Basebol e Softbol 0 0 0 0 0 0 15 0 15 0 102 117
Basquetebol 1 710 955 1 791 1 683 734 590 400 141 4 635 3 369 150 8 154
Bilhar 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
BMX 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Boccia 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 114 114
Bridge 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
BTT 24 6 0 0 0 0 0 0 24 6 738 768
Canoagem 9 8 0 0 0 0 0 0 9 8 368 385
Capoeira 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Corfebol 25 13 0 0 0 0 39 41 64 54 215 333
Desportos Gímnicos 44 261 45 172 27 29 0 0 116 462 6 250 6 828
Equitação/Hipismo 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Escalada 17 14 13 4 0 0 0 0 30 18 336 384
Esgrima 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 160 160
MODALIDADES

Futsal 7 362 1 401 7 520 4 122 4 059 2 404 820 852 19 761 8 779 211 28 751
Goalbal 0 0 6 7 0 0 0 0 6 7 13
Golfe 10 5 10 6 0 0 0 0 20 11 1 018 1 049
Hóquei de Sala/Patins 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Jogos Tradicionais e Populares 14 7 0 0 0 0 0 0 14 7 480 501
Judo 0 0 0 0 5 15 0 0 5 15 407 427
Karting 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 16 16
Luta 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 116 116
Multiactividades de Ar Livre 35 14 51 63 11 4 11 10 108 91 2 596 2 795
Natação 119 109 114 137 61 66 41 41 335 353 3 449 4 137
Orientação 113 44 269 198 196 97 62 40 640 379 223 1 242
Perícia e Corrida de Patins 54 51 20 19 0 0 0 0 74 70 746 890
Prancha à vela 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 50 50
Remo 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Râguebi 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 200 200
Surf/Bodyboard 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Ténis 40 35 81 18 33 6 14 1 168 60 1 683 1 911
Ténis de Mesa 1 332 247 2 620 299 768 145 206 2 4 926 693 1 002 6 621
Tiro com Arco 32 13 7 8 0 0 0 0 39 21 506 566
Vela 16 14 6 9 0 0 0 0 22 23 382 427
Voleibol 1 113 1 425 1 577 2 879 1 343 1 616 1 222 1 828 5 255 7 748 248 13 251
Xadrez 0 0 12 3 27 11 34 10 73 24 1 470 1 567
Outras 12 3 0 0 0 0 0 0 12 3 875 890

Total Global 14 268 5 914 17 748 11 643 8 721 5 908 3 267 3 193 44 004 26 658 29 118 99 780

115
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Ano lectivo 2004/2005


QUADRO 4 – Alunos-praticantes em Clubes de Desporto Escolar
Por escalão etário/sexo e por modalidades, no âmbito nacional

Infantil Iniciado Juvenil Júnior Vários Total


Escalões
ESCALÕES
Vários
Masc. Fem. Masc. Fem. Masc. Fem. Masc. Fem. Masc. Fem. Masc. Fem. Escalões Global
Misto
Andebol 1 297 529 1 548 889 812 278 234 48 15 0 3 906 1 744 85 5 735
Actividades Náuticas 0 0 0 0 0 0 0 0 32 0 32 0 224 256
Actividades Rítmicas Expressivas 0 36 0 69 0 0 0 0 21 535 21 640 4 668 5 329
Aeromodelismo 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 98 98
Atletismo 450 400 735 190 333 86 46 0 29 73 1 593 749 617 2 959
Badminton 110 79 252 125 43 0 0 42 0 0 405 246 4 789 5 440
Basebol e Softbol 0 0 0 0 0 0 0 0 23 0 23 0 146 169
Basquetebol 1 514 880 1 515 1 734 776 748 563 357 15 39 4 383 3 758 0 8 141
Bilhar 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 55 55
BMX 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 16 16
Boccia 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 239 239
Bridge 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 15 15
BTT 0 0 0 0 0 0 0 0 74 0 74 0 626 700
Canoagem 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 645 645
Capoeira 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 50 50
Corfebol 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 256 256
Desportos Gímnicos 0 40 0 136 0 15 0 0 67 470 67 661 6 169 6 897
Equitação/Hipismo 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 202 202
Escalada 15 0 15 0 0 0 0 0 0 0 30 0 416 446
Esgrima 0 0 0 0 0 0 0 0 23 0 23 0 268 291
MODALIDADES

Futsal 7 917 1 598 8 680 4 864 4 016 2 325 1 142 807 0 50 21 755 9 644 19 31 418
Goalbal 0 0 0 0 0 0 0 0 2 0 2 0 8 10
Golfe 0 0 0 0 0 0 0 0 31 0 31 0 1 016 1 047
Hóquei de Sala/Patins 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 17 17
Jogos Tradicionais e Populares 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 455 455
Judo 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 323 323
Karting 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 248 248
Luta 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 17 17
Multiactividades de Ar Livre 0 0 0 0 0 0 0 0 34 0 34 0 3 333 3 367
Natação 66 80 15 42 59 18 0 0 128 159 268 299 5 154 5 721
Orientação 78 79 526 164 85 71 42 0 46 26 777 340 171 1 288
Outras 0 0 0 0 0 0 0 0 15 0 15 0 327 342
Perícia e Corrida de Patins 0 0 0 0 0 0 0 0 34 33 34 33 831 898
Prancha à Vela 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 95 95
Remo 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 63 63
Râguebi 0 0 0 0 15 0 0 0 0 0 15 0 234 249
Surf/Bodyboard 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 163 163
Ténis 0 0 78 16 16 0 30 0 15 0 139 16 2 237 2 392
Ténis de Mesa 1 780 69 2 628 118 919 0 173 18 363 53 5 863 258 1 029 7 150
Tiro com Arco 18 0 15 0 0 0 0 0 15 0 48 0 554 602
Vela 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 329 329
Voleibol 1 131 1 578 1 811 3 037 1 018 1 863 1 365 1 967 0 30 5 325 8 475 66 13 866
Xadrez 16 0 0 0 15 0 0 0 0 0 31 0 1 991 2 022
Total Global 14 392 5 368 17 818 11 384 8 107 5 404 3 595 3 239 982 1 468 44 894 26 863 38 264 110 021

116
128_06_MIOLO5_to 05.07.07 16:39 Página 117

Ano lectivo 2004/2005


QUADRO 4.1 – Alunos-praticantes em Clubes de Desporto Escolar
Por escalão etário/sexo e por modalidades, no âmbito da DRENorte

Infantil Iniciado Juvenil Júnior Vários Total


Escalões
ESCALÕES
Vários
Masc. Fem. Masc. Fem. Masc. Fem. Masc. Fem. Masc. Fem. Masc. Fem. Escalões Global
Misto
Actividades Náuticas 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Actividades Rítmicas Expressivas 0 21 0 23 0 0 0 0 0 165 0 209 1 795 2 004
Aeromodelismo 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 15 15
Andebol 339 170 508 375 286 102 56 33 0 0 1 189 680 0 1 869
Atletismo 137 240 177 77 116 16 15 0 29 17 474 350 268 1 092
Badminton 69 42 105 29 0 0 0 0 0 0 174 71 1 513 1 758
Basebol e Softbol 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 16 16
Basquetebol 520 272 574 385 341 167 85 99 0 0 1 520 923 0 2 443
Bilhar 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 33 33
BMX 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 16 16
Boccia 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 103 103
Bridge 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
BTT 0 0 0 0 0 0 0 0 16 0 16 0 218 234
Canoagem 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 90 90
Capoeira 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 15 15
Corfebol 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 73 73
Desportos Gímnicos 0 0 0 54 0 0 0 0 27 55 27 109 1 914 2 050
Equitação/Hipismo 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 15 15
Escalada 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 180 180
Esgrima 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 96 96
MODALIDADES

Futsal 2 208 491 2 942 2 002 1 391 846 345 93 0 20 6 886 3 452 0 10 338
Goalbal 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Golfe 0 0 0 0 0 0 0 0 16 0 16 0 323 339
Hóquei de Sala/Patins 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Jogos Tradicionais e Populares 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 191 191
Judo 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 107 107
Karting 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 85 85
Luta 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 17 17
Multiactividades de Ar Livre 0 0 0 0 0 0 0 0 34 0 34 0 875 909
Natação 31 39 0 21 0 0 0 0 59 81 90 141 2.102 2 333
Orientação 78 27 354 84 0 55 17 0 31 26 480 192 88 760
Outras 0 0 0 0 0 0 0 0 15 0 15 0 90 105
Perícia e Corrida de Patins 0 0 0 0 0 0 0 0 34 33 34 33 275 342
Prancha à Vela 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 16 16
Remo 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Râguebi 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 37 37
Surf/Bodyboard 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 30 30
Ténis 0 0 63 16 16 0 15 0 0 0 94 16 509 619
Ténis de Mesa 716 34 1 041 60 298 0 72 18 117 53 2 244 165 97 2 506
Tiro com Arco 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 125 125
Vela 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 76 76
Voleibol 305 767 422 1 261 361 793 98 344 0 0 1 186 3 165 0 4 351
Xadrez 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 867 867
Total Global 4 403 2 103 6 186 4 387 2 809 1 979 703 587 378 450 14 479 9 506 12 270 36 255

117
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Ano lectivo 2004/2005


QUADRO 4.2 – Alunos-praticantes em Clubes de Desporto Escolar
Por escalão etário/sexo e por modalidades, no âmbito da DRECentro

Infantil Iniciado Juvenil Júnior Vários Total


Escalões
ESCALÕES
Vários
Masc. Fem. Masc. Fem. Masc. Fem. Masc. Fem. Masc. Fem. Masc. Fem. Escalões Global
Misto
Actividades Náuticas 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 47 47
Actividades Rítmicas Expressivas 0 15 0 16 0 0 0 0 0 155 0 186 654 840
Aeromodelismo 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Andebol 523 210 539 239 296 0 71 0 0 0 1 429 449 0 1 878
Atletismo 227 37 313 82 166 54 0 0 0 56 706 229 111 1 046
Badminton 21 0 0 22 0 0 0 0 0 0 21 22 1 046 1 089
Basebol e Softbol 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Basquetebol 334 274 408 520 188 234 82 54 0 39 1 012 1 121 0 2 133
Bilhar 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
BMX 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Boccia 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 121 121
Bridge 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
BTT 0 0 0 0 0 0 0 0 30 0 30 0 43 73
Canoagem 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 110 110
Capoeira 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Corfebol 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Desportos Gímnicos 0 40 0 67 0 0 0 0 0 198 0 305 2 010 2 315
Equitação/Hipismo 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 32 32
Escalada 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 96 96
Esgrima 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 19 19
MODALIDADES

Futsal 2 859 617 2 572 1 274 1 121 693 179 161 0 0 6 731 2 745 19 9 495
Goalbal 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Golfe 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 20 20
Hóquei de Sala/Patins 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Jogos Tradicionais e Populares 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Judo 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Karting 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 36 36
Luta 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Multiactividades de Ar Livre 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 498 498
Natação 17 22 15 21 17 18 0 0 0 0 49 61 1 068 1 178
Orientação 0 0 36 0 0 0 0 0 0 0 36 0 15 51
Outras 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 101 101
Perícia e Corrida de Patins 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 72 72
Prancha à Vela 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 15 15
Remo 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 63 63
Râguebi 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Surf/Bodyboard 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Ténis 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 279 279
Ténis de Mesa 565 0 610 58 164 0 15 0 35 0 1 389 58 118 1 565
Tiro com Arco 0 0 0 0 0 0 0 0 15 0 15 0 15 30
Vela 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 108 108
Voleibol 363 273 485 625 314 446 187 302 0 15 1 349 1 661 0 3 010
Xadrez 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 173 173
Total Global 4 909 1 488 4 978 2 924 2 266 1 445 534 517 80 463 12 767 6 837 6 889 26 493

118
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Ano lectivo 2004/2005


QUADRO 4.3 – Alunos-praticantes em Clubes de Desporto Escolar
Por escalão etário/sexo e por modalidades, no âmbito da DRELisboa

Infantil Iniciado Juvenil Júnior Vários Total


Escalões
ESCALÕES
Vários
Masc. Fem. Masc. Fem. Masc. Fem. Masc. Fem. Masc. Fem. Masc. Fem. Escalões Global
Misto
Actividades Náuticas 0 0 0 0 0 0 0 0 32 0 32 0 162 194
Actividades Rítmicas Expressivas 0 0 0 30 0 0 0 0 21 158 21 188 1 916 2 125
Aeromodelismo 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 83 83
Andebol 352 134 406 228 183 161 107 15 15 0 1 063 538 44 1 645
Atletismo 86 123 229 31 51 16 15 0 0 0 381 170 238 789
Badminton 20 37 59 37 28 0 0 25 0 0 107 99 1 592 1 798
Basebol e Softbol 0 0 0 0 0 0 0 0 23 0 23 0 113 136
Basquetebol 552 276 389 619 217 299 310 153 15 0 1 483 1 347 0 2 830
Bilhar 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 22 22
BMX 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Boccia 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 15 15
Bridge 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
BTT 0 0 0 0 0 0 0 0 28 0 28 0 171 199
Canoagem 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 368 368
Capoeira 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 35 35
Corfebol 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 183 183
Desportos Gímnicos 0 0 0 15 0 15 0 0 16 135 16 165 1 566 1 747
Equitação/Hipismo 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 48 48
Escalada 15 0 15 0 0 0 0 0 0 0 30 0 125 155
Esgrima 0 0 0 0 0 0 0 0 23 0 23 0 108 131
MODALIDADES

Futsal 2 056 391 2 049 1 174 929 552 521 456 0 30 5 555 2 603 0 8 158
Goalbal 0 0 0 0 0 0 0 0 2 0 2 0 8 10
Golfe 0 0 0 0 0 0 0 0 15 0 15 0 515 530
Hóquei de Sala/Patins 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 17 17
Jogos Tradicionais e Populares 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 264 264
Judo 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 139 139
Karting 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 127 127
Luta 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Multiactividades de Ar Livre 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 576 1 576
Natação 18 19 0 0 0 0 0 0 69 78 87 97 1 173 1 357
Orientação 0 52 136 65 85 16 25 0 15 0 261 133 52 446
Outras 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 105 105
Perícia e Corrida de Patins 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 372 372
Prancha à Vela 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 64 64
Remo 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Râguebi 0 0 0 0 15 0 0 0 0 0 15 0 197 212
Surf/Bodyboard 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 102 102
Ténis 0 0 0 0 0 0 0 0 15 0 15 0 1 073 1 088
Ténis de Mesa 399 35 627 0 441 0 71 0 172 0 1 710 35 595 2 340
Tiro com Arco 18 0 15 0 0 0 0 0 0 0 33 0 357 390
Vela 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 118 118
Voleibol 360 473 735 924 244 515 915 932 0 0 2 254 2 844 0 5 098
Xadrez 16 0 0 0 15 0 0 0 0 0 31 0 817 848
Total Global 3 892 1 540 4 660 3 123 2 208 1 574 1 964 1 581 461 401 13 185 8 219 14 460 35 864

119
128_06_MIOLO5_to 05.07.07 16:39 Página 120

Ano lectivo 2004/2005


QUADRO 4.4 – Alunos-praticantes em Clubes de Desporto Escolar
Por escalão etário/sexo e por modalidades, no âmbito da DREAlentejo

Infantil Iniciado Juvenil Júnior Vários Total


Escalões
ESCALÕES
Vários
Masc. Fem. Masc. Fem. Masc. Fem. Masc. Fem. Masc. Fem. Masc. Fem. Escalões Global
Misto
Actividades Náuticas 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Actividades Rítmicas Expressivas 0 0 0 0 0 0 0 0 0 22 0 22 220 242
Aeromodelismo 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Andebol 36 15 49 15 47 15 0 0 0 0 132 45 0 177
Atletismo 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Badminton 0 0 48 20 15 0 0 0 0 0 63 20 287 370
Basebol e Softbol 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 17 17
Basquetebol 73 15 52 69 15 32 47 34 0 0 187 150 0 337
Bilhar 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
BMX 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Boccia 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Bridge 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 15 15
BTT 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 54 54
Canoagem 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 77 77
Capoeira 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Corfebol 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Desportos Gímnicos 0 0 0 0 0 0 0 0 24 41 24 41 409 474
Equitação/Hipismo 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 107 107
Escalada 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 15 15
Esgrima 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 45 45
MODALIDADES

Futsal 491 68 765 241 474 172 81 62 0 0 1 811 543 0 2 354


Goalbal 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Golfe 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 36 36
Hóquei de Sala/Patins 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Jogos Tradicionais e Populares 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Judo 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 77 77
Karting 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Luta 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Multiactividades de Ar Livre 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 298 298
Natação 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 641 641
Orientação 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 16 16
Outras 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 15 15
Perícia e Corrida de Patins 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Prancha à Vela 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Remo 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Râguebi 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Surf/Bodyboard 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Ténis 0 0 15 0 0 0 15 0 0 0 30 0 212 242
Ténis de Mesa 83 0 269 0 16 0 0 0 16 0 384 0 86 470
Tiro com Arco 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 57 57
Vela 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 27 27
Voleibol 86 35 78 69 62 62 113 206 0 15 339 387 66 792
Xadrez 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 47 47
Total Global 769 133 1 276 414 629 281 256 302 40 78 2 970 1 208 2 824 7 002

120
128_06_MIOLO5_to 05.07.07 16:39 Página 121

Ano lectivo 2004/2005


QUADRO 4.5 – Alunos-praticantes em Clubes de Desporto Escolar
Por escalão etário/sexo e por modalidades, no âmbito da DREAlgarve

Infantil Iniciado Juvenil Júnior Vários Total


Escalões
ESCALÕES
Vários
Masc. Fem. Masc. Fem. Masc. Fem. Masc. Fem. Masc. Fem. Masc. Fem. Escalões Global
Misto
Actividades Náuticas 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 15 15
Actividades Rítmicas Expressivas 0 0 0 0 0 0 0 0 0 35 0 35 83 118
Aeromodelismo 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Andebol 47 0 46 32 0 0 0 0 0 0 93 32 41 166
Atletismo 0 0 16 0 0 0 16 0 0 0 32 0 0 32
Badminton 0 0 40 17 0 0 0 17 0 0 40 34 351 425
Basebol e Softbol 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Basquetebol 35 43 92 141 15 16 39 17 0 0 181 217 0 398
Bilhar 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
BMX 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Boccia 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Bridge 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
BTT 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 140 140
Canoagem 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Capoeira 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Corfebol 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Desportos Gímnicos 0 0 0 0 0 0 0 0 0 41 0 41 270 311
Equitação/Hipismo 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Escalada 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Esgrima 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
MODALIDADES

Futsal 303 31 352 173 101 62 16 35 0 0 772 301 0 1 0073


Goalbal 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Golfe 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 122 122
Hóquei de Sala/Patins 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Jogos Tradicionais e Populares 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Judo 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Karting 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Luta 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Multiactividades de Ar Livre 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 86 86
Natação 0 0 0 0 42 0 0 0 0 0 42 0 170 212
Orientação 0 0 0 15 0 0 0 0 0 0 0 15 0 15
Outras 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 16 16
Perícia e Corrida de Patins 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 112 112
Prancha à Vela 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Remo 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Râguebi 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Surf/Bodyboard 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 31 31
Ténis 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 164 164
Ténis de Mesa 17 0 81 0 0 0 15 0 23 0 136 0 133 269
Tiro com Arco 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Vela 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Voleibol 17 30 91 158 37 47 52 183 0 0 197 418 0 615
Xadrez 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 87 87
Total Global 419 104 718 536 195 125 138 252 23 76 1 493 1 093 1 821 4 407

121
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Ano lectivo 2004/2005


QUADRO 5 – Alunos-praticantes em Centros de Formação Desportiva
Por escalão etário/sexo e por modalidades, no âmbito nacional

Infantil Iniciado Juvenil Júnior Vários Total


Escalões
ESCALÕES
Vários
Masc. Fem. Masc. Fem. Masc. Fem. Masc. Fem. Masc. Fem. Masc. Fem. Escalões Global
Misto
Actividades Náuticas 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 142 142
Actividades Rítmicas Expressivas 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 298 298
Aeromodelismo 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Andebol 53 30 124 108 52 31 0 0 0 0 229 169 41 439
Atletismo 51 21 69 47 0 0 0 0 0 0 120 68 240 428
Badminton 0 0 0 0 28 0 0 0 0 0 28 0 367 395
Basebol e Softbol 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 48 48
Basquetebol 0 20 83 89 21 36 18 15 0 0 122 160 0 282
Bilhar 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
BMX 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Boccia 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 44 44
Bridge 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
BTT 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 16 16
Canoagem 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 142 142
Capoeira 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Corfebol 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Desportos Gímnicos 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 530 530
Equitação/Hipismo 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 172 172
Escalada 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 107 107
Esgrima 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 145 145
MODALIDADES

Futsal 20 18 43 21 32 15 0 17 0 0 95 71 20 186
Goalbal 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Golfe 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 151 151
Hóquei de Sala/Patins 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Jogos Tradicionais e Populares 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Judo 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 119 119
Karting 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 49 49
Luta 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Multiactividades de Ar Livre 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 327 327
Natação 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 336 336
Orientação 0 0 0 0 0 0 25 0 0 0 25 0 46 71
Outras 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 63 63
Perícia e Corrida de Patins 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 26 26
Prancha à Vela 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 61 61
Remo 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Râguebi 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 23 23
Surf/Bodyboard 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 45 45
Ténis 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 215 215
Ténis de Mesa 82 0 35 0 0 0 0 0 0 0 117 0 466 583
Tiro com Arco 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 22 22
Vela 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 124 124
Voleibol 67 53 40 51 0 36 0 30 0 0 107 170 66 343
Xadrez 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 309 309
Total Global 273 142 394 316 133 118 43 62 0 0 843 638 4 760 6 241

122
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Ano lectivo 2001/2002


QUADRO 6 – Grupos/Equipas em Clubes de Desporto Escolar
Por escalão etário/sexo e por modalidades, no âmbito nacional

Infantil Iniciado Juvenil Júnior Total


ESCALÕES
Vários
Masc. Fem. Masc. Fem. Masc. Fem. Masc. Fem. Masc. Fem. Escalões Global
Misto
Actividades Rítmicas Expressivas 0 2 0 1 0 0 0 2 0 5 137 142
Aeromodelismo 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Andebol 56 26 50 24 43 13 8 2 157 65 1 223
Atletismo 24 7 20 9 15 9 1 2 60 27 11 98
Badminton 5 6 15 1 1 1 1 0 22 8 134 164
Basebol e Softbol 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 6 6
Basquetebol 87 52 81 77 41 30 28 12 237 171 1 409
Bilhar 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
BMX 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Boccia 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 5 5
Bridge 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
BTT 0 0 1 0 1 0 0 0 2 0 43 45
Canoagem 0 0 0 1 0 0 0 0 0 1 28 29
Capoeira 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Ciclismo 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Corfebol 0 1 0 0 0 0 0 0 0 1 22 23
Desportos Gímnicos 1 8 1 11 0 5 0 3 2 27 355 384
Equitação/Hipismo 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Escalada 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 42 42
MODALIDADES

Esgrima 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 13 13
Futsal 263 57 257 187 138 118 28 31 686 393 3 1 082
Goalbal 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1
Golfe 1 0 0 0 0 0 0 0 1 0 69 70
Hóquei de Sala/Patins 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Jogos Tradicionais e Populares 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 28 28
Judo 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 27 27
Karting 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Luta 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 11 11
Multiactividades de Ar Livre 5 3 17 7 13 3 14 4 49 17 96 162
Natação 2 2 0 0 0 0 0 0 2 2 185 189
Orientação 6 2 21 5 14 4 3 1 44 12 15 71
Perícia e Corrida de Patins 1 2 1 0 0 0 0 0 2 2 63 67
Prancha à vela 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 3 3
Remo 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Râguebi 0 0 0 0 1 0 0 0 1 0 21 22
Surf/Bodyboard 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Ténis 1 1 9 2 3 1 0 0 13 4 82 99
Ténis de Mesa 82 7 126 9 59 3 11 1 278 20 30 328
Tiro com Arco 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 36 36
Vela 0 0 0 0 0 0 1 0 1 0 36 37
Voleibol 45 52 97 130 70 97 86 81 298 360 1 659
Xadrez 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 65 65

Total Global 579 228 696 464 399 284 181 139 1 855 1 115 1 570 4 540

123
128_06_MIOLO5_to 05.07.07 16:39 Página 124

Ano lectivo 2002/2003


QUADRO 7 – Grupos/Equipas em Clubes de Desporto Escolar
Por escalão etário/sexo e por modalidades, no âmbito nacional

Grupos
de Infantil Iniciado Juvenil Júnior Total
Formação*
ESCALÕES
Vários
Misto Masc. Fem. Masc. Fem. Masc. Fem. Masc. Fem. Masc. Fem. Escalões Global
Misto
Actividades Rítmicas Expressivas 95 0 0 0 0 0 0 0 1 0 1 108 204
Aeromodelismo 3 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 3
Andebol 54 36 20 52 22 31 13 11 1 130 56 13 253
Atletismo 14 18 14 20 8 11 9 1 0 50 31 21 116
Badminton 33 9 11 13 8 7 4 1 0 30 23 122 208
Basebol e Softbol 4 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 4
Basquetebol 103 84 48 72 78 45 30 26 14 227 170 3 503
Bilhar 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 3
BMX 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1
Boccia 3 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 4 7
Bridge 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 2
BTT 26 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 20 46
Canoagem 10 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 12 22
Capoeira 4 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 5
Ciclismo 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 3 3
Corfebol 8 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 7 15
Desportos Gímnicos 93 0 0 13 4 1 1 0 0 14 5 228 340
Equitação/Hipismo 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 4
Escalada 8 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 16 24
Esgrima 4 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 9 13
MODALIDADES

Futsal 199 225 75 285 165 171 133 38 38 719 411 1 1 330
Goalbal 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 3
Golfe 13 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 63 76
Hóquei de Sala/Patins 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1
Jogos Tradicionais e Populares 7 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 8 15
Judo 11 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 6 17
Karting 3 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 4
Luta 7 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 8
Multiactividades de Ar Livre 68 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 44 112
Natação 86 1 0 0 0 0 0 0 0 1 0 125 212
Orientação 16 6 0 15 5 12 7 2 1 35 13 38 102
Outras 5 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 5
Perícia e Corrida de Patins 40 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 16 56
Prancha à vela 4 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 5
Remo 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 3
Râguebi 7 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 7 14
Squash 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1
Surf/Bodyboard 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1
Ténis 45 1 0 1 0 0 0 3 0 5 0 49 99
Ténis de Mesa 75 50 23 101 14 47 10 12 0 210 47 98 430
Tiro com Arco 16 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 20 36
Vela 7 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 26 33
Voleibol 153 40 69 70 109 72 88 77 86 259 352 5 769
Xadrez 37 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 32 69
Total Global 1 270 470 260 642 413 397 295 171 141 1 680 1 109 1 118 5 177
* Forma de organização da Actividade Interna em 2002/2003.

124
128_06_MIOLO5_to 05.07.07 16:39 Página 125

Ano lectivo 2003/2004


QUADRO 8 – Grupos/Equipas em Clubes de Desporto Escolar
Por escalão etário/sexo e por modalidades, no âmbito nacional

Infantil Iniciado Juvenil Júnior Total


ESCALÕES
Vários
Masc. Fem. Masc. Fem. Masc. Fem. Masc. Fem. Masc. Fem. Escalões Global
Misto
Actividades Náuticas 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1
Actividades Rítmicas Expressivas 0 1 0 1 0 0 0 0 0 2 189 191
Andebol 50 24 81 30 35 17 11 3 177 74 5 256
Aeromodelismo 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Atletismo 24 11 29 8 12 5 1 1 66 25 21 112
Badminton 9 5 13 3 5 1 0 0 27 9 176 212
Basebol e Softbol 0 0 0 0 0 0 1 0 1 0 6 7
Basquetebol 89 50 96 91 45 36 22 8 252 185 9 446
Bilhar 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
BMX 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Boccia 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 10 10
Bridge 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
BTT 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 39 39
Canoagem 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 26 26
Capoeira 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Corfebol 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 17 17
Desportos Gímnicos 0 6 0 5 1 0 0 0 1 11 282 294
Equitação/Hipismo 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1
Escalada 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 20 20
Esgrima 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 12 12
MODALIDADES

Futsal 313 71 353 209 189 124 41 44 896 448 12 1 356


Goalbal 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 2
Golfe 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 63 63
Hóquei de Sala/Patins 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Jogos Tradicionais e Populares 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 25 25
Judo 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 17 17
Karting 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1
Luta 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 7 7
Multiactividades de Ar Livre 0 0 0 1 0 0 0 0 0 1 124 125
Natação 2 3 2 3 0 0 0 0 4 6 177 187
Orientação 6 3 17 5 10 3 3 1 36 12 10 58
Perícia e Corrida de Patins 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 42 42
Prancha à Vela 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 5 5
Remo 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Râguebi 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 10 10
Surf/Bodyboard 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Ténis 0 0 3 0 0 0 0 0 3 0 89 92
Ténis de Mesa 66 9 138 7 45 6 11 0 260 22 55 337
Tiro com Arco 0 0 1 0 0 0 0 0 1 0 30 31
Vela 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 34 34
Voleibol 58 72 82 146 72 87 66 92 278 397 3 687
Xadrez 0 0 0 0 1 0 1 0 2 0 77 79
Outras 1 0 0 0 0 0 0 0 1 0 51 52

Total Global 618 255 815 509 415 279 157 149 2 005 1 192 1 648 4 845

125
128_06_MIOLO5_to 05.07.07 16:39 Página 126

Ano lectivo 2004/2005


QUADRO 9 – Grupos/Equipas em Clubes de Desporto Escolar
Por escalão etário/sexo e por modalidades, no âmbito nacional

Infantil Iniciado Juvenil Júnior Total


ESCALÕES
Vários
Masc. Fem. Masc. Fem. Masc. Fem. Masc. Fem. Masc. Fem. Escalões Global
Misto
Actividades Náuticas 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 13 13
Actividades Rítmicas Expressivas 3 2 0 3 0 0 4 0 7 5 186 198
Aeromodelismo 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 5 5
Andebol 61 27 81 45 43 15 13 3 198 90 2 290
Atletismo 24 17 34 9 17 4 3 0 78 30 20 128
Badminton 70 4 105 7 38 0 10 2 223 13 5 241
Basebol e Softbol 0 0 1 0 0 0 0 0 1 0 8 9
Basquetebol 79 44 82 89 42 39 33 19 236 191 3 430
Bilhar 1 0 0 0 0 0 0 0 1 0 2 3
BMX 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1
Boccia 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 18 18
Bridge 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1
BTT 0 0 0 0 0 0 1 0 1 0 35 36
Canoagem 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 30 30
Capoeira 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 3 3
Corfebol 0 0 4 0 1 0 2 0 7 0 5 12
Desportos Gímnicos 7 2 8 6 5 1 3 0 23 9 261 293
Equitação/Hipismo 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 8 8
Escalada 1 0 1 0 0 0 0 0 2 0 20 22
Esgrima 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 14 14
MODALIDADES

Futsal 320 78 400 237 191 113 55 44 966 472 4 1 442


Goalbal 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 2
Golfe 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 58 58
Hóquei de Sala/Patins 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1
Jogos Tradicionais e Populares 2 0 1 0 0 0 0 0 3 0 21 24
Judo 1 0 0 0 0 0 0 0 1 0 11 12
Karting 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 8 8
Luta 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1
Multiactividades de Ar Livre 3 0 2 0 0 0 0 0 5 0 136 141
Natação 16 4 9 2 13 1 10 0 48 7 172 227
Orientação 2 3 23 8 4 4 2 0 31 15 11 57
Outras 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 19 19
Perícia e Corrida de Patins 1 0 1 0 1 0 0 0 3 0 38 41
Prancha à Vela 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 5 5
Remo 0 0 0 0 0 0 1 0 1 0 3 4
Râguebi 0 0 0 0 1 0 0 0 1 0 11 12
Surf/Bodyboard 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 10 10
Ténis 5 0 6 1 5 0 5 0 21 1 82 104
Ténis de Mesa 80 4 130 5 49 0 10 1 269 10 56 335
Tiro com Arco 1 0 1 0 0 0 0 0 2 0 29 31
Vela 0 0 1 0 0 0 0 0 1 0 14 15
Voleibol 63 78 99 152 53 97 74 102 289 429 3 721
Xadrez 2 0 2 0 1 0 0 0 5 0 80 85

Total Global 742 263 991 564 464 274 226 171 2 423 1 272 1 415 5 110

126
128_06_MIOLO5_to 05.07.07 16:39 Página 127

Ano lectivo 2004/2005


QUADRO 9.1 – Grupos/Equipas em Clubes de Desporto Escolar
Por escalão etário/sexo e por modalidades, no âmbito da DRENorte

Infantil Iniciado Juvenil Júnior Total


ESCALÕES
Vários
Masc. Fem. Masc. Fem. Masc. Fem. Masc. Fem. Masc. Fem. Escalões Global
Misto
Actividades Náuticas 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Actividades Rítmicas Expressivas 0 1 0 1 0 0 0 0 0 2 69 71
Aeromodelismo 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1
Andebol 15 8 26 18 12 5 3 2 56 33 0 89
Atletismo 7 10 8 4 6 1 1 0 22 15 12 49
Badminton 3 2 4 1 0 0 0 0 7 3 72 82
Basebol e Softbol 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1
Basquetebol 23 13 30 17 16 7 5 5 74 42 0 116
Bilhar 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 2
BMX 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1
Boccia 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 8 8
Bridge 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
BTT 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 11 11
Canoagem 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 3 3
Capoeira 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1
Corfebol 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 4 4
Desportos Gímnicos 0 0 0 2 0 0 0 0 0 2 75 77
Equitação/Hipismo 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1
Escalada 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 6 6
Esgrima 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 5 5
MODALIDADES

Futsal 83 23 120 88 56 34 16 5 275 150 1 426


Goalbal 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Golfe 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 17 17
Hóquei de Sala/Patins 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Jogos Tradicionais e Populares 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 11 11
Judo 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 4 4
Karting 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 2
Luta 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1
Multiactividades de Ar Livre 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 37 37
Natação 2 2 0 1 0 0 0 0 2 3 81 86
Orientação 2 1 16 4 0 3 1 0 19 8 6 33
Outras 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 6 6
Perícia e Corrida de Patins 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 14 14
Prancha à Vela 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1
Remo 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Râguebi 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1
Surf/Bodyboard 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 2
Ténis 0 0 3 1 1 0 1 0 5 1 18 24
Ténis de Mesa 32 2 50 3 16 0 4 1 102 6 10 118
Tiro com Arco 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 6 6
Vela 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 2
Voleibol 16 33 22 59 17 36 6 16 61 144 0 205
Xadrez 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 27 27
Total Global 183 95 279 199 124 86 37 29 623 409 519 1 551

127
128_06_MIOLO5_to 05.07.07 16:39 Página 128

Ano lectivo 2004/2005


QUADRO 9.2 – Grupos/Equipas em Clubes de Desporto Escolar
Por escalão etário/sexo e por modalidades, no âmbito da DRECentro

Infantil Iniciado Juvenil Júnior Total


ESCALÕES
Vários
Masc. Fem. Masc. Fem. Masc. Fem. Masc. Fem. Masc. Fem. Escalões Global
Misto
Actividades Náuticas 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 2
Actividades Rítmicas Expressivas 0 1 0 1 0 0 0 0 0 2 24 26
Aeromodelismo 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Andebol 24 10 27 13 16 0 4 0 71 23 0 94
Atletismo 10 1 12 4 7 2 0 0 29 7 6 42
Badminton 1 0 0 2 0 0 0 0 1 2 44 47
Basebol e Softbol 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Basquetebol 19 14 21 28 11 13 5 3 56 58 2 116
Bilhar 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
BMX 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Boccia 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 8 8
Bridge 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
BTT 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 4 4
Canoagem 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 5 5
Capoeira 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Corfebol 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Desportos Gímnicos 0 2 0 3 0 0 0 0 0 5 93 98
Equitação/Hipismo 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 2
Escalada 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 6 6
Esgrima 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1
MODALIDADES

Futsal 109 29 122 65 55 36 10 9 296 139 1 436


Goalbal 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Golfe 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1
Hóquei de Sala/Patins 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Jogos Tradicionais e Populares 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Judo 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Karting 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1
Luta 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Multiactividades de Ar Livre 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 21 21
Natação 1 1 1 1 1 1 0 0 3 3 45 51
Orientação 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 3 3
Outras 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 4 4
Perícia e Corrida de Patins 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 4 4
Prancha à Vela 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1
Remo 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 4 4
Râguebi 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Surf/Bodyboard 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Ténis 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 13 13
Ténis de Mesa 22 0 30 2 9 0 1 0 62 2 7 71
Tiro com Arco 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 2
Vela 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 6 6
Voleibol 20 14 26 31 16 25 10 16 72 86 1 159
Xadrez 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 9 9
Total Global 206 72 239 150 115 77 30 28 590 327 320 1 237

128
128_06_MIOLO5_to 05.07.07 16:39 Página 129

Ano lectivo 2004/2005


QUADRO 9.3 – Grupos/Equipas em Clubes de Desporto Escolar
Por escalão etário/sexo e por modalidades, no âmbito da DRELisboa

Infantil Iniciado Juvenil Júnior Total


ESCALÕES
Vários
Masc. Fem. Masc. Fem. Masc. Fem. Masc. Fem. Masc. Fem. Escalões Global
Misto
Actividades Náuticas 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 10 10
Actividades Rítmicas Expressivas 0 0 0 1 0 0 0 0 0 1 84 85
Aeromodelismo 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 4 4
Andebol 17 8 22 12 11 9 6 1 56 30 2 88
Atletismo 4 6 11 1 3 1 1 0 19 8 8 35
Badminton 1 2 3 2 1 0 0 1 5 5 62 72
Basebol e Softbol 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 7 7
Basquetebol 31 14 23 33 13 16 18 8 85 71 1 157
Bilhar 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1
BMX 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Boccia 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 2
Bridge 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1
BTT 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 10 10
Canoagem 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 18 18
Capoeira 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 2
Corfebol 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 8 8
Desportos Gímnicos 0 0 0 1 0 1 0 0 0 2 80 82
Equitação/Hipismo 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 3 3
Escalada 1 0 1 0 0 0 0 0 2 0 7 9
Esgrima 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 6 6
MODALIDADES

Futsal 95 20 101 61 52 29 24 24 272 134 2 408


Goalbal 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 2
Golfe 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 30 30
Hóquei de Sala/Patins 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1
Jogos Tradicionais e Populares 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 13 13
Judo 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 5 5
Karting 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 5 5
Luta 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Multiactividades de Ar Livre 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 65 65
Natação 1 1 0 0 0 0 0 0 1 1 51 53
Orientação 0 2 5 3 3 1 1 0 9 6 4 19
Outras 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 7 7
Perícia e Corrida de Patins 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 17 17
Prancha à Vela 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 3 3
Remo 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Râguebi 0 0 0 0 1 0 0 0 1 0 10 11
Surf/Bodyboard 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 7 7
Ténis 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 49 49
Ténis de Mesa 19 2 31 0 21 0 4 0 75 2 33 110
Tiro com Arco 1 0 1 0 0 0 0 0 2 0 18 20
Vela 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 6 6
Voleibol 21 27 42 49 14 29 49 50 126 155 0 281
Xadrez 1 0 0 0 1 0 0 0 2 0 40 42
Total Global 192 82 240 163 120 86 103 84 655 415 684 1 754

129
128_06_MIOLO5_to 05.07.07 16:39 Página 130

Ano lectivo 2004/2005


QUADRO 9.4 – Grupos/Equipas em Clubes de Desporto Escolar
Por escalão etário/sexo e por modalidades, no âmbito da DREAlentejo

Infantil Iniciado Juvenil Júnior Total


ESCALÕES
Vários
Masc. Fem. Masc. Fem. Masc. Fem. Masc. Fem. Masc. Fem. Escalões Global
Misto
Actividades Náuticas 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Actividades Rítmicas Expressivas 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 10 10
Aeromodelismo 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Andebol 2 1 3 1 3 1 0 0 8 3 0 11
Atletismo 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Badminton 0 0 2 1 1 0 0 0 3 1 14 18
Basebol e Softbol 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1
Basquetebol 4 1 3 4 1 2 3 2 11 9 0 20
Bilhar 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
BMX 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Boccia 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Bridge 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1
BTT 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 3 3
Canoagem 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 4 4
Capoeira 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Corfebol 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Desportos Gímnicos 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 21 21
Equitação/Hipismo 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 2
Escalada 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1
Esgrima 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 2
MODALIDADES

Futsal 19 4 39 14 22 10 4 4 84 32 0 116
Goalbal 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Golfe 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 3 3
Hóquei de Sala/Patins 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Jogos Tradicionais e Populares 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Judo 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 3 3
Karting 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Luta 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Multiactividades de Ar Livre 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 14 14
Natação 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 28 28
Orientação 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1
Outras 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1
Perícia e Corrida de Patins 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Prancha à Vela 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Remo 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Râguebi 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Surf/Bodyboard 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Ténis 0 0 1 0 0 0 1 0 2 0 8 10
Ténis de Mesa 5 0 13 0 1 0 0 0 19 0 5 24
Tiro com Arco 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 3 3
Vela 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1
Voleibol 5 2 4 4 4 4 6 10 19 20 2 41
Xadrez 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 3 3
Total Global 35 8 65 24 32 17 14 16 146 65 131 342

130
128_06_MIOLO5_to 05.07.07 16:39 Página 131

Ano lectivo 2004/2005


QUADRO 9.5 – Grupos/Equipas em Clubes de Desporto Escolar
Por escalão etário/sexo e por modalidades, no âmbito da DREAlgarve

Infantil Iniciado Juvenil Júnior Total


ESCALÕES
Vários
Masc. Fem. Masc. Fem. Masc. Fem. Masc. Fem. Masc. Fem. Escalões Global
Misto
Actividades Náuticas 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1
Actividades Rítmicas Expressivas 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 6 6
Aeromodelismo 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Andebol 3 0 3 1 0 0 0 0 6 1 1 8
Atletismo 0 0 1 0 0 0 1 0 2 0 0 2
Badminton 0 0 2 1 0 0 0 1 2 2 17 21
Basebol e Softbol 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Basquetebol 2 2 5 7 1 1 2 1 10 11 0 21
Bilhar 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
BMX 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Boccia 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Bridge 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
BTT 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 8 8
Canoagem 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Capoeira 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Corfebol 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Desportos Gímnicos 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 15 15
Equitação/Hipismo 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Escalada 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Esgrima 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
MODALIDADES

Futsal 14 2 18 9 6 4 1 2 39 17 0 56
Goalbal 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Golfe 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 7 7
Hóquei de Sala/Patins 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Jogos Tradicionais e Populares 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Judo 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Karting 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Luta 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Multiactividades de Ar Livre 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 4 4
Natação 0 0 0 0 1 0 0 0 1 0 8 9
Orientação 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1
Outras 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1
Perícia e Corrida de Patins 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 6 6
Prancha à Vela 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Remo 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Râguebi 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Surf/Bodyboard 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1
Ténis 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 8 8
Ténis de Mesa 1 0 5 0 0 0 1 0 7 0 5 12
Tiro com Arco 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Vela 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Voleibol 1 2 5 9 2 3 3 10 11 24 0 35
Xadrez 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 4 4
Total Global 21 6 39 27 10 8 8 14 78 55 93 226

131
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Ano lectivo 2004/2005


QUADRO 10 – Grupos/Equipas em Centros de Formação Desportiva
Por escalão etário/sexo e por modalidades, no âmbito nacional

Infantil Iniciado Juvenil Júnior Total


ESCALÕES
Vários
Masc. Fem. Masc. Fem. Masc. Fem. Masc. Fem. Masc. Fem. Escalões Global
Misto
Actividades Náuticas 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 6 6
Actividades Rítmicas Expressivas 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 5 5
Aeromodelismo 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Andebol 2 2 5 4 3 2 0 0 10 8 1 19
Atletismo 2 1 3 2 0 0 0 0 5 3 8 16
Badminton 0 0 0 0 1 0 0 0 1 0 12 13
Basebol e Softbol 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 2
Basquetebol 0 1 3 4 1 2 1 1 5 8 0 13
Bilhar 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
BMX 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Boccia 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 2
Bridge 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
BTT 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1
Canoagem 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 5 5
Capoeira 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Corfebol 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Desportos Gímnicos 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 18 18
Equitação/Hipismo 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 6 6
Escalada 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 3 3
Esgrima 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 6 6
MODALIDADES

Futsal 1 1 2 1 1 1 0 0 4 4 1 9
Goalbal 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Golfe 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 10 10
Hóquei de Sala/Patins 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Jogos Tradicionais e Populares 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Judo 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 4 4
Karting 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1
Luta 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Multiactividades de Ar Livre 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 12 12
Natação 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 11 11
Orientação 0 0 0 0 0 0 1 0 1 0 2 3
Outras 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 4 4
Perícia e Corrida de Patins 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1
Prancha à Vela 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 3 3
Remo 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Râguebi 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1
Surf/Bodyboard 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 4 4
Ténis 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 6 6
Ténis de Mesa 2 0 2 0 0 0 0 0 4 0 13 17
Tiro com Arco 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1
Vela 0 0 0 0 0 0 0 2 0 0 4 4
Voleibol 3 3 2 2 0 2 0 0 5 9 1 15
Xadrez 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 4 4

Total Global 10 8 17 13 6 7 2 4 35 32 158 225

132
128_06_MIOLO5_to 05.07.07 16:39 Página 133

Ano lectivo 2004/2005


QUADRO 11 – Clubes de Desporto Escolar
Por Direcção Regional de Educação

DRE 2001/2002 2002/2003 2003/2004

Norte 410 414 438

Centro 268 293 286

Lisboa 334 400 390

Alentejo 88 91 94

Algarve 69 67 68

Total 1 169 1 265 1 276

133
128_06_MIOLO5_to 05.07.07 16:39 Página 134

Ano lectivo 2004/2005


QUADRO 12 – Clubes de Desporto Escolar
Por Direcção Regional de Educação/Coordenação Educativa
Clubes
DRE CE de Desporto
Escolar

Norte Braga 87

Bragança 27

Douro Sul 19

Entre Douro e Vouga 40

Porto 122

Tâmega 43

Viana do Castelo 42

Vila Real 32

Total 412

Centro Aveiro 61

Castelo Branco 34

Coimbra 70

Guarda 34

Leiria 47

Viseu 48

Total 294

Lisboa Grande Lisboa 185

Lezíria e Médio Tejo 67

Oeste 50

P. Setúbal 69

Total 371

Alentejo Alto Alentejo 25

Alentejo Central 30

B. Alentejo A. Litoral 40

Total 95

Algarve Total 65

Total 1 237

134
128_06_MIOLO5_to 05.07.07 16:39 Página 135

Ano lectivo 2004/2005


QUADRO 13 – Centros de Formação Desportiva
Por Modalidades Desportivas/Direcção Regional de Educação

DIRECÇÕES REGIONAIS
DE EDUCAÇÃO Norte Centro Lisboa Alentejo Algarve Total

Actividades Náuticas 1 0 0 0 0 1
Actividades Rítmicas Expressivas 1 0 0 0 0 1
Aeromodelismo 0 0 0 0 0 0
Andebol 1 1 6 0 2 10
Atletismo 5 2 5 0 1 13
Badminton 2 4 5 2 0 13
Basebol e Softbol 0 0 1 1 0 2
Basquetebol 1 1 3 0 0 5
Bilhar 0 0 0 0 0 0
BMX 0 0 0 0 0 0
Boccia 1 1 1 0 0 3
Bridge 0 0 0 0 0 0
BTT 0 0 0 0 1 1
Canoagem 1 2 3 1 0 7
Capoeira 0 0 0 0 0 0
Corfebol 0 0 0 0 0 0
Desportos Gímnicos 3 2 5 4 2 16
Equitação/Hipismo 0 1 3 2 0 6
Escalada 2 0 1 0 0 3
Esgrima 2 1 2 1 0 6
MODALIDADES

Futsal 1 0 1 0 0 2
Goalbal 0 0 0 0 0 0
Golfe 3 1 5 2 2 13
Hóquei de Sala/Patins 0 0 0 0 0 0
Jogos Tradicionais e Populares 0 0 0 0 0 0
Judo 1 1 2 2 0 6
Karting 0 0 1 0 0 1
Luta 0 0 0 0 0 0
Multiactividades de Ar Livre 0 0 7 2 0 9
Natação 2 1 2 5 0 10
Orientação 2 0 1 0 0 3
Outras 0 2 4 0 0 6
Perícia e Corrida de Patins 0 0 0 0 1 1
Prancha à Vela 0 1 1 0 0 2
Remo 0 0 0 0 0 0
Râguebi 0 0 1 0 0 1
Surf/Bodyboard 1 0 2 0 0 3
Ténis 0 0 3 2 1 6
Ténis de Mesa 1 4 6 2 4 17
Tiro com Arco 0 0 0 1 0 1
Vela 1 2 2 1 1 7
Voleibol 2 3 2 1 0 8
Xadrez 3 0 3 0 0 6

Total Global 37 30 78 29 15 189

135
136
DRE DRE Norte DRE Centro DRE Lisboa DRE Alentejo DRE
CAE Algarve
128_06_MIOLO5_to

Total

Braga
Bragança
Douro Sul
Entre Douro
e Vouga
Porto
Tâmega
Viana
do Castelo
Vila Real
Aveiro
Castelo
Branco
Coimbra
Guarda
Leiria
Viseu
Grande
Lisboa
Lezíria e
Médio Tejo
Oeste
Península
de Setúbal
Alto Alentejo
Alentejo
Central
B. Alentejo e
Alto Alentejo
Actividades Náuticas 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1 0 0 5 0 2 3 0 0 0 1 13
Actividades Rítmicas Expressivas 12 5 2 11 26 8 1 3 5 1 2 2 10 5 45 16 5 18 2 4 4 6 193
05.07.07

Aeromodelismo 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 3 1 0 0 0 0 0 0 5
Andebol 17 2 3 2 19 12 3 2 18 4 6 7 12 16 26 13 11 9 5 0 4 8 199
Ano lectivo 2004/2005

Atletismo 7 2 0 4 10 7 5 0 7 5 4 9 3 8 18 2 5 5 0 0 0 2 103
16:39

Badminton 13 1 1 5 34 8 6 0 10 11 10 7 6 2 42 8 13 10 4 8 6 21 226
Basebol e Softbol 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 3 0 0 4 0 0 1 0 9
Basquetebol 11 13 4 12 25 9 13 1 16 11 13 12 13 11 60 18 16 20 4 5 6 17 310
Bilhar 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 2
BMX 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1
Boccia 3 1 0 0 2 0 2 0 0 0 1 0 2 5 0 1 0 1 0 0 0 0 18
Página 136

Bridge 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1
BTT 4 0 0 0 1 3 2 0 0 0 0 1 3 0 3 4 0 3 0 1 2 8 35
Canoagem 0 0 0 0 2 0 1 0 0 1 3 0 0 1 5 2 7 3 1 0 3 0 29
Capoeira 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1 0 0 0 0 0 0 3
Corfebol 3 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 8 0 0 0 0 0 0 0 12
Desportos Gímnicos 11 0 1 6 22 13 6 3 17 14 17 7 11 22 46 14 9 8 8 5 7 15 262
Equitação/Hipismo 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 2 0 0 0 3 0 0 2 0 0 0 8
Escalada 3 0 0 0 3 0 0 0 0 0 4 1 0 1 6 1 1 0 0 0 1 0 21
Esgrima 0 0 0 0 3 0 2 0 0 0 0 0 0 1 5 0 1 0 0 2 0 0 14
Futsal 51 26 10 36 52 24 29 29 47 30 40 23 36 45 111 49 36 41 20 22 31 34 822
Goalbal 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 1 0 0 0 0 0 2
Golfe 2 0 0 0 7 7 1 0 1 0 0 0 0 0 18 0 6 6 2 0 1 7 58
Hóquei de Sala/Patins 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 1
Jogos Tradicionais e Populares 1 0 0 0 0 8 1 0 0 0 0 0 0 0 13 0 0 0 0 0 0 0 23

MODALIDADES
Judo 1 0 0 0 3 0 0 0 0 0 0 0 0 0 4 0 1 0 1 1 1 0 12
Karting 0 0 0 0 0 1 0 1 0 1 0 0 0 0 0 2 2 1 0 0 0 0 8
Luta 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1
Multiactividades de Ar Livre 7 0 0 6 11 4 3 4 2 1 13 1 1 3 26 12 7 18 3 3 7 4 136
Natação 11 3 0 4 20 11 8 6 10 2 10 3 9 7 16 14 7 10 7 4 14 9 185
Orientação 5 1 0 0 15 3 3 1 2 0 0 0 1 0 3 5 0 9 0 0 1 1 50
Outras 0 0 0 0 4 1 1 0 1 1 0 0 2 0 4 2 1 0 0 1 0 1 19
Perícia e Corrida de Patins 1 0 0 1 4 4 2 0 0 1 1 0 2 0 13 1 3 0 0 0 0 6 39
Prancha à Vela 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 1 0 0 0 2 0 0 0 0 0 0 0 4
Remo 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 0 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 4
Râguebi 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 0 7 2 0 0 0 0 12
Surf/Bodyboard 0 0 0 0 1 0 1 0 0 0 0 0 0 0 4 0 1 2 0 0 0 1 10
Ténis 0 1 0 5 13 1 1 0 0 3 4 1 2 3 27 5 6 9 1 2 5 8 97
Ténis de Mesa 19 7 6 7 28 10 12 7 19 9 8 11 5 13 44 21 12 22 4 7 12 12 295
Tiro com Arco 0 0 0 0 5 0 1 0 1 0 0 0 1 0 12 6 1 0 0 0 3 0 30
Vela 0 0 0 0 1 0 1 0 3 1 0 1 1 0 2 0 3 1 1 0 0 0 15
Voleibol 35 6 4 17 35 11 20 13 21 9 23 13 19 13 89 22 25 28 7 11 14 29 464
Xadrez 8 0 0 0 10 3 3 2 1 0 0 1 5 2 11 11 4 15 0 0 3 4 83
Por Direcção Regional de Educação/Coordenação Educativa
QUADRO 14 – Número de modalidades em Clubes de Desporto Escolar
(implantação geográfica)

Total Global 227 68 31 117 361 149 129 72 182 105 162 103 146 158 679 234 193 249 72 77 126 194 3 834
128_06_MIOLO5_to 05.07.07 16:39 Página 137

Ano lectivo 2004/2005


QUADRO 15 – Professores-Responsáveis por Clubes de Desporto Escolar
Por Direcção Regional de Educação

DRE 2001/2002 2002/2003 2003/2004

Norte n.d* 1 656 1 527

Centro n.d* 1 277 1 132

Lisboa n.d* 1 694 1 625

Alentejo n.d* 346 319

Algarve n.d* 204 242

Total 4 540** 5 177 4 845

n.d* – não disponível.


** – não se dispoe de valores regionais, mas apenas do total nacional.

137
138
DRE DRE Norte DRE Centro DRE Lisboa DRE Alentejo DRE
CAE Algarve
128_06_MIOLO5_to

Total

Braga
Bragança
Douro Sul
Entre Douro
e Vouga
Porto
Tâmega
Viana
do Castelo
Vila Real
Aveiro
Castelo
Branco
Coimbra
Guarda
Leiria
Viseu
Grande
Lisboa
Lezíria e
Médio Tejo
Oeste
Península
de Setúbal
Alto Alentejo
Alentejo
Central
B. Alentejo e
Alto Alentejo
Actividades Náuticas 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 3 0 0 10 0 6 1 0 0 0 1 22
Actividades Rítmicas Expressivas 13 5 2 11 28 8 1 3 5 1 2 2 11 5 45 17 5 19 2 4 4 5 198
05.07.07

Aeromodelismo 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 3 1 0 0 0 0 0 0 5
Andebol 26 2 6 2 29 19 4 2 29 4 10 11 20 19 35 21 21 11 6 0 5 8 290
Ano lectivo 2004/2005

Atletismo 12 2 0 4 18 8 5 0 8 5 6 9 3 11 24 2 5 5 0 0 0 2 129
16:39

Badminton 16 1 1 6 46 8 6 0 10 12 10 8 5 2 40 8 14 10 5 8 6 21 243
Basebol e Softbol 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 3 0 0 4 0 0 1 0 9
Basquetebol 12 16 6 14 29 15 23 1 25 17 20 17 24 13 77 29 20 31 7 7 6 21 430
Bilhar 0 0 0 0 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 3
BMX 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1
Boccia 5 1 0 0 2 0 2 0 0 0 1 0 2 5 0 3 0 1 0 0 0 0 22
Página 138

Bridge 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1
BTT 4 0 0 0 1 4 2 0 0 0 0 1 3 0 3 4 0 3 0 1 2 8 36
Canoagem 0 0 0 0 2 0 1 0 0 1 3 0 0 1 5 3 9 3 1 0 3 0 32
Capoeira 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1 0 0 0 0 0 0 3
Corfebol 3 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 8 0 0 0 0 0 0 0 12
Desportos Gímnicos 17 0 1 6 27 16 7 3 17 15 19 8 14 25 52 14 9 10 8 6 8 16 298
Equitação/Hipismo 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 5 0 0 0 4 0 0 3 0 0 0 13
Escalada 3 0 0 0 3 0 0 0 0 0 4 1 0 1 9 2 1 0 0 0 1 0 25
Esgrima 0 0 0 0 3 0 2 0 0 0 0 0 0 1 5 0 1 0 0 1 0 0 13
Futsal 79 42 20 66 75 33 48 63 90 64 66 64 71 81 184 92 62 70 32 38 46 56 1 442
Goalbal 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 1 0 0 0 0 0 2
Golfe 2 0 0 0 7 7 1 0 1 0 0 0 0 0 18 0 6 6 3 0 1 6 58
Hóquei de Sala/Patins 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 1
Jogos Tradicionais e Populares 1 0 0 0 0 9 1 0 0 0 0 0 0 0 13 0 0 0 0 0 0 0 24

MODALIDADES
Judo 1 0 0 0 3 0 0 0 0 0 0 0 0 0 4 0 1 0 1 1 1 0 12
Karting 0 0 0 0 0 1 0 1 0 1 0 0 0 0 0 2 2 1 0 0 0 0 8
Luta 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1
Multiactividades de Ar Livre 7 0 0 7 12 4 3 4 2 1 13 1 1 3 31 15 7 23 3 3 8 4 152
Natação 12 3 0 6 31 19 10 6 10 3 12 3 15 8 17 15 10 11 9 6 14 9 229
Orientação 7 1 0 0 19 3 3 1 2 0 0 0 1 0 3 6 0 9 0 0 1 1 57
Outras 0 0 0 0 4 1 1 0 1 0 0 0 2 0 5 2 1 0 0 1 0 1 19
Perícia e Corrida de Patins 1 0 0 1 4 6 2 0 0 1 1 0 2 0 12 1 3 0 0 0 0 6 40
Prancha à Vela 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 2 0 0 0 6 0 0 0 0 0 0 0 9
Remo 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 0 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 4
Râguebi 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 0 7 2 0 0 0 0 12
Surf/Bodyboard 0 0 0 0 1 0 1 0 0 0 0 0 0 0 4 0 1 1 0 0 0 1 9
Ténis 0 1 0 5 16 1 1 0 0 3 4 1 2 3 28 7 7 9 1 2 7 7 105
Ténis de Mesa 25 8 10 11 34 10 12 9 20 9 9 12 5 16 52 21 17 25 4 8 12 12 341
Tiro com Arco 0 0 0 0 5 0 1 0 1 0 0 0 1 0 11 7 1 0 0 0 3 0 30
Vela 0 0 0 0 3 0 1 0 3 1 0 1 1 0 2 0 3 1 3 0 0 0 19
Voleibol 48 10 6 23 57 14 27 18 33 16 39 26 26 18 146 33 43 58 11 15 16 35 718
Xadrez 9 0 0 0 12 4 3 2 1 0 0 1 5 2 10 11 4 16 0 0 3 4 87
Por Direcção Regional de Educação/Coordenação Educativa
Desporto Escolar e de Centros de Formação Desportiva, por Modalidade
QUADRO 16 – Professores-Responsáveis por Grupos/Equipa de Clubes de

Total Global 305 92 52 163 477 191 169 113 259 154 223 174 216 214 870 321 267 331 99 102 148 224 5 164
DRE DRE Norte DRE Centro DRE Lisboa DRE Alentejo DRE
CAE Algarve
128_06_MIOLO5_to

Total

Braga
Bragança
Douro Sul
Entre Douro
e Vouga
Porto
Tâmega
Viana
do Castelo
Vila Real
Aveiro
Castelo
Branco
Coimbra
Guarda
Leiria
Viseu
Grande
Lisboa
Lezíria e
Médio Tejo
Oeste
Península
de Setúbal
Alto Alentejo
Alentejo
Central
B. Alentejo e
Alto Alentejo
Actividades Náuticas 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Actividades Rítmicas Expressivas 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 2
05.07.07

Aeromodelismo 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Andebol 58 0 4 1 28 8 6 4 51 4 6 7 22 23 2 21 0 6 2 0 2 9 264
Atletismo 15 0 0 4 8 10 2 0 0 2 1 0 2 8 15 2 2 2 0 0 0 0 73
Ano lectivo 2004/2005
16:39

Badminton 24 0 2 3 14 3 1 0 11 2 8 6 3 0 6 3 3 18 0 3 5 21 136
Basebol e Softbol 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1 0 0 0 0 2
Basquetebol 43 24 4 22 12 8 17 0 38 11 14 5 13 12 11 3 14 56 3 1 9 18 338
Bilhar 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 3 0 0 0 0 3
BMX 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Boccia 5 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 24 0 0 0 0 0 0 0 0 32
Página 139

Bridge 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
BTT 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Canoagem 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Capoeira 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Corfebol 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2
Desportos Gímnicos 12 0 0 4 10 4 0 3 10 2 13 1 7 24 16 5 0 3 6 0 5 10 135
Equitação/Hipismo 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Escalada 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2
Esgrima 0 0 0 0 4 0 4 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 8
Futsal 147 46 4 100 63 36 62 62 75 29 44 30 80 122 25 26 16 111 17 23 66 56 1 240
Goalbal 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Golfe 0 0 0 0 0 3 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 5
Hóquei de Sala/Patins 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Jogos Tradicionais e Populares 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

MODALIDADES
Judo 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Karting 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 0 0 0 0 0 0 2
Luta 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Multiactividades de Ar Livre 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 6 0 0 0 0 7
Natação 24 0 0 0 9 15 5 3 2 0 0 0 1 4 1 0 1 6 0 9 5 1 86
Orientação 4 0 0 0 7 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 11
Outras 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Perícia e Corrida de Patins 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 2
Prancha à Vela 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Remo 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Râguebi 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Surf/Bodyboard 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Ténis 0 0 0 0 0 0 7 0 0 0 9 0 1 0 6 0 0 14 0 0 6 4 47
Ténis de Mesa 40 4 6 10 24 6 5 1 26 9 9 4 9 3 12 7 8 20 0 0 9 8 220
Tiro com Arco 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Vela 0 0 0 0 0 0 0 0 6 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 6
Voleibol 130 29 0 36 45 11 24 26 21 7 13 27 31 9 32 22 15 79 6 17 15 29 624
Xadrez 3 0 0 0 7 2 0 0 0 0 0 0 2 1 0 2 0 2 0 0 0 1 20
Por Direcção Regional de Educação/Coordenação Educativa

160 3 267
QUADRO 17 – Alunos-Árbitros/Juízes por Modalidade,

Total Global 507 104 20 180 231 107 133 99 240 66 117 83 173 230 128 94 59 327 34 53 122

139
128_06_MIOLO5_to 05.07.07 16:39 Página 140

Anos lectivos 2002 a 2005


QUADRO 18 – Receitas
Por orçamento de Estado e por receitas próprias (2002-2005)

Orçamento Receitas
Ano Total
de Estado Próprias*

2002 484 377 2 548 314 3 032 691

2003 110 700 2 679 561 2 790 261

2004 49 500 3 711 696 3 761 196

2005 42 500 2 581 046 2 623 546

* Provenientes dos resultados de exploração do Totoloto.

140
128-06_Capa_to 05.07.07 15:02 Página 1

DESPORTO E S C O L A R —— UM RETRATO
DESPORTO
ESCOLAR
UM RETRATO
MINISTÉRIO da EDUCAÇÃO
Direcção-Geral de Inovação e de Desenvolvimento Curricular DADOS
Av. 24 de Julho, 140 1399-025 Lisboa
ESTATÍSTICOS
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PRINCIPAIS
EVENTOS
BOAS
PRÁTICAS

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