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Revisão Turbo |35º Exame de Ordem

Processo Civil

Processo Civil
Prof. Leonardo Fetter

Prof.ª Tatiane Kipper

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Revisão Turbo |35º Exame de Ordem
Processo Civil

Queridos alunos,

Cada material da Revisão Turbo foi preparado com


muitocarinho para que você possa absorver, de forma
rápida, conteúdos de qualidade!
Lembre-se: o seu sonho também é o nosso!
Esperamos você durante as aulas da Revisão Turbo!

Com carinho,
Equipe 1ª Fase Ceisc ♥

@prof.fetter
@profetatiane_kipper

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1. Jurisdição, Ação, Rito/Procedimento

1.1 Jurisdição

A jurisdição é o poder-dever do Estado de compor/solucionar litígios. Assim,


considerando as regras inerentes ao Estado Democrático de Direito, faz-se necessário identificar
quem possui esse poder-dever, quem possui a responsabilidade de não deixar que os
cidadãos, por suas próprias mãos, busquem solucionar um conflito de interesses.
O Poder Judiciário é responsável pela jurisdição, o Poder Judiciário está investido em
jurisdição. Compreende-se que esta função jurisdicional é delegada ao Poder Judiciário pelo
Estado. Ainda, fala-se em poder-dever, uma vez que, o Poder Judiciário não pode abrir mão
dessa responsabilidade. Quando um conflito de interesses é levado até o Poder Judiciário, ele
tem a obrigação de resolver, ele não pode negar a solução do litígio.
Importante: O exercício da jurisdição (este poder/dever de compor litígios) é inerte – ou
seja, para ser exercido existe a necessidade de provocação (o juiz não tem autonomia para agir
por conta própria, ou seja, de ofício, deve necessariamente ser provocado pela parte interessada,
conforme o artigo 2º do CPC). É o chamado de princípio da ação ou da demanda, ou princípio
da iniciativa da parte.
Nesse sentido, surge um segundo conceito de suma importância:

1.2 Ação

A forma adequada do cidadão provocar o Poder Judiciário, retirando-o da sua inércia, é a


ação, ou seja, é através da ação, que o Poder Judiciário sai da sua inércia e passa a exercer
a jurisdição, o poder-dever de solucionar conflitos de interesses.
O chamado direito de Ação é abstrato (e não concreto), ou seja, para entrar com uma

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ação o autor não precisa ter o direito material garantido (perfeitamente possível, dessa forma,
que uma ação seja julgada improcedente – pensar diferente se chegaria no absurdo de dizer que
o autor somente poderia entrar com a ação se fosse ganhar – ou seja, o direito de ação para ser
exercido deveria ser concreto).
Importante: O sistema processual brasileiro definiu dois tipos de ação: Ação de
Conhecimento e Ação de Execução. Apenas essas, então, são ações possíveis de serem
apresentadas com o objetivo de busca a prestação jurisdicional.
Emerge, então, um terceiro conceito clássico e necessário:

1.3 Rito ou Procedimento

Frise-se, já de início, que rito ou procedimento são sinônimos. E, de forma bem objetiva e
simples, o rito/procedimento nada mais é do que a forma (regras) estabelecida pela lei processual
para o tramitar da ação perante o Poder Judiciário. Ou seja, a lei define a soma de atos
processuais que deverão acontecer entre o início (petição inicial) e o fim da ação (sentença).
Importante: Identificado o pedido (a pretensão que a parte vai levar ao Poder Judiciário),
será possível identificar o rito pelo qual este pedido vai tramitar perante o Poder Judiciário.
Mas qual a forma desta identificação? A mais singela será simplesmente verificar o
índice do CPC – lá consta (a partir do art. 539) o capítulo dos Procedimentos Especiais. Ou seja:
todos os pedidos que vão tramitar utilizando ou respeitando um rito/procedimento especial devem
ter previsão expressa no CPC (importante: ou em lei especial – Exemplo: Lei de Alimentos prevê
procedimento especial para o pedido de alimentos).
E o Procedimento Comum? O uso deste também é definido pelo pedido, mas de uma
forma ainda mais simples: para todos os pedidos que não tiverem previsão de uso do
procedimento especial, será utilizado o procedimento comum (simples assim).
Para encerrar estas considerações iniciais, vale fazer referência a um último e
indispensável conceito:

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2. Intervenção de Terceiros

2.1 Acesso aos autos


O advogado pode ter vista de qualquer processo judicial em tramitação, mesmo sem
procuração, desde que não estejam sob a proteção do segredo de justiça, caso em que é
necessária procuração (art. 107, I do CPC).
Importante: Este mesmo direito é assegurado aos processos eletrônicos, conforme
previsão do art. 107, §5º do CPC.
Tem o advogado direito a carga (levar consigo) dos autos do processo em tramitação,
situação em que será necessário apresentar procuração (art. 107, II e III do CPC).
Importante: Para que o advogado faça carga dos processos que estão arquivados, não
é necessária procuração (art. 7º, XVI da Lei 8.906/1994 – Estatuto da advocacia e da OAB).

2.2 Litisconsórcio

O litisconsórcio ocorre quando duas ou mais pessoas são partes em um mesmo processo:

Art. 113. Duas ou mais pessoas podem litigar, no mesmo processo, em conjunto, ativa
ou passivamente, quando:
I - entre elas houver comunhão de direitos ou de obrigações relativamente à lide;
II - entre as causas houver conexão pelo pedido ou pela causa de pedir;
III - ocorrer afinidade de questões por ponto comum de fato ou de direito.

No caso de haver mais de um autor, o litisconsórcio será chamado de ativo, havendo mais
de um réu, litisconsórcio passivo, e se houver pluralidade de autores e réus, será chamado de
misto.
O litisconsórcio também pode ser obrigatório ou facultativo.

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* Para todos verem: esquema

Litisconsórcio necessário ou obrigatório


• decorre de expressa previsão legal, como no caso do artigo 73 do CPC, que
exige que ambos os cônjuges ou companheiros figurem conjuntamente em ações
que versem sobre direito real imobiliário ou, ainda, devido à natureza da relação
entre as partes.

Litisconsórcio facultativo
• deriva apenas da vontade da parte autora, que pode optar por propor uma única
ação contra todos os réus que tenham ligação na demanda.

Ainda, o litisconsórcio poderá ser simples, quando a sentença não tiver que ser igual para
todos os litisconsortes, ou unitário, quando necessariamente precisar ser igual para todos.

2.3 Intervenção de Terceiros

São formas de intervenção de terceiros, classificadas no CPC:


Da Assistência (arts. 119 a 124 do CPC): Trata-se de uma intervenção voluntária, em
que um terceiro interessado no conteúdo da sentença intervém no processo a fim de assistir e
ajudar a parte com a qual tenha relação jurídica.
Denunciação da lide (arts. 125 a 129 do CPC): Aqui a intervenção é originada pela
iniciativa de uma das partes, que será chamado de denunciante, cujo objetivo é garantir o direito
de regresso no caso de improcedência do processo.

IMPORTANTE!
Esse direito de regresso somente será julgado pelo juiz se o denunciantes perder a ação
principal. Se a denunciação não for feita, ou for indeferida (ou não for permitida), o direito de
regresso pode ser buscado em ação autônoma – art. 124, §1º do CPC.
Chamamento ao processo (arts. 130 a 132 do CPC): Ocorre quando o réu chama a
integrar o polo passivo da demanda (apenas em processos de conhecimento) os demais
devedores da mesma dívida, configurando o litisconsórcio passivo.
Do Incidente da Desconsideração da Personalidade Jurídica (arts. 133 a 137 do
CPC): Sua finalidade é a responsabilização das pessoas físicas, sócias de empresas, pelos atos
da pessoa jurídica. Os requisitos para as relações civis são: Abuso de poder, confusão
patrimonial ou desvio de finalidade, conforme art. 50 do CC, bem como aqueles inseridos no

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CDC (art. 28).


Do Amicus curiae (art. 138 do CPC): Sua finalidade é auxiliar na formação de
convencimento do juiz. Para que seja admitido o Amicus Curie, deverá ser observada a
relevância da matéria, a especificidade do tema objeto da demanda e a repercussão social da
controvérsia.

3. Audiência de Mediação/Conciliação

De acordo com o artigo 334 do CPC, o juiz ao receber a petição e não for caso de
improcedência liminar ou indeferimento, deverá designar a audiência de conciliação ou mediação
com antecedência mínima de 30 dias, sendo que o réu terá que ser citado, pelo menos 20 dias
antes da audiência.
Lembrando que, para não ocorrer a audiência ambas as partes deverão demonstrar
desinteresse (o autor deve afirmar na petição inicial e o réu até 10 dias antes da audiência, por
simples petição) – art. 334, §4º, I do CPC.
A audiência também não será realizada se o juiz, ao receber a inicial, entender que
não é o caso de autocomposição – situação em que mandará citar o réu para contestar.
Ocorrendo a audiência, o comparecimento das partes é obrigatório, sob pena de ato
atentatório contra à dignidade da justiça e sob pena de multa de 2% da vantagem econômica
pretendia ou do valor da causa, na forma do art. 334, §8º do CPC.
As partes devem comparecer e estarem acompanhadas de seus respectivos advogados
ou defensores públicos (art. 334, § 9º do CPC)
Contudo, se a parte não puder comparecer, poderá ser representada por seu advogado,
desde que tenha procuração com poderes específicos (art. 334, §10 do CPC).

4. Sentença e Coisa Julgada

4.1 Sentença

A sentença é ato do juiz que extingue o processo (art. 316 do CPC) com ou sem resolução
do mérito (art. 485 e 487, do CPC).

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* Para todos verem: esquema

SENTENÇA TERMINATIVA SENTENÇA DE MÉRITO

que põe fim ao processo, sem são as sentenças que decidem o


resolver o mérito, conforme o mérito da questão, todo ou em
artigo 485, do CPC, o direito a parte, decisão com resolução do
ação permanece, mesmo após mérito, segundo o artigo 487, do
proferida a sentença. CPC.

O magistrado, após a publicação da sentença, não poderá mais alterá-la (art. 494 e 505,
do CPC).

Extinção do processo sem resolução de mérito – art. 485.


A extinção regulada pelo art. 485 do CPC terá como fundamento as circunstâncias listadas
nos incisos de tal dispositivo.

IMPORTANTE!

▪ A extinção sem resolução do mérito não gera coisa julgada material (art. 502 do CPC) e
não impede que o autor entre novamente com a mesma ação (art. 486 do CPC).
▪ Identificar os conceitos de perempção (art. 486, §3º do CPC), Litispendência (art.337, §§
1º, 2º e 3º do CPC) e coisa julgada (art. 337, §§ 1º e 4º, art. 502 do CPC).
▪ A desistência da ação, como causa de extinção sem resolução do mérito, pode ser
apresentada até a sentença (art. 485, §5º do CPC) – antes do oferecimento da
contestação sem necessidade de consentimento do réu; se o pedido ocorrer depois da
contestação, será necessário o consentimento do réu (art. 485, §4º do CPC).
▪ Quando ocorre o falecimento do titular do direito intransmissível, o direito se extingue com
a pessoa do titular, conforme o inciso IX do art. 485 do CPC (no entanto, quando o direito
for transmissível aplica-se o art. 110, sem a extinção, mas sim com a sucessão da parte
falecida pelos seus herdeiros ou sucessores).

Extinção do processo com resolução de mérito – art. 487 do CPC.

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No artigo 487, inciso I do CPC, encontra-se a forma mais completa de extinção da causa
com resolução do mérito, ocorre quando o juiz acolhe ou rejeita (no todo ou em parte) o pedido
formulado na ação (petição inicial) ou na reconvenção. O inciso II do artigo 487 do CPC traz a
resolução do mérito também quando o juiz reconhecer a prescrição ou a decadência (importante
observar que o dispositivo autoriza ao juízo o reconhecimento da prescrição ou da decadência
de ofício). E, por fim, também haverá resolução do mérito quando o juiz homologar o
reconhecimento do pedido (art. 487, III, “a” do CPC), transação (art. 487, III, “b” do CPC) e a
renúncia à pretensão formulada na ação ou na reconvenção (art. 487, III, “c” do CPC).
A sentença possui limites que, se não respeitados, provocam sua nulidade, são as
chamadas sentenças ultra petita, citra petita e extra petita. Sentença extra petita é aquela
que o juiz julga pedido que não foi proposto pelo autor. Sentença ultra petita é aquela que o juiz
condena o réu em quantidade superior à pedida. A sentença infra ou citra petita é quando o
juiz deixa de apreciar algum pedido da parte, quando houver cumulação de pedidos.

4.2 Coisa Julgada

A coisa julgada é o efeito que atinge a decisão de mérito não mais sujeita a recurso,
tornando-a imutável e indiscutível – art. 502 do CPC.
A decisão sem mérito (art. 485 do CPC) não mais sujeita a recurso gera a denominada
coisa julgada formal (a qual permite que se promova uma nova ação discutindo e buscando os
mesmos pedidos – art. 486 do CPC).
Importante:
• Nenhum juiz pode decidir questões já decididas anteriormente (efeito da coisa julgada) –
todavia, existe exceções previstas nos incisos do art. 505, I e II do CPC. A coisa julgada
não atinge terceiros (que não participaram do processo) – art. 506 do CPC.
• Não é permitido as partes discutirem novamente questões já decididas e preclusas (art.
507 do CPC).

4.3 Ação Rescisória

A ação rescisória é a forma de atacar a coisa julgada – somente ataca decisões de mérito,
sendo permitida apenas e tão somente se fundamentada nos casos do art. 966 do CPC. De outra
forma, emergem situações de exceção:

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Art. 966. (...)


§ 2º Nas hipóteses previstas nos incisos do caput , será rescindível a decisão transitada
em julgado que, embora não seja de mérito, impeça:
I - nova propositura da demanda; ou
II - admissibilidade do recurso correspondente.

Ainda, pode ser proposta no prazo de dois anos a partir do trânsito em julgado (art. 975
do CPC). A competência para julgar a rescisória é do Tribunal – a denominada competência
originária.

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5. Recursos pelo Código de Processo Civil

• Os recursos atacam decisão judicial, com o objetivo, em tese de reformar ou invalidar


ousuprir um vício.
• O CPC traz o rol dos recursos cabíveis no artigo 994 do CPC.

* Para todos verem: esquema

Apelação

Agravo de instrumento

Agravo interno
Recursos: art. 994 do

Agravo em recurso especial e


agravo em recurso extraordinário
CPC

Embargos de declaração

Embargos de divergência

Recurso especial

Recurso extraordinário

Recurso ordinário

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Decisões
recorríveis

Decisão
Decisão
Sentença Acórdão monocrática do
interlocutória
relator

Decisões
interlocutórias e do juiz de 1º grau
sentenças

Decisões são
monocráticas e pronunciamentos
acórdãos dos Tribunais

Cuidado: Art. 1.001 do CPC - Dos despachos não cabe recurso.


Obs: Tem ainda a decisão do presidente ou vice-presidente do tribunal de origem, que
inadmitirRecurso Especial ou Recurso Extraordinário, conforme 1.042 do CPC.

6. Recurso de Apelação

Previsão legal

Artigos 1.009 a 1.014 do Código de Processo Civil.

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Cabimento

Recurso cabível contra sentença. Sentença, conforme conceito do artigo


203, §1º do CPC é pronunciamento judicial de Primeiro grau, que,
ressalvadas as previsões expressas dos procedimentos especiais, coloca
fim à fase cognitiva do procedimento comum ou extingue a execução, seja
sem resolução de mérito (art. 485 do CPC) ou com resolução de mérito
(art. 487 do CPC)

Atenção: pode haver sentença antes mesmo da citação.

Por exemplo: improcedência liminar do pedido, indeferimento da petição inicial e


sentença de extinção do processo por desistência.

Preliminar de apelação

Na fase de conhecimento, as questões resolvidas em decisões


interlocutórias que não admitam agravo de instrumento não precluem,
devendo ser atacadas em preliminar de apelação ou nas contrarrazões,
conforme previsão do art. 1.009, §1º do CPC.

Cuidado: Qualquer matéria prevista no artigo 1.015 do CPC, se decidida na sentença, é


atacadapor recurso de apelação, conforme art. 1.009, §3º do CPC.

Cuidado: O capítulo da sentença que confirma, concede ou revoga a tutela


provisória éimpugnável na apelação, conforme art. 1.013, §5º do CPC.

Efeito Regressivo:

• Possibilidade de retratação, no prazo de cinco dias.

• No CPC se admite a retratação no recurso de apelação em três situações específicas:

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*Para todos verem: esquema

Art. 331 do
indeferimento da petição inicial
CPC
Art. 332,§3º do CPC improcedência liminar do pedido
Art. 485, §7º do
extinção do processo sem resolução de mérito
CPC

Efeito Suspensivo

Suspende a eficácia da decisão recorrida.


De regra, pelo CPC, o único recurso que possui efeito suspensivo
automático é a apelação, conforme art. 1.012 do CPC.

Exceção: no recurso de apelação, não há efeito suspensivo nas decisões listadas


no art. 1.012, §1º, do CPC:

* Para todos verem: esquema

Inciso I homologa divisão ou demarcação de terras


Inciso II condena a pagar alimentos
extingue sem resolução do mérito ou julga improcedentes os
Inciso III
embargos do executado
Inciso IV julga procedente o pedido de instituição de arbitragem
Inciso V confirma, concede ou revoga tutela provisória

Inciso VI decreta a interdição

Nas hipóteses em que o recurso de apelação não tenha efeito suspensivo automático,
a parte pode requerê-lo, demonstrando a probabilidade de provimento do recurso e risco de
danograve de difícil ou impossível reparação, conforme o artigo 1.012, §4º, e o artigo 995,
parágrafo único, ambos do CPC.

Do julgamento do incidente de resolução de demandas repetitivas (vários processos


discutindo a mesma matéria de direito) cabe recurso especial, se ferir lei federal, ou recurso
extraordinário, se ferir norma constitucional. Nesses casos, os recursos terão efeito

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suspensivo automático, conforme artigo 987, §1º, do CPC.

7. Agravo de Instrumento

Previsão legal

Artigos 1.015 a 1.020 do Código de Processo Civil.

Recurso adequado para atacar as decisões interlocutórias conforme previsão do artigo


1.015 do CPC. Conforme o referido artigo, cabe agravo de instrumento das decisões
interlocutórias que versarem sobre:

* Para todos verem: esquema

Inciso I tutelas provisórias

Inciso II mérito do processo

Inciso III rejeição da alegação de convenção de arbitragem

Inciso IV incidente de desconsideração da personalidade jurídica

rejeição do pedido de gratuidade da justiça ou acolhimento do pedido de sua


Inciso V
revogação

Inciso VI exibição ou posse de documento ou coisa

Inciso VII exclusão de litisconsorte

Inciso VIII rejeição do pedido de limitação do litisconsórcio

Inciso IX admissão ou inadmissão de intervenção de terceiros

concessão, modificação ou revogação do efeito suspensivo aos embargos à


Inciso X
execução

Inciso XI redistribuição do ônus da prova nos termos do art. 373, § 1º

Inciso XII VETADO

Inciso XIII outros casos expressamente referidos em lei

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Também caberá agravo de instrumento contra decisões interlocutórias proferidas


Par. único na fase de liquidação de sentença ou de cumprimento de sentença, no processo
de execução e no processo de inventário

Cuidado: O STJ em novembro de 2018 manifestou entendimento de que a taxatividade


do artigo 1.015 é mitigada, sendo que quando for urgente ou inútil esperar até a sentença para
impugnar em preliminar de apelação a decisão interlocutória proferida na fase de
conhecimento, caberá agravo de instrumento, mesmo que a decisão proferida na fase de
conhecimento não esteja no rol do artigo 1.015 do CPC.

8. Embargos de Declaração

Previsão legal

Artigo 1.022 A 1.026 do Código de Processo Civil.

Cabimento

Atacam qualquer decisão judicial. Recurso adequado para sanar vício de


contradição, obscuridade, omissão ou erro material. Interrompem o prazo
para interpor qualquer recurso. O prazo é de 05 dias. Lembrar que os
embargos de declaração podem ser opostos para fins de pré-
questionamento.

9. Agravo Interno

Previsão legal

Artigo 1.021 do Código de Processo Civil.

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Cabimento

Recurso adequado para atacar decisão monocrática do relator, nos termos


do artigo 1.021 do CPC. Observar, ainda, que cabe agravo interno ainda de
outras situações expressas no CPC, tais como por exemplo, art. 1.030, §2º
c/c I e III; parágrafo único do artigo 136 do CPC; 1.035, §7º do CPC; 1.036,
§3; 1.037, §13º, II do CPC;
Há possibilidade de retratação, depois de oportunizadas as contrarrazões.
Não havendo retratação, o recurso é julgado pelo órgão colegiado (que
proferirá acordão), consoante art. 1.021, §2º, do CPC.

10. Recurso Ordinário

Previsão legal

Artigo 1.027 e 1.028 do Código de Processo Civil e Artigos 102, II, e 105, II, da
Constituição Federal.

Cabimento

Pode ser julgado pelo STF OU STJ.

Conforme o CPC, caberá ao STF (art. 1.027, I do CPC) o julgamento do recurso


ordinárioquando a decisão for denegatória de mandado de segurança, mandado de injunção
e habeas data e for em competência originária dos tribunais superiores. Ainda, conforme o
inciso II, alínea“a” do art. 1.027 do CPC, compete ao STJ o julgamento do recurso ordinário
quando a decisão for denegatória de mandado de segurança em competência originária
proferida pelo TJ ou TRF.
O recurso ordinário pode atacar sentença, desde que envolva as partes referidas no
incisoII do art. 109 da CF, consoante art. 1.027, II, alínea b, do CPC, ou seja, os processos

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em que forem partes, de um lado, Estado estrangeiro ou organismo internacional e, de outro,


Município ou pessoa residente ou domiciliada no País. Neste caso, o recurso ordinário será
julgado pelo STJ.

11. Recurso Especial e Extraordinário

Previsão legal

Recurso Especial – art. 105, III da CF; Recurso


Extraordinário – art. 102, III da CF;
O CPC a partir do art. 1.029 a 1.035 estabelece o procedimento do
recurso especial e do recurso extraordinário.

Procedimento

Será interposto perante o Presidente ou o Vice-Presidente do Tribunal recorrido


que proferiu o acórdão que feriu a lei federal (RECURSO ESPECIAL) ou a
norma constitucional (RECURSO EXTRAORDINÁRIO). A parte contrária é
intimada para oferecer contrarrazões no prazo de 15 dias, sendo realizado o
juízo de admissibilidade pelo Presidente ou Vice-Presidente do tribunal
recorrido, podendo tomar uma das condutas do art. 1.030 do CPC;

O recurso especial é julgado pelo STJ e o recurso extraordinário julgado pelo


STF.Interposto perante o Presidente ou Vice-Presidente do Tribunal Recorrido e não
admitindo o recurso, caberá agravo em recurso especial ou agravo em recurso
extraordinário, salvo quando a decisão estiver fundada na aplicação de entendimento
firmado em regime de repercussão geral ou em julgamento de recursos repetitivos. Nesse
caso, será agravo interno (art. 1.030, §2º, do CPC).
Exemplo: Julgamento de recursos repetitivos (vários recursos especiais ou
extraordinários versando sobre a mesma matéria de direito). O acórdão do Tribunal de Justiça

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está de acordo com o entendimento firmado no julgamento desses recursos repetitivos. Por
tal razão, foi inadmitido o RECURSO ESPECIAL pelo Presidente do Tribunal recorrido. Nesse
caso, o recursoadequado não será agravo em recurso especial, mas agravo interno.

* Para todos verem: esquema

Divergência entre cabe recurso


tribunais especial

Divergência no âmbito do
mesmo tribunal (dentro STJ cabe embargos de
ou dentro do STF) nos divergência
termos do art. 1.043 do CPC

12. Consignação em Pagamento

Previsão legal

Arts. 334 e seguintes do CC;


Arts. 539 a 549 do CPC;

Cabimento

O Código de Processo Civil não traz as hipóteses em que cabe a consignação


em pagamento, e sim o Código Civil, por exemplo, nas situações do art. 335
do CC. O CPC prevê que a consignação pode ser de coisa ou de quantia em
dinheiro. E, quando for de quantia em dinheiro, pode ser feita mediante ação ou
procedimento extrajudicial em estabelecimento bancário oficial no local do
pagamento.

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13. Ação Monitória

Previsão legal

Arts. 700 a 702 do CPC;

Cabimento

O art. 700 do CPC estabelece que a ação monitória pode ser proposta por
aquele que afirmar, com base em prova escrita sem eficácia de títuloexecutivo, ter
direito de exigir do devedor capaz:

• O pagamento de quantia em dinheiro;


• A entrega de coisa fungível ou infungível ou de bem móvel ou imóvel;
• O adimplemento de obrigação de fazer ou de não fazer.

Lembre-se de que, a PROVA ESCRITA, pode consistir em prova oral documentada,


produzida antecipadamente nos termos do art. 381 do CPC;

Lembre-se de que o meio de defesa do Réu na ação monitória não é contestação, e, sim,
Embargos à Ação Monitória (embargos monitórios).

14. Oposição

Previsão legal

Arts. 682 a 686 do CPC;

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Cabimento

Utilizada por terceiro, quando este pretender, no todo ou em parte, a coisa


ou o direito sobre que controvertem autor e réu poderá, até serproferida a
sentença, oferecer oposição contra ambos.

Cuidado: As partes na ação de oposição são chamadas de opoente (quem propõe a


oposição) e opostos (em face de quem se opõe a oposição, sendo os autores e réus do
processo principal).

15. Embargos de Terceiros

Previsão legal

Arts. 674 a 681 do CPC;

Previsão legal

Os embargos de terceiro é ajuizado por terceiro, que então não sendo parte
no processo, sofrer constrição ou ameaça de constrição sobre bens que
possua ou sobre os quais tenha direito incompatível com o ato constritivo,
que poderá requerer seu desfazimento ou sua inibição por meio de embargos
de terceiro. Os embargos podem ser de terceiro proprietário, inclusive
fiduciário, ou possuidor.

Ainda, conforme o § 2º do art. 674 do CPC, considera-se terceiro, para ajuizamento


dosembargos:
I - o cônjuge ou companheiro, quando defende a posse de bens próprios ou de sua
meação, ressalvado o disposto no art. 843 ;
II - o adquirente de bens cuja constrição decorreu de decisão que declara a ineficácia
daalienação realizada em fraude à execução;
III - quem sofre constrição judicial de seus bens por força de desconsideração da
personalidade jurídica, de cujo incidente não fez parte;
IV - o credor com garantia real para obstar expropriação judicial do objeto de direito
real de garantia, caso não tenha sido intimado, nos termos legais dos atos
expropriatórios respectivos.

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Caderno de Questões – Processo Civil
Leonardo Fetter e Tatiane Kipper

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Caderno de Questões – Processo Civil
Leonardo Fetter e Tatiane Kipper

35º Exame
1) FGV - 2022 - OAB - 35º Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase – Q54
No âmbito de um contrato de prestação de serviços celebrado entre as sociedades empresárias Infraestrutura S.A.
e Campo Lindo S.A., foi prevista cláusula compromissória arbitral, na qual as partes acordaram que qualquer litígio
de natureza patrimonial decorrente do contrato seria submetido a um tribunal arbitral. Surgido o conflito, e havendo
resistência de Infraestrutura S.A. quanto à instituição da arbitragem, assinale a opção que representa a conduta que
pode ser adotada por Campo Lindo S.A.

A) Campo Lindo S.A. pode adotar medida coercitiva, mediante autorização do tribunal arbitral, para que
Infraestrutura S.A. se submeta forçosamente ao procedimento arbitral, em respeito à cláusula compromissória
firmada no contrato de prestação de serviço.
B) Campo Lindo S.A. pode submeter o conflito à jurisdição arbitral, ainda que sem participação de Infraestrutura
S.A., o qual será considerado revel e contra si presumir-se-ão verdadeiras todas as alegações de fato formuladas
pelo requerente Campo Lindo S.A.
C) Campo Lindo S.A. pode requerer a citação de Infraestrutura S.A. para comparecer em juízo no intuito de lavrar
compromisso arbitral, designando o juiz audiência especial com esse fim.
D) Campo Lindo S.A. pode ajuizar ação judicial contra Infraestrutura S.A., para que o Poder Judiciário resolva o
mérito do conflito decorrente do contrato de prestação de serviço celebrado entre as partes.

30º Exame
2) FGV – 2019 - OAB - 30º Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase – Q54
Daniel, sensibilizado com a necessidade de Joana em alugar um apartamento, disponibiliza-se a ser seu fiador no
contrato de locação, fazendo constar nele cláusula de benefício de ordem. Um ano e meio após a assinatura do
contrato, Daniel é citado em ação judicial visando à cobrança de aluguéis atrasados.
Ciente de que Joana possui bens suficientes para fazer frente à dívida contraída, Daniel consulta você, como
advogado(a), sobre a possibilidade de Joana também figurar no polo passivo da ação.
Diante do caso narrado, assinale a opção que apresenta a modalidade de intervenção de terceiros a ser arguida por
Daniel em sua contestação.

A) Assistência.
B) Denunciação da lide.
C) Chamamento ao processo.
D) Nomeação à autoria.

3) FGV - 2019 - OAB - 30º Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase – Q51
Carolina foi citada para comparecer com seu advogado ao Centro Judiciário de Solução de Conflitos (CEJUSC) da
comarca da capital, para Audiência de Mediação (Art. 334 do CPC), interessada em restabelecer o diálogo com
Nestor, seu ex-marido.
O fato de o advogado de seu ex-cônjuge conversar intimamente com o mediador Teófilo, que asseverava ter
celebrado cinco acordos na qualidade de mediador na última semana, retirou sua concentração e a deixou
desconfiada da lisura daquela audiência.
Não tendo sido possível o acordo nessa primeira oportunidade, foi marcada uma nova sessão de mediação para
buscar a composição entre as partes, quinze dias mais tarde. Sobre o caso narrado, assinale a afirmativa correta.

A) Carolina pode comparecer sem seu advogado na próxima sessão de mediação.

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B) O advogado só pode atuar como mediador no CEJUSC se realizar concurso público específico para integrar
quadro próprio do tribunal.
C) Pode haver mais de uma sessão destinada à conciliação e à mediação, não podendo exceder 2 (dois) meses da
data de realização da primeira sessão, desde que necessária(s) à composição das partes.
D) O mediador judicial pode atuar como advogado da parte no CEJUSC, pois o CPC apenas impede o exercício da
advocacia nos juízos em que desempenhe suas funções.

23º Exame
4) FGV - 2017 - OAB - 23º Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase – Q56
Luana, em litígio instaurado em face de Luciano, viu seu pedido ser julgado improcedente, o que veio a ser
confirmado pelo tribunal local, transitando em julgado. O advogado da autora a alerta no sentido de que, apesar de
a decisão do tribunal local basear-se em acórdão proferido pelo Superior Tribunal de Justiça em regime repetitivo,
o precedente não seria aplicável ao seu caso, pois se trata de hipótese fática distinta. Afirmou, assim, ser possível
reverter a situação por meio do ajuizamento de ação rescisória. Diante do exposto, assinale a afirmativa correta.

A) Não cabe a ação rescisória, pois a previsão de cabimento de rescisão do julgado se destina às hipóteses de
violação à lei e não de precedente.
B) Cabe a ação rescisória, com base na aplicação equivocada do precedente mencionado.
C) Cabe a ação rescisória, porque o erro sobre o precedente se equipara à situação da prova falsa.
D) Não cabe ação rescisória com base em tal fundamento, eis que a hipótese é de ofensa à coisa julgada.

5) FGV - 2017 - OAB - 23º Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase – Q57
Roberta ingressou com ação de reparação de danos em face de Carlos Daniel, cirurgião plástico, devido à sua
insatisfação com o resultado do procedimento estético por ele realizado. Antes da citação do réu, Roberta, já
acostumada com sua nova feição e considerando a opinião dos seus amigos (de que estaria mais bonita), troca de
ideia e desiste da demanda proposta. A desistência foi homologada em juízo por sentença. Após seis meses, quando
da total recuperação da cirurgia, Roberta percebeu que o resultado ficara completamente diferente do prometido,
razão pela qual resolve ingressar novamente com a demanda. A demanda de Roberta deverá ser

A) extinta sem resolução do mérito, por ferir a coisa julgada.


B) extinta sem resolução do mérito, em razão da litispendência.
C) distribuída por dependência.
D) submetida à livre distribuição, pois se trata de nova demanda.

33º Exame
6) FGV - 2021 - OAB - XXXIII Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase – Q56
A corretora de seguros XYZ ajuizou ação de cobrança em face da Alegria Assistência Médica, pugnando pelo
pagamento da taxa de comissão de corretagem que a segunda se recusa a pagar, apesar de a autora estar
prestando devidamente serviços de corretagem.
O juízo de primeiro grau julgou pela procedência do pedido, na mesma oportunidade concedendo tutela antecipada,
para que a Alegria faça os pagamentos da comissão devida mensalmente.
Nessa circunstância, o(a) advogado(a) da Alegria Assistência Médica, buscando imediatamente suspender os
efeitos da sentença, deve

A) interpor Recurso Extraordinário, no prazo de 15 dias úteis, para que o Supremo Tribunal Federal reforme a
sentença e pleiteando efeito suspensivo.

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B) interpor Apelação Cível, no prazo de 15 dias úteis, objetivando a reforma da sentença, e pleitear efeito suspensivo
diretamente ao tribunal, por pedido próprio, durante a tramitação da apelação em primeiro grau.
C) impetrar Mandado de Segurança contra a decisão que reputa ilegal, tendo como autoridade coatora o juízo
sentenciante, para sustar os efeitos da sentença.
D) interpor Agravo de Instrumento, no prazo de 15 dias úteis, para reforma da tutela antecipada.

32º Exame
7) FGV - 2021 - OAB - XXXII Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase – Q54
Em determinado Mandado de Segurança individual, contra ato de um dos Ministros de Estado, o Superior Tribunal
de Justiça, em sua competência constitucional originária, denegou a segurança na primeira e única instância de
jurisdição. Diante do julgamento desse caso concreto, assinale a opção que apresenta a hipótese de cabimento
para o Recurso Ordinário Constitucional dirigido ao STF.

A) Os mandados de segurança, os habeas data e os mandados de injunção decididos em única instância pelos
tribunais superiores, quando denegatória a decisão.
B) Os mandados de segurança, os habeas data e os mandados de injunção decididos em última instância pelos
tribunais superiores, quando concessiva a decisão.
C) Os mandados de segurança decididos em única instância pelos tribunais regionais federais ou pelos tribunais de
justiça dos Estados e do Distrito Federal e Territórios, quando denegatória a decisão.
D) Os processos em que forem partes, de um lado, Estado estrangeiro ou organismo internacional e, de outro,
Município ou pessoa residente ou domiciliada no país.

8) FGV - 2021 - OAB - XXXII Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase – Q57
Em determinada demanda indenizatória, houve a condenação do réu para pagar a quantia de R$ 10.000 (dez mil
reais) em sentença transitada em julgada em prol do autor. Na qualidade de patrono deste último, assinale a opção
que representa a medida adequada a ser providenciada.

A) Aguardar o depósito judicial da quantia referente à condenação, pois as sentenças que condenam a obrigação
de pagar são instauradas de ofício, independentemente de requerimento do exequente, assim como as
obrigaçõesde fazer e não fazer.
B) Peticionar a inclusão de multa legal e honorários advocatícios tão logo seja certificado o trânsito em julgado,
independentemente de qualquer prazo para que o réu cumpra voluntariamente a obrigação, já que ela deveria
ter sido cumprida logo após a publicação da sentença.
C) Aguardar a iniciativa do juiz para instauração da fase executiva, para atender ao princípio da cooperação,
consagrado no Art. 6º do CPC.
D) Peticionar para iniciar a fase executiva após a certificação do trânsito em julgado, requerendo a intimação do
devedor para pagamento voluntário no prazo de 15 dias, sob pena de acréscimos de consectários legais.

31º Exame
9) FGV - 2020 - OAB - XXXI Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase – Q57
O arquiteto Fernando ajuizou ação exclusivamente em face de Daniela, sua cliente, buscando a cobrança de valores
que não teriam sido pagos no âmbito de um contrato de reforma de apartamento. Daniela, devidamente citada,
deixou de oferecer contestação, mas, em litisconsórcio com seu marido José, apresentou reconvenção em peça
autônoma, buscando indenização por danos morais em face de Fernando e sua empresa, sob o argumento de que
estes, após a conclusão das obras de reforma, expuseram, em site próprio, fotos do interior do imóvel dos reconvintes
sem que tivessem autorização para tanto. Diante dessa situação hipotética, assinale a afirmativa correta.

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A) Como Daniela deixou de contestar a ação, ela e seu marido não poderiam ter apresentado reconvenção, devendo
ter ajuizado ação autônoma para buscar a indenização pretendida.
B) A reconvenção deverá ser processada, a despeito de Daniela não ter contestado a ação originária, na medida
em que o réu pode propor reconvenção independentemente de oferecer contestação.
C) A reconvenção não poderá ser processada, na medida em que não é lícito a Daniela propor reconvenção em
litisconsórcio com seu marido, que é um terceiro que não faz parte da ação originária.
D) A reconvenção não poderá ser processada, na medida em que não é lícito a Daniela incluir no polo passivo da
reconvenção a empresa de Fernando, que é um terceiro que não faz parte da ação originária.

27º Exame
10) FGV - 2018 - OAB - XXVII Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase – Q51
Márcia está muito doente e necessita fazer uso contínuo do medicamento XYZ para sobreviver. Embora, durante os
últimos anos, tenha obtido os medicamentos no único hospital público da cidade em que reside, foi informada de
que aquela era a última caixa e que, no mês seguinte, o medicamento não seria mais fornecido pela rede pública.
Diante de tal circunstância, desejando obter o fornecimento do medicamento, Márcia procura você, como
advogado(a), para elaborar a petição inicial e ajuizar a demanda que obrigue o Poder Público ao fornecimento do
medicamento XYZ. A petição inicial distribuída trouxe o pedido de medicamentos em caráter antecedente e tão
somente a indicação do pedido de tutela final, expondo na lide o direito que busca realizar e o perigo de dano à
saúde de Márcia. A respeito do caso mencionado, assinale a afirmativa correta.

A) O(A) advogado(a) de Márcia fez uso da denominada tutela da evidência, em que se requer a demonstração do
perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo.
B) O procedimento adotado está equivocado, pois a formulação completa da causa de pedir e do pedido final é
requisito do requerimento de tutela antecedente.
C) O(A) advogado(a) agiu corretamente, sendo possível a formulação de requerimento de tutela antecipada
antecedente para o fornecimento de medicamento.
D) Ocorrerá o indeferimento de plano da petição inicial, caso o juiz entenda que não há elementos para a concessão
da tutela antecipada.

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Gabaritos das questões:

1-C 2-C 3-C 4-B 5-C 6-B 7-A 8-D 9-B 10 - C

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