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II UNIDADE
TRINDADE / 2019
CARTOGRAFIAS DO MUNDO CONTEMPORÂNEO mapas que vemos por aí. De toda forma, para melhor
interpretarmos as informações cartográficas, é preciso
Nesta Unidade, o tema principal será a linguagem conhecer esses instrumentos, procurando saber o que
cartográfica. O objetivo será identificar os elementos que eles são, o que indicam e quais são as suas funções
no processo de comunicação, haja vista que os mapas
estruturam os mapas, como o título, a legenda e a escala também são formas de linguagem.
cartográfica. Você examinará também algumas das
principais modalidades de representação cartográfica Observemos, no mapa a seguir, como se
existentes. apresentam as diferentes partes de um mapa:
Projeção cartográfica
1- Indique os elementos do mapa que estão numerados de
1 a 6. As projeções cartográficas permitem
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representar a superfície esférica da Terra em um
3 plano, ou seja, no mapa; elas são a base para a
confecção de um mapa, constituindo uma rede
4 sistemática de paralelos e meridianos, permitindo que
esses sejam desenhados.
5 As representações da superfície terrestre em
mapas apresentam algumas distorções. As diferentes
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projeções cartográficas foram desenvolvidas com o
2- Escreva suas conclusões a respeito do que você intuito de minimizar as distorções ocorridas durante a
observou no mapa. produção de um mapa e, principalmente, fazer com
_______________________________________________ que essas distorções sejam conhecidas. Mas
_______________________________________________ nenhuma delas é capaz de evitar a totalidade das
_______________________________________________ deformações.
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Funções e elementos dos mapas
Projeção de Mercator
Projeção de Peters
Coordenadas geográficas
As coordenadas geográficas são algumas ‘linhas imaginárias’ que nos ajudam a encontrar nossa localização na
superfície terrestre. A essas linhas damos o nome de latitude e longitude. As coordenadas geográficas funcionam
da mesma forma, você deve combinar as linhas e as colunas do planisfério para identificar os locais do planeta.
Assim, as linhas seriam as latitudes e as colunas, as longitudes.
Latitude é a distância medida em graus de um determinado ponto da superfície em relação à Linha do Equador.
Pode variar de 0º a 90º e estar ao Norte ou ao Sul.
Longitude: é a distância medida em graus de um determinado ponto da superfície em relação ao Meridiano de
Greenwich. Pode variar de 0º a 180º e estar a Leste ou a Oeste. Observe o mapa abaixo:
A combinação entre as latitudes e as
longitudes ajuda-nos a localizar qualquer
ponto da Terra. Isso é muito importante,
afinal, precisamos estar sempre atentos à
nossa posição sobre a superfície
terrestre.Sistemas decoordenadas são
encontrados também nos guias de ruas das
cidades ou no sistema GPS (Sistema
dePosicionamento Global, em português),
existente e aparelhos instalados em alguns
veículos, em telefones celulares e tablets.
Em deslocamentos pelas cidades, guias e
GPS são muito eficientes para localizar
pontos e definir trajetos.
As Coordenadas Geográficas formam um sistema de localização que se estrutura através de linhas
imaginárias, traçadas paralelamente entre si nos sentidos norte-sul e Leste-Oeste, medidas em graus. Com a
combinação dessas linhas, criam-se “endereços” específicos para cada ponto do mundo, permitindo a sua
identificação precisa.
Essas linhas imaginárias são chamados de paralelos e meridianos, e suas medidas em graus são,
respectivamente, as latitudes e as longitudes. Os paralelos cortam a Terra horizontalmente, no sentido Leste-Oeste,
enquanto os meridianos cortam a Terra verticalmente. A junção dessas linhas é o fator responsável pela existência
das coordenadas geográficas.
O principal paralelo é a Linha do Equador, pois representa a faixa da Terra que se encontra a uma igual
distância dos polos norte e sul. Já o principal meridiano é o de Greenwich e foi escolhido a partir de uma convenção,
realizada na cidade de Washington D.C., nos Estados Unidos, no ano de 1884. Essas duas linhas representam o
marco inicial da contagem das latitudes e das longitudes.
Para compreender melhor as coordenadas, é fundamental lembrar-se das principais linhas imaginárias.
• Paralelos: círculos menores e paralelos ao Equador (divide a Terra em dois hemisférios).
• Meridianos: são círculos máximos que passam pelos polos, destacando o principal: Greenwich (divide a
Terra em dois hemisférios).
Por esse motivo, tudo o que se encontra exatamente sobre a Linha do Equador possui uma latitude 0º,
aumentando à medida que se desloca para o norte e diminuindo à medida que se desloca para o sul. Assim, as
latitudes são à distância em graus de qualquer ponto da Terra em relação à Linha do Equador. Suas medidas
vão de -90º até 90º. Da mesma forma acontece com o Meridiano de Greenwich em relação às longitudes. Tudo que
estiver sobre essa linha possui 0º de longitude, aumentando à medida que nos deslocamos para leste e diminuindo
à medida que nos deslocamos para oeste. Por isso, as longitudes são à distância em graus de qualquer ponto
da Terra em relação ao Meridiano de Greenwich. Suas medidas vão de -180º até 180º.
Diante desse conceito, podemos concluir que as latitudes negativas estão sempre se referindo a lugares
localizados no Hemisfério Sul, também chamado de Austral ou Meridional. As latitudes positivas, obviamente,
referem-se a lugares posicionados no Hemisfério Norte, também chamado de Boreal ou Setentrional.
Já as longitudes negativas fazem referência a pontos posicionados no Hemisfério Oeste ou Ocidental,
enquanto as longitudes positivas são relativas a pontos localizados no Hemisfério Leste ou Oriental.
O mapa a seguir fornece as coordenadas geográficas globais estabelecidas a partir da combinação das
latitudes e das longitudes.
Sensoriamento remoto
O sensoriamento remoto é uma tecnologia de obtenção de imagens e dados da superfície terrestre através
da captação e registro da energia refletida/emitida pela superfície sem que haja contato físico entre o sensor e a
superfície estudada (por isso é chamado de remoto).
Após feita a captura da imagem, estas serão analisadas, transformadas em mapas ou constituirão um banco
de dados georreferenciados caracterizando o que chamamos de Geoprocessamento.
O veículo mais utilizado para captura de imagens em sensoriamento remoto é o satélite devido a sua melhor
relação de custo-benefício, uma vez que ele pode passar anos em órbita da terra. O sensoriamento remoto pode
ser em nível terrestre, sub-orbital e orbital.Os representantes mais conhecidos do nível sub-orbital são as também
chamadas fotografias aéreas, utilizadas principalmente para produzir mapas. Neste nível opera-se também
algumas câmeras de vídeo e radares.No nível orbital estão os balões meteorológicos e os satélites.
Os primeiros são utilizados nos estudos do clima e da atmosfera terrestre, assim como em previsões do
tempo. Já os satélites também podem produzir imagens para uso meteorológico, mas também são úteis nas áreas
de mapeamento e estudo de recursos naturais.Ao nível terrestre são feitas as pesquisas básicas sobre como os
objetos absorvem, refletem e emitem radiação. Os resultados
destas pesquisas geram informações sobre como os objetos
podem ser identificados pelos sensores orbitais. Desta forma é
possível identificar áreas de queimadas numa imagem gerada de
um satélite, diferenciar florestas de cidades e de plantações
agrícolas e até identificar áreas de vegetação que estejam
doentes ou com falta de água que estejam doentes ou com falta
de água. Em síntese, esta técnica pode ser utilizada com as
seguintes escalas:O Satélite Geoestacionário de Defesa e
Comunicações Estratégicas (SGCD) é o primeiro satélite dedicado a comunicações militares
exclusivamente brasileiro, lançado 04/05/2017 por volta das 18h5. O satélite servira também, para aumentar
o controle da fronteira e monitorar melhor entrada de armas e drogas no país.
Atividade 3- Sensoriamento remoto
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A escala cartográfica
A escala cartográfica pode ser registrada com números (1:5.000; 1:450.000.000 etc.) ou na forma gráfica
(uma barra horizontal com medidas aproximadas em metros ou quilômetros). Ela se refere à relação de proporção
entre o espaço e sua representação no mapa e mantém a relação entre a medida de um objeto ou lugar
representado no papel e sua medida real. Define, portanto, o grau de redução da superfície para que possa ser
representada na folha do mapa ou na tela do computador. Mapas com escalas grandes têm um grau menor de
redução da realidade. Neles, podem- se observar mais detalhes do lugar representado. É o caso das plantas,
como aquelas utilizadas na construção de casas.
Em mapas com escalas pequenas há uma grande redução da
superfície. Por isso, não é possível verificar os detalhes dos
lugares representados (veja mapa ao lado). Em compensação,
neles pode- se ter uma grande área representada, como acontece
nos mapas-múndi.
Essas escalas são utilizadas, em geral, para fazer o que na
linguagem cartográfica é chamado de carta. Um exemplo são as
cartas topográficas do IBGE, que representam elementos naturais,
como rios e elevações do terreno (chamadas de curvas de nível,
indicam as variações de altitude), e elementos humanos, como
estradas, fazendas, cidade-sede de um município etc.
Como você viu, a escala cartográfica implica uma relação de proporção e medidas entre a realidade e a sua
representação.
Tema 2- As modalidades de representação cartográfica
Neste tema, você estudará as diferentes modalidades de mapas. Partindo de regras relativamente simples,
baseadas na percepção visual, o leitor é capaz de distinguir objetos, tamanhos, proporções e quantidades que
aparecem expressas na linguagem cartográfica. Assim, a leitura e a interpretação de mapas ajudam a entender e
a relacionar fenômenos e a ampliar as “leituras” de mundo de cada pessoa.
As chamadas variáveis visuais dos mapas orientam o olhar e são essenciais para realizar a leitura. Uma
das variáveis visuais é a forma dos símbolos ou dos sinais escolhidos para uma representação qualquer. Por
exemplo, as cidades podem ser representadas com pontos (pequenos círculos, geralmente na cor preta) em um
mapa de escala pequena (como o mapa- múndi). Em outras situações, determinados locais que possuem certas
qualidades ganham pontos em forma de símbolos, como o desenho de um avião (para aeroportos) ou de um navio
(para portos). Isso ajuda a identificar e a separar objetos que são diferentes (porto, aeroporto, etc.).
Há também formas para representar fenômenos implantados em linhas. Assim, em um mapa de redes de
transportes, por convenção, as linhas contínuas pintadas de vermelho são usadas para mostrar o traçado das
rodovias, e as linhas pretas com traços perpendiculares, para mostrar as ferrovias. Ou, no caso da representação
de áreas, cores ou hachuras são utilizadas para separar áreas distintas.
O quadro a seguir mostra modos de implantar informações nas representações cartográficas.
Outra importante variável visual é a cor, que salta à vista no primeiro instante. Há mapas com áreas (como os
países) pintadas de cores diferentes. O que isso quer dizer? Nesse caso, as cores também são usadas para
separar elementos. Em mapas de divisão política, elas indicam o contorno e a área dos países, delimitando
claramente seus territórios.
A cor pode ser usada ainda com base na variável valor, que
expressa à intensidade do fenômeno. Em mapas que contêm
apenas tons da mesma cor (como os mapas de população
que utilizam diferentes tons de verde), o tom mais escuro
indica maior intensidade do fenômeno; por oposição, o tom
mais claro é usado em áreas em que o fenômeno é menos
intenso.
Outra variável visual é o tamanho. Em um mesmo mapa,
pode haver círculos ou retângulos de diferentes tamanhos
que se referem ao mesmo fenômeno, tal como a quantidade
de população urbana. Os círculos maiores representam os
núcleos mais populosos e os menores, os menos populosos.